Antologia da serie "Caminho das Estrelas", iniciada com "FALANGE" e precedida por "ESFERA". A morte é traiçoeira, como todas as demais coisas. O banimento da família Travis de Miriad, é culpa definitiva da familia Fightwade. Isso é tudo que Evangeline Travis sabe, ou, que lhe permitem saber. Mas porquê? A Batalha de Sangue que nasce entre as duas gerações é distinta e sangrenta, deixando muitos feridos pelo caminho. E as coisas só se complicam mais quando um decreto saí de Miriad, endereçado a todas as Falanges do mundo, convocando todos os Últimos Filhos para a Prova de Fogo, Competição que Selecionara 5 Escolhidos para se tornarem Guardiões do Grande Punho. Contra sua vontade, Evangeline se vê obrigada a voltar a terra amaldiçoada por sua familia, onde irá se deparar com seu pior inimigo: o Ultimo Filho da familia Fightwade.
Ler mais_Dã... e acordar todo mundo? Você não pensa mesmo, não é?Segundos depois, ambas estávamos correndo rua abaixo, escapando da mira da casa velha. Mesmo naquela hora, as ruas monótonas e cercadas de árvores velhas estavam tomadas por carros de todos os tipos com som alto ligado e pessoas de todos os tipos transitando por entre as calçadas ou escondidas fazendo coisas ilícitas nos becos quando cheguemos à cidade._Onde, exatamente, estamos indo? _perguntei depois de quinze minutos de caminhada._Você vai ver... _ela simplesmente disse, encerrando o assunto.Minha curiosidade aumentou quando ela me puxou para as portas abertas de um prédio abandonado de manutenção de máquinas, mas quando eu ia abrir a boca para falar qualquer coisa, tipo, o que aquele absurdo todo significava, ela pôs o dedo indicador à frente a boca, pedindo silêncio.O ar de coisas velhas, metal, ferrugem e graxa inundou minhas narinas quando entremos, e franzi a testa, mas Helena me puxou novamente para um canto em esp
Chiei para ela, tentando alcançar as barras. Mas meu outro pé deslizou, se desprendendo da grade, e fiquei pendurada apenas pelas mãos. Helena balbuciou, e o peso de meu corpo foi demais para meus dedos já doloridos, que também se desprenderam. Por uma fração de segundos, o vento balançou meus cabelos, e no próximo segundo, um estalo surdo acertou minhas costas, e senti meus pulmões se deslocarem._Inferno... _gaguejei lutando para puxar o ar novamente, e quando abri os olhos, o rosto de Helena estava a centímetros do meu, me observando com curiosidade, sua cabeça contornada pelo brilho da lua atrás dela._Você é uma vergonha para a natureza, sabia?_Esqueci de mencionar que nunca precisei fugir de casa depois do toque de recolher..._usei todo o sarcasmo que pude _Ainda mais morrendo de sono! Ela levantou uma sobrancelha bem desenhada._Está me atrasando, sabia? _ela lembrou, me oferecendo a mão. Com um protesto baixo, aceitei, e ela me ajudou a levantar.Olhei o Neon estacionado sob
Com uma tossida catarrenta e mais nojenta que até a própria sopa, ela se arqueou para frente, socando o próprio peito com pressa, sem conseguir puxar o ar. Vovô Brutus imediatamente se levantou, tentando em vão socorrê-la. Quando me dei conta, ela se jogou para trás, caindo com cadeira e tudo e virando a mesa com os pés. Pulei para trás, saindo da cadeira, por pouco, não tomando um banho de sopa quente.O barulho de vidro e porcelana se quebrando invadiu o ambiente, cortando o som da voz da jornalista da TV.O osso saltou de sua garganta, e ela puxou o ar em abundância, quando já estava ficando roxa.Levei as mãos à boca, me condenando mentalmente. Mais uma tragédia. Por minha culpa novamente. Quando é que eu ia parar de machucar as pessoas?Dei com o olhar maciço e duro de Helena sobre mim, me fulminando com raiva como se soubesse exatamente o que eu havia feito. Brutus Levantou Stela do chão, que gemia como se houvesse tentando engolir um pinheirinho de natal ou algo assim._Vou dei
Cinco minutos depois, eu estava descendo as escadas receosa, me perguntando por quanto tempo eu aguentaria aquilo.Todos já estavam em volta da mesa redonda quando apareci na sala de jantar, o que me fez parecer ainda mais sem graça do que pensava. Me sentei à mesa, num assento que havia sido reservado para mim. Havia um prato de porcelana posto a frente da cadeira, ao lado de talheres milenares e um guardanapo florido.Havia uma teve parecida com uma caixa marrom no balcão atrás de mim, ligada no noticiário das oito, de onde a voz chata e quase eletrônica da jornalista era a única a soar no silêncio perfurado apenas pelo tilintar dos talheres batendo na porcelana._Sirva-se, _vovó Stela ordenou, afagando o enorme gato cinzento que me encarava com os olhos bem abertos e rosnados ferozes.O ignorei. Não havia almoçado e meu estômago estava doendo de fome. Observei a refeição, sentindo meu estômago se revirar. Uma coisa gosmenta e molhada se mexia na única panela posta na mesa, como se
