Capitulo 7

General Castro, General Garcia. – Um dos soldados os cumprimenta assim que se aproxima, logo depois se vira para o Duque ao qual faz uma leve reverência, mostrando respeito aristocrata. – Estávamos a espera de vossas excelências, Duque Gonçalves, sua prima já se encontra no castelo. – Fala se dirigindo ao Duque, este apenas acena em concordância.

O soldado, que até então não havia direcionado o olhar aqueles que se encontravam mais atrás, finalmente os nota. Sua atenção ficou demasiado tempo sobre a Dama ali presente, afinal apesar de todos os esforços de não permitir que qualquer parte de seu corpo ficasse exposta, um sobretudo era consideravelmente justo, o que demarcava bem suas curvas.

Um pigarro chama atenção do soldado, afinal ele encarava constrangedoramente cada curva de Ísis, o que incomodou aos cavaleiros ali. O soldado, assim como os demais, direciona seu olhar para o autor do pigarro, recebendo o olhar ameaçador de Enzo, sua postura muda completamente, podia se dizer que o jovem soldado estaria prestes a desmaiar de tão branco que ficou.

Marechal Brassard, - para o espanto dos presentes, nem de todos, afinal Pedro conhecia Enzo Brassard a muitos anos, o soldado cumprimenta o homem mascarado. Enzo Brassard, sua história era contada por todo o reino, afinal ele era um exemplo para muitos soldados, mas o que surpreendeu os generais e o Duque ali, foi o fato de nunca terem imaginado que o temido Marechal seria tão novo. - Marechal Marques. - Para completar o espanto dos demais ali presente, Pedro é cumprimentado com o mesmo respeito de Enzo. - Não fomos informados de seu retorno. - O jovem começa a falar com a voz baixa e levemente trêmula, mas não teve oportunidade de terminar, pois fora interrompido pelo grito estridente de Uriah.

MARECHAL? COMO ASSIM?

E você poderia se apresentar? - Pedro questiona o jovem a sua frente, ignorando por completo o General escandaloso. - Me parece deveras novo para estar no exército, ainda mais guardando os portões do palácio.

Major Fonseca, senhor – o jovem responde em postura rígida prestando continência, algo que ele não fez para os outros generais, mesmo eles sendo de patente superior a dele. - É uma honra lhes conhecer, já possuo 20 anos, senhor, e fui designado pelo General Antunes para cuidar dos portões durante a estada do Duque. - Então se vira e chama um dos soldados – Vá avisar que o Marechal voltou…

E onde estaria o General Antunes? - A voz grave de Enzo ecoa, fazendo o jovem Major estremecer como vara verde, nesse momento Ísis nota o quão temido esse homem deve ser.

Está de folga hoje, senhor…

Entendo, fale para ele nos encontrar no salão do trono, e mande avisar a Vossa Majestade que estamos de volta e o aguardamos no grande salão. - Pedro fala passando pelos soldados, contudo como se somente agora se lembrasse dos demais, completa. - Acredito que os Generais Castro e Garcia, assim como o Duque devem estar cansados da longa viagem, uma das damas do castelo irá acompanhá-los aos aposentos. - Finaliza não dando tempo de ser questionado, ele segue para portão do castelo, Enzo se afasta sinalizando que Ísis deveria ir a sua frente e assim ela faz.

O castelo era enorme, todo em pedra, Ísis segue os dois homens um tanto quanto desconfiada, mas não via outra saída, ainda mais após ver tanto temor no olho do Major que os havia recebido. Isso sem falar no fato do Duque e os outros terem sidos completamente esquecidos, e a postura de Pedro como se ele fosse o próprio Imperador.

Após algum tempo de caminhada chegam a um grande salão, ele possuía janelas que iam do chão ao teto, ornamentadas com pesadas cortinas azuis, em um canto havia duas cadeiras, quem visse jamais imaginariam que aquele seria um trono, afinal parecia tão simples. Ao redor do salão duas portas em sentido opostos, uma era aquela por onde passaram, estando essa guardada por dois soldados que em nenhum momento demostraram interesse em evitar a entrada dos vistantes, a outra ficava ao lado do trono igualmente guardado, Ísis imaginou que por ali viria o Imperador.

Ísis observava tudo atentamente, todos os detalhes do grande salão, cada detalhe, cada desenho talhado nas paredes; sob o olhar atendo de Enzo, já Pedro observava despreocupadamente algo pela janela. Pouco tempo após passos são ouvidos então uma voz grave ecoa pelo salão.

Pedro, você não imagina o quanto fiquei feliz ao saber que havia retornado e trouxeste Enzo contigo.

Majestades – Ambos os cumprimentam se curvando, ao contrário do que Ísis esperava, suas vestes não eram pomposas, na verdade, quem os visse imaginaria que não passavam de simples camponeses. - Vossas Majestades estavam no vilarejo? - Pedro pergunta ao notar as vestes do casal a sua frente.

Antony que insiste em ver com os próprios olhos como está o povo. - a Imperatriz comento com ar de graça.

Fala como se gostasse dessas nossas escapadas, minha Imperatriz. - o Imperador provoca.

O grupo parecia tão envolvido em seu pequeno diálogo que não notaram a jovem dama ali acuada no canto sem saber o que fazer ou como agir, afinal a cada minuto que se passava parecia mais distante de conseguir retornar para casa.

Estamos felizes que voltaram e espero que tenham novidades. - A imperatriz fala, mas diferente de antes, seu tom não é risonho e sim sério, ali não era a esposa ou amiga e sim Anna Duarte, a Imperatriz, e todos ali estavam cientes disso.

Não ousaríamos retornar sem cumprimos nossa missão – Pedro responde sucinta e educadamente se afastando, dando a imperatriz a visão da jovem próxima a Enzo, que lhe estende a mão para acompanhá-la até Sua Majestade, ato que a surpreendeu, pois não notara ele se aproximando. Ainda sem graça, Ísis coloca sua mão sobre a de Enzo, permitindo que ele a conduza até o centro do salão.

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