12. Contratos, Beijos e Outras Armadilhas

Eu não esperava nada menos do que frieza. Afinal, ele nunca foi do tipo que se preocupa, então por que agora meu estômago estava se retorcendo de culpa? Ele pegou o kit de primeiros socorros com a mesma calma meticulosa de sempre e começou a tratar o ferimento. A cada movimento, eu sentia aquela tensão pairando no ar, mas ele, como sempre, não deixava transparecer nada.

— Não — sua voz veio baixa, mas firme —, você quis me machucar, esposa. E conseguiu.

A lâmina de suas palavras cortou mais do que qualquer faca poderia. Fiquei ali, quieta, observando-o. Ele não se preocupou em dizer se o corte era profundo, nem eu perguntei. No fundo, acho que merecia o silêncio.

Quando terminou, fechou o kit, jogou o algodão manchado de sangue no lixo e saiu do quarto como se nada tivesse acontecido. Em questão de minutos, estava de volta, segurando sua bolsa e casaco, calçando os sapatos com aquela eficiência insuportável. Nem sequer olhou para mim quando saiu. E assim foi. Três anos. Três longos an
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo