Duas pessoas enganadas pelo destino. Ele é como seu nome diz. Cerberus o cão do Inferno, criado sem amor, sem carinho, para ser alguém cruel, cuja a sua maior qualidade é matar. Cerberus não conhece a compaixão e por isso não demonstra para com os outros. Seu caminho se cruzará com a jovem e inocente Helena, a doce Helena viveu presa em um internato cheia de luxos e privada do mundo. A vida de Helena vira de cabeça para baixo, quando se encontra grávida e nem mesmo sabe como aquilo aconteceu, pois nem ao menos um beijo ela deu em sua vida. Cerberus se verá consumido pelo ódio, pois se tinha algo de bom, se nele havia algum sentimento bom, era o sentia por Helena. Ele jurou a si mesmo matar a criança e o pai, assim teria Helena apenas para ele, mas algo inacreditável o faz recuar. Ao olhar o pequeno menino, antes mesmo de um exame ele tem certeza. Aquela criança é filho dele. E agora será que o amor poderá surgir depois de tantos enganos, será que Helena será capaz de amar um homem que vive na escuridão? Uma história cheia de reviravoltas, e ação, que fará você suspirar.
Ler maisMemórias e Novos ComeçosApollo estava em pé, apoiado na mesa da cozinha. A luz suave da manhã iluminava seu rosto tenso. Selene estava ao seu lado, o olhar em expectativa ansiosa pelas palavras dele. Ela o observava com cuidado, percebendo o turbilhão de pensamentos que passava por sua mente. Ele olhava para as fotos que ela havia encontrado, as imagens de sua primeira esposa e filha, e sentia como se o peso do mundo estivesse de volta sobre seus ombros, a dor e a culpa o corroiam.— Não devia ter pego isso... — Ele disse pegando em suas mãos as fotos que antes se recusava a olhar.— Desculpe. Apollo, eu confio minha vida a você, por favor, confie em mim.Os olhos de Selene lhe passaram confiança. Talvez a coragem para enfrentar o passado estivesse ali. Ela não o pressionou, mas sua presença era um alicerce silencioso. Ele precisava falar — Eu quero contar. — Apollo começou, sua voz mais grave do que o normal. — Vou contar... — Era doído, as palavras ardiam em sua garganta.Selene a
Cerberus e Helena estavam vivendo bem, mas sentiam falta de seu lar, seu refúgio, do lugar com grama e natureza. Já Hera, está radiante, passava suas tardes mimando o pequeno Eros.— Helena, sei que disse não a sua mãe sobre o casamento, mas nisso eu concordo com ela, você tem que se casar. Podemos fazer uma festa pequena, depois de casados, vocês voltam para o sítio, já está quase tudo pronto por lá.— Senhora não precisa se incomodar, eu nunca sonhei com isso, com um casamento. Apenas quero a felicidade do Cerberus e do Eros também. — Helena falava de coração, amava a família que lhe acolheu.Hera pensou em conversar com Helena, pelo filho não teve informações, talvez Helena fosse mais aberta.— Querida, notei que o Eros dorme em seu quarto, dorme com você e com o Cerberus, vocês não fazem... Bom, não na frente dele não é? Pois isso é errado, muito errado.Agora foi a vez de Helena ficar vermelha de vergonha.— Senhora, jamais faria um ato desse, nunca teria intimidade com Cerberus,
Hera ficou boquiaberta com a cena, pensou que seria um feliz reencontro, mas não, aquilo não agradou Helena.— Quando eu disse que estava grávida, vocês me abandonaram, me deixaram no internato para padecer sozinha, dei a luz sem família, sem ninguém passei os primeiros dias chorando junto com o Eros, pois não sabia como cuidar de um bebê. Minha vida mudou quando reencontrei o Cerberus, ele e a senhora Hera cuidaram de mim, me acolheram antes mesmo de saber da ligação de Eros com eles, coisa que vocês deveriam ter feito.O pai de Helena engoliu seco, pensou que se tivesse acolhido a filha quando ela precisou, agora teria ligação com uma família poderosa.— Senhores, acho melhor irem embora, não pensei que tivessem coragem de fazer algo assim! — Hera falou com raiva.— Pois não saio, quero resolver a situação com a minha filha. — O pai disse.Cerberus passou o bebê para Helena e desceu na frente, parou diante daquele que seria seu sogro. Ele não sorriu... Não, aquele só parecia um rosn
Os dias juntos a família de Cerberus não eram de todos ruim. O pai de Cerberus, Teseu, não falava muito, na verdade, mal olhava para Helena ou para o bebê. Já Hera enchia a criança de mimos, buscou no porão vários brinquedos que foram de Hades e Cerberus quando pequenos, adorava passar suas tardes com a criança, ela comprou roupas, comprou até mais do que Helena e Eros precisava.O único problema era Hades, a simples presença dele, seu olhar frio, era sempre uma ameaça velada que a fazia se trancar no quarto como um animal assustado. Mas sempre que o medo tomava conta de seu coração, Cerberus aparecia.Ele gostava de envolver Helena e o filho em seus braços, e assim fazê-los sentirem -se seguros.-----Naquela manhã, Helena estava a mesa, tomando café com a família, tinha Eros no carrinho ao seu lado e todos comendo a mesa. Os modos de Cerberus tinham melhorado muito, ele ainda odiava talheres e comidas finas, gostava de carne, de churrasco e claro de lanches, principalmente os feitos
