Olhando para a carinha fofinha de sua pequena , Débora atendeu o telefone sem prestar muita atenção. Mas logo ficou alerta quando ouviu a voz aflita de Paulo.
“Irmã, onde você está?”
“No cinema com Ângela! Por que? Estava na aula de anatomia quando recebi um telefonema estranho de alguém dizendo que você sofreu um acidente perto de casa. Sai correndo, mas, percebi que um dos colegas que me convidou para a boate estava vindo atrás de mim, então entrei na sala de um professor que está lotada e resolvi telefonar para você.”
“Fez bem! e o outro rapaz.”
“Quando me viu entrar na sala desviou o caminho e entrou no banheiro. de lá dá para ver se além saí da sala do professor.”
“Você é muito inteligente. Já identificou quem está armando para você. Volte para sala de aula, que irei resolver o caso. mande a localização do suposto acidente. E mais tarde um segurança irá escoltar você para casa.”
Depois de falar isso, desligou o telefone, ligou para o chefe da segurança em casa.
“Senhora??”
“Senhor Cortez, alguém está tentando armar contra Paulo outra vez, preciso que você mande alguém para investigar um local o mais discreto possível.”
“Sim, senhora.”
O responsável falou respeitosamente com a médica. A mulher deu algumas instruções no telefonema e mandou a localização por mensagem.
Logo depois voltou às atividades com sua filha amada, as duas passearam entrando em uma loja e outra, comprando coisas diferentes, de cosméticos para a mais velha a laços para cabelos da criança. Por volta das oito e meia, as duas voltaram a casa. cansadas mas, felizes! A menina logo subiu e com a ajuda da mãe, tomou banho, trocou de roupa e deitou na cama toda rosa de princesa.
Depois de cantar para a filha dormir, saiu do quarto, apagou a luz e desceu para o seu escritório no andar de baixo. Pegou a papelada do hospital que ainda teria que dar conta e começou a trabalhar.
Em torno das dez horas Paulo retornou, assim que ele entrou o senhor Cortez também veio relatar o ocorrido.
Os dois entram ao mesmo tempo no escritório de Débora, enquanto isso o telefone de da médica tocou.
“Alo.”
“Onde está meu marido?”
Do outro lado da linha a voz desagradavel de Izabel falou para Débora.
A médica franziu a sobrancelha enquanto escutava a interrogativa da outra.
“Provavelmente está procurando outra amante, já que você se mostrou escandalosa.”
“O que? Não, não sou escandalosa. E ele me ama acima de tudo.”
“Você pode acreditar no que quiser. Agora, evite me ligar. Não é nada agradável ouvir sua voz de taquara rachada a me incomodar."
“Quem você pensa que é…”
Antes da irritada Izabel terminar, Débora falou.
"Alguém que não telefona para os outros para incomodar. Você é só uma amante. Tome vergonha na cara e nunca mais telefone para mim.”
Ao terminar de falar desligou o telefone sem mais nem menos. Da casa onde morava Izabel estava fervendo de raiva. Depois de seus planos de incomodar Débora falharam. Primeiro o pirralho não foi ao local onde ela estava esperando com uma esquema armado para montar um vídeo, no qual faria parecer que Paulo estaria atrás dela. E agora quando ligou para a outra tentando se fazer de superior a mulher simplesmente desligou na sua cara. E o pior é que nem sabia se Carlos estava na casa da esposa.
O rapaz e o homem estavam parados em frente a mesa de trabalho de Débora ouvindo o telefonema que a mulher estava recebendo.
O rapaz ficou estupefato pela cara de pau que a amante de Carlos tinha. o Chefe da segurança estava ficando preocupado com a conversa que se desenrolava. Provavelmente a outra mulher tentaria criar mais problemas do que já havia criado.
“Senhora, quando o pessoal chegou ao local do suposto acidente essa mulher estava lá com as roupas rasgadas, alguma maquiagem simulando sangue e hematomas. Vimos várias câmeras armadas prontas para registrar alguma coisa. ela esperou bastante em uma parte um pouco escura e sem movimento da praça do bairro agora a noite. Quando foi em torno de umas nove e meia ela juntou todos os seu pessoal e partiu depois de receber um telefonema. Do colega de turma do senhor Paulo. Ainda bem que mandei dois seguranças para escoltá-lo. O outro quando viu que ele estava escoltado por um segurança se escondeu nas proximidades informando para o mandante que o rapaz estava escoltado por um segurança. Tiramos essa conclusão, porque o teor do telefonema relatado pelo segundo segurança era o mesmo relatado pelo pessoal que estava no local do suposto acidente.”
