O segurança continuou.
Já providenciei as recomendações da senhora hoje cedo. e quando peguei o relatório percebi que precisaremos de um plano de contenção, já que parece nos, o Senhor Paulo é o alvo da mulher.”
“Faça isso o mais rápido possível. Não quero que Paulo seja pego pela briga entre amantes.”
Débora falou essas palavras sem alterar em nada sua expressão de tédio.
"Irmã, desculpe. Eu não sabia que iria trazer problemas para você.”
“Você não trouxe. Foram os outros.”
Débora se levantou da cadeira em que estava sentada fazendo seu trabalho burocrático, tocou na cabeça do rapaz, para animá-lo. Poucas pessoas eram capazes de despertar o calor no seu coração. Paulo, a médica havia segurado em seus braços quando ele era um bebê. Além do mais, ele era filho de sua madrinha, alguém que cuidou dela e de sua mãe nos momentos mais difíceis.
“Vá dormir!”
Débora falou olhando para o rosto triste do rapaz.
“Boa noite, Irmã.”
“Boa noite, querido.”
Depois que o rapaz saiu, Débora e o Chefe da segurança continuaram conversando sobre as providências. De repente o assunto mudou.
“Seu avô quer vir para cá nesses dias.”
“Sem problemas, só organize as coisas antes dele chegar. Não quero que ele seja pego no meio dessa confusão.”
depois de falar com a patroa o chefe da segurança que era um homem grande e forte por volta dos quarenta anos saiu da sala pisando duro. Débora ficou olhando ele sair da sala, o homem já havia servido o exército, porém, sua esposa teve uma doença rara e ele preferiu desistir de tudo para trazer a esposa para perto dos familiares. Com os conhecimentos adquiridos com o tempo de caserna e o financiamento do avô de Débora montou uma pequena empresa, mas, a ajuda da mulher foi decisiva para a expansão dos negócios. Mesmo tendo um negócio lucrativo, fazia questão de servir a família pessoalmente.
Depois que o senhor Cortez saiu, Débora ficou pensado onde estaria o idiota do Carlos. Afinal, a amante dele ligou procurando-o em casa. Pensou ou ele controlava aquela mulher, ou vou matá-la se continuar mexendo com seus entes queridos.
No bar bem popular Carlos e Alberto tomavam umas cervejas, enquanto o primeiro estava bastante chateado porque Izabel vinha causando problemas, o segundo apenas observava a situação em que o amigo se encontrava.
“Ora, amigo, se anima. A noite está linda, temos um monte de garotas que podemos paquerar, além do mais, já está mais do que na hora de você se livrar de Izabel.”
Carlos olha para o amigo com o olhar assassino. Seu humor não estava para brincadeiras. Ele estava acostumado com a imagem de inocente de Izabel, vê-la vestida como uma prostituta barata hoje de madrugada estragou o seu humor completamente. Além do mais, ao mesmo tempo em que aparecia na frente de Débora. Que apesar de se vestir de forma simples tinha sempre uma figura régia.
Alberto sabia o que Carlos estava pensando, porém, evitou fazer qualquer tipo de comentário para não piorar ainda mais o humor do amigo.
Em um canto mais discreto do bar, que dava vista para o local em que os dois homens estavam, uma mulher bem vestida bebia a sua cerveja e observava a atitude dos dois deles.
Ela pegou o celular e enviou uma localização. E esperou! havia vindo ao bar, tentar esquecer mais uma investida do seu ex-namorado. E se deparou com os dois homens bebendo aqui. Os olhos de Alberto escorregaram para o quanto em que a moça bebia sozinha. Seu rosto franziu na altura das sobrancelhas, quando viu a cena. Ela era uma mulher realmente muito bonita. Seus cabelos negros estavam parcialmente trançados com tranças nagô, sua pele negra tinha um tom de chocolate ao leite, seus labios lindos e carnudos estavam pintados com baton vermelho, deixando seu rosto ainda mais bonito. Ele olhou para o rosto da mulher uma segunda vez e achou que a conhecia de algum lugar. Ele sentiu um desejo forte se misturar nos seus sentidos quando viu a bela figura no bar. Ela estava vestida discretamente, como se tivesse vindo do trabalho para o bar.
Alberto queria se apresentar para a bela e discreta mulher na outra extremidade do salão. Quando um homem se aproximou da mesa, falou alguma coisa com a mulher e sentou-se ao lado dela. Enquanto ela tomava a cerveja ele não tomou nada, apenas observava o salão, enquanto a garota terminava seu drink.
A garota terminou calmamente sua bebida, depois pegou a bolsa sobre a mesa e caminhou para o lado do banheiro feminino se dirigiu para exatamente em linha reta para eles, seu corpo bonito, envolto no vestido branco de estilo clássico na altura do meio das suas coxas torneadas, nos pés, sandálias de tirinhas prateada de salto alto. O homem foi até o caixa do bar e pagou a conta.
