P.O.V. Heitor
Os gritos do homem me deixa ainda mais animado. Continuo chutando a barriga dele, tendo um vislumbre do seu desespero.Se ele pensa que eu iria ficar quieto depois de ter falado aquilo para o meu anjo, então ele está muito enganado.__ Levanta! - o puxo pelo terno.Ele fica de joelhos no chão. O olhar assustado em seu rosto me deixa ainda mais satisfeito.__ Me perdoe, por favor - dou um risada.Acho engraçado a forma que ele implora pela vida. Ele acha mesmo que eu vou o deixar livre depois de pedir perdão.__ O que eu disse que faria mesmo? - puxo seu cabelo para trás, deixando o rosto dele para cima - arrancar seus olhos.Pego uma faca e mostro a ele, que se desespera. O cretino é um covarde, não aguenta nem uma breve tortura.Só está sendo breve porque eu ainda estou no evento. Em uma rua pouco movimentada, afastado de todos.Enfio a faca no olho dele, que grita desesperado.Seus gritos de misericórdia não me afetam em nada, me da ainda mais vontade de mata-lo.__ Eu disse para não olha-la. E mesmo depois da gente sair, você ficou observando ela - enfio a faca no outro olho.Ele está jogado no chão, cheio de sangue, com duas facas, uma em cada um dos olhos.Dou um chute nele, o fazendo deitar no chão. Eu já tinha acabado com esse verme.Preciso voltar, não quero deixar o meu anjo sozinha, não nesse lugar. Me arrependo de ter trazido ela, mas se a deixasse lá também não seria bom.Pego um pano de dentro do meu paletó e limpo a minha mão. Olho para meus seguranças e eles entendem o recado.Saio dali e volto para a festa. Minha mãe me vê ao longe e logo vem até a mim. Me deixa irritado ao ver quem está ao lado dela.__ Onde você estava?__ Conversando com alguns sócios - ela assente com um sorriso no rosto.__ Olá, Heitor - Katherine coloca a mão no meu ombro.Enquanto ela tem um sorriso sedutor nos lábios, eu mantenho meu rosto sério, sem expressão alguma.O que minha mãe pretende trazendo ela até aqui? Eu só fiquei com essa mulher e com outras, para tentar esquecer a Angel, o que não deu muito certo.Pego a mão dela do meu ombro e aperto. Katherine me olha assustada.__ Não me toque!__ Heitor! - minha mãe fala, chamando minha atenção.Ela não vê que eu não estou interessado nessa mulher? Se minha mãe continuar com isso terei que fazer alguma coisa para resolver.Quando vejo Joe vindo rapidamente até a mim, logo fico nervoso. Ele deveria estar cuidando da minha noiva.__ Que porra aconteceu? - tento não gritar de ódio.__ Sua noiva sumiu, senhor - ele me olha com medo.Joe sabe o que eu faço com quem erra comigo. Não aceito que nenhum deles erre dessa forma.__ Como permitiu que isso acontecesse?__ Ela estava no banheiro, eu só me virei por um segundo - sinto vontade de enforcar ele.Saio de perto da minha mãe e vou até meus seguranças. Dou a ordem clara de que eles devem procurar pela minha noiva.Mando Joe me seguir e me dizer onde ela esteve. Fico enfrente a porta do banheiro e vejo Vanessa sair de dentro.Puxo ela pelo cabelo, que reclama pela dor causada. Estou com tanta raiva agora, que nem estou reparando no que estou fazendo.__ O que disse a ela? - a jogo contra a parede.__ Nada que não fosse verdade - dou um soco na parede, ao lado do seu rosto.A menina da um pulo de susto, mas eu não me importo. Só quero ver ela se tremer de medo.__ Já disse que não quero ninguém comentando sobre o passado.__ Não posso ver ela agindo como um anjo, quando eu, você e o papai sabemos que ela não é!Dou mais um soco na parede, fazendo ela se assustar.__ Não me importa porra! - grito com raiva - você não tem que se intrometer nisso. Não quero que diga mais nada a ela, eu fui claro?__ Como a água!__ Agora sai da minha frente! - empurro seu corpo fazendo ela cair no chão.A menina chora, porém eu não me importo. Estou com tanta raiva que poderia quebrar o seu pescoço.Procuro pelo meu anjo por todo lugar. Ignoro todo mundo que tenta falar comigo, não penso em mais nada, apenas em acha-la.Depois de um bom tempo, eu já me sinto sem esperanças, onde ela pode estar?Vejo a porta que leva para o corredor, onde ficam algumas salas. Mas ela não pode estar aqui, essas portas deveriam estar trancadas.Tento abrir e vejo que está aberta. Acho isso estranho, o que só me deixa mais preocupado ainda com ela.Abro uma porta de cada vez, mas ela não estava em lugar nenhum.