Paulo estava simplesmente atônito com a revelação do senhor Cortez, enquanto Débora apenas levantou um pouco a sobrancelha com o relatório do segurança.
O segurança continuou.Já providenciei as recomendações da senhora hoje cedo. e quando peguei o relatório percebi que precisaremos de um plano de contenção, já que parece nos, o Senhor Paulo é o alvo da mulher.”“Faça isso o mais rápido possível. Não quero que Paulo seja pego pela briga entre amantes.”Débora falou essas palavras sem alterar em nada sua expressão de tédio. "Irmã, desculpe. Eu não sabia que iria trazer problemas para você.”“Você não trouxe. Foram os outros.”Débora se levantou da cadeira em que estava sentada fazendo seu trabalho burocrático, tocou na cabeça do rapaz, para animá-lo. Poucas pessoas eram capazes de despertar o calor no seu coração. Paulo, a médica havia segurado em seus braços quando ele era um bebê. Além do mais, ele era filho de sua madrinha, alguém que cuidou dela e de sua mãe nos momentos mais difíceis.“Vá dormir!”Débora falou olhando para o rosto triste do rapaz.“Boa noite, Irmã.”“Boa noite, querido.”Depois que o rapaz saiu, Débora e o Chefe
Depois de sair da casa de Débora, Izabel estava fervendo de raiva. Ela nunca imaginou que seu plano acabaria assim, com Carlos com raiva dela, também. Quando instigou os colegas de Paulo para o deixar na boate, pensou que iria fazer ciúmes a Carlos e de tabela incomodar a sua esposa. Mesmo todo mundo dizendo que a esposa dele era uma criatura fria e sem emoção. Nos seis meses em que esteve no relacionamento com ele, nunca encontrou a mulher. Sempre teve curiosidade de conhecer pessoalmente essa mulher. Mas, detestou o ar imponente da outra, principalmente quando ela a chamou de velha. Ficou ainda mais disposta em armar contro o rapaz. Ele parecia meio bobinho, perfeito para cair em sua rede. Mas, sentiu um grande golpe em sua confiança quando a tarde o garoto não apareceu no local, em que havia organizado uma outra armadilha. Ao longo do dia sua raiva só foi aumentando mais. Principalmente a noite quando o Carlos não voltou para a casa em que eles viviam. Durante a tarde ela lev
Era sábado, o patriarca da família Nascimento levantou muito cedo, e pediu ao motorista que o levasse do seu pequeno sítio no interior do estado para a capital. A cidade de São Caitano fica a cerca de uma hora e meia de carro do Recife. O velho voltou para sua cidade natal depois de sua aposentadoria e lá vivia em um pequeno pedaço de terra onde de tudo cultivava um pouco. Nos moldes tradicionais, sem agrotóxicos, com a água cristalina que nasce na própria terra. Hoje os empregados que viviam com ele organizaram um monte de coisas para levar para a casa da neta amada. Um dos seus seguranças dirigia o carro enquanto os outros três ficaram na propriedade cuidando da segurança e dos empregados. O velho Jorge Nascimento conhecia aquele trajeto como a palma de sua mão, quando ele saiu da cidade aos quatorze anos para trabalhar na capital, com apenas alguns trocados, ele foi pedindo carona aqui e alí. O velho voltou à realidade depois de pensar um pouco no passado."Damião, você não esqu
A sala inteira vibrou em constrangimento, até a empregada que estava servindo o café segurou a respiração. Ela vivia na casa a muito tempo, na verdade ela serviu na casa antiga e viu todas as coisas que aconteceram na família. Ontem quando Carlos trouxe para dentro de casa a amante e aqueles bandidos para bater em Paulo. A empregada se perguntou quando a situação absurda em que essa família vivia iria ter fim. Débora, paulo e carlos trocaram olhares entre si, sem saber direito o que responder para a garotinha sobre os machucados no rosto do rapaz. “Soube que ele caiu.” Era a voz do velho salvando a situação. Nem um dos três gostaria de falar à criança o real motivo do rapaz estar com o rosto machucado. E antes que ele tivesse conseguido arrumar uma desculpa o velho os tirou do problema. Mas, isso significava, também, que ele sabia do real motivo da situação do rosto do rapaz. “Que dor! Venha aqui para eu lhe dar um beijinho! depois vai sara!” A sala antes tensa, caiu num riso só c
