P.O.V. Angel
O vestido dela é prata. Ele é curto e tem um grande decote nos seios, dava para ver até seu umbigo. Ela não está ruim, está até muito bonita.__ O que você quer? - grito com ela.__ Nada demais - ela liga a torneira e lava as mãos.__ Você sabia, não é? Sempre soube que eu sou a sua irmã - a seguro pelos ombros - e mesmo assim fingiu não me conhecer.__ Meu pai que disse que eu não deveria falar nada - dou um passo para trás.Me sinto chateada instantaneamente. Só de ouvir isso eu me sinto mal. Eu sempre tive alguém da minha família do meu lado e nunca soube disso.Isso é tão injusto. Por que o meu pai faria isso? Ele me odeia tanto assim?__ Você sempre foi tão cruel comigo - mordo meu lábios impedindo que as lágrimas desçam.__ Do que está falando? Você sempre me tratou mal. As pessoas que conhecem você agora, não sabe do que você é capaz. Você é cruel Angel, cruel!__ Eu nunca te fiz nada.__ Você apenas não se lembra, mas você já fez muita coisa ruim comigo. Sua carinha de anjo não me engana.__ Fica calada! - coloco minhas mãos no ouvido.Minha respiração está desregular. Minha cabeça dói me deixando tonta.O que ela disse é verdade? Eu era uma pessoa ruim? Não... Isso não pode ser verdade, não pode estar acontecendo.Lágrimas descem do meu rosto sem que eu tenha controle.__ Você não se lembra do que fazia? Não se lembra também de como era uma vadia? Se jogava para cima do Heitor como uma cadela no cio.__ Cala a boca! - dou um tapa no rosto dela.Eu não tive controle, meu corpo reagiu, eu não queria ter feito aquilo. Vanessa me olha e depois da uma risada.Meu coração b**e acelerado no meu peito. Estou com medo de ter um enfarto a qualquer momento.__ Ai está a Angel que eu conheço.Saio do banheiro e corro para longe dali. Joe não me viu, ele estava olhando para o outro lado.Minha cabeça dói, com flash de memórias. E nenhuma delas me agrada, todas elas mostram quão ruim eu era.Pego uma garrafa de champanhe de um garçom que estava passando. Levo a minha boca e bebo direto da garrafa.Entro em algumas portas, não sabendo para onde eu estou indo. Apenas estou me deixando levar.Me encosto na parede e me sento no chão. Continuo bebendo o champanhe, sem me preocupar com nada.Lágrimas descem do meu rosto, e eu permito que isso aconteça, permito que as lágrimas molhem meu rosto.Em uma das memórias me mostra batendo na minha irmã. Eu sentia muito gosto em fazer aquilo.Como eu pude fazer aquilo? O que deu em mim?Tenho medo de dizer a Heitor como eu era. Será que ele sabe sobre isso? Quero acreditar que não é verdade, que eu não sou uma pessoa ruim.Eu só tinha 12 anos, mas mesmo assim já fazia coisas absurdas.Não me sinto mal com a bebida, eu já era acostumada, de alguma forma eu já sou acostumada a isso.Escuto um barulho me fazendo levantar do chão. Me escondo o mais rápido possível para que eles não me vejam.Um homem entra dentro da sala onde eu estava, tinhas mais três homens na frente dele, mas não dava para ver o rosto deles.__ Não faz isso, eu juro que não vi nada - ele gritava desesperado.Um barulho meio abafado ecoa, era como um grito no travesseiro.O homem cai no chão. Vejo o sangue escorrer por todo o chão da sala.Sem controle eu acabo gritando. Os homens me vêem e apontam o que parece ser uma arma para mim.Dou passos para trás, com medo do que pode acontecer.Ele atiram em mim, mas eu consigo fugir. Me atrapalho um pouco, não estou totalmente sóbria.Só tenho que fugir antes que eles me peguem.P.O.V. Heitor Os gritos do homem me deixa ainda mais animado. Continuo chutando a barriga dele, tendo um vislumbre do seu desespero. Se ele pensa que eu iria ficar quieto depois de ter falado aquilo para o meu anjo, então ele está muito enganado. __ Levanta! - o puxo pelo terno. Ele fica de joelhos no chão. O olhar assustado em