Quando ela passou ao lado de sua mesa um suave perfume invadiu os sentidos de Alberto. Uma sensação de urgência fez ele apressar o bêbado Carlos para irem embora. Quando ele chegou na saída do restaurante, o homem estava abrindo a porta de trás de um elegante carro azul cobalto, depois tomou o assento do motorista e partiu com a garota. Alberto ficou um pouco mais aliviado. parece que o homem era subordinado da mulher e estava ali para dirigir, já que ela havia bebido algumas cervejas.
Alberto se sentiu um pouco oprimido quando viu a beldade indo embora, mas, não poderia deixar o amigo bêbado e sozinho naquela hora da noite.
Quando o motorista trouxe o carro de Carlos eles se despediram e Alberto esperou o seu. Enquanto o outro carro desapareceu na noite, como o da bela mulher.
Carlo mandou o motorista fazer um caminho que não fazia a seis meses, mas, hoje era a segunda vez. Quando chegou no condomínio o guarda de segurança observou se ele estava só no veículo e constatou que além do motorista não havia mais ninguém. Logo o carro pode passar e o homem desceu indo direto para o seu quarto no segundo andar. Deitou na cama sem nem trocar de roupa e adormeceu.
Depois de sair da casa de Débora, Izabel estava fervendo de raiva. Ela nunca imaginou que seu plano acabaria assim, com Carlos com raiva dela, também. Quando instigou os colegas de Paulo para o deixar na boate, pensou que iria fazer ciúmes a Carlos e de tabela incomodar a sua esposa. Mesmo todo mundo dizendo que a esposa dele era uma criatura fria e sem emoção. Nos seis meses em que esteve no relacionamento com ele, nunca encontrou a mulher. Sempre teve curiosidade de conhecer pessoalmente essa mulher. Mas, detestou o ar imponente da outra, principalmente quando ela a chamou de velha. Ficou ainda mais disposta em armar contro o rapaz. Ele parecia meio bobinho, perfeito para cair em sua rede. Mas, sentiu um grande golpe em sua confiança quando a tarde o garoto não apareceu no local, em que havia organizado uma outra armadilha. Ao longo do dia sua raiva só foi aumentando mais. Principalmente a noite quando o Carlos não voltou para a casa em que eles viviam. Durante a tarde ela lev
Era sábado, o patriarca da família Nascimento levantou muito cedo, e pediu ao motorista que o levasse do seu pequeno sítio no interior do estado para a capital. A cidade de São Caitano fica a cerca de uma hora e meia de carro do Recife. O velho voltou para sua cidade natal depois de sua aposentadoria e lá vivia em um pequeno pedaço de terra onde de tudo cultivava um pouco. Nos moldes tradicionais, sem agrotóxicos, com a água cristalina que nasce na própria terra. Hoje os empregados que viviam com ele organizaram um monte de coisas para levar para a casa da neta amada. Um dos seus seguranças dirigia o carro enquanto os outros três ficaram na propriedade cuidando da segurança e dos empregados. O velho Jorge Nascimento conhecia aquele trajeto como a palma de sua mão, quando ele saiu da cidade aos quatorze anos para trabalhar na capital, com apenas alguns trocados, ele foi pedindo carona aqui e alí. O velho voltou à realidade depois de pensar um pouco no passado."Damião, você não esqu
A sala inteira vibrou em constrangimento, até a empregada que estava servindo o café segurou a respiração. Ela vivia na casa a muito tempo, na verdade ela serviu na casa antiga e viu todas as coisas que aconteceram na família. Ontem quando Carlos trouxe para dentro de casa a amante e aqueles bandidos para bater em Paulo. A empregada se perguntou quando a situação absurda em que essa família vivia iria ter fim. Débora, paulo e carlos trocaram olhares entre si, sem saber direito o que responder para a garotinha sobre os machucados no rosto do rapaz. “Soube que ele caiu.” Era a voz do velho salvando a situação. Nem um dos três gostaria de falar à criança o real motivo do rapaz estar com o rosto machucado. E antes que ele tivesse conseguido arrumar uma desculpa o velho os tirou do problema. Mas, isso significava, também, que ele sabia do real motivo da situação do rosto do rapaz. “Que dor! Venha aqui para eu lhe dar um beijinho! depois vai sara!” A sala antes tensa, caiu num riso só c