__ Senhor? - Joe me chama - sangue!Me sinto nervoso ao ouvir isso. Se alguém se atreveu a machucar ela de alguma forma, eu levo esse lugar a baixo.Vou tacar o foda-se para tudo, e vou matar todos eles, sem dó nenhuma.Abro a porta e vejo o rastro de sangue, mas não tem corpo, apenas uma poça de sangue. Em um canto tem uma garrafa de champanhe já vazia.Ando mais um pouco e vejo que tem uma saído pelo outro lado. Abro a porta e ando um pouco, voltando para o salão.Joe me segue o tempo inteiro, ainda calado, com medo.__ Heitor! - sinto braços envolta de mim.Respiro aliviado ao ver que é ela. A afasto de mim e olho para seu corpo, para ver se acho algum machucado nela.__ Onde você estava?! - ela se assusta com o meu grito.Vejo lágrimas em seu rosto, além disso, sinto cheiro de álcool. Ela está levemente embriagada.Assustada da forma que está, imagino que ela é quem estava naquela sala, e provavelmente viu o que aconteceu.__ Estou com medo! - me abraça novamente.Parece que eu tenho um vislumbre disso já ter acontecido antes.__ Estou aqui, não precisa ter medo - deixo um beijo na testa dela.Olho ao redor, e vejo um homem olhando para ela. Ele fala alguma coisa com alguém no celular e sai.Olho para Joe que já imagina o que eu quero. Continuo abraçado com ela, para tentar acalma-la.A puxo pela cintura e a levo para o lado de fora. Vejo Roger vim até a mim rapidamente.Ele parece ter reparado que estamos aqui exatamente agora.__ O que aconteceu com ela? O que fez com a minha filha? - desvio ela da mão dele, que tenta a tocar.__ Só está assustada - falei com raiva.Estou quase me arrependendo de ter soltado ele. Apenas fiz isso por Angel, que perguntou pela família, e eu não pude mentir.__ Angel - chamo por ela que me olha - vamos para casa, ok?Roger ainda pergunta o que acontece, mas eu o ignoro. Ele não precisa saber disso nesse momento.Levo ela até o carro. Aviso para dois dos meus seguranças ficarem, e depois levar minha mãe e minha irmã, que ainda não vi no evento.No caminho para casa, ela acaba dormindo, e imagino que seja por conta da bebida.Eu deveria ter ficado com ela o tempo inteiro. Que porra fodida!É difícil me controlar com tudo que envolve ela. Eu não penso muito, e acabo agindo descontroladamente.A pego no colo e a levo para o quarto. A deito na cama e retiro seus saltos.Deixo que ela durma e vou para o meu quarto. Tomo um banho e coloco apenas uma boxer e um calça moletom.Desço as escadas e me sirvo com whisky. Não demora muito para que a porta seja aberta.Joe entra por ela, sangrando no braço. Arqueio uma sombrancelha ao ver ele dessa forma.__ O segui até o lado de fora, tinha mais três deles lá. Consegui fugir por pouco - assinto com a cabeça.Isso só confirma ainda mais as minhas suspeitas. Alguém foi morto e minha noiva presenciou tudo.Me sento na poltrona e olho para ele.__ Quero que você ligue para o Felipe. Quero os vídeos da câmera de segurança daquele lugar.Isso pode ser um pouco preocupante. Eles viram o meu anjo e podem voltar para matar ela.Preciso achar eles, antes que eles a achem. Antes de tudo tenho que conversar com ela para saber o que viu realmente.Pode ser um pouco difícil que lembre, ela estava bêbada. Isso me deixa preocupado como nunca.Angel foi uma pré-adolescente rebelde. Ela vivia se metendo em confusão e tinha um constante vício em beber.Espero que Vanessa não tenha dito isso a ela, ou eu não vou perdoar tão fácil assim.Passo minhas mãos pelo rosto. Estou com dificuldade em me acalmar. Saber que tem alguém atrás da minha noiva não me deixa nada calmo. Estou estressado para caralho nessa noite.Coloco mais uma dose de whisky para mim. Joe já tinha saído, provavelmente para fazer um curativo.Também não vou esquecer que ele perdeu minha noiva de vista. Ele deve cuidar dela com a vida e na primeira vez que cuida dela a perde de vista.Não muito mais tarde eu escuto um grito vindo do quarto dela. Pego uma arma que fica na mesa de centro