Amy Summers cresceu ouvindo seu pai tocar violão e sonhando em seguir seus passos musicais. Após a morte prematura dele, Amy decide honrar sua memória e realizar o sonho que ele nunca pôde concretizar. Sob o nome artístico Aurora, ela irradia nos palcos conquistando o título de "Princesinha do Pop" em menos de um ano. No entanto, por trás da luz dos holofotes, Amy enfrenta um vazio emocional que a fama não pode preencher. Enquanto isso, Marcus Caldwell, um empresário rabugento, viúvo e pai dedicado uma adorável garotinha de cinco anos, está mergulhado em sua busca incessante por sucesso para proporcionar uma vida confortável a sua filha. O trabalho consome Marcus, deixando-o ausente e desconectado emocionalmente de Sophie, que cresce admirando Aurora apenas através das telas. Quando Sophie descobre que um evento de caridade com a presença de Aurora está ocorrendo próximo à sua casa, ela implora ao pai para levá-la ao evento, na esperança de realizar seu sonho de conhecer a inspiradora cantora que alegra seus dias. Enquanto Marcus reluta devido ao seu trabalho, ele é confrontado com a realidade de sua distância emocional de Sophie. O destino entrelaça a vida dos três, onde cada um é levado a confrontar suas próprias buscas e inseguranças. Amy questiona se a fama é o caminho para a felicidade e busca redescobrir sua paixão. Marcus se vê confrontado com as consequências de sua ausência na vida da filha. Enquanto isso, Sophie anseia por uma família completa.
Ler maisDois dias após o aniversário de Sophie, a vida parecia retomar seu ritmo normal, mas ainda havia uma atmosfera de expectativa no ar. Quando o celular de Amy vibrou com uma ligação de Marcus, ela sorriu involuntariamente. Desde que tinham se reencontrado, havia uma tensão latente entre eles, algo não resolvido que pairava como uma promessa.— Quer jantar comigo hoje? — Marcus perguntou sem nem mesmo dar oi para Amy.— Oi para você também. — Amy riu quando Marcus murmurou um pedido de desculpas. — Claro. Algum motivo especial?— Sophie está na casa dos meus pais. Minha mãe e ela estão decidindo os últimos detalhes do vestido para a festa do fim de semana. Achei que seria uma boa oportunidade para termos uma noite tranquila.— Tudo bem, vou me trocar e vou até aí.A ligação terminou rapidamente e então a cantora correu para se trocar, não queria parecer desesperada com aquele jantar, mas não queria dar a impressão que fazia pouco caso de Marcus.Quando chegou à casa de Marcus, Amy foi re
A cantora pop ainda se sentia tomada por uma mistura de emoções após o reencontro com Marcus. Voltando para a mansão que dividia com seus pais e Zoe, ela foi recebida pela familiar tranquilidade daquele lugar que sempre parecia envolvê-la com um manto de segurança. Era tarde, mas o silêncio confortável da casa a acolhia, como se entendesse que ela precisava de um momento para respirar e assimilar tudo o que havia acontecido.Amy acordou com os primeiros raios de sol atravessando as cortinas finas do quarto. Ela se espreguiçou devagar, envolta da tranquilidade do amanhecer. Hoje era o dia do aniversário de Sophie, a quem ainda não tinha visto desde que chegara.Era o dia de passar um tempo significativo com a garotinha que não via a tanto tempo, embora ansiosa, sabia que esse momento era essencial para reconstruir o laço que havia sido interrompido pelos anos de ausência.O cheiro reconfortante de café fresco se espalhava pela casa. Após se vestir com algo simples — jeans confortável e
Marcus suspirou, passando a mão pelos cabelos bagunçados enquanto sentava na beira da cama. Seus olhos ganharam um brilho suave, misto de saudade e ternura.— Sophie sentiu muita falta de você, Amy. Ela falava de você quase todos os dias... até tentou me convencer a te procurar várias vezes. — Ele soltou uma risada fraca. — Agora que está prestes a fazer dez anos, ela já entende melhor tudo o que aconteceu. Desde a morte de Rose, até a sua repentina mudança de país.Amy sentiu um aperto no peito. Pensar em Sophie, doce e esperta, partia seu coração. Ela sabia o quanto a menina tinha se apegado a ela e como a ausência repentina poderia ter sido confusa.— Eu... sinto muito por ter desaparecido daquele jeito — disse Amy, a voz embargada. — Nunca quis machucar Sophie. Ela é uma garota incrível. Não merecia ter passado por essa turbulência com a gente.Marcus assentiu, a compreensão estampada em seu rosto.— Você foi importante para ela, e sempre será, se quiser.Amy respirou fundo, busca
Amy sentou-se na beira da cama, o olhar perdido nas memórias que fluíam como um rio turbulento. Marcus ficou em pé, a poucos passos dela, os ombros tensos e os olhos fixos no rosto dela, como se cada palavra fosse uma ponte que ele temia atravessar, mas sabia que precisava.Marcus conseguia ouvir as batidas do seu coração pulsando como o tambor de uma guerra invisível, ecoando em seu peito com urgência. Não conseguia ler a expressão de Amy como antes e isso o deixava ansioso, eram quase cinco anos de diferença da doce menina de vinte anos.— Desculpe, — Amy começou, a voz baixa, quase um sussurro. Ela ergueu os olhos para ele, as lágrimas ameaçando cair. — Por ter sumido. Por não ter enfrentado tudo isso antes. Eu estava... com medo, Marcus.Ele franziu o cenho, prestes a interrompê-la, mas ela ergueu uma mão, pedindo silêncio.— Medo de não ser autêntica. De não saber quem eu era. — Ela respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. — Minhas músicas não eram minhas. Elas eram do
Marcus jogou o copo de whisky vazio na mesa, o som ecoando pela sala silenciosa. Seu peito estava apertado, e ele não podia ignorar a declaração de Amy na coletiva. Ela ainda o amava. Aquelas palavras ecoavam em sua mente como uma música que ele não conseguia parar de ouvir. Sem pensar muito, levantou-se, pegou o moletom jogado no sofá e calçou um par de tênis. O habitual terno impecável ficou de lado. Hoje, ele era apenas um homem desesperado.Com as chaves na mão, ele saiu de casa em passos rápidos, ligando o carro com uma urgência incomum. Enquanto dirigia pelas ruas iluminadas, sua mente corria ainda mais rápido. O hotel onde Amy estava parecia estar a um mundo de distância, mas ele não podia se atrasar. Não agora.No hotel, Amy terminava de assinar os últimos álbuns e fotos para os fãs que ainda aguardavam por ela. Seu sorriso era gentil, mas havia algo distante em seus olhos. As palavras que confessara sobre Marcus ainda pairavam em sua mente. Ela não esperava que as coisas foss
Era o dia do aniversário de Amy Summers. A cidade estava em polvorosa, com flashes de câmeras e jornalistas ocupando as ruas em frente ao luxuoso hotel onde aconteceria sua coletiva de imprensa. Amy estava sentada no camarim, vestindo um elegante vestido azul-celeste de alças finas que destacava sua nova imagem confiante e madura. Seu cabelo curto, que mal passava dos ombros, estava perfeitamente arrumado, e o brilho nos olhos refletia a mistura de ansiedade e determinação.Ethan entrou no camarim com um sorriso encorajador. Ele vestia um terno impecável, o semblante calmo transmitindo segurança.— Está pronta? — ele perguntou, observando-a com atenção.Amy respirou fundo, ajeitando a postura. — Acho que sim.Ethan segurou sua mão por um instante. — Você não está sozinha. Vamos enfrentar isso juntos.Ela assentiu, um sorriso grato escapando por seus lábios. — Obrigada, Ethan.A sala de conferências estava lotada. Câmeras de vídeo, microfones e celulares apontavam na direção de Amy
Marcus estava sozinho em seu quarto. A escuridão se fazia presente, interrompida apenas pela luz suave de um abajur no canto, que projetava sombras longas e inquietas pelas paredes. Ele se encontrava encostado na poltrona de couro próxima à janela aberta, sentindo a brisa fresca da noite em sua pele. Vestia apenas uma bermuda cinza, os pés descalços apoiados no chão frio. Na mão, um copo de whisky, o líquido âmbar refletindo a luz fraca.Ele inclinou a cabeça para trás, fechando os olhos por um instante. As imagens de Amy surgiram em sua mente como uma avalanche, impossível de conter. Seu coração ainda pulsava mais rápido do que o normal desde o momento em que a vira na cafeteria. A sensação de vê-la ali, tão próxima, após anos de ausência, o desestabilizara completamente.“Ela voltou… e nunca mais vai embora”, ele repetiu para si mesmo, as palavras de Amy ecoando em sua mente. Uma fagulha de esperança parecia querer se acender dentro dele, mas ele a apagava rapidamente, recusando-se
No jardim amplo e bem cuidado da mansão, a brisa fresca da noite acariciava suavemente os rostos de Amy e Ethan enquanto os dois caminhavam lado a lado. A luz da lua filtrava-se pelas folhas das árvores, lançando sombras delicadas no chão de pedra. Amy segurava uma caneca de chá, apreciando a sensação de estar em casa.— Você tem se sentido bem desde que voltou? — Ethan quebrou o silêncio, os olhos atentos observando o rosto de Amy enquanto ela parava para admirar as flores recém-plantadas.Amy assentiu, um pequeno sorriso nos lábios. — Sim, acho que sim. Estar aqui me dá uma sensação de conforto. É bom estar com minha família, mas, ao mesmo tempo, sinto que ainda estou me adaptando a tudo. Ainda sou... diferente de quem eu era antes.Ethan, sempre paciente, inclinou levemente a cabeça. — É compreensível. Você passou por muitas mudanças. E agora, voltar para um lugar tão familiar pode ser um desafio. Mas você parece mais forte, Amy. É visível o quanto a doce e frágil menina se torno
Após a breve conversa com Zoe, a atriz saiu do quarto avisando que tomaria café e sugerindo que Amy fizesse o mesmo. Amy suspirou, tomou um gole de café na xícara que segurava, e então suspirou, esboçando um sorriso antes de seguir em direção à cozinha.— Bom dia, família! — saudou animadamente, colocando a xícara na bancada e abraçando sua mãe pelas costas.— Como você está? Escutamos o barulho vindo do seu quarto. Zoe comentou que você estava tirando coisas da parede. — Melissa afastou-se levemente do abraço para olhar a filha, dando-lhe um beijo carinhoso na bochecha.— Quero mudar o meu quarto, tirar a identidade visual da Aurora e deixá-lo mais com a minha cara. — Amy riu ao se sentar à mesa, enquanto Charles colocava um prato com panquecas à sua frente. — Obrigada, pai.Charles respondeu com um sorriso e um beijo no topo da cabeça dela antes de voltar a servir mais panquecas para Ethan e Zoe, que já estavam à mesa.— Podia ter deixado isso para a tarde — comentou ele, colocando