P.O.V. Heitor
Entro no cassino acompanhado dos meus seguranças. Passo por entre as pessoas e mesas de jogos de azar.Minha missão aqui é uma só. Entro em uma sala particular, onde acontece o jogo de pôquer.Aqui só tem homens criminosos, que tiram esse tempo para aproveitar longe da família.Me sento em uma cadeira e puxo um dinheiro do meu bolso. Eles me olham e esperam para que eu faça a minha aposta.Sempre apostei alto nos Jogos, mas raramente perco. Aceito o whisky oferecido por uma mulher, que está apenas de calcinha, com os seios de fora.Aceito também o charuto oferecido pelo homem responsável pelas apostas.__ Não sabia que iria aparecer hoje, Heitor.__ Você sabe o motivo Fernando, eu sempre costumo vencer, então sempre retorno - ele da uma risada.Fernando é a pessoa que acha que pode brincar comigo, essa noite vou mostrar que está muito enganado.Observo os seguranças dele. São cinco no total, contra três dos meus. Não recuo ao ver isso, sei da capacidade de cada um deles.Treinei esses homens muito bem, assim como fui treinado. Nada passa batido por eles, nada mesmo!Seguranças assim que quero cuidando do meu anjo. Não posso permitir que minha vida afete ela de alguma forma, isso eu não poderia permitirPego as cartas e então o jogo começa. Não me preocupo se vou perder ou não, só estou prestando atenção no Fernando.Quero ver até onde ele vai chegar com suas mentiras. Então puxo conversa na frente de todos..__ O que fez de bom ontem, Fernando? - ele pisca os olhos confuso.__ Como é?__ Sabe aonde eu estava ontem? Na Rússia, resolvendo assuntos pessoais.__ Não estou entendendo - Mauro olha de mim para ele, sem entender o que está acontecendo.__ Muito menos eu - dou um sorriso.__ Não sabe do que estou falando? Deixa eu simplificar para você. Enquanto eu estava de viajem, algum espertinho achou que poderia desafiar a minha inteligência. Ele jogou no meu cassino e saiu sem pagar.__ Você fez isso? - Mauro olha para ele de relance.__ Achei que tínhamos um trato. Por que está trazendo isso átona? Nesse momento?__ Um trato? Isso tudo porque eu transei com a sua filha? - dou uma risada - a maioria dos caras nessa mesa já fizeram isso.Ele costuma usar a filha para conseguir regalias. Mas a filha não é nenhuma Santa, adoro joias e roupas de grife.Fiquei com ela por um tempo, por conta da bebida, e depois tive que dar presentes caros e massagear o ego do pai dela.Ela realmente achou que eu iria me casar com ela. Passei um mês praticamente sustentando sua família, isso porque me deitei com ela até cansar.__ Não fale assim dela - a veia da testa dele estava prestes a explodir.__ Me cansei de sair com a vadia, tenho alguém muito melhor agora. Sabe o que significa? Sua regalia acabou.Ele arregala os olhos, olha de um lado para o outro. Espero que não esteja tentando fugir, ter que correr atrás dele me fará ficar com tédio.__ Eu não sabia que já não estavam mais juntos - nego com a cabeça e dou uma risada.__ Você sabe muito bem que sim, até porque, ela chorou como uma histérica, e ficava indo na minha casa me importunar. E eu nem sei como conseguiu meu endereço.Eu nunca a levaria a minha casa. Levava ela nos melhores hotéis, para saciar sua sede de luxo.__ Eu...__ Você jogou e ainda arrumou confusão. Pelo seu vício, eu poderia deixar passar, mas você achou que poderia me passar para trás!Fernando é viciado em jogos de azar. Usa a filha para ela se deitar com homens de negócios, ricos, que podem dar o que ele quiser.Bianca, a filha, usa os homens para alimentar sua sede de se sentir uma mulher importante na sociedade.__ Acho que já chega - ele j**a as cartas na mesa e se levanta - não pode me insultar dessa forma.Fernando realmente não sabe quem eu sou, ou do que sou capaz. Pego minha bebida e bebo de uma vez.O whisky desce queimando pela minha garganta.__ Você insulta a si mesmo quando age dessa forma.__ Escuta aqui... - ele da um passo para trás, parecendo estar prestes a me agredir.Meus seguranças apontam as @rmas para ele e os dele fazem o mesmo. Eu coloco minha mão na minha.Estou preparado para seja lá o que irá acontecer aqui. Não vou recuar, de forma alguma irei fazer isso.Foi rápido o que acontece depois. Chuto a mesa e me agacho atrás dela. Os sons do disparo é ouvido.Meus seguranças começam a atirar. Me levanto e atiro em um deles, o vendo cair no chão.Sinto uma ardência no meu braço e vejo que uma bala me acertou. Xingo baixinho e atiro novamente.Vejo um dos meus seguranças cair, infelizmente ele já estava morto, não tem muito o que eu possa fazer.Os homens que estavam aqui, saíram correndo. Um deles foi acertado e está caído no chão.Saio de trás da mesa e atiro novamente, a bala atinge a cabeça de um dos seguranças e depois atinge o outro.