e subo as escadas correndo.Abro a porta com um chute. A porta b**e na parede em um baque.Me acalmo assim que vejo ela na cama, com algumas lágrimas em seu rosto. Vou até ela e coloco minha mão em seu rosto.Está na hora de saber o que aconteceu, eu preciso fazer alguma coisa sobre isso rapidamente, ou não vou conseguir ficar calmo.P.O.V. Angel " Levo a garrafa de vodka a minha boca. Junto com alguns amigos, sorrio e converso. Eles fumam e bebem também. Depois de um tempo, um carro luxuoso aparece na minha frente. Um homem de terno desce dele. Ele me olha firme, reprovando o que eu faço. Dou um sorriso ao ver quem é. __ Senhor Lombardi - me jogo nos braços dele - você veio me visitar? __ Está bêbada? - coloco minha mão na boca e dou uma risada - vou levar você para casa. __ Eu não quero! - me afasto dos seus braços. __ Seu pai está preocupado. __ Isso não é verdade, ele não se importa comigo - eu não estava me importando em agir como uma criança, mesmo que eu praticamente fosse uma. __ Vamos! - ele me puxa pela mão. Dou tchau para meus amigos e entro no carro com ele. A garrafa de vodka já se foi, eu já tinha terminado tudo. Coloco meus pés sobre o painel do carro e mexo no rádio. Heitor da um tapa na minha mão e empurra os meus pés. Olho para ele com raiva. __ Por que você é tão chato? - cruzo os b
P.O.V. Angel __ Estou chateada com o seu irmão. Ele foi bruto comigo ontem - ela da uma risada. __ Ele é assim mesmo, aposto que hoje mesmo vai pedir desculpas. __ Assim espero - viro o rosto. Não vou perdoa-lo assim tão fácil. Ainda estou chateada. Eu estava sentindo dor ontem, só queria um abraço e um pouco de carinho. __ Não fica triste amiga - ela faz um bico - já sei! Vamos no shopping? Dar uma volta, fazer compras ir ao cinema. __ Eu nunca fui no cinema - não que eu me lembre. __ Então você vai hoje! - ela pula animada. Concordo com o que ela diz. Eu preciso mesmo sair um pouco. Depois do que aconteceu ontem, preciso espairecer a minha mente de alguma forma. Subo as escadas e vou para meu quarto. Tomo um banho e escovo os dentes. Coloco um shorts jeans, um cropped branco e uma jaqueta também jeans, além do tênis branco. Faço uma leve maquiagem por ainda ser dia. Até que não ficou tão ruim, acho que estou pegando o jeito. Passo o gloss de cereja e estou pronta. Pego
P.O.V. Angel Pisco meus olhos e os abro lentamente. Olho ao redor e vejo as paredes e teto branco. Com um pouco de dor de cabeça, no corpo e uma ardência em algumas partes do meu corpo. Confusa com o que aconteceu, tento me lembrar como foi que cheguei aqui. Então me lembro da batida no carro e dos tiros. Um pouco assustada, tento me sentar. Uma mão me faz voltar para o lugar onde eu estava. __ Por favor, não se mova - uma mulher vestida de branco fala comigo. Ela está colocando um acesso no meu braço, o qual está enfaixado. Me lembro da minha amiga, eu não sei o que aconteceu com ela. E se eles a mataram como fizeram com o segurança? O aparelho ligado ao meu coração começa a apitar. A enfermeira diz para eu me acalmar, mas nada do que ela dissesse iria resolver. Não vou ficar calma enquanto não souber o que está acontecendo com a minha amiga. __ Se não se acalmar, eu vou ter que te dar um calmante - ela tenta segurar meus braços, mas eu luto com ela. A porta é aberta e Hei
P.O.V. Angel Tento dizer para meu noivo cabeça dura que estou bem, mas ele fica o tempo todo me ignorando. Heitor voltou essa noite, ele estava um pouco estranho, parecia nervoso, mas não me tratou mal. Estou nesse momento voltando para casa, finalmente indo embora, não aguentava mais aquele hospital. Soube que minha amiga já se foi. Ela está esperando por mim na casa. Fique internada por mais três dias depois que acordei. Já estava ficando doente por ficar no hospital, o que é uma coisa engraçada de se pensar. O idiota que não me escuta, me pega no colo e me coloca no carro. Dou um sorriso e nego com a cabeça. Vejo que não é o mesmo motorista daquele dia, esse é um homem diferente. Me pergunto o que aconteceu com ele. O segurança eu sei que morreu. Me senti mal por ele, parecia uma boa pessoa. Quando chego na casa, não permito que Heitor me pegue no colo novamente. Eu estava bem e ele tem que entender isso, ou eu vou surtar. Stefane estava sentada no sofá, com uma bota orto