seu rosto me deixa ainda mais satisfeito. __ Me perdoe, por favor - dou um risada. Acho engraçado a forma que ele implora pela vida. Ele acha mesmo que eu vou o deixar livre depois de pedir perdão. __ O que eu disse que faria mesmo? - puxo seu cabelo para trás, deixando o rosto dele para cima - arrancar seus olhos. Pego uma faca e mostro a ele, que se desespera. O cretino é um covarde, não aguenta nem uma breve tortura. Só está sendo breve porque eu ainda estou no evento. Em uma rua pouco movimentada, afastado de todos. Enfio a faca no olho dele, que grita desesperado. Seus gritos de misericórdia não me afetam em nada, me da ainda mais vontade de mat
P.O.V. Angel " Levo a garrafa de vodka a minha boca. Junto com alguns amigos, sorrio e converso. Eles fumam e bebem também. Depois de um tempo, um carro luxuoso aparece na minha frente. Um homem de terno desce dele. Ele me olha firme, reprovando o que eu faço. Dou um sorriso ao ver quem é. __ Senhor Lombardi - me jogo nos braços dele - você veio me visitar? __ Está bêbada? - coloco minha mão na boca e dou uma risada - vou levar você para casa. __ Eu não quero! - me afasto dos seus braços. __ Seu pai está preocupado. __ Isso não é verdade, ele não se importa comigo - eu não estava me importando em agir como uma criança, mesmo que eu praticamente fosse uma. __ Vamos! - ele me puxa pela mão. Dou tchau para meus amigos e entro no carro com ele. A garrafa de vodka já se foi, eu já tinha terminado tudo. Coloco meus pés sobre o painel do carro e mexo no rádio. Heitor da um tapa na minha mão e empurra os meus pés. Olho para ele com raiva. __ Por que você é tão chato? - cruzo os b
P.O.V. Angel __ Estou chateada com o seu irmão. Ele foi bruto comigo ontem - ela da uma risada. __ Ele é assim mesmo, aposto que hoje mesmo vai pedir desculpas. __ Assim espero - viro o rosto. Não vou perdoa-lo assim tão fácil. Ainda estou chateada. Eu estava sentindo dor ontem, só queria um abraço e um pouco de carinho. __ Não fica triste amiga - ela faz um bico - já sei! Vamos no shopping? Dar uma volta, fazer compras ir ao cinema. __ Eu nunca fui no cinema - não que eu me lembre. __ Então você vai hoje! - ela pula animada. Concordo com o que ela diz. Eu preciso mesmo sair um pouco. Depois do que aconteceu ontem, preciso espairecer a minha mente de alguma forma. Subo as escadas e vou para meu quarto. Tomo um banho e escovo os dentes. Coloco um shorts jeans, um cropped branco e uma jaqueta também jeans, além do tênis branco. Faço uma leve maquiagem por ainda ser dia. Até que não ficou tão ruim, acho que estou pegando o jeito. Passo o gloss de cereja e estou pronta. Pego
P.O.V. Angel Pisco meus olhos e os abro lentamente. Olho ao redor e vejo as paredes e teto branco. Com um pouco de dor de cabeça, no corpo e uma ardência em algumas partes do meu corpo. Confusa com o que aconteceu, tento me lembrar como foi que cheguei aqui. Então me lembro da batida no carro e dos tiros. Um pouco assustada, tento me sentar. Uma mão me faz voltar para o lugar onde eu estava. __ Por favor, não se mova - uma mulher vestida de branco fala comigo. Ela está colocando um acesso no meu braço, o qual está enfaixado. Me lembro da minha amiga, eu não sei o que aconteceu com ela. E se eles a mataram como fizeram com o segurança? O aparelho ligado ao meu coração começa a apitar. A enfermeira diz para eu me acalmar, mas nada do que ela dissesse iria resolver. Não vou ficar calma enquanto não souber o que está acontecendo com a minha amiga. __ Se não se acalmar, eu vou ter que te dar um calmante - ela tenta segurar meus braços, mas eu luto com ela. A porta é aberta e Hei
