Capítulo Sete

P.O.V. Heitor

Os gritos do homem me deixa ainda mais animado. Continuo chutando a barriga dele, tendo um vislumbre do seu desespero.

Se ele pensa que eu iria ficar quieto depois de ter falado aquilo para o meu anjo, então ele está muito enganado.

__ Levanta! - o puxo pelo terno.

Ele fica de joelhos no chão. O olhar assustado em seu rosto me deixa ainda mais satisfeito.

__ Me perdoe, por favor - dou um risada.

Acho engraçado a forma que ele implora pela vida. Ele acha mesmo que eu vou o deixar livre depois de pedir perdão.

__ O que eu disse que faria mesmo? - puxo seu cabelo para trás, deixando o rosto dele para cima - arrancar seus olhos.

Pego uma faca e mostro a ele, que se desespera. O cretino é um covarde, não aguenta nem uma breve tortura.

Só está sendo breve porque eu ainda estou no evento. Em uma rua pouco movimentada, afastado de todos.

Enfio a faca no olho dele, que grita desesperado.

Seus gritos de misericórdia não me afetam em nada, me da ainda mais vontade de mata-lo.

__ Eu disse para não olha-la. E mesmo depois da gente sair, você ficou observando ela - enfio a faca no outro olho.

Ele está jogado no chão, cheio de sangue, com duas facas, uma em cada um dos olhos.

Dou um chute nele, o fazendo deitar no chão. Eu já tinha acabado com esse verme.

Preciso voltar, não quero deixar o meu anjo sozinha, não nesse lugar. Me arrependo de ter trazido ela, mas se a deixasse lá também não seria bom.

Pego um pano de dentro do meu paletó e limpo a minha mão. Olho para meus seguranças e eles entendem o recado.

Saio dali e volto para a festa. Minha mãe me vê ao longe e logo vem até a mim. Me deixa irritado ao ver quem está ao lado dela.

__ Onde você estava?

__ Conversando com alguns sócios - ela assente com um sorriso no rosto.

__ Olá, Heitor - Katherine coloca a mão no meu ombro.

Enquanto ela tem um sorriso sedutor nos lábios, eu mantenho meu rosto sério, sem expressão alguma.

O que minha mãe pretende trazendo ela até aqui? Eu só fiquei com essa mulher e com outras, para tentar esquecer a Angel, o que não deu muito certo.

Pego a mão dela do meu ombro e aperto. Katherine me olha assustada.

__ Não me toque!

__ Heitor! - minha mãe fala, chamando minha atenção.

Ela não vê que eu não estou interessado nessa mulher? Se minha mãe continuar com isso terei que fazer alguma coisa para resolver.

Quando vejo Joe vindo rapidamente até a mim, logo fico nervoso. Ele deveria estar cuidando da minha noiva.

__ Que porra aconteceu? - tento não gritar de ódio.

__ Sua noiva sumiu, senhor - ele me olha com medo.

Joe sabe o que eu faço com quem erra comigo. Não aceito que nenhum deles erre dessa forma.

__ Como permitiu que isso acontecesse?

__ Ela estava no banheiro, eu só me virei por um segundo - sinto vontade de enforcar ele.

Saio de perto da minha mãe e vou até meus seguranças. Dou a ordem clara de que eles devem procurar pela minha noiva.

Mando Joe me seguir e me dizer onde ela esteve. Fico enfrente a porta do banheiro e vejo Vanessa sair de dentro.

Puxo ela pelo cabelo, que reclama pela dor causada. Estou com tanta raiva agora, que nem estou reparando no que estou fazendo.

__ O que disse a ela? - a jogo contra a parede.

__ Nada que não fosse verdade - dou um soco na parede, ao lado do seu rosto.

A menina da um pulo de susto, mas eu não me importo. Só quero ver ela se tremer de medo.

__ Já disse que não quero ninguém comentando sobre o passado.

__ Não posso ver ela agindo como um anjo, quando eu, você e o papai sabemos que ela não é!

Dou mais um soco na parede, fazendo ela se assustar.

__ Não me importa porra! - grito com raiva - você não tem que se intrometer nisso. Não quero que diga mais nada a ela, eu fui claro?

__ Como a água!

__ Agora sai da minha frente! - empurro seu corpo fazendo ela cair no chão.

A menina chora, porém eu não me importo. Estou com tanta raiva que poderia quebrar o seu pescoço.

Procuro pelo meu anjo por todo lugar. Ignoro todo mundo que tenta falar comigo, não penso em mais nada, apenas em acha-la.

Depois de um bom tempo, eu já me sinto sem esperanças, onde ela pode estar?

Vejo a porta que leva para o corredor, onde ficam algumas salas. Mas ela não pode estar aqui, essas portas deveriam estar trancadas.

Tento abrir e vejo que está aberta. Acho isso estranho, o que só me deixa mais preocupado ainda com ela.

