Capitulo 5

Pedro - ao ouvir seu nome pronunciado calmamente por aquele que conhecia por toda sua vida, Pedro sente seus olhos encherem de água, ele teria que aceitar a verdade, sua avó se fora e ele não estava ao seu lado.

Entendo. - Fala finalmente dando um leve e triste sorriso.

Não sei ao certo quando ela faleceu ou se realmente faleceu, a única coisa que sei é que em meio a toda essa loucura foi ela me deixou em um convento com essa carta. - Ísis se sentiu na obrigação de compartilhar com aquele jovem a sua frente o que sabia, ela estende a mão para Heitor que devolve a carta para ela. - Acredito que ela deva fica com você. - finaliza entregando a carta para Pedro, que com uma leve reverência agradece.

Bom, é melhor irmos, logo anoitecerá e acredito que a princesa não esteja preparada para uma noite fria no deserto.

E não seria bom para reputação da princesa pernoitar sozinha em meio ao deserto com 5 cavaleiros. - Fala o homem mascarado.

Antes de irmos, não me recordo de ter se apresentado cavaleiro. - Heitor questiona ao homem mascarado.

Ninguém importante. - O homem responde indo em direção ao pássaro em que chegou, este estava pousado a poucos metros. - Pedro irei à frente verificando se é seguro. - sobe no pássaro, saindo logo em seguida.

Vamos?

Tudo bem, mas antes preciso fazer uma coisa – Artur fala indo em direção a Ísis, então a surpreendendo a abraça como um amigo abraça o outro depois de muitos anos sem se encontrar.

Uma coisa Ísis não podia negar, se sentiu segura por alguns instantes naquele abraço, uma segurança que nunca havia experimentado em sua vida, mas com tal sensação também veio o desconforto, por diversos motivos: primeiro ela queria se iludir, se sentir protegida quando, na verdade, não estava, afinal já havia se acostumado a viver sozinha. Segundo ainda não estava convencida de tudo aquilo que lhe falaram e não queria iludir alguém que parecia tão feliz com a possibilidade dela ser essa pessoa pela qual ele procura, e ele sofreria mais por sua causa. E terceiro, algo no seu interior gritava perigo, mas ela sabia que tipo de perigo, ou quem era o causador de tal sensação.

Decidida colocar um fim em toda aquela situação, Ísis empurra Artur delicadamente, o que no primeiro momento não causa efeito, visto que ele a aperta mais em seus braços e afunda o rosto em meus cabelos.

Senhor Castro me solta, por favor – Ísis pede com calma.

Por favor, não me chame assim – Artur sussurra em seu ouvido, ele a esperou por muitos anos, poucos sabem o quão difícil foi para ele se casar com Marli Garcia.

Por favor, me solta, senhor. – Ísis pede o empurrando novamente, dessa vez ele cedeu – peço que o senhor não me trate como se me conhecesse, eu posso não saber como vim parar aqui ou o que está acontecendo. Contudo, acredito que não seja correto o que acaba de fazer, não somos da mesma família, nem casados para o senhor me tocar de forma íntima e ao fazer isso em público minha honra pode ser manchada. – Ísis ciente que os cavaleiros a sua frente estavam convictos dela se tratar a princesa desaparecida, não insistiria no oposto, ela precisava de tempo não apenas para assimilar tudo aquila, mas também para encontrar uma forma de voltar para casa.

Ela está certa General, não é correto abraçar em público uma dama, ainda mais ela não sendo de sua linhagem sanguínea – Heitor concorda com Ísis.

Tudo bem, estão certos… me desculpe alteza – Artur fala em tom formal fazendo uma leve reverência, sendo seguido pelos outros dois, Ísis não conseguiu disfarçar o desconforto com a situação, apenas retribuindo a reverência.

O tempo está fechando, e o sol já cairá, como já foi apontado – Pedro fala apontando para o pássaro que nos sobrevoava, o que pegou Ísis de surpresa, pois não vira quando o homem mascarado voltara. - não é bem-vista uma dama pernoitar com cinco homens.

Sim, estamos perto do castelo, se nos apressarmos podemos chegar lá no meio da noite.

Mas estamos sem carruagem, como levaremos a princesa? - Uriah fala chamando atenção de Ísis, pois a mesma se encontrava observando atentamente o voo do pássaro sobre suas cabeças.

Trouxe um cavalo a mais conosco, espero que saiba cavalgar princesa – Fala Pedro mostrando um lindo cavalo negro devidamente selado.

Sei, senhor Pedro – Ísis responde ja se direcionando ao cavalo, apesar de não conhecer aqueles cavaleiros, ela acreditava que se fossem fazer algum mal a ela ja teriam feito, e ficar no meio do nada não é uma boa opção. Contudo, ela estrava mais o fato de se sentir segura e tranquila em saber que o homem misterioso estava por perto. - E aí, garotão, vai ser bonzinho comigo?

Parece que ele gostou de vossa alteza – Artur fala se aproximando de Ísis novamente.

Parece que sim

Então aprendestes a montar no convento?

Não, aprendi a alguns anos com uns colegas da faculdade, sempre achei lindo, então quando estava na faculdade conheci um colega cujo pai tinha uma fazenda no interior do estado, passei a frequentar o lugar em todas as férias. - A dama teve que segurar a risada ao observar a expressão do cavaleiro a sua frente, pois, ele parecia em conflito, enquanto parecia um namorado enciumado, sua expressão estava confusa, como se não entendesse o que ela falara.

Quer ajuda para montar?

Não precisa – Fala montando o animal rapidamente com toda elegância que lhe fora ensinada.

Pelo que me parece vossa alteza foi bem-ensinada, tem a postura de uma verdadeira princesa. – Pedro comenta montando em seu cavalo – Vamos nos apressar, temos um longo caminho.

ARTUR – Uriah grita, chamando atenção de todos.

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