Havia uma enorme garagem ao lado da casa, onde havia um Fusca velho e um Neon cinza.Não havia vizinhos próximos. Apenas uma casa no alto de uma colina próxima a mansão dos Morgan, mas eu não fazia ideia de quem poderia morar lá. E sinceramente, eu não estava com o mínimo interesse de descobrir. Uma densa camada de árvores enormes enfeitava a rua até ali, mas o especo ao redor da casa era mais limpo, ainda que não completamente.Parei em frente a enorme porta marrom e entalhada em desenhos retorcidos. De repente, eu me sentia pequena diante de tudo.Com os dedos trêmulos, apertei a campainha. Meu coração disparou quando meus ouvidos detectaram o som de passos se aproximando da porta, e no mesmo instante, tive o desejo infantil de me esconder atrás do enorme vaso de plantas que ficava ao lado da porta. Mas eu não estava mais no jardim de infância. Precisava agir com uma adolescente.Antes que eu pudesse sair correndo, o trinco mexeu, e a porta se abriu.Uma velha envolta em um xale de
Um forte solavanco desigual me tirou de meus pesadelos, onde eu revivia os momentos da pior noite da minha vida. Minhas costas e meu pescoço estavam doloridos por causa da posição em que eu me encontrava, e meus dedos das mãos estavam dormentes.Abri os olhos. Havia um veludo negro a poucos centímetros de meus olhos. Franzi o cenho. Era o ombro de alguém. Quando levantei os olhos, dei com o olhar de uma senhora, me fitando com curiosidade. Corada, me mexi no assento, me ajeitando imediatamente. Gemi de dor ao tentar fazer meus músculos trabalharem novamente. Aquilo era muito desconfortável.Havia uma senhora ao meu lado. Mesmo que seu rosto nem de longe me parecesse ser velho, havia algo de obsoleto em seus olhos de um verde profundo, que denotavam mais experiência que aparentavam. Seus cabelos completamente brancos chegavam até a mandíbula, e contornavam seu rosto magro e desprovido de rugas._Essa é sua primeira vez, querida? _sua voz agradável chegou até mim.Por seus gestos, perce
Ousei uma olhada por baixo dos cílios.Por favor, não.O tic tac do relógio na parede esquerda anunciava que se passavam das 9hrs da manhã. O silêncio na sala do Conselho de Menores de Maryland era tão profundo que eu podia ouvir o ar saindo e entrando em seus pulmões. Meu estômago doía reclamando da carência de um café da manhã descente, já que todas as minhas forças remanescentes haviam sido subjugadas, se esgotando profundamente nos últimos dias em forma de lamentos constantes. Minha vida imediatamente se tornara um pesadelo de uma hora para a outra.O som desigual das teclas sendo apertadas flutuava ecoante até mim, vindo do único balcão que separava a sala pouco arejada ao meio, onde uma única mulher de óculos redondos fulminava concentrada a tela de um computador. A pequena caixa onde todo meu futuro seria decidido assim que rolassem todos os algoritmos.Os ventiladores pendurados no teto se mostravam incapazes de arejar a sala tão apertada com as paredes um dia brancas cheias d
NOTA/AUORA: Olá, leitor de Artíficios da Morte! Fiquei um tempo sem trabalhar na obra e acabei deixando muitos leitores esperando. Mas estou retomando os projetos e este é um dos que pretendo finalizar em breve. Estou passando para ceder um centelha de esperança! No momento, ainda não tenho muitos capitulos prontos, entetanto, deixarei voces com um spin-off da série, que se passa em um universo paralelo, e em que estive trabalhando há um tempo atrás, para que não fiquem sem nada e para que não desistam da série. Em breve. o livro completo será disponibilizado na plataforma, e assim, poderão prosseguir leitura! Lembrando: apenas para que conhecçam a obra e para que não fiquem sem nada do Universo! :D***M A D E I R A V E L H A R A N G I A A O S O M Á S P E R O D O V E N T O N A S V I G A S D A C A S A .O s eucaliptos secos se enroscavam na madeira, produzindo rangidos ocos. A Catedral dos Embaixadores se encontrava totalmente às escuras naquela hora da madrugada, apenas
O enorme pedestal montado em frente ao extenso campo da Academia Elementar era formidável. Suas estruturas de metal impressionavam, mas certamente, não tanto quanto a estatueta em bronze de um punho fechado. E em frente a ele, cinco grandiosos tronos reluzentes estavam postos, onde figuras poderosas e solitárias se sentavam.Tudo naquele mundo, no seu mundo, parecia ter o propósito de ser extremamente alto, extremamente brilhante, extremamente afiado ou extremamente extremo de algum modo. Essa, foi uma das peculiaridades que Evangeline detectou assim que emergira naquele lago gelado. E tudo isto a fascinava de um modo que ela honestamente... odiava. Aquele mundo havia os cuspido para fora como feno velho, amassado e imprestável. Então, por que ela tinha que se sentir tão miseravelmente conectada com tudo aquilo?Os Últimos Filhos se cutucavam numa maré atordoant