Depois de colocar Debora na cama do seu quarto. Pensou em tirar a roupa dela, para que a esposa pudesse dormir confortavelmente. Mas desistiu. Não era muito recomendável, no estado em que estava seu corpo no momento.Na manhã seguinte, eles deveriam partir para visitar o avô. Todos tinham concordado que eles.Ao chegar no próprio quarto, Carlos tirou a pouca e partiu para um banho frio no banheiro. Ele recordou a noite.Depois que a filha do padrinho de Débora chegou, ficou tudo equilibrado, eram seis pessoas. Três casais. Não mais, cinco. Com aquele outro querendo ciscar no seu terrenos. Nunca Carlos havia visto Débora tão alegre e solta. Como hoje a noite. Um sorriso se abriu na boca de Carlos. Ao lembrar do beijo. O beijo dela o deixou pegando fogo de verdade. Mas ele tinha consciência que era porque ela estava completamente bêbada, amanhã provavelmente nem lembraria. Carlos foi dormir com a sensação dos lábios macios dela no seus!De manhã, a primeira coisa que Débora lembrou foi
Depois de falar com o guarda costa responsável ela trocou de casaco, colocou um chapéu panamá na cabeça e o lenço envolta do pescoço. Pegou a mão de Carlos e saiu do carro.“Nós vamos fazer de conta que somos um casal em lua de mel.”“Claro, querida.”“Vá até os outros. Nossa presença pode colocar em risco todos. Eu quero saber quem está atrás de mim. Penso que isso tem haver com o último episódio de violência contra mim.”Na noite fria, o casal caminhava calmamente em busca de uma pousada ou hotel, na cidade. O carro saiu. O guarda ainda estava relutante em deixar os dois sozinhos no meio da noite. Mas o que ela falou era verdade. Ele teria que ficar com a atenção dividida entre os bandidos e a segurança do casal.O casal entrou em uma táxi logo após:“Por favor, poderia nos levar a um hotel?”“Sim, senhor.”O motorista os levou para uma charmosa construção em estilo suiço, depois de Carlos pagar e agradecer ao homem, os dois entraram na recepção do hotel e pediram um quarto. “Sua b
Às oito horas da manhã o telefone de Débora tocou. Ela acordou com o tom do toque. Quando abriu os olhos, deu como os olhos sorridentes de Carlos lhe fitando.“Bom dia.”Ele falou e esticou o braço para pegar o telefone dela na mesa de cabeceira e o entrou ainda a tocar.“Bom dia.”Ela respondeu enquanto pegava e atendia o telefone.“Alo?”O identificador de chamada, mostrava o contato do chefe da segurança de Débora. A voz da garota estava um pouco rouca dando sinal que ela havia acabado de acordar.“Senhora, os guardas já chegaram no hotel.”“Certo, obrigada. Passe o contato do responsável pela escolta para mim. Por mensagem.” “Ok, senhora. Tem uma volta segura. Quando chegar talvez já temos notícia do perseguidor.”“Sem problemas. Até mais tarde.”Ela terminou de falar, mas a todo momento estava consciente do braço de Carlos, que estava em sua cintura.Ela desligou a chamada, e olhou nos olhos instantes de Carlos para ela.“Precisamos tomar banho para irmos embora.”“É, tenho ciê
Os acionistas entraram na sala para a reunião de diretoria convocada para definir o CEO da empresa. Débora na cabeceira olhava para todos os presentes com sua visão aguçada.“Bom dia, senhores e senhora. Como CEO inteira darei início a reunião lendo uma carta de meu avô para todos.”“Claro, senhora. A mensagem de nosso presidente tem muita importância para todos nós.”Todos na sala concordaram com as palavras de um dos acionistas sentado no meio da grande mesa. Débora abriu o papel em suas mãos e começou:Caros Amigos,Muita gente deve ter se perguntado como um vendedor de laranja se tornou o maior acionista de um conglomerado de empresas tão grande como o nosso grupo Mandacaru. Muito dever tensar, trabalho e força de vontade. Eu pessoalmente não creio em tal proposição. Se assim fosse, ser milionário não seria algo tão difícil de encontrar nas ruas do mundo.Digo sem nenhuma pretensão de filosofar. Trabalho e esforço individual é parte importante do processo, porém, o que mais pesa