Abro uma porta de cada vez, mas ela não estava em lugar nenhum.

__ Senhor? - Joe me chama - sangue!

Me sinto nervoso ao ouvir isso. Se alguém se atreveu a machucar ela de alguma forma, eu levo esse lugar a baixo.

Vou tacar o foda-se para tudo, e vou matar todos eles, sem dó nenhuma.

Abro a porta e vejo o rastro de sangue, mas não tem corpo, apenas uma poça de sangue. Em um canto tem uma garrafa de champanhe já vazia.

Ando mais um pouco e vejo que tem uma saído pelo outro lado. Abro a porta e ando um pouco, voltando para o salão.

Joe me segue o tempo inteiro, ainda calado, com medo.

__ Heitor! - sinto braços envolta de mim.

Respiro aliviado ao ver que é ela. A afasto de mim e olho para seu corpo, para ver se acho algum machucado nela.

__ Onde você estava?! - ela se assusta com o meu grito.

Vejo lágrimas em seu rosto, além disso, sinto cheiro de álcool. Ela está levemente embriagada.

Assustada da forma que está, imagino que ela é quem estava naquela sala, e provavelmente viu o que aconteceu.

__ Estou com medo! - me abraça novamente.

Parece que eu tenho um vislumbre disso já ter acontecido antes.

__ Estou aqui, não precisa ter medo - deixo um beijo na testa dela.

Olho ao redor, e vejo um homem olhando para ela. Ele fala alguma coisa com alguém no celular e sai.

Olho para Joe que já imagina o que eu quero. Continuo abraçado com ela, para tentar acalma-la.

A puxo pela cintura e a levo para o lado de fora. Vejo Roger vim até a mim rapidamente.

Ele parece ter reparado que estamos aqui exatamente agora.

__ O que aconteceu com ela? O que fez com a minha filha? - desvio ela da mão dele, que tenta a tocar.

__ Só está assustada - falei com raiva.

Estou quase me arrependendo de ter soltado ele. Apenas fiz isso por Angel, que perguntou pela família, e eu não pude mentir.

__ Angel - chamo por ela que me olha - vamos para casa, ok?

Roger ainda pergunta o que acontece, mas eu o ignoro. Ele não precisa saber disso nesse momento.

Levo ela até o carro. Aviso para dois dos meus seguranças ficarem, e depois levar minha mãe e minha irmã, que ainda não vi no evento.

No caminho para casa, ela acaba dormindo, e imagino que seja por conta da bebida.

Eu deveria ter ficado com ela o tempo inteiro. Que porra fodida!

É difícil me controlar com tudo que envolve ela. Eu não penso muito, e acabo agindo descontroladamente.

A pego no colo e a levo para o quarto. A deito na cama e retiro seus saltos.

Deixo que ela durma e vou para o meu quarto. Tomo um banho e coloco apenas uma boxer e um calça moletom.

Desço as escadas e me sirvo com whisky. Não demora muito para que a porta seja aberta.

Joe entra por ela, sangrando no braço. Arqueio uma sombrancelha ao ver ele dessa forma.

__ O segui até o lado de fora, tinha mais três deles lá. Consegui fugir por pouco - assinto com a cabeça.

Isso só confirma ainda mais as minhas suspeitas. Alguém foi morto e minha noiva presenciou tudo.

Me sento na poltrona e olho para ele.

__ Quero que você ligue para o Felipe. Quero os vídeos da câmera de segurança daquele lugar.

Isso pode ser um pouco preocupante. Eles viram o meu anjo e podem voltar para matar ela.

Preciso achar eles, antes que eles a achem. Antes de tudo tenho que conversar com ela para saber o que viu realmente.

Pode ser um pouco difícil que lembre, ela estava bêbada. Isso me deixa preocupado como nunca.

Angel foi uma pré-adolescente rebelde. Ela vivia se metendo em confusão e tinha um constante vício em beber.

Espero que Vanessa não tenha dito isso a ela, ou eu não vou perdoar tão fácil assim.

Passo minhas mãos pelo rosto. Estou com dificuldade em me acalmar. Saber que tem alguém atrás da minha noiva não me deixa nada calmo. Estou estressado para caralho nessa noite.

Coloco mais uma dose de whisky para mim. Joe já tinha saído, provavelmente para fazer um curativo.

Também não vou esquecer que ele perdeu minha noiva de vista. Ele deve cuidar dela com a vida e na primeira vez que cuida dela a perde de vista.

Não muito mais tarde eu escuto um grito vindo do quarto dela. Pego uma arma que fica na mesa de centro e subo as escadas correndo.

Abro a porta com um chute. A porta b**e na parede em um baque.

Me acalmo assim que vejo ela na cama, com algumas lágrimas em seu rosto. Vou até ela e coloco minha mão em seu rosto.

Está na hora de saber o que aconteceu, eu preciso fazer alguma coisa sobre isso rapidamente, ou não vou conseguir ficar calmo.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo