O Cajado do Dragão

O Cajado do DragãoPT

Fantasia
Thiago Pacheco  concluído
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Resumo
Índice

Em um mundo fantástico, composto por Quatro Grandes Reinos, o equilíbrio está ameaçado. Após matar a Família Real de Nascar, declarar-se rei e conquistar o reino vizinho de Istaredes, Rarion domina ambos os reinos desde então e ameaça as demais regiões. Seu poder provém do Cajado Negro, o item mágico mais poderoso já descoberto. Quanto mais tempo passa, há menos esperança para o povo massacrado e os Reinos contam com menos defesas. Já não se sabe por quanto tempo eles resistirão. Depois de muito pesquisar e estudar, Danian, um dos últimos magos, propõe para a Ordem dos Sábios, a elite dos magos restantes, uma expedição em busca de um cajado ainda mais poderoso que o de Rarion. O Cajado do Dragão Redramon, que teve sua existência escondida por muitos anos, seria o único objeto capaz de derrotar o poder do Mago Negro. A proposta de Danian é aceita pela Ordem, que organiza uma expedição com três aventureiros representantes dos Sábios: Helan, uma aprendiz de mago, Toreg, um capitão, e Artemísio, um arqueiro. Os três partem em um jornada por todo o reino a procura do Cajado do Dragão. A trama se intensifica quando Rarion, que descobre tudo sobre a expedição, quer o Cajado do Dragão para si e envia uma antiga força mística para deter o trio de aventureiros ao mesmo tempo em que o próprio Mago Negro planeja uma guerra avassaladora. Junte-se a Helan, Toreg e Artemísio nessa aventura inesquecível.

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25 chapters
Introdução
Uma breve descrição de onde se passa a história             A habilidade de contar histórias foi há muito tempo esquecida. Poucos são aqueles que ainda contam histórias de ninar aos filhos, envolvendo-os em mundos mágicos, histórias fantasiosas ou ainda histórias de impérios de outrora e aventuras de magia. Escrevo este relato não só para resgatar este costume como para transmitir e propagar uma aventura que se passou em um mundo distante que logo será apresentado.            Como testemunha de muitos fatos que ocorreram nesta história, posso assegurar que uma cópia autenticada de meu relato, e dos depoimentos da maioria dos envolvidos, pode ser encontrada nos diversos acervos da Ordem dos S&aa
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1 - A Carta de Convocação
Capítulo 1 — A Carta de Convocação             O Mercado de Hasflot se localizava em uma extensa rua da cidade de Hasflot. Os mercadores chegavam ao mercado bem cedo, por volta das cinco horas da manhã. Afinal, Hasflot era uma cidade portuária e seu mercado era ponto de encontro da região sudoeste de Nascar, portanto, montar uma barraquinha de vendas no mercado de Hasflot era algo inestimável para qualquer negociante.            O movimento era intenso. Bijuterias, artesanatos, produtos derivados do leite, tecidos, roupas, calçados, objetos pequenos, livros, algumas joias, pergaminhos, doces, novas invenções, exóticas engenhocas e outras coisas estranhas; produtos expostos nas barracas, mesas e bancadas ao longo da rua. Os visitantes e os consumidores trajavam as
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2 - A Câmara do Grande Carvalho
Capítulo 2 — A Câmara do Grande Carvalho             O ar frio da floresta de Fangthir, a Floresta Verdejante (ou chamada de Floresta Verde), fazia Helan se apavorar. Aquela floresta tinha muito a amedrontar, mas, para Danian, tinha muito a proporcionar, isto sim.            A Floresta Verdejante ficava perto do Palácio de Biloá, agora reduzido a ruínas devido a ataques e saques dos Sax. O Palácio de Biloá, que até sua destruição serviu de fortaleza para os últimos membros da corte ainda vivos, era o palácio de verão do rei, e a Floresta Verdejante era território de caça. Contudo, a própria floresta era misteriosa. O rei nunca explorou, em suas caçadas, todo o seu interior. Ora estava sombria e tenebrosa, ora estava clara,
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3 - Os Aventureiros
Capítulo 3 — Os Aventureiros                       Danian desceu de seu cavalo castanho, assim como Helan. Estavam em Hasflot de novo, à frente da casa do embaixador. Haviam sido dois dias a cavalo desde a Floresta Verdejante. O dia estava nublado, um vento frio fez a aprendiz de Danian juntar suas mãos para esquentá-las. A casa rosa, pequena e com uma mureta à frente, estava lá. O mago tocou o sino e disse a senha:            — Pela manhã, o pássaro assobia.            — O fogo queima, a águia pia — falou uma voz vinda de dentro. A porta da casa se abriu e o embaixador saiu de lá. — Danian, Danian, Danian… Então, meu car
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4 - Os Ladrões
Capítulo 4 — Os Ladrões             Durante um dia Artemísio, Toreg e Helan cavalgaram em silêncio, ainda se acostumando com a presença de cada um. Toreg no início ficava sempre à frente, mas depois foi cavalgando mais devagar, cansado. Haviam parado para descansar em uma estalagem na estrada que levava ao norte. Chegaram depois da meia-noite e saíram às cinco horas da manhã para evitar serem vistos.            Eles estavam tomando muitas precauções. Sempre por onde passavam, se houvesse qualquer pessoa, eles se escondiam, tentavam passar discretamente. Já haviam andado bastante e agora estavam parados em uma pequena clareira na mata próxima da estrada de terra.            Os caval
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5 - Sombras na Ventania
Capítulo 5 — Sombras na Ventania             Quando a caixa de Helan foi aberta, a aprendiz chorava desesperadamente, temendo pelo que aconteceria e foi rapidamente repreendida:            — Fique quieta! Vim ajudar vocês! — falou uma voz jovem.            Helan não conseguia ver muita coisa, apenas grandes olhos verdes. Dois bracinhos frágeis desamarraram o pano que impedia a menina de dizer qualquer coisa.            — Não sei como agradecer… — balbuciou ela. — Mas… por quê?            — Eu vi que você é uma maga. — respondeu a voz jovem enquan
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6 - Perante Autoridades
Capítulo 6 — Perante Autoridades             Ruybar, a cidade portuária ao norte de Thalian, era uma das maiores cidades portuárias de Nascar. Hasflot contava com o grande mercado, ponto de encontro de muitos, e contava também com o porto, enquanto Ruybar funcionava exclusivamente para o porto. Era através dele que mercadorias de Akma chegavam e partiam (assim como as mercadorias de Ukrania, antes de Rarion chegar ao poder). Ruybar também contava com a UAPA (Universidade Alquímica Paul Atzgerald), construída pelo próprio Conde Atzgerald, que era a excelência em matérias de alquimia, poções, ervas, navegação e conhecimentos astrológicos e formara muitos homens sábios e ponderados.A UAPA deu à Ruybar uma nova visão: Ruybar não era mais somente a cidade merca
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7 - O Servo Leal e seus Vermes Carnívoros
Capítulo 7 — O Servo Leal e seus Vermes Carnívoros             Gormath era extremamente velho. Era careca no alto da cabeça, mas, na região da nuca, longos fios brancos caíam por cima das grandes peles grossas e pesadas que ele vestia. Sua pele era enrugada e caída, seus olhos eram claros e vazios. Podia se ver pela sua mão, que não estava debaixo de nenhuma pele, que Gormath era extremamente ossudo, sem carne. Era esquelético. A primeira impressão que causou em Helan, Toreg e Artemísio foi que ele era um cadáver. Mas na verdade era muito pior.            Posicionados em cada canto da sala havia um animal branco (um babuíno, um antílope, um leão e uma hiena). Perto de uma das janelas próximas ao teto, havia uma
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8 - O Resgate do Reitor
Capítulo 8 — O Resgate do Reitor A refeição no Palácio das Montanhas estava adiantada devido à pressa de Helan, Toreg e Artemísio. Eram cerca de dez horas da manhã e uma grande mesa fora posta na câmara, que ia desde a porta de pedra até o trono de ferro. A mesa estava ali por mera formalidade, pois apenas os três aventureiros estavam sentados ali. O restante dos animais servia-se das comidas e bebidas da mesa, mas se espalhavam pelo salão, comendo deitados, sem talheres ou até diretamente com a boca. Eles eram animais, apesar de tudo.— Então pretendem mesmo fundar um reino independente? — perguntou Helan para Corbinus, que estava deitado no chão com vários curativos em sua perna.— Sim, vamos reerguer o antigo Reino dos Animais Brancos. Já houve uma época onde os animais brancos foram respeitados e tinham
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9 - A Invocação
Capítulo 9 — A Invocação — Eles estão mais rápidos do que eu pensava — concluiu Rarion, com raiva. — Descobri a localização deles. Tenho de agir.No mesmo aposento com pilhas de livros e pergaminhos, o mago negro estava observando o orbe verde de seu cajado negro.— Concordo, Rarion. Mas em que consistiria esta sua ação? — perguntou Morcian, do outro lado da sala, mexendo em seu próprio cabelo negro com uma das mãos enquanto mantinha a outra atrás das costas.— Matá-los — respondeu Rarion com vigor. — Matá-los de uma vez por todas, acabar com meu problema, Morcian! Assim, estaremos livres para nós mesmos procurarmos o tal cajado.— Tenho que discordar disto. Não acho sábio matar meu capitão da guarda.— Você sabia disto quando o en
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