16. O Peso de Ser Invisível

No passado, quando o deixei, eu estava tão cega de raiva que mal conseguia pensar direito. Meu coração parecia um campo de batalha, e a dor era crua, gritante. Mas agora, três anos depois, tudo o que resta são cicatrizes — elas não doem, mas também nunca somem. Conversar com Alexander hoje é quase como falar com um estranho. A mágoa perdeu o impacto, coberta pela neblina do esquecimento, então consigo falar sobre divórcio sem me debulhar em lágrimas ou berrar.

Do outro lado da linha, o silêncio dele dizia muito. Eu quase desliguei, satisfeita com o que havia dito, quando a voz de Alexander emergiu do jeito mais calculado.

— E se for eu quem não quiser te deixar ir? Como você pretende me convencer a aceitar o divórcio?

— Senhor Speredo! Você não tem respeito próprio?

— Não tenho falta de respeito. Respeito a mim mesmo, e muito. O problema é que não tenho você, esposa. E isso não me agrada.

Sem pensar duas vezes, desliguei. Não tinha paciência para lidar com aquele homem. Não agora. Na
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