"Meia verdade, pode ser uma mentira?" Romance secreto Gravidez Bebês gêmeos Investigação Humor Geovana trabalha desde os dezoito anos em um escritório, e depois de cinco anos de trabalho árduo e pontualidade, acreditou que seria promovida, porém isto não acontece. Na verdade ela perde seu emprego e como se o dia não pudesse piorar, ela descobre que seu namorado a está traindo. Totalmente arrasada, ela desabafa com amigos e revela que deseja abrir mão de um convite para um cruzeiro que havia ganhado dias antes e que a jovem pretendia curtir com seu namorado. Porém, incentivada pelos amigos, ela embarca nesta aventura em alto mar, sozinha. Adrian é CEO de uma das maiores empresas de turismo, porém há suspeitas de fraude e desvio de verba nos cruzeiros realizados pela empresa. Para averiguar da perto o que pode estar acontecendo, ele embarca clandestinamente em seu próprio cruzeiro. Entre muita investigação e confusão, a semana no cruzeiro será a mais interessante na vida do casal. Mas, e depois que o cruzeiro acabar, como seguirá esse romance?
Ler mais3 meses depoisGeovanaE eu que achei que o meu quarto. durante a minha primeira estadia no cruzeiro que conheci Adrian, era luxuoso. Achei isso porque não tinha passado nem perto das suítes mais caras. Contemplo o ambiente ao meu redor e é como estar em um hotel de verdade, daqueles de luxo que passa na televisão.Em frente a um espelho com um enorme sorriso no rosto, vislumbro o lindo vestido de noiva que estou vestindo. O tecido é impecável e imponente transmitindo a riqueza do meu futuro marido, mostrando que apesar das adversidades, ele conseguiu manter a estabilidade e prosperidade do seu dinheiro. O casamento será realizado por um juiz de paz na área da piscina do navio, onde geralmente ocorrem os shows, mas que hoje foi reservado especialmente para o nosso casamentoEstou muito nervosa. Até pouco tempo o pessoal da maquiagem estavam aqui fazendo um belo trabalho. Meu cabelo está bem cacheado e jogado para o lado com um modelo diferente e moderno. Na lateral mais baixa, um arra
AdrianFiquei aflito enquanto Geovana passava pela cirurgia para ganhar as nossas filhas. Não me deixaram entrar na sala, disseram que eu poderia deixar a minha paçoquinha nervosa. É muito ruim estar de mãos atadas enquanto a mulher que ama coloca a vida em risco para dar à luz.Mas naquele momento eu não conseguia ficar parado e andei de um lado a outro enquanto a cirurgia durou. Não consegui me sentar nem mesmo sair da sala de espera. Cada médico que passava eu achava que viria falar comigo. Não desejo essa aflição a ninguém.Quando a doutora veio me avisar que as duas haviam nascido e que as três passavam bem. Foi uma sensação de alívio tão maravilhosa. Senti até mesmo minhas pernas amoleceram, como se todo aquele tempo andando tivesse custado todas as forças das minhas pernas.Mas agora estou feliz e aliviado ao ver minha futura esposa amamentando as duas meninas. Beatriz nasceu primeiro e está trajando um macacãozinho rosa pink com os sapatinhos da mesma cor que minha mãe fez. El
GeovanaFaz uma semana que estou morando na mansão da mãe do Adrian. Minha sogra fez questão de ir até o meu apartamento e me convencer que na reta final da gravidez não é prudente ficar morando sozinha. Meus pais moram no interior e vivem da agricultura, eu quis tentar uma vida diferente na cidade e o preço disso é viver longe de meus pais. Como eu sabia que dona Solange estava certa e eu não podia ficar na casa da minha mãe devido a distância de tudo, resolvi aceitar a oferta.Como resultado, sou tratada como uma princesa todos os dias. Nem mesmo o copo ela me deixa lavar. Encostar em uma vassoura, então, nem pensar, e como não tinha algo para ocupar a minha mente, aprendi com dona Solange um hábito que vinha fazendo esse papel muito bem: a leitura. Não tinha o hábito de ler, mas a mulher me indicou vários de seus romances favoritos e depois que comecei, não consegui mais parar.Enquanto conversava com Solange e Ariane, decidimos sair para comprar mais coisinhas de bebê. Trouxe tudo
MirelaQue vida do cão que eu tenho neste lugar. Meu advogado garantiu que me tiraria daqui, mas até agora nada. Me adiantei e antes que dissessem que eu não tinha a intenção de pagar às pessoas afetadas pela explosão, assinei uma procuração a meu advogado autorizando que ele realizasse os pagamentos das indenizações quando saísse o processo. Ele me garantiu que esta postura mostraria às autoridades minha boa intenção e arrependimento e que talvez conseguiria me tirar daqui até que saísse a sentença. Pelo jeito de nada adiantou. Droga! Entreguei o melequento na hora errada, achei que já estivesse com tudo ganho, mas me enganei. O menino sim seria garantia de sair daqui mais rapidamente.Agora só me resta aguardar e aturar essas presas nojentas que tem nesse lugar. Nunca peguei em uma vassoura e agora tenho que lavar privada cagada, varrer pátio e esfregar chão. Sinto vontade de vomitar só de sentir o cheiro de cloro que usam nesse lugar. Eca.Agora estou em um desses momentos de tortu
AdrianDepois da confissão que consegui de Mirela, fui imediatamente até o investigador e entreguei o áudio. Ele deu início a todo processo necessário e uma semana depois o juiz decretou a prisão preventiva da minha ex.O juiz entendeu que ela poderia fugir e que tudo o que tínhamos contra Mirela era prova o suficiente para mantê-la presa até que saísse seu julgamento, algo que sabemos que demora bastante para acontecer.Aquela semana deixei a loira bastante a vontade na empresa, e isso me custou alguns prejuízos, mas não podia espantá-la. Tinha que deixar a mulher com o gostinho da vitória, somente assim ela estaria sempre a disposição da polícia quando saísse o mandato de prisão preventiva.Faço questão de estar presente no momento em que os policiais forem prender aquela louca. Por esse motivo o investigador me informa que a polícia está a caminho e presencio a cena com um sentimento de justiça. A infeliz que causou prejuízos imensos está indo presa. Não sei quanto tempo ela ficar
MirelaAssusto Antonela, a secretária incompetente de Adrian, com um tapa forte em sua mesa. A garota pula no lugar, levando as mãos ao peito.— Meu Deus, senhora Mirela, que susto! O senhor Adrian ainda não chegou.— Perguntei alguma coisa? Me dá a chave da sala.— Senhora, me desculpe, mas eu não posso. São ordens do chefe...— A chefe agora sou eu — falo convicta, pois sei que de hoje não passa. Adrian vai assinar esse documento hoje, nem que eu tenha que ameaçar a sua vida com uma arma apontada para a sua cabeça.A garota arregala os olhos com a minha revelação.— Espantada, garota incompetente? Me dê a chave ou estará na rua hoje mesmo!— Mas o senhor Adrian nem a dona Solange falaram qualquer coisa, ninguém anunciou nada.— E quem vai anunciar a própria derrota? Anda, me dê a porra da chave! — Me altero e a garota me entrega a chave da porta se tremendo toda.Abro a sala e aquele cheiro de ambiente fechado me acerta em cheio. Não acredito que Adrian tenha que ligar o próprio ar
GeovanaSorrio ao ver o carinho que a minha sogra tem com o netinho. O bebê é retirado da água e enrolado na toalha. Aos poucos o choro cessa e Adrian chega com a mamadeira.Dona Solange pega o objeto das mãos do filho e pinga o leite no dorso da mão, comprovando que a temperatura está boa. Ela se senta na cama, acomoda o bebê no colo e dá a mamadeira para ele que mama avidamente. — Cuidei de gêmeos, meu filho — a mulher diz — Dois chorando ao mesmo tempo e querendo a mesma coisa não é mole não. Seu pai me ajudou muito durante as noites. — Relembra dando um beijinho na testinha do bebê.Me aproximo mais deles e o observo mamar. Minha sogra me encara.— Em breve será vocês dois cuidando dessas duas bênçãos que estão chegando — sorrio só de pensar no momento em que terei minhas duas meninas nos braços.— Estou ansiosa por isso — respondo.A mulher olha para o filho.— Já marcou a data do casamento? — a pergunta da mulher nos pega de surpresa, Adrian ainda não tinha falado sobre isso.—
GeovanaMeus amigos arrumaram uma cadeira mais confortável pra eu me sentar no meu trabalho, não uso mais o banquinho de madeira. Agora tenho uma cadeira ampla com encosto e apoio para os braços, mas tenho que me levantar para escrever. Nem tudo é perfeito, mas ainda assim prefiro a cadeira.Estou atendendo uma cliente que acabou de fazer uma progressiva com a Naty e as unhas com Cris, recebendo seu pagamento, quando vejo Adrian entrar pela porta de vidro do salão.— Deu formiga na empresa, campeão? — Hugo implica com meu namorado. Engraçado como no último mês praticamente se tornaram amigos.Silencioso, se sentou em uma das cadeiras de espera e apoiou a mão sobre o joelho. As mãos pendendo e os olhos encarando o piso claro.— Você está bem, meu amor? — Me aproximo dele depois de dispensar a cliente.O salão está vazio, e quando dá esse horário de 17h e o local está assim, geralmente Naty me dispensa. Antes que eu peça para sair, ela me libera.— Pode ir, Geo. O salão está vazio.— Ob
MirelaFazia tempo que estava armando aquele golpe e finalmente tinha chegado o grande dia. Ali na sala de reuniões havia pessoas de minha confiança, aquelas que eram a favor da saída da família Brandão do poder. Há anos que muitos queriam uma fatia maior naquele bolo e a família, sempre muito conservadora, evitava distribuir outras fatias da empresa. Sendo assim, não foi difícil convencer a alguns que eu seria uma escolha melhor para ocupar a posição de CEO e presidente da empresa ao invés de Adrian.O documento apresentado é falso e não tem valor algum, mas serviu para o seu propósito. Com as ações desvalorizadas e com a quebra de confiança entre os associados, Adrian tenderá a ceder. Será muita pressão sobre ele. Cada atitude foi pensada com detalhe. Desviar verba para enfraquecer os bolsos da empresa, depois causar prejuízos cada vez maiores com os cruzeiros fazendo-os parecer um ralo de dinheiro, que dá mais despesas do que lucros, e por fim a quebra de confiança de seu público