P.O.V. Heitor Deixo Angel no meu quarto, ela ainda chora por um motivo desconhecido por mim. Não sei o motivo dela estar assim. Talvez pode ser a minha mãe, mas não acho que seja isso. Ela está muito desesperada. Depois de um tempo ela dorme, por conta dos remédios dados pelo médico. Desço as escadas e encontro minha mãe no sofá, com uma xícara de chá na mão. Ela não me olha, mas deve entender o que eu quero. __ Vai me expulsar? __Eu seria incapaz de fazer isso. Você ainda é a minha mãe, mas eu quero que você tente se dar bem com a Angel. Querendo você ou não, ela é minha noiva. __ Não será uma boa esposa. __ Não é você que decide isso! Andrea olha para mim e depois se levanta. Eu sei que ela nunca vai concordar comigo, tenho a plena certeza disso. Minha mãe sempre foi uma mulher decidida, e nada pode mudar a opinião dela, eu sei muito bem disso. __ Isso eu não vou conseguir fazer. Então prefiro sair dessa casa ao ter que aturar ela sobre o mesmo teto do que eu. __ Se você
P.O.V. Heitor Assim que chego em casa, subo as escadas e entro no meu quarto. Vou até a mesa de cabeceira me sirvo com uma dose de whisky. Tiro meu terno, gravata e sapatos. Abro alguns botões da minha camisa e me sento na poltrona. A porta do banheiro é aberta. Angel aparece por ela, com uma camisola de seda branca, que não tapa quase nada. A reação vai diretamente para o meu pau. Aperto o copo na minha mão. Eu posso fazer uma besteira se não me controlar. __ Eu não sabia que você tinha chegado - ela morde o lábio e eu quase perco o que me resta de controle. __ Ainda está aqui? - ela da alguns passos e chega perto de mim. __ Você parece um pouco nervoso - se eu não a conhecesse poderia jurar que isso saiu de propósito. Sua forma de agir é sempre bem acanhada, diferente de quando ela bebe. Angel se torna outra menina. __ Venha aqui! - bato na minha perna esquerda. Ela não hesita em fazer o que mandei. Meu anjo se senta no meu colo. Eu coloco uma mão na cintura dela e a outra
P.O.V. Angel Acordo sentindo um braço na minha cintura. Abro meus olhos e vejo Heitor na minha frente. Ele está dormindo, sem camisa, com o braço envolta da minha cintura de forma possessiva. Sinto meu rosto esquentar ao me lembrar de ontem. Nunca tinha sentindo nada assim antes. Primeiro fiquei com vergonha, mas depois me deixei levar e não me arrependo disso. Meu noivo foi bom para mim, me tratou bem e me fez sentir prazer. Apenas eu senti prazer, queria que ele sentisse também. Nada que uma pesquisa não ajude. Meus livros também me ajudam bastante nesse quesito. Quero dar prazer a ele assim como ele deu a mim. __ Bom dia! - me assusto quando ele abre os olhos - que horas são? __ 8:00am - ele arregala os olhos. __ Estou atrasado para uma reunião. Heitor se levanta as pressas para se arrumar. Dou uma risada e depois me levanto também. Sempre achei estranho ele chegar tarde em casa e sair cedo. O que será que ele faz de tão importante? Vou para o meu quarto e tomo um banh
P.O.V. Angel Saio do escritório da diretora feliz por ter conseguido fazer a minha inscrição. Essa é uma das faculdades mais caras do país. Heitor não mediu esforços para me dar o melhor, como sempre. Eu não reclamo porque não tenho muito o que fazer. Ainda não tenho um emprego, mas irei conseguir um rapidamente. Não posso passar a vida inteira dependendo dele. Acho que vou conversar isso com o meu noivo ainda hoje. Alguém bate no meu ombro fazendo meus papéis caírem no chão, junto com o de outra pessoa. Olho para o menino na minha frente, ele parece estar nervoso, atrasado para alguma coisa. __ Me desculpe! - pedimos ao mesmo tempo. Ele ri e eu o acompanho. O menino se abaixa e junta suas coisas e a minha. Eu o agradeço e sorrio para ele. __ Desculpa mesmo, eu estou atrasado. __ Tudo bem! __ Você estuda aqui? __ Vou estudar. Você não está atrasado? - ele da de ombros. __ Eu já entrei, não podem me trancar do lado de fora agora. Eu sou o Trevor - ele estende a mão. __ An