Depois de ver o carro de Carlos na casa de Débora, Izabel voltou fervendo de raiva para casa. Pensando como deveria fazer para retaliar a outra mulher. Já havia visto pelo plano de ontem que não iria conseguir envolver Paulo de novo em suas confusões, então teria de pensar melhor antes de dar o próximo passo. Como lhe disseram, o melhor era ir trabalhar.Entrou na própria mansão e trocou novamente de roupa, desta vez vestiu um terninho para o trabalho. Pediu o táxi e foi direto para a empresa. O melhor era retomar a imagem que tinha antes de ontem.Quando Carlos chegou à sede da rede de supermercados no vigésimo sétimo andar do edifício que levava o nome de seu avô. Não se surpreendeu por encontrar Izabel trabalhando, ela era assistente de sua secretária e estava vindo da área de cópias com um monte de papel nas mãos. Ela lhe deu um sorriso discreto e voltou para o seu lugar na ante sala da presidência do grupo Mandacaru Alimentício. Carlos naquele momento riscou a impressão que teve
Depois de falar até a criança ficar satisfeita, as duas ajoelhadas começaram a rezar pela alma da de quem se foi. Passaram quinze minutos ajoelhadas sobre o chão frio da capela. Ao levantar Débora olhou em volta, a capela estava limpa e arrumada, flores frescas ornavam o altar e os pés da tumba de Maria Ângela. Elas estavam levantando quando um casal de meia idade entrou na capela. ângela com sua exuberância característica correu para os braços da mulher."Vovó, vovô que saudade de vocês.”“A vovó também tem saudade dessa neta linda.”“Bom dia, tia, tio.”Débora cumprimentou respeitosamente o casal. A menina pegou na mão da senhora alegre. A mãe de Maria Ângela ficou feliz com a visita delas ao local de descanso da filha.“Senhor Jorge, como o senhor está.”“Bem, senhora Fátima.”“Quero lhe apresentar meu marido, Joaquim.”"Prazer, senhor Joaquim.”Eles foram saindo da capela.“A senhora não vai ficar para rezar?”“Não, nós moramos perto. E eu venho todo dia para cuidar da capela, e
O final de semana passou em um piscar de olhos, apesar de toda a diversão e alegria compartilhada com seus entes queridos, o sintomas da tensão pré menstrual de Débora não passou. Na segundo além de tudo ela acordou com uma forte dor de cabeça.Mesmo assim ela se levantou cedo, tomou banho, se arrumou e desceu para tomar café com sua família. Ao passar pelo quarto de sua filha, Ângela já estava pronta para a escola. Fernanda sorrindo para a menina arrumava a bolsa com os livros e cadernos que ela teria que levar para a escola hoje.“Pode deixar Fernanda, já se organizar que eu desço com ela para o café, você deve ter chegado agora.”“Sim, cheguei agora.”“Então, vai arrumar suas coisas. Como foi o final de semana? E como está a madrinha?”“O final de semana foi muito bom e a madrinha está ótima. Mas, pode deixar eu cuido dela.”“Não, faço questão, mais tarde terei plantão. Assim, quero cuidar dela pessoalmente.”A babá desceu para arrumar suas coisas deixando a patroa cuidando da cria
A chegada da força policial fez com que o pânico que Débora estava sentindo aumentasse muito. A médica trabalhou muito para manter uma aparência calma enquanto via adentrar na sala da direção escolar, o delegado Alexandre Oliveira, um dos amigos de Carlos. Afinal, a sua chegada provava que a criança não estaria escondida em algum lugar da escola. Sim, de verdade desaparecida.Tina acompanhou uma chorona Fernanda para fora da sala, enquanto a diretora, o delegado, a professora, Débora e o auxiliar que veio com o delegado se sentaram em uma mesa com seis cadeiras que normalmente era usada para reuniões. “ Que o porteiro havia chegado na sala dez minutos antes da aula terminar e disse que alguém da família veio buscar Ângela. Mas, quando levei a turma para a área de espera para a saída, o porteiro não estava lá no portão, para os procedimentos de entrega das crianças. Não haviam passado nem dois minutos quando a sua babá chegou para levar a menina. foi quando começamos a procurá-la e na
A urgência na voz de Débora fez alguém ouvir sua voz tremer pela primeira vez. A mulher sempre composta e indiferente para todos estava simplesmente desconcertada.“Senhora é melhor correr para o hospital, o Senhor Severino acabou de entrar na sala de pronto atendimento. Com um ferimento na cabeça. A Dona Tina entrou para providenciar socorro.”“O que??!!...”Atordoada, Débora se sentou em uma cadeira próxima. “Como ele está?”“Não sei! Apenas sei que ele chegou desacordado.”“chego ai daqui a pouco.”As pessoas na sala cercaram Débora com semblantes de perguntas. “O que aconteceu?”A diretora se dirige a Débora assim que ela desliga o telefone. Débora ainda atordoada olha para as pessoas na sala e diz:“O senhor Severino está no meu hospital. Acabou de dar entrada com um ferimento na cabeça.” “O que?”“O que?”“O que?”“O que?”“O que?”O espanto nas pessoas fizeram todos fazerem a mesma pergunta a Débora. O delegado foi o primeiro a voltar à compostura.“Como assim?"“Não sei mai