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5. Você é só uma amante

Olhando para a carinha fofinha de sua pequena , Débora atendeu o telefone sem prestar muita atenção. Mas logo ficou alerta quando ouviu a voz aflita de Paulo.

“Irmã, onde você está?”

“No cinema com Ângela! Por que? Estava na aula de anatomia quando recebi um telefonema estranho de alguém dizendo que você sofreu um acidente perto de casa.  Sai correndo, mas, percebi que um dos colegas que me convidou para a boate estava vindo atrás de mim, então entrei na sala de um professor que está lotada e resolvi telefonar para você.”

“Fez bem! e o outro rapaz.”

“Quando me viu entrar na sala desviou o caminho e entrou no banheiro. de lá dá para ver se além saí da sala do professor.”

“Você é muito inteligente. Já identificou quem está armando para você. Volte para sala de aula, que irei resolver o caso. mande a localização do suposto acidente. E mais tarde um segurança irá escoltar você para casa.”

Depois de falar isso, desligou o telefone, ligou para o chefe da segurança em casa. 

“Senhora??”

“Senhor Cortez, alguém está tentando armar contra Paulo outra vez, preciso que você mande alguém para investigar um local o mais discreto possível.”

“Sim, senhora.”

O responsável falou respeitosamente com a médica. A mulher deu algumas instruções no telefonema e mandou a localização por mensagem. 

Logo depois voltou às atividades com sua filha amada, as duas passearam entrando em uma loja e outra, comprando coisas diferentes, de cosméticos para a mais velha a laços para cabelos da criança. Por volta das oito e meia, as duas voltaram a casa. cansadas mas, felizes! A menina logo subiu e com a ajuda da mãe, tomou banho, trocou de roupa e deitou na cama toda rosa de princesa.

Depois de cantar para a filha dormir, saiu do quarto, apagou a luz e desceu para o seu escritório no andar de baixo. Pegou a papelada do hospital que ainda teria que dar conta e começou a trabalhar.

Em torno das dez horas Paulo retornou, assim que ele entrou o senhor Cortez também veio relatar o ocorrido. 

Os dois entram ao mesmo tempo no escritório de Débora, enquanto isso o telefone de da médica tocou. 

“Alo.”

“Onde está meu marido?”

Do outro lado da linha a voz desagradavel de Izabel falou para Débora.

A médica franziu a sobrancelha enquanto escutava a interrogativa da outra. 

“Provavelmente está procurando outra amante, já que você se mostrou escandalosa.”

“O que? Não, não sou escandalosa. E ele me ama acima de tudo.”

“Você pode acreditar no que quiser. Agora, evite me ligar. Não é nada agradável ouvir sua voz de taquara rachada a me incomodar."

“Quem você pensa que é…”

Antes da irritada Izabel terminar, Débora falou.

"Alguém que não telefona para os outros para incomodar. Você é só uma amante. Tome vergonha na cara e nunca mais telefone para mim.”

Ao terminar de falar desligou o telefone sem mais nem menos. Da casa onde morava Izabel estava fervendo de raiva. Depois de seus planos de incomodar Débora falharam. Primeiro o pirralho não foi ao local onde  ela estava esperando com uma esquema armado para montar um vídeo, no qual faria parecer que Paulo estaria atrás dela. E agora quando ligou para a outra tentando se fazer de superior a mulher simplesmente desligou na sua cara. E o pior é que nem sabia se Carlos estava na casa da esposa.

O rapaz e o homem estavam parados em frente a mesa de trabalho de Débora ouvindo o telefonema que a mulher estava recebendo.

O rapaz ficou estupefato pela cara de pau que a amante de Carlos tinha. o Chefe da segurança estava ficando preocupado com a conversa que se desenrolava. Provavelmente a outra mulher tentaria criar mais problemas do que já havia criado.

“Senhora, quando o pessoal chegou ao local do suposto acidente essa mulher estava lá com as roupas rasgadas, alguma maquiagem simulando sangue e hematomas. Vimos várias câmeras armadas prontas para registrar alguma coisa. ela esperou bastante em uma parte um pouco escura e sem movimento da praça do bairro agora a noite. Quando foi em torno de umas nove e meia ela juntou todos os seu pessoal e partiu depois de receber um telefonema. Do colega de turma do senhor Paulo. Ainda bem que mandei dois seguranças para escoltá-lo. O outro quando viu que ele estava escoltado por um segurança se escondeu nas proximidades informando para o mandante que o rapaz estava escoltado por um segurança. Tiramos essa conclusão, porque o teor do telefonema relatado pelo segundo segurança era o mesmo relatado pelo pessoal que estava no local do suposto acidente.”

Paulo estava simplesmente atônito com a revelação do senhor Cortez, enquanto Débora apenas levantou um pouco a sobrancelha com o relatório do segurança.

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