Capitulo XI

Por isso trouxe Ísis de volta logo que descobri que a Imperatriz Anna fora morta. - afirma Karen encarando todos no salão. - O reino precisa de uma imperatriz, levem-na para a prisão imperial. - Karen ordena aos soldados que ali apenas observava a cena, porém esse são impedidos por Ísis.

Disseste que ela não estava mais ali, - fala apontando para janela onde Enzo se encontra – disseste que ninguém deseja ver tal dama, algo me diz que sabe quem é ela?

Ah! Claro que sei, todos os seres que possuem alguma importância – a bruxa fala com certo orgulho em sua voz. - sabe.

De que dama falam? E quem pode ser mais importante que o Imperador? - Antony, mesmo ainda em choque com a notícia da morte de sua esposa, questiona a bruxa.

Seu nome é Sinis, não se sabe exatamente o que ela é, muito menos a dimensão de seus poderes, apenas que cruzar seu caminho pode ser desastroso. - A bruxa responde calmamente, mas Ísis sentia que essa calma era somente por fora, no fundo, ela parecia em pânico.

O que ela fazia aqui? - Enzo pergunta atrás de Ísis, o que a assusta, pois não havia notado sua movimentação.

Isso somente ela sabe, pode ser que tenha algo haver com a profecia ou não, afinal não tem como saber o que se passa na cabeça de um ser tão obscuro, muito menos de que lado ela está nessa guerra.

Não podemos acreditar nessa bruxa. - Artur fala finalmente, recebendo apenas um dar de ombros da bruxa – Guardas levem-na para masmorra!

Parece que todo mundo manda aqui, menos o Imperador! - a bruxa comenta rindo ao notar os guardas se aproximando novamente.

Ninguém ousa dar um passo sem minha autorização. - Enzo fala, pela primeira vez seu tom era de comando, ali era o Marechal falando. - General Castro, peço que se contenha, estás na sala do trono e não em um acampamento militar, e não cabe ao general dizer se devemos ou não acreditar no ser interrogado.

Artur não disfarçou seu desconforto com a fala do Marechal, afinal a seu ver com o retorno da Princesa, ele como seu noivo seria o novo príncipe, logo estava acima daquele marechal. Notando a tensão no ar entre ambos cavaleiros Heitor se adianta em tentar apaziguar a situação de seu amigo.

Se me permitem, poderia a Princesa e o Marechal nos explicar de que Dama estão falando?

Da Dama Misteriosa dos cabelos cor de mel e pele branca como a neve. - Pedro responde resumidamente, recebendo o espanto de todos os presentes, nem mesmo os soldados conseguiram disfarçar seu espanto, alguns se dirigiram a janela na tentativa de avistar a dama.

Que profecia é essa der que tanto falas? - Karen resolve perguntar.

— “Um grande perigo surgirá e destruirá a humanidade e os traidores de sua espécie, trazendo aos sobrenaturais leais ao sangue a liberdade, mas para que tal coisa se concretize a princesa e toda sua linhagem deverá ser extinta” - a bruxa responde sorrindo então completa. - Seu fim está próximo, posso ter falhado, mas meu mestre não falhará. - ao Fala isso um forte vento invade o grande salão, e a bruxa outrora presa desaparece.

Todos encaravam o lugar que outrora a bruxa estava, o silêncio reinava o lugar, Enzo encarava Ísis que parecia perdida em seus pensamentos, mas teve sua atenção voltada ao general Castro.

Estás feliz agora? Deixaste a bruxa fugir! - Esbraveja o General acusando o Marechal. - Guardas prendam esses dois traidores.

Traidores? - Tanto Heitor quanto Uriah repetem as palavras de Artur com demasiado espanto.

Artur, não exageras! - O Duque questiona o general calmamente.

Exagerar! Não viste que ele armastes para que a assassina da imperatriz fugistes? - A indignação não voz de Artur era palpável, e tal sensação foi mais perceptiva ao perceber que nenhum movimento foi realizado pela guarda real no sentido de deter o marechal. - Estão surdos? Prendam-no AGORA!

Por favor, se controle General. - Então a voz calma da Princesa Ísis soa no ambiente, deixando o general com certo incômodo. Ísis estava calada pensativa desde a fuga da bruxa, assim como Enzo que se concentrava apenas em observá-la. - Senhora Karen disseste a pouco que me trouxeste de volta assim que soube da morte da Imperatriz, pode me dizer quando ficou sabendo?

Recentemente Alteza, tenho procurado por ela desde que descobrir da farsa de Senka. - Ísis faria mais perguntas, contudo foi interrompida por Enzo.

Sei que tem muitas dúvidas, princesa, mas acredito que devas descansar um pouco, e claro se trocar. - Fala retirando sua capa e jogando sobre os ombros da princesa, ato que a lembrou que as roupas que usava não eram adequadas para a época, muito menos para um “princesa”.- Senhorita Antunes. - Enzo chama e logo uma jovem adentra o salão, ela era relativamente pequena, e de aparência frágil, seus logos cabelos eram loiros brilhantes, encaracolados enfeitados com pequenas flores de diversas cores. Seu vestido era simples, completamente branco com detalhes em flores de renda.- Leve a Princesa para o quarto e a auxilie a se trocar. Princesa descanse amanhã conversamos, tudo bem? - Apesar da fala firme, Ísis sabia que tudo que ele falara era apenas uma sugestão que poderia se recusar, mas ele tinha razão tudo que ela queria naquele momento era um bom banho e dormir um pouco, então com um leve sorriso se retira do salão acompanhando a jovem loira.

Antes mesmo da princesa se afastar completamente do salão, a voz indignada de Artur é ouvida novamente.

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