Em um mundo fantástico, composto por Quatro Grandes Reinos, o equilíbrio está ameaçado. Após matar a Família Real de Nascar, declarar-se rei e conquistar o reino vizinho de Istaredes, Rarion domina ambos os reinos desde então e ameaça as demais regiões. Seu poder provém do Cajado Negro, o item mágico mais poderoso já descoberto. Quanto mais tempo passa, há menos esperança para o povo massacrado e os Reinos contam com menos defesas. Já não se sabe por quanto tempo eles resistirão. Depois de muito pesquisar e estudar, Danian, um dos últimos magos, propõe para a Ordem dos Sábios, a elite dos magos restantes, uma expedição em busca de um cajado ainda mais poderoso que o de Rarion. O Cajado do Dragão Redramon, que teve sua existência escondida por muitos anos, seria o único objeto capaz de derrotar o poder do Mago Negro. A proposta de Danian é aceita pela Ordem, que organiza uma expedição com três aventureiros representantes dos Sábios: Helan, uma aprendiz de mago, Toreg, um capitão, e Artemísio, um arqueiro. Os três partem em um jornada por todo o reino a procura do Cajado do Dragão. A trama se intensifica quando Rarion, que descobre tudo sobre a expedição, quer o Cajado do Dragão para si e envia uma antiga força mística para deter o trio de aventureiros ao mesmo tempo em que o próprio Mago Negro planeja uma guerra avassaladora. Junte-se a Helan, Toreg e Artemísio nessa aventura inesquecível.
Ler maisEpílogo As três mulheres estavam em uma caverna escura e úmida. O ar frio e solitário percorria todo o local e dava uma sensação de que tudo estava parado. Não fossem as chamas das três velas no centro da gruta que crepitavam, as Brisas estariam mergulhadas na escuridão. As Rainhas-Irmãs Verona, Morga e Aubrey estavam nuas, lado a lado, em silêncio. Os cabelos cobriam-lhes os seios e a genitália feminina. Seus olhares pareciam perdidos. Não estavam no mundo material — aquela caverna fazia parte do mundo espiritual. Na caverna aguardavam para saber se iriam para o Submundo ou para a Cidade Eterna. As irmãs estavam imóveis, como se fossem estátuas, até que a Brisa de aparência velha exclamou impaciente: — Por que é que eles estão demorando tanto? Odeio esperar, não tenho um pingo de paciência para suportar esta angústia! — esbravejou insatisfeita, batendo os pés
Capítulo 23 — O Aprendiz Nos dois meses em que Helan estivera inconsciente, muitas coisas haviam acontecido.Com a queda de Rarion e ascensão do Reino dos Animais Brancos, a Ukrania, que marchava com os exércitos para as Montanhas Albinas, decidira não atacar o novo reino. Logo após ter reclamado e adquirido o cargo de Arquimago, antes de ter zarpado para Akma, encontrando-se com Marie Claire e mandado trazerem Helan de volta ao continente, Samian mobilizara-se imediatamente para a Ukrania, onde teve uma conversa direta com o rei Salydin, que decidiu reconhecer o Reino dos Animais Brancos e apoiar a estabilização de NascarAo voltar de Akma, Samian convocara os magos assim que possível para integrar a Ordem dos Sábios. Detendo o controle provisório do governo do Reino de Nascar unido a Istaredes, a Arquima
Capítulo 22 — Revelações Helan acordou e teve uma sensação de dejà vu, a sensação de que já vivenciara aquilo que estava vivenciando. Pela segunda vez, acordava de um estado de inconsciência depois de uma exaustão causada pela magia. Nesta segunda vez, entretanto, havia algumas diferenças. Desta vez, a maga sonhara. Sonhara com um campo belo onde o vento tocava a grama e um unicórnio, criatura mitológica, chegara trazendo, em seu lombo, um Espírito que falava por todos os outros. O Espírito havia tocado o coração da maga e explodido em milhões de
Capítulo 21 — A Vingança das BrisasO ritual macabro seguia bem acima do edifício do Antigo Trono. Dali, acima do topo do Antigo Trono, podia-se ver toda a capital, suas praias, as florestas e bosques ao redor da cidade e outras vilas ao longe.Levitando e rodando na direção do topo da torre, as Brisas prosseguiam com seu feitiço que afundava a grande ilha principal do arquipélago de Akma.Aubrey juntou-se às irmãs e as três abriram os braços, formando um círculo. A ira das Rainhas-Irmãs era tão grande que elas não usavam palavras ritualísticas: a simples vontade de destruir Atlântida, vontade essa acumulada por mais de três mil anos, fazia com que o encantamento prosseguisse.— Dê-me o fogo para queimar e devastar! — ordenou Morga.Jatos e bolas de fogo e magma saíram de dentro do
Capítulo 20 — A Verdadeira Atlântida Danian e Lewis aguardavam do lado de fora da torre do Antigo Trono. Eles haviam descansado da viagem que haviam feito e foram informados que a reunião com o rei seria no Antigo Trono. O edifício ficava no alto da colina atrás do Capitólio Real e, após terem percorrido uma escada de pedras antigas e mal lavadas, o mago e o ex-reitor esperaram por alguns instantes até o soldado akmaniano permitir a entrada dos dois. — S’il vous plaît, messieurs — disse o soldado akmaniano, abrindo a porta para os visitantes.O mago e o ex-reitor adentraram a sala principal da torre, o salão do trono. Lewis já conhecia o local e visl
Capítulo 19 — Libertas Quæ Sera Tamen Pela dificuldade que enfrentava quando os raios de luz penetravam em seus olhos, Helan abriu-os lentamente. Levou alguns segundos para se situar. Estava deitada debaixo de cobertas quentinhas e confortáveis. Em sua mão, o Cajado de Redramon estava bem preso, como se ninguém tivesse tocado nele. Já em seu braço, havia apenas a marca do bracelete que usava. Olhou ao seu redor e não encontrou o bracelete em seu campo de visão.Encontrava-se dentro de uma barraca. Estava claro, ainda não anoitecera. Na mesma barraca, Samian, Artemísio e Corbinus conversavam. Mesmo com os diálogos em tom baixo, Helan escutou algumas frases:&
Capítulo 18 — O Dragão no Monte Elizabel Parecia que Helan e Artemísio haviam sido jogados no espaço e retornado para o solo em um segundo. A sensação dos dois aventureiros era de que haviam sido batidos, mexidos e que agora não passavam de uma massa totalmente tonta e desorientada. O transporte dos dois só fora possível com o Cajado de Redramon já que requeria muito poder. Mesmo com toda esta sensação, a dupla encontrava-se perto do Arquimago, no meio de um campo de batalha. Eles tinham que pensar rápido. O bracelete de Helan queimava-lhe o braço intensamente. A dupla conhecia aquele cenário. Eram as Montanhas Albinas. Helan não compreendeu o que se passava, mas o arqueiro logo percebeu: animais brancos l
Capítulo 17 — O Cajado de Redramon Helan quase desmaiou no caminho das pedras, tamanhos eram o calor e o cansaço. Já estava há alguns minutos, provavelmente quinze, atravessando o lago. Helan, enfraquecida, sem estímulo algum, disse a Artemísio:— Tenho a sensação de que me encontro no Submundo…— O Submundo… Mundo inferior, purgatório das almas condenadas, lugar onde o fogo do Primeiro Espírito, a Senhora do Submundo, tortura e atormenta todas as almas condenadas… Acho que não há como comparar isto com o Submundo. Na verdade, suspeito até que o Submundo na verdade seja um local frio. Imagine só que contradiç
Capítulo 16 — O Lago de Magma Helan e Artemísio haviam chegado a várias outras salas e aposentos como o salão de entrada: aposentos que tinham outras entradas de outros túneis. Seguiram pelos túneis que tinham o dragão enroscado talhado acima do portal de entrada. O ar ficava mais quente e pesado, o cheiro mais putrefato, começando a incomodar Helan. Helan quebrou o silêncio que se mantinha por algumas horas: — Será que realmente está lá? — Está falando do quê? — perguntou Artemísio, confuso.<