Débora e Carlos vivem um casamento de fachada há cinco anos. Ela é uma médica talentosa, ele um administrador de sucesso. Um casamento estimulador pelo avô dos dois. Para garantir o nome de sua família para a única neta legítima. O acordo estava dando certo até que a amante de Carlos cria um plano para tirar a esposa do caminho. O plano não só prejudica as duas pessoas que Débora mais ama, como põe toda a família em risco. Em meio ao perigo, ao ódio, um sentimento desconhecido os toma. Será possível o amor florescer em um ambiente tão hostil? Será que uma alma que passou uma vida sangrando poderia se reconciliar com a vida.
Ler maisOs acionistas entraram na sala para a reunião de diretoria convocada para definir o CEO da empresa. Débora na cabeceira olhava para todos os presentes com sua visão aguçada.“Bom dia, senhores e senhora. Como CEO inteira darei início a reunião lendo uma carta de meu avô para todos.”“Claro, senhora. A mensagem de nosso presidente tem muita importância para todos nós.”Todos na sala concordaram com as palavras de um dos acionistas sentado no meio da grande mesa. Débora abriu o papel em suas mãos e começou:Caros Amigos,Muita gente deve ter se perguntado como um vendedor de laranja se tornou o maior acionista de um conglomerado de empresas tão grande como o nosso grupo Mandacaru. Muito dever tensar, trabalho e força de vontade. Eu pessoalmente não creio em tal proposição. Se assim fosse, ser milionário não seria algo tão difícil de encontrar nas ruas do mundo.Digo sem nenhuma pretensão de filosofar. Trabalho e esforço individual é parte importante do processo, porém, o que mais pesa
Às oito horas da manhã o telefone de Débora tocou. Ela acordou com o tom do toque. Quando abriu os olhos, deu como os olhos sorridentes de Carlos lhe fitando.“Bom dia.”Ele falou e esticou o braço para pegar o telefone dela na mesa de cabeceira e o entrou ainda a tocar.“Bom dia.”Ela respondeu enquanto pegava e atendia o telefone.“Alo?”O identificador de chamada, mostrava o contato do chefe da segurança de Débora. A voz da garota estava um pouco rouca dando sinal que ela havia acabado de acordar.“Senhora, os guardas já chegaram no hotel.”“Certo, obrigada. Passe o contato do responsável pela escolta para mim. Por mensagem.” “Ok, senhora. Tem uma volta segura. Quando chegar talvez já temos notícia do perseguidor.”“Sem problemas. Até mais tarde.”Ela terminou de falar, mas a todo momento estava consciente do braço de Carlos, que estava em sua cintura.Ela desligou a chamada, e olhou nos olhos instantes de Carlos para ela.“Precisamos tomar banho para irmos embora.”“É, tenho ciê
Depois de falar com o guarda costa responsável ela trocou de casaco, colocou um chapéu panamá na cabeça e o lenço envolta do pescoço. Pegou a mão de Carlos e saiu do carro.“Nós vamos fazer de conta que somos um casal em lua de mel.”“Claro, querida.”“Vá até os outros. Nossa presença pode colocar em risco todos. Eu quero saber quem está atrás de mim. Penso que isso tem haver com o último episódio de violência contra mim.”Na noite fria, o casal caminhava calmamente em busca de uma pousada ou hotel, na cidade. O carro saiu. O guarda ainda estava relutante em deixar os dois sozinhos no meio da noite. Mas o que ela falou era verdade. Ele teria que ficar com a atenção dividida entre os bandidos e a segurança do casal.O casal entrou em uma táxi logo após:“Por favor, poderia nos levar a um hotel?”“Sim, senhor.”O motorista os levou para uma charmosa construção em estilo suiço, depois de Carlos pagar e agradecer ao homem, os dois entraram na recepção do hotel e pediram um quarto. “Sua b
Depois de colocar Debora na cama do seu quarto. Pensou em tirar a roupa dela, para que a esposa pudesse dormir confortavelmente. Mas desistiu. Não era muito recomendável, no estado em que estava seu corpo no momento.Na manhã seguinte, eles deveriam partir para visitar o avô. Todos tinham concordado que eles.Ao chegar no próprio quarto, Carlos tirou a pouca e partiu para um banho frio no banheiro. Ele recordou a noite.Depois que a filha do padrinho de Débora chegou, ficou tudo equilibrado, eram seis pessoas. Três casais. Não mais, cinco. Com aquele outro querendo ciscar no seu terrenos. Nunca Carlos havia visto Débora tão alegre e solta. Como hoje a noite. Um sorriso se abriu na boca de Carlos. Ao lembrar do beijo. O beijo dela o deixou pegando fogo de verdade. Mas ele tinha consciência que era porque ela estava completamente bêbada, amanhã provavelmente nem lembraria. Carlos foi dormir com a sensação dos lábios macios dela no seus!De manhã, a primeira coisa que Débora lembrou foi
No dia seguinte a vida foi voltando ao normal, apesar da investigação que estava sendo conduzida, ninguém da família de fato se preocupava em ser envolvido.Débora começou a trabalhar a todo vapor no grupo Mandacaru. E no hospital ao mesmo tempo. Ela quase não tinha tempo de respirar. Mas queria aproveitar para fazer uma bela faxina em alguns departamentos da empresa do avô.Sorte que ela tinha a Tina, uma mão de obra qualificada. A médica até pensava em colocá-la no comando de um dos grupos se precisasse. Por isso que a levava a toda parte. Para que ela se familiarize com a dinâmica de administração dos dois setores empresariais.No primeiro diaDébora organizou uma reunião com os principais acionistas da empresa. Da empresa na tarde do primeiro dia. Mas pela manhã ela e Carlos saíram juntos e logo que chegaram lá Débora organizou uma reunião menor com Alberto, Carlo, Tina e Samuel, ela queria aliar com esses personagem um plano de potencialização do crescimento da empresa. “Primei
Durante três dias os legistas fizeram diferentes tipos de exame na defunta, afinal precisam definir a quanto tempo ela estava sendo medicada com a substância. No quarto dia o funeral foi feito com maior das prescrições, afinal se a notícia vazasse para a imprensa o hospital poderia correr sérios riscos de ter a reputação danificada.Algumas pessoas eram suspeitas, inclusive a própria Débora. Mas nada seria alardeado até que se encontrasse o culpado pelo crime. A face de Margarida não estava serena, portanto Débora pensou que ela soube que iria morrer, bem antes de acontecer. A médica sabia que isso era possível, porque quando a velha sofreu o Acidente Vascular cerebral, os neurônios danificados foram os responsáveis pelas funções motoras, e ela estava completamente lúcida nesses onze anos em que viveu no hospital.Naquela manhã do funeral, Carlos estava na casa em que dividia com Débora. Ao sair do quarto, ajeitou a gravata no pescoço. Do outro lado do corredor saiu Jorge com um ter
Débora estava sendo empurrada por uma cadeira de rodas enquanto pensava em todos esses acontecimentos de anos atrás. Ao chegar na enfermaria o médico que tentava reanimar a velha na cama de hospital, ele olhou para Débora e fez sinal que não adiantava mais. Os outros chegaram quase ao mesmo tempo que ela. Ela deu sinal para o médico cobrir o corpo da paciente, um lençol foi puxado até sua cabeça. Ao fazer esse movimento, todos entenderam que não tinha mais nada o que fazer. “Por favor saiam. tenho que falar em particular com o médico de plantão.O grupo composto por, Carlos izabel, Amélia André e Jorge saíram da sala. Só então ela falou com o médico.“Doutor Bernardo, providencie a autópsia e um relatório da saúde geral da paciente. Antes do acontecido. Aproveite e mande aqui as enfermeiras que cuidam dela.”“Sim, claro, doutora.”O médico saiu imediatamente da sala com sua equipe de plantão. “Doutora, mandou me chamar.”"Era cuidadora, paga pela família para passar vinte e quatro
Depois de uma manhã atormentada na escola, Débora chegou com muita fome em casa. As meninas da gangue tomaram seu lanche. “Boa tarde, menina.”Falou a cozinheira. Que era a única pessoa simpática para Débora na casa, naqueles tristes dias.“Estou morrendo de fome, Mara.”“Temos biscoito amanteigado na cozinha. Vem comigo e eu te dou.”A menina e a empregada foram para a porta da cozinha. Entrando na casa pelos fundos.O cheiro de biscoito flutuava no ambiente. Logo, Débora estava com a boca cheia de água. A empregada começou a tirar as formas de biscoitos do forno do fogão. Colocou sobre a mesa diferentes bandejas com biscoitos fresquinhos.em um prato de sobremesa ela separou alguns para a garota comer.“Cuidado está muito quente.”A empregada colocou o pratinho sobre a mesa da cozinha.“Obrigada, Mara.”A menina começou a soprar um biscoito para colocar na boca. Naquela hora, Maria vinha da sala para a cozinha. Quando viu a menina comendo, correu até a patroa e falou que a menina
Logo os adultos levaram as duas para a sala da diretora. A mulher era uma senhora, alta e muito bonita, se vestia de uma forma bastante elegante e se auto proclamava defensora da justiça. Quando a professora trouxe as duas garotas para a sua sala, ela logo começou um sermão de que violência não leva a lugar nenhum.A outra garota apesar de ter o mesmo tamanho que Débora, tinha na verdade quase quatorze anos. Era aluna do sétimo ano na escola. E se chamava Ana. Era amiga de bagunça de Raquel, Carol e Lívia. As quatro eram uma gangue que intimidava as crianças menores na escola.Sobre os olhos dos adultos. Que tratavam as suas ações como pequenas travessuras da idade.Quando Débora tentou explicar a situação foi calada aos gritos pela mulher. Raquel era sua filha mais nova. E foi a própria mãe quem mandou perseguir Débora.depois de algum tempo ela ligou para Margarida buscar Débora. Afirmando que a garota havia cometido violência contra uma outra garota na escola.Quando Margarida che