P.O.V. Angel Tento dizer para meu noivo cabeça dura que estou bem, mas ele fica o tempo todo me ignorando. Heitor voltou essa noite, ele estava um pouco estranho, parecia nervoso, mas não me tratou mal. Estou nesse momento voltando para casa, finalmente indo embora, não aguentava mais aquele hospital. Soube que minha amiga já se foi. Ela está esperando por mim na casa. Fique internada por mais três dias depois que acordei. Já estava ficando doente por ficar no hospital, o que é uma coisa engraçada de se pensar. O idiota que não me escuta, me pega no colo e me coloca no carro. Dou um sorriso e nego com a cabeça. Vejo que não é o mesmo motorista daquele dia, esse é um homem diferente. Me pergunto o que aconteceu com ele. O segurança eu sei que morreu. Me senti mal por ele, parecia uma boa pessoa. Quando chego na casa, não permito que Heitor me pegue no colo novamente. Eu estava bem e ele tem que entender isso, ou eu vou surtar. Stefane estava sentada no sofá, com uma bota orto
P.O.V. Heitor Deixo Angel no meu quarto, ela ainda chora por um motivo desconhecido por mim. Não sei o motivo dela estar assim. Talvez pode ser a minha mãe, mas não acho que seja isso. Ela está muito desesperada. Depois de um tempo ela dorme, por conta dos remédios dados pelo médico. Desço as escadas e encontro minha mãe no sofá, com uma xícara de chá na mão. Ela não me olha, mas deve entender o que eu quero. __ Vai me expulsar? __Eu seria incapaz de fazer isso. Você ainda é a minha mãe, mas eu quero que você tente se dar bem com a Angel. Querendo você ou não, ela é minha noiva. __ Não será uma boa esposa. __ Não é você que decide isso! Andrea olha para mim e depois se levanta. Eu sei que ela nunca vai concordar comigo, tenho a plena certeza disso. Minha mãe sempre foi uma mulher decidida, e nada pode mudar a opinião dela, eu sei muito bem disso. __ Isso eu não vou conseguir fazer. Então prefiro sair dessa casa ao ter que aturar ela sobre o mesmo teto do que eu. __ Se você
P.O.V. Heitor Assim que chego em casa, subo as escadas e entro no meu quarto. Vou até a mesa de cabeceira me sirvo com uma dose de whisky. Tiro meu terno, gravata e sapatos. Abro alguns botões da minha camisa e me sento na poltrona. A porta do banheiro é aberta. Angel aparece por ela, com uma camisola de seda branca, que não tapa quase nada. A reação vai diretamente para o meu pau. Aperto o copo na minha mão. Eu posso fazer uma besteira se não me controlar. __ Eu não sabia que você tinha chegado - ela morde o lábio e eu quase perco o que me resta de controle. __ Ainda está aqui? - ela da alguns passos e chega perto de mim. __ Você parece um pouco nervoso - se eu não a conhecesse poderia jurar que isso saiu de propósito. Sua forma de agir é sempre bem acanhada, diferente de quando ela bebe. Angel se torna outra menina. __ Venha aqui! - bato na minha perna esquerda. Ela não hesita em fazer o que mandei. Meu anjo se senta no meu colo. Eu coloco uma mão na cintura dela e a outra
P.O.V. Angel Acordo sentindo um braço na minha cintura. Abro meus olhos e vejo Heitor na minha frente. Ele está dormindo, sem camisa, com o braço envolta da minha cintura de forma possessiva. Sinto meu rosto esquentar ao me lembrar de ontem. Nunca tinha sentindo nada assim antes. Primeiro fiquei com vergonha, mas depois me deixei levar e não me arrependo disso. Meu noivo foi bom para mim, me tratou bem e me fez sentir prazer. Apenas eu senti prazer, queria que ele sentisse também. Nada que uma pesquisa não ajude. Meus livros também me ajudam bastante nesse quesito. Quero dar prazer a ele assim como ele deu a mim. __ Bom dia! - me assusto quando ele abre os olhos - que horas são? __ 8:00am - ele arregala os olhos. __ Estou atrasado para uma reunião. Heitor se levanta as pressas para se arrumar. Dou uma risada e depois me levanto também. Sempre achei estranho ele chegar tarde em casa e sair cedo. O que será que ele faz de tão importante? Vou para o meu quarto e tomo um banh