__ Dois seguranças com um só tiro - Fernando grita - como você fez isso?Um dos meus seguranças mata o último que ficou. Olho para Fernando e vejo o quanto ele é patético,Está no chão, encolhido de medo. Piso no peito dele e o olho nos fundos dos olhos.__ Saiba com quem está mexendo antes de resolver tentar dar um golpe, eu não caio nisso.O levanto pela camisa e acerto um soco no rosto, outro e depois outro. Ele ainda tenta me socar, mas eu desvio facilmente.Continuo socando seu rosto, até me sentir satisfeito.__ Vou dar três dias para você me pagar, se não fizer isso irei até a sua casa e irei te matar na frente da sua filha. Eu fui claro? - ele assente com a cabeça - responde porra!__ Sim!Saio dali e passo pelas pessoas. Elas me olham com medo do que eu possa fazer. Não vim aqui para matar ninguém. Só quis mostrar que Fernando não pode brincar comigo.Se ele não me pagar, irei fazer como prometi. Isso não me afetará em nada de mesmo se afetasse eu não iria me importar. Não tenho medo de nada e nem de ninguém!P.O.V. AngelOlho para o meu pé. Ele já não está inchado, apenas um pouco dolorido. Acho que eles me deram alguma injeção enquanto eu dormia. Observo o quarto em que estou, ele é grande, mas tão sem graça. A única coisa que eu queria fazer era sair daquele colégio, agora que sai, não sei exatamente o que fazer. Estou na casa desse homem que eu não conheço, mas ao contrário de mim, ele parece me conhecer muito bem. Noiva... Fica dizendo que sou sua noiva. Como eu posso ser a noiva dele? Estou tão confusa. Quase não dormi a noite, fiquei o tempo inteiro pensando nisso. Heitor nem me falou nada sobre meus pais, me deixando no escuro. Alguém bate na porta e eu permito a entrada. Stefane aparece no batente da porta, muito bem arrumada e com um sorriso no rosto. __ Vamos fazer compras? - ela entra no meu quarto arrumada - trouxe uma roupa para você, vá se arrumar. Me animo com a ideia de sair um pouco. Quero muito conhecer a cidade, fazer várias coisas. Me arrumo rápido, eu já tinh
P.O.V. Angel __ Está perfeita! __ Você nem me viu, eu estou de costas - sua mão pousa na minha cintura e me vira. Me encolho com seu olhar faminto sobre mim. Ele me olha de cima a baixo e depois sorri de um jeito estranho. __ Como eu disse, está perfeita - ele passo o nariz no meu pescoço - está cheirosa - minhas pernas tremem com a intensidade de suas palavras. __ Aonde vamos? - pergunto assim que consigo me afastar. Heitor não pareceu gostar que eu me afaste dele. Já reparei que ele gosta sempre de me ter por perto. Então para tentar acalma-lo pego em sua mão. Toco levemente a palma e dou um sorriso. __ Vou levar você para jantar - leva minhas mãos a boca e deixa um breve selar. Ele segura na minha cintura e me leva para fora da casa. Entro no carro e coloco o cinto de segurança. Enquanto estamos no carro, ele mantêm uma mão na minha perna, e estranhamente isso não me incomoda. Mantemos um silêncio confortável no carro. __ Chegamos! - ele fala chamando minha atenção. Ol
P.O.V. Angel O silêncio é um pouco desconfortável. Eu não sei muito o que falar. Minha cabeça ainda dói com a lembrança. Eu visualizei o rosto do meu pai, esse homem que no momento está me olhando. Um olhar cheio de amor e saudades. Antes de tudo eu quero entender seus motivos. Quero descobrir o porquê de ter me deixado lá. Vivi os piores dias da minha vida, sofri das piores formas possíveis, fui humilhada, senti frio, fome, além de ser castigada várias vezes. Agora estou na frente da pessoa que me deu esse destino cruel. Sempre quis conhecer minha família, não só para sentir um pouco de amor, mas também para saber o motivo de ter me deixado. __ Você ainda é minha princesinha - passa a mão pelo meu rosto - não mudou quase nada. Dou um sorriso um pouco constrangida. Só tem eu e ele aqui. Heitor está do lado de fora, imagino que esperando a conversa acabar. __ Por que me deixou naquele lugar? - brinco com o meu colar, me sentindo nervosa. __ É tudo culpa daquele homem. Ele é o
P.O.V. Angel Quando adentro minha língua na boca dele, posso sentir o gosto forte da bebida. Me lembro do que li no livro e resolvo fazer o que li no livro. Puxo o cabelo da nunca dele e arranho levemente. Quando me separo, mordo levemente o lábio inferior dele. Heitor me olha um pouco impressionado. __ Obrigada pela estufa, eu gostei muito. Sei que fui um pouco grossa hoje, mas... Eu não quero ficar mais trancada, ok? Já fiquei por muito tempo naquele colégio. __ Isso não vai mais acontecer, apenas se necessário. __ Heitor... - ele coloca o dedo nos meus lábios, me impedindo de falar. __ Eu sei que não quer ficar trancada, entendo os seus motivos. Mas você tem que entender que eu não vou permitir que nada te aconteça e isso não está em discussão - ele fala dando o assunto por encerrado. Bato o pé no chão e o olho com raiva. Mas isso não o atingiu de forma alguma. Ele ainda me olha firme, não deixando espaços para discussões. Ele me mostra mais um pouco do que vai fazer na es
P.O.V. Angel O vestido dela é prata. Ele é curto e tem um grande decote nos seios, dava para ver até seu umbigo. Ela não está ruim, está até muito bonita. __ O que você quer? - grito com ela. __ Nada demais - ela liga a torneira e lava as mãos. __ Você sabia, não é? Sempre soube que eu sou a sua irmã - a seguro pelos ombros - e mesmo assim fingiu não me conhecer. __ Meu pai que disse que eu não deveria falar nada - dou um passo para trás. Me sinto chateada instantaneamente. Só de ouvir isso eu me sinto mal. Eu sempre tive alguém da minha família do meu lado e nunca soube disso. Isso é tão injusto. Por que o meu pai faria isso? Ele me odeia tanto assim? __ Você sempre foi tão cruel comigo - mordo meu lábios impedindo que as lágrimas desçam. __ Do que está falando? Você sempre me tratou mal. As pessoas que conhecem você agora, não sabe do que você é capaz. Você é cruel Angel, cruel! __ Eu nunca te fiz nada. __ Você apenas não se lembra, mas você já fez muita coisa ruim comigo
P.O.V. Heitor Os gritos do homem me deixa ainda mais animado. Continuo chutando a barriga dele, tendo um vislumbre do seu desespero. Se ele pensa que eu iria ficar quieto depois de ter falado aquilo para o meu anjo, então ele está muito enganado. __ Levanta! - o puxo pelo terno. Ele fica de joelhos no chão. O olhar assustado em seu rosto me deixa ainda mais satisfeito. __ Me perdoe, por favor - dou um risada. Acho engraçado a forma que ele implora pela vida. Ele acha mesmo que eu vou o deixar livre depois de pedir perdão. __ O que eu disse que faria mesmo? - puxo seu cabelo para trás, deixando o rosto dele para cima - arrancar seus olhos. Pego uma faca e mostro a ele, que se desespera. O cretino é um covarde, não aguenta nem uma breve tortura. Só está sendo breve porque eu ainda estou no evento. Em uma rua pouco movimentada, afastado de todos. Enfio a faca no olho dele, que grita desesperado. Seus gritos de misericórdia não me afetam em nada, me da ainda mais vontade de mat
P.O.V. Angel " Levo a garrafa de vodka a minha boca. Junto com alguns amigos, sorrio e converso. Eles fumam e bebem também. Depois de um tempo, um carro luxuoso aparece na minha frente. Um homem de terno desce dele. Ele me olha firme, reprovando o que eu faço. Dou um sorriso ao ver quem é. __ Senhor Lombardi - me jogo nos braços dele - você veio me visitar? __ Está bêbada? - coloco minha mão na boca e dou uma risada - vou levar você para casa. __ Eu não quero! - me afasto dos seus braços. __ Seu pai está preocupado. __ Isso não é verdade, ele não se importa comigo - eu não estava me importando em agir como uma criança, mesmo que eu praticamente fosse uma. __ Vamos! - ele me puxa pela mão. Dou tchau para meus amigos e entro no carro com ele. A garrafa de vodka já se foi, eu já tinha terminado tudo. Coloco meus pés sobre o painel do carro e mexo no rádio. Heitor da um tapa na minha mão e empurra os meus pés. Olho para ele com raiva. __ Por que você é tão chato? - cruzo os b
P.O.V. Angel __ Estou chateada com o seu irmão. Ele foi bruto comigo ontem - ela da uma risada. __ Ele é assim mesmo, aposto que hoje mesmo vai pedir desculpas. __ Assim espero - viro o rosto. Não vou perdoa-lo assim tão fácil. Ainda estou chateada. Eu estava sentindo dor ontem, só queria um abraço e um pouco de carinho. __ Não fica triste amiga - ela faz um bico - já sei! Vamos no shopping? Dar uma volta, fazer compras ir ao cinema. __ Eu nunca fui no cinema - não que eu me lembre. __ Então você vai hoje! - ela pula animada. Concordo com o que ela diz. Eu preciso mesmo sair um pouco. Depois do que aconteceu ontem, preciso espairecer a minha mente de alguma forma. Subo as escadas e vou para meu quarto. Tomo um banho e escovo os dentes. Coloco um shorts jeans, um cropped branco e uma jaqueta também jeans, além do tênis branco. Faço uma leve maquiagem por ainda ser dia. Até que não ficou tão ruim, acho que estou pegando o jeito. Passo o gloss de cereja e estou pronta. Pego