P.O.V. Heitor Deixo Angel no meu quarto, ela ainda chora por um motivo desconhecido por mim. Não sei o motivo dela estar assim. Talvez pode ser a minha mãe, mas não acho que seja isso. Ela está muito desesperada. Depois de um tempo ela dorme, por conta dos remédios dados pelo médico. Desço as escadas e encontro minha mãe no sofá, com uma xícara de chá na mão. Ela não me olha, mas deve entender o que eu quero. __ Vai me expulsar? __Eu seria incapaz de fazer isso. Você ainda é a minha mãe, mas eu quero que você tente se dar bem com a Angel. Querendo você ou não, ela é minha noiva. __ Não será uma boa esposa. __ Não é você que decide isso! Andrea olha para mim e depois se levanta. Eu sei que ela nunca vai concordar comigo, tenho a plena certeza disso. Minha mãe sempre foi uma mulher decidida, e nada pode mudar a opinião dela, eu sei muito bem disso. __ Isso eu não vou conseguir fazer. Então prefiro sair dessa casa ao ter que aturar ela sobre o mesmo teto do que eu. __ Se você
P.O.V. Heitor Assim que chego em casa, subo as escadas e entro no meu quarto. Vou até a mesa de cabeceira me sirvo com uma dose de whisky. Tiro meu terno, gravata e sapatos. Abro alguns botões da minha camisa e me sento na poltrona. A porta do banheiro é aberta. Angel aparece por ela, com uma camisola de seda branca, que não tapa quase nada. A reação vai diretamente para o meu pau. Aperto o copo na minha mão. Eu posso fazer uma besteira se não me controlar. __ Eu não sabia que você tinha chegado - ela morde o lábio e eu quase perco o que me resta de controle. __ Ainda está aqui? - ela da alguns passos e chega perto de mim. __ Você parece um pouco nervoso - se eu não a conhecesse poderia jurar que isso saiu de propósito. Sua forma de agir é sempre bem acanhada, diferente de quando ela bebe. Angel se torna outra menina. __ Venha aqui! - bato na minha perna esquerda. Ela não hesita em fazer o que mandei. Meu anjo se senta no meu colo. Eu coloco uma mão na cintura dela e a outra
P.O.V. Angel Acordo sentindo um braço na minha cintura. Abro meus olhos e vejo Heitor na minha frente. Ele está dormindo, sem camisa, com o braço envolta da minha cintura de forma possessiva. Sinto meu rosto esquentar ao me lembrar de ontem. Nunca tinha sentindo nada assim antes. Primeiro fiquei com vergonha, mas depois me deixei levar e não me arrependo disso. Meu noivo foi bom para mim, me tratou bem e me fez sentir prazer. Apenas eu senti prazer, queria que ele sentisse também. Nada que uma pesquisa não ajude. Meus livros também me ajudam bastante nesse quesito. Quero dar prazer a ele assim como ele deu a mim. __ Bom dia! - me assusto quando ele abre os olhos - que horas são? __ 8:00am - ele arregala os olhos. __ Estou atrasado para uma reunião. Heitor se levanta as pressas para se arrumar. Dou uma risada e depois me levanto também. Sempre achei estranho ele chegar tarde em casa e sair cedo. O que será que ele faz de tão importante? Vou para o meu quarto e tomo um banh
P.O.V. Angel Saio do escritório da diretora feliz por ter conseguido fazer a minha inscrição. Essa é uma das faculdades mais caras do país. Heitor não mediu esforços para me dar o melhor, como sempre. Eu não reclamo porque não tenho muito o que fazer. Ainda não tenho um emprego, mas irei conseguir um rapidamente. Não posso passar a vida inteira dependendo dele. Acho que vou conversar isso com o meu noivo ainda hoje. Alguém bate no meu ombro fazendo meus papéis caírem no chão, junto com o de outra pessoa. Olho para o menino na minha frente, ele parece estar nervoso, atrasado para alguma coisa. __ Me desculpe! - pedimos ao mesmo tempo. Ele ri e eu o acompanho. O menino se abaixa e junta suas coisas e a minha. Eu o agradeço e sorrio para ele. __ Desculpa mesmo, eu estou atrasado. __ Tudo bem! __ Você estuda aqui? __ Vou estudar. Você não está atrasado? - ele da de ombros. __ Eu já entrei, não podem me trancar do lado de fora agora. Eu sou o Trevor - ele estende a mão. __ An
