Adrian O problema de nascer em uma família de boa condição financeira é que você não aprende a fazer serviços braçais desde cedo, e agora o fato de ter passado o dia carregando caixas e sacos pesados durante todo o dia está cobrando o seu preço. Desde que me viram na adega e me pediram que pegasse um saco de batatas que meu dia não parou, sempre que entregava um, recebia o pedido para outra coisa. E agora estou morto de cansaço, preciso investigar, foi pra isso que me infiltrei nesse navio sem nem mesmo informar a minha mãe, e tudo o que consegui hoje foi descobrir as garrafas de vinho superfaturadas e tirar foto delas. Mas no momento, tudo o que eu quero é um bom banho e depois arrumar um meio de ter comida. Não me misturei aos outros funcionários para o jantar, já que tinha medo que me descobrissem em meio a conversa descontraída. Durante o trabalho, ninguém olha muito na cara um do outro, mas quando se para para comer e beber, a coisa muda de figura. Entrei no quarto e notei qu
Geovana “Minha santa das solteiras, me segura” Foi o que pensei quando a boca do boy supergato selou a minha. Deveria me afastar, me fazer de difícil, mas não consegui nem pensar naquele momento, reagir então, impossível. Acabei aceitando o seu beijo gostoso e o aprofundando. Minhas mãos percorreram o peito musculoso e liso dele e senti algo em mim se animar, mas um beijo com um desconhecido é uma coisa, algo a mais não faz meu tipo, eu não sou assim, apesar que esse homem é uma tentação. Encerro o beijo com um selinho e aguardo a reação dele. Seus olhos escuros me encaram, seus lábios grossos estão entreabertos, posso jurar que ele queria mais daquele beijo. — Tem certeza que dividirmos o quarto pode ser uma boa ideia? - questiona e eu sei que seus pensamentos tomaram o mesmo rumo que o meu. Se em nosso primeiro encontro já nos beijamos, como seria os próximos dias? Me levanto e me afasto dele para ficarmos em uma distância segura para podermos conversar, pois a atração que se
Adrian— Filho da mãe - resmungo sem olhar para onde ele está, só o escuto.— Adrian, Adrian... ele está indo - Geovana fala alarmada.— O quê?— Ele está indo... - fala me arrastando, mas quando vou protestar dizendo que ele iria me notar, percebo que ele já está longe e que se quisermos ouvir mais alguma coisa teremos que andar logo. - Vamos perdê-lo de vista... - ela apressa o passo e me arrasta com ela.O diretor do cruzeiro guarda o telefone no bolso e continua andando, o seguimos.— Droga, ele guardou o telefone - Geovana parece mais empolgada com a investigação do que eu. Com certeza em seu lugar iria estar na piscina assistindo ao show.— Vai pro show, Geovana, aproveita seu passeio.— Mas eu prometi te ajudar - reclama encarando meus olhos, putz, como a garota é bonita.— Já me ajudou...— Nem vem tentar me dispensar, vamos seguir o canalha, se começamos vamos terminar - fala decidida e nem me dá tempo de resposta, volta a me arrastar pelos corredores do navio e quando perceb
Geovana“É hoje, meu pai, é hoje!”Sinto a mão de Adrian segurar em meu traseiro com força. Não reajo contra sua ação, na verdade eu gostei bastante da pegada dele. O beijo voraz que ele iniciou, logo já havia virado um incêndio e em um ataque súbito de consciência, ele se lembra que estamos no meio da piscina, cercados de gente e em meio a um show.Enquanto estávamos na piscina, senti a mão dele percorrer meu corpo, segurar nas minhas nádegas com firmeza e não era só a sua pegada que estava firme. Quando ele me puxou mais para si, senti o volume em sua bermuda e a dureza. Confesso que se não estivesse encharcada da piscina, teria me molhado toda naquele momento.— Vamos para o quarto?Questionou ele e eu sabia que era uma espécie de permissão. Se eu dissesse que sim, estaria aceitando momentos maravilhosos e deliciosos com ele e eu não sou louca de negar algo assim com um homem tão lindo. Mesmo sendo algo que eu não costumava fazer. Há uma primeira vez para tudo e eu vim a esse cruze
AdrianA tarde no quarto da Geovana foi mais divertida que qualquer tarde na piscina que poderíamos passar. Não há show que possa se comparar aos seus rebolados depois que ela se soltou mais na relação e nós repetimos a dose. O segundo round foi ainda melhor que o primeiro.— E agora, Adrian, vamos sair para jantar? - questiona enquanto passa o dedo por meu peito suado.— Não posso usar um chapéu enorme e um óculos escuro em um restaurante, ainda mais durante a noite. Vão acabar me reconhecendo.Ela bufa, sei que ela poderia estar passeando por aí, conhecendo as lojas, os bares, as boates... e no entanto ela tem ficado comigo. É injusto prendê-la a mim na sua única oportunidade de participar de um cruzeiro.— Não se preocupe comigo, Geovana, vá passear pelo navio. Vá conhecer os restaurantes e bares... vá se divertir, eu te espero aqui.— Não tem graça, Adrian, eu quero fazer essas coisas com você.— A boate talvez seja um lugar seguro, com tudo escuro e muