Capítulo 22

O aroma de café trouxe minha mente do mundo dos sonhos para o presente. Não sonhei, mas o sono foi profundo o bastante para me fazer sentir descansada.

Abro os olhos e encaro o janelão aberto. A brisa fresca vinda do mar me faz querer continuar deitada, mas a voz de Eduardo interrompe minha contemplação.

— Preparei café — diz ele, sentando ao meu lado e me estendendo uma xícara.

Ainda sonolenta, sento-me e aceito a bebida com gratidão.

— Achou café?

— Temos que ir ao supermercado. Enquanto não formos, não vou sossegar. Agora toma isso logo. — Ele diz, levantando-se e indo até a cozinha.

— Você não tem nada melhor para fazer? Não tem amigos? Um lugar para ir? — rebato, levantando-me também e indo na direção dele. — Não precisa estragar seu final de semana comigo, Eduardo.

Tomo a xícara das mãos dele e a coloco na pia com um gesto firme.

— Vai, vai cuidar das suas coisas. Qualquer dia desses eu vou ao supermercado.

Quando me viro para encará-lo, ele já está bem perto. Perto demais.

— Nã
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