O dia estava muito quente, apesar de ser cedo pela manhã, o calor sufocava a doutora Débora Nascimento, no fim do plantão, nem o banho frio foi capaz de amenizar o calor que ela estava sentindo. Além do calor sufocante que fazia na cidade esse dia, a TPM estava em seu ciclo mais alto. Tudo de verdade que ela queria era chegar em casa, tomar um novo banho, trocar de roupa e dormir.Quando Débora pegou o carro no estacionamento do hospital seu corpo transpirava todo. Logo entrou no veículo e ligou o ar-condicionado. Aos poucos o desconforto provocado pelo calor foi diminuindo, apesar da irritação por começar o dia desse jeito não passar.Um plantão de doze horas, com atendimentos intermináveis e a constante dor de cabeça, causada pelos hormônios do período pré-menstrual foi a combinação perfeita para fazer um começo de dia difícil para a médica.Ligou uma música no som ambiente do carro, olhou para uma foto de sua filha balançando no espelho retrovisor da frente do carro. Respirou fun
Ninguém em sã consciência poderia dizer que ela era uma leoa. Mas, era assim, que o amigo mais íntimo de Carlos, Alberto, a estava vendo agora. Ele sempre teve curiosidade de conhecer a personalidade dessa mulher. Mas, nas raras vezes em que ela apareceu em público com o marido, uma máscara de indiferença cobria seu belo rosto.Os três homens que foram contratados aleatoriamente na rua para bater no garoto, também se surpreenderam com a personalidade forte da mulher. Izabel a atual namorada de Carlos detestou o ar imponente e a figura bonita que a mulher recém-chegada tinha. Mas, de todos, o mais surpreendido foi o próprio Carlos, que sempre viu a mulher como uma garota calma e fria, sem qualquer emoção aparente. Mesmo na infância, a menina parecia sempre alguém sem qualquer emoção. Só por essa surpresa ele demorou a reagir a atitude dela.“Esse fedelho andou fazendo a minha namorada beber demasiadamente.”Só após ele dizer isso, Débora prestou atenção na mulher que estava em pé ao l
Ao meio-dia foi acordada por beijos molhados no rosto. Antes de abrir os olhos, um sorriso brilhante se abriu no rosto de Débora. Sua doce Ângela chegou da escola e estava lhe acordando com o maior carinho do mundo.“Mamãe, eu te amo. Vamos ao cinema?”“Então a mocinha só me ama, quando quer ir ao cinema?”“Não, mamãe. Eu te amo sempre. Mas, é que hoje eu quero ver Frozen dois.”Débora olhou para a garota gordinha e fofa de cinco anos, sentindo seu coração cheio de calor. Eram poucas pessoas que a faziam sentir assim. Provavelmente terminaria o dia no cinema, com aquela filha fofa.“Vou pensar. Deixe-me tomar banho e ver como fazer com o trabalho de hoje. Mas, se não puder, vamos outro dia. Certo?”“Sim, mamãe.”A garota sorriu, respondendo obediente. “Já almoçou? Fez a lição?”“Não. Eu estou aqui para chamar. O almoço está na mesa.”“Certo. Desça e me espere, vou me arrumar para sair, quando chegar veremos a história do cinema.”A garotinha de cinco anos deu pulinhos de felicidade,
“Que falou sobre isso com você?”A garotinha ficou um pouco assustada, o que Débora estranhou, mas, tentou uma explicação que ela pudesse entender.“Você lembra que disse que queria um cachorrinho no seu aniversário?”“Sim, mamãe. E você disse que se eu ganhasse um animalzinho de estimação teria que amar ‘ele’, e cuidar.”“Aprendeu bem direitinho. É isso mesmo! Quando uma pessoa adota ela tem que amar e cuidar."“Então quando a senhora foi na maternidade me pegar foi como se tivesse um cachorrinho.”Débora ficou chocada com a lógica de Ângela. Mas, tentou explicar melhor.Não é a mesma coisa, de forma alguma. Você se lembra que eu disse que você nasceu no meu coração?”“Quando uma mãe adota um bebê, ele primeiro nasce no seu coração. Não pode ser outro. É um filho mesmo. Vamos fazer assim, no fim de semana nós vamos visitar a mamãe e eu te conto como você nasceu no meu coração, sua bebê maluquinha.”“Está bem. Eu quero uma trança de Elsa.”Mais uma vez, chocada, Débora ouviu a menina