Capitulo XIII

— Entendo, não tenho nenhum pedido especial, mas eu poderia comer em outro lugar? Não estou acostumada a comer no mesmo ambiente em que durmo. - Ísis explica calmamente, então Elena olha para janela e depois encara a princesa.

— Acredito que esteja na hora do jantar de Vossas Majestades, eles devem estar reunidos no grande salão. - Responde calmamente. - Tudo bem para Vossa Alteza se juntar a eles?

— Claro. - Ísis concorda, de certa forma estranhando o fato de tal proposta não ter sido realizada no início.

Ambas seguem pelo caminho pelo qual vieram, ao descerem as escadas encontram com a senhora Karen acompanhada de uma bela dama, elas realizam uma leve reverência a princesa. O grupo segue silenciosamente para o salão guiados por Elena que andava um pouco mais a frente, mas para abruptamente levando Ísis a esbarrar nela levemente, mas antes que algo fosse falado, vozes exaltadas são ouvidas. Ísis se aproxima da porta onde Elena havia parado, no salão uma Senhora e sua Majestade discutiam, em um canto estavam os generais Castro e Garcia acompanhados do Duque Gonçalves.

— Você só pode estar ficando louco Majestade! – A senhora falava alto.

— Mãe imperial, é minha filha. - O Imperador respondeu.

— E também minha neta…

— Então por que falas tais absurdos, o que passas em sua mente imperatriz viúva, não queria o retorno da princesa? – O Duque questiona a senhora.

— Claro que queria Conde Gonçalves, mas isso foi há 25 anos, mas pensava que a mesma se encontrava morta, e agora me aparece do nada e portando apenas isso! – ela fala mostrando a carta em mãos a que Enzo havia entregado ao Imperador.

— A carta que foi deixada com ela no convento? – O general Garcia questiona.

— Cuidado com a boca general lembre-se que se refere a princesa das terras onde se encontra… – Falou o imperador, mas o mesmo foi interrompido pela imperatriz viúva.

— Isso é o que ela diz Sr. Garcia – Fala a Imperatriz Viúva encarando o grupo que observava a cena na porta. Na verdade, seu olhar ignorava completamente as demais damas, encontrava-se fixo em Ísis, deixando claro sua intensão de intimidá-la. Recebendo de volta um leve sorriso de lado, pois se tinha uma coisa que Ísis Duarte jamais faria seria abaixar sua cabeça para quem quer que seja.

— O que a senhora insinua? – Ísis questiona, agradecendo a Deus pelas aulas de oratória e história que assistiu na adolescência, afinal um passo em falso poderia ser levada a forca. - Por acaso insinuas que essa carta em suas mãos seja uma farsa, por qual motivo eu faria isso? – A Imperatriz Viúva faz menção de retrucar, mas Ísis não permiti que ela pronuncie uma palavra que seja, sua intensão era clara humilhar Ísis, e essa estava decidida a não permitir. – Não tenho nenhum motivo para realizar tal ato, em momento algum disse a qualquer pessoa, que sou a princesa desaparecida, foram vocês que interpretaram assim. Venho afirmando a todos que não sou a Princesa que procuram e caso eu seja, o Imperador já foi informado que não cogito ficar aqui. - Observa a todos no salão, olha para porta onde o grupo que a acompanhara ainda se encontrava. - Gostaria de aproveitar o que estão todos aqui para solicitar que senhora Karen providencie meu retorno ao local e tempo do qual me retiraste, pois desejo voltar para casa o mais breve possível.

— Bom ela não nega ser uma Duarte Majestade. – Fala um senhor, que até então Ísis não notara ao lado da imperatriz viúva.

— Em que momento questionei o fato dela ser minha neta? Isso notei quando a mesma pós os pés nesta sala, o que eu questionava era essa carta? – A Imperatriz Viúva fala balançando o papel em suas mãos novamente.

— Posso ver Majestade? – O senhor fala estendendo a mão para Imperatriz Viúva, que logo lhe entrega a carta.

— O que tanto te intriga nessa carta Mãe Imperial? – O Imperador pergunta aparentando estar levemente esgotado do assunto, contudo a Imperatriz não teve tempo de responder, pois, o homem para quem ela havia entregue a carta respondeu.

— Primeiramente deixe que eu me apresente. - Fala olhando para Ísis. - me chamo Erik Antunes, Alteza, sou comandante do exército na ausência do Marechal Marques. - Se reverência, então volta sua fala para o Imperador, que estava sentado na cabeceira da mesa. - O que incomoda a Imperatriz Viúva Majestade, são alguns erros presentes nela.

— Que erros, General Antunes? – A voz de Enzo soa logo atrás de Ísis, a assustando levemente. O Marechal não usava sua armadura tão pouco sua máscara, o que permitiu a Ísis uma bela visão de um belo par de olhos verdes, seus longos cabelos loiros estavam perfeitamente presos em um rabo de cavalo. Ísis tem sua atenção de volta a discussão a sua frente ao ouvir a resposta do General.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo