13. O Casaco, o Cheiro e a Ingrata

Por um segundo, eu congelei. Literalmente. Meu coração parou como se tivesse levado um choque, e minha pele se arrepiou de um jeito irritante. Eu tremia, e não era de frio. Ele parecia perceber, porque, em um estalo, soltou-me. Como se tivesse acordado de um transe. Dei um passo para trás, a raiva queimando meu rosto.

— Não ouse me tocar de novo! — gritei, tentando manter o pouco controle que ainda me restava. — Vai embora!

Estávamos ambos ofegantes, mas por motivos completamente diferentes. Eu de pura frustração, ele… bem, o jeito como os olhos dele me devoravam não deixava dúvidas. Era desejo. Pela primeira vez, eu vi desejo ali. E eu odeio admitir que parte de mim ficou feliz.

Alexander se recompôs, ou pelo menos tentou. Não se aproximou, mas também não desviou o olhar. Ficamos assim, parados, respirando pesadamente, enquanto a tensão pulsava entre nós, quase tangível.

É frustrante perceber que, mesmo depois de três anos, eu ainda não consigo decifrá-lo. O homem que todas as mulher
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