P.O.V. Angel Ignoro as batidas na porta enquanto continuo a guardar minhas roupas. Olho para o colar no meu pescoço. Não penso duas vezes antes de tirar ele de mim. Não tem porquê usar mais. __ Abra essa porta! __ Se quiser entrar vai ter que arrombar - grito para ele. Não demora muito para que a porta bata na parede. Meu coração palpita com o susto que eu levo. Heitor está possesso de raiva. Seu olhar é assustador, seu rosto está vermelho e seu corpo treme com a respiração forte. __ Você é um estúpido - o olhar dele vai para a cama, onde está depositado a mala e o colar. __ Onde pensa que vai? __ Embora daqui! - me agarro na minha penteadeira. __ Acha mesmo isso? - ele da uma risada. __ Tenho cara de palhaça? Está tudo mundo rindo de mim hoje. Uma das mulheres que você dorme foi uma delas! Ele para de rir e volta sua atenção a mim. Meu ex-noivo parece com mais raiva ainda. Ele não pode me culpar por pensar o óbvio. __ Eu não tenho mulher nenhuma. __ Não acredito em você
P.O.V. Angel Quando acordo já é de noite. Me levanto com um pouco de dificuldade e vou até o banheiro. Tomo um banho para lavar todas as impurezas do meu corpo. Sinto vontade de me bater por fazer o que eu fiz ontem. Eu me deixei levar pelo prazer. Permiti que Heitor fizesse o que bem entendesse comigo. Gostei dos tapas dados na minha bunda e gostei ainda mais das suas palavras possessivas. Eu não deveria gostar, deveria repudiar esse tipo de atitude, mas... Argh! Estou com tanta raiva de mim mesma. Tento pensar o tempo inteiro que eu sou forte, mas acabo de descobrir que ele só precisa me tocar para que eu desmanche em seus braços. Coloco uma roupa qualquer e desço as escadas. A verdade é que eu não sei mais o que fazer. Depois do que aconteceu no quarto, nem sei como olhar para ele. A casa estava silenciosa, o que não é uma coisa estranha. Heitor não fala muito, e seus seguranças quanto menos. Vejo minhas malas perto da porta. Isso me traz uma certa estranheza. Quer dizer
P.O.V. Heitor A única coisa que estou sentindo nesse momento é raiva. Angel está com uma ideia totalmente errada sobre mim, e está me afastando por conta disso. Não sei o que ela acha que aconteceu. Mas na sua cabecinha eu a trai de alguma forma. Traição? É uma coisa que eu repúdio totalmente, como eu poderia trai-la? Aperto minha mão em um punho e dou um soco no painel do carro. Estou estacionando aqui já faz um tempo. Eu tinha uma viajem de negócios, mas tive que adiar para vir a Itália. Tem um ser insignificante que está tentado tomar o que é meu por aqui. Tive que fazer horas de viajem apenas para acabar com ele. Juro que assim que essa reunião acabar, eu vou mata-lo lentamente. Desço do carro e entro no galpão tomado de seguranças. Nunca tive que passar por uma reunião dessas antes. Ainda sou o capo, líder da máfia, mas preciso agradar as pessoas que fazem parte dela também. Todos me respeitam, é óbvio. Mas se eles acham que eu não tenho capacidade, então eu não me torn
P.O.V. Heitor Jogo meu paletó na cadeira e me sento na cama. O barulho da água caindo me faz entender que Angel está tomando banho. Coço minha testa e respiro fundo. Estou tentando manter a calma para ter uma conversa com ela. É a primeira vez que vou ter que fazer isso. Nunca tive que dar satisfação a ninguém. Depois de um tempo ela sai do banheiro, com apenas uma toalha envolta do corpo. Ao ver ela assim, a reação vai diretamente para o meu p@u. Porra de menina gostosa. Só quero jogar ela nessa cama e passar a noite inteira enterrado dentro dela. Mas tenho noção de que preciso esperar pelo seu tempo. __ Você já voltou! - seus lábios ficam em uma linha fina - vamos sair agora? - nego com a cabeça. __ Coloque uma roupa, preciso conversar com você - ela assente e vai até a mala. Angel volta um tempo depois já arrumada. A camisola de seda está me deixando louco, mas entendo que preciso manter minha concentração. __ Quer falar sobre seus casos? __ Que porra de casos? __ Sua sec