Depois de ver o carro de Carlos na casa de Débora, Izabel voltou fervendo de raiva para casa. Pensando como deveria fazer para retaliar a outra mulher. Já havia visto pelo plano de ontem que não iria conseguir envolver Paulo de novo em suas confusões, então teria de pensar melhor antes de dar o próximo passo. Como lhe disseram, o melhor era ir trabalhar.Entrou na própria mansão e trocou novamente de roupa, desta vez vestiu um terninho para o trabalho. Pediu o táxi e foi direto para a empresa. O melhor era retomar a imagem que tinha antes de ontem.Quando Carlos chegou à sede da rede de supermercados no vigésimo sétimo andar do edifício que levava o nome de seu avô. Não se surpreendeu por encontrar Izabel trabalhando, ela era assistente de sua secretária e estava vindo da área de cópias com um monte de papel nas mãos. Ela lhe deu um sorriso discreto e voltou para o seu lugar na ante sala da presidência do grupo Mandacaru Alimentício. Carlos naquele momento riscou a impressão que teve
Depois de falar até a criança ficar satisfeita, as duas ajoelhadas começaram a rezar pela alma da de quem se foi. Passaram quinze minutos ajoelhadas sobre o chão frio da capela. Ao levantar Débora olhou em volta, a capela estava limpa e arrumada, flores frescas ornavam o altar e os pés da tumba de Maria Ângela. Elas estavam levantando quando um casal de meia idade entrou na capela. ângela com sua exuberância característica correu para os braços da mulher."Vovó, vovô que saudade de vocês.”“A vovó também tem saudade dessa neta linda.”“Bom dia, tia, tio.”Débora cumprimentou respeitosamente o casal. A menina pegou na mão da senhora alegre. A mãe de Maria Ângela ficou feliz com a visita delas ao local de descanso da filha.“Senhor Jorge, como o senhor está.”“Bem, senhora Fátima.”“Quero lhe apresentar meu marido, Joaquim.”"Prazer, senhor Joaquim.”Eles foram saindo da capela.“A senhora não vai ficar para rezar?”“Não, nós moramos perto. E eu venho todo dia para cuidar da capela, e
O final de semana passou em um piscar de olhos, apesar de toda a diversão e alegria compartilhada com seus entes queridos, o sintomas da tensão pré menstrual de Débora não passou. Na segundo além de tudo ela acordou com uma forte dor de cabeça.Mesmo assim ela se levantou cedo, tomou banho, se arrumou e desceu para tomar café com sua família. Ao passar pelo quarto de sua filha, Ângela já estava pronta para a escola. Fernanda sorrindo para a menina arrumava a bolsa com os livros e cadernos que ela teria que levar para a escola hoje.“Pode deixar Fernanda, já se organizar que eu desço com ela para o café, você deve ter chegado agora.”“Sim, cheguei agora.”“Então, vai arrumar suas coisas. Como foi o final de semana? E como está a madrinha?”“O final de semana foi muito bom e a madrinha está ótima. Mas, pode deixar eu cuido dela.”“Não, faço questão, mais tarde terei plantão. Assim, quero cuidar dela pessoalmente.”A babá desceu para arrumar suas coisas deixando a patroa cuidando da cria
A chegada da força policial fez com que o pânico que Débora estava sentindo aumentasse muito. A médica trabalhou muito para manter uma aparência calma enquanto via adentrar na sala da direção escolar, o delegado Alexandre Oliveira, um dos amigos de Carlos. Afinal, a sua chegada provava que a criança não estaria escondida em algum lugar da escola. Sim, de verdade desaparecida.Tina acompanhou uma chorona Fernanda para fora da sala, enquanto a diretora, o delegado, a professora, Débora e o auxiliar que veio com o delegado se sentaram em uma mesa com seis cadeiras que normalmente era usada para reuniões. “ Que o porteiro havia chegado na sala dez minutos antes da aula terminar e disse que alguém da família veio buscar Ângela. Mas, quando levei a turma para a área de espera para a saída, o porteiro não estava lá no portão, para os procedimentos de entrega das crianças. Não haviam passado nem dois minutos quando a sua babá chegou para levar a menina. foi quando começamos a procurá-la e na