Helena foi levada para o quarto de Cerberus, demorou alguns minutos para acordar e quando despertou, tinha todos ali a olhando. Até mesmo um médico foi chamado.— Veja, ela está acordando... — O médico disse ao ver seus olhos se mexerem. — Olá senhorita. — Senhora! — Cerberus rosnou para o médico, o fazendo engolir seco e tremer.— A senhora, teve uma queda de pressão, deve ter passado por algum pico de estresse.— Helena, o que houve? Algo a irritou? — A mãe de Cerberus perguntou.Helena olhou Hades ali parado próximo a porta, parecia pronta para dizer seus medos, para entregar tudo, mas os olhos sombrios dele a fizeram recuar, não podia, não deveria fazer isso, pois talvez se colocasse em perigo se o fizesse.— Vocês falaram de um incêndio em sua casa, acham pouco? É muito estresse. — Hades disse. Ele era astuto, daria um jeito de manter Helena calada.Helena apenas concordou com a cabeça e forçou um sorriso, não questionaria ou revelaria nada, não nesse momento.------Enquanto i
Levou quase a noite inteira, mas finalmente Cerberus e Helena chegaram até algumas civilização.— E agora, o que faremos? — Selene perguntou.No rosto de todos havia dúvidas, angústias e muita preocupação.— Cerberus, vou ligar para sua mãe, você e Helena não podem ficar na rua com uma criança pequena, é perigoso demais. Ela vai gostar de recebê-los.— Todos saberão de Helena, apenas a minha mãe sabe, mas e você? Para onde vai?— Eu me viro, sempre me virei. — Apollo disse com um sorriso de lado, sua vida era uma incógnita e se dependesse dele, continuaria sendo.Não demorou muito para o motorista de Hera aparecer, ele ficou encarregado de levar Cerberus e Helena para aquele que seria o seu novo lar.Apollo partiu em um táxi logo em seguida, iria para o seu refúgio, para a casa que um dia deixou para trás quando foi trabalhar com Cerberus.-------Na casa de Hera, ela deixava uma mesa posta, tinha tudo que o filho mais gostava e muito mais, pois ela pensava se Helena gostaria também.
A noite parecia tranquila, em casa em família. Tudo aquilo era um sonho, um sonho bom demais para continuar assim.Hades descobriu a falha, soube quase que de imediato que Cerberus não participou do serviço de Apollo e pior, nem mesmo Apollo estava morto.Hades tinha um segundo plano, se Apollo estava acamado e Cerberus não saía de casa, o pegaria em casa mesmo...Hades contratou uma pessoa que faria o serviço, o homem se passaria por veterinário e assim faria aquilo que Hades não conseguiu antes.O plano parecia simples, matar Cerberus, pegar o bebê de Helena e receber a herança. Depois de tudo em seu nome, como guardião da criança, se desfazer dela era só mais um detalhe.Não passou nem mesmo uma semana, Selene estava ajudando Helena com o bebê, Eros flechava mais um coração.— Eu vou me deitar, leve essa sopa para Apollo, fará bem a ele. — Helena deu a sopa nas mãos de Selene e pegou o filho.No quarto, Helena deu banho na criança e depois o colocou no berço, olhava o filho dormir
Passaram-se três dias até Apollo ter alta e voltar para casa. Assim que passou pela porta, Helena foi até ele e o abraçou, Cerberus confiava nos amigo, mas Selene não sabia quem era a outra mulher.— Cuidado Helena, assim me machuca. — Apollo reclamou. — Essa é Selene, ela cuidou de mim esses dias.— Muito obrigada! Me chamo Helena, esse é Cerberus e o bebê é Eros.Selene sorriu, parecia que Helena e Cerberus eram uma família.— O que houve? — Cerberus perguntou.— Me ajude a ir para o quarto e conversamos... — Apollo pediu, em seu olhar estava clara a preocupação.Cerberus passou o bebê para os braços de Helena e seguiu com Apollo, enquanto Helena e Selene foram para cozinha. Apollo contou da emboscada e do perigo que ele corria, falou também que isso significava que Helena e Eros também estavam em perigo.— O que vamos fazer? — Cerberus perguntou preocupado.— Temos que saber quem e porquê, deve haver um motivo para isso. Por enquanto vamos cuidar da segurança, sua e da Helena.— E
Cerberus sentia a raiva fluir por cada poro de seu corpo, ele e Helena foram machucados, com risco de prejudicar Eros antes mesmo dele nascer.Hera falou ainda do exame de paternidade, queria ter a confirmação do que seu coração já sentia. Ela falou ainda de uma festa de casamento, viu os olhos de Helena brilharem com a proposta. Com certeza, Helena sonhava em ter uma cerimônia e uma festa de casamento.— Apollo está demorando, não está? — Hera disse enquanto devolvia Eros para os braços de Helena. Como psicólogo, Hera imaginou que ele fosse falar com um paciente, e que logo estaria de volta.----------Enquanto isso Apollo estava em apuros, o suposto trabalho era a morte de homem que aliciava meninas para prostituição. Como ele mesmo dizia, uma pessoa que valia mais morta do que viva, mas na verdade, era uma emboscada.— As escadas, ele subiu as escadas! — Um dos perseguidores dizia enquanto Apollo corria as escada de incêndio.Apollo já havia trocado tiro com vários homens, tinha ma