SOBRE GAROTAS E PESADELOS

Ousei uma olhada por baixo dos cílios.

Por favor, não.

O tic tac do relógio na parede esquerda anunciava que se passavam das 9hrs da manhã. O silêncio na sala do Conselho de Menores de Maryland era tão profundo que eu podia ouvir o ar saindo e entrando em seus pulmões. Meu estômago doía reclamando da carência de um café da manhã descente, já que todas as minhas forças remanescentes haviam sido subjugadas, se esgotando profundamente nos últimos dias em forma de lamentos constantes. Minha vida imediatamente se tornara um pesadelo de uma hora para a outra.

O som desigual das teclas sendo apertadas flutuava ecoante até mim, vindo do único balcão que separava a sala pouco arejada ao meio, onde uma única mulher de óculos redondos fulminava concentrada a tela de um computador. A pequena caixa onde todo meu futuro seria decidido assim que rolassem todos os algoritmos.

Os ventiladores pendurados no teto se mostravam incapazes de arejar a sala tão apertada com as paredes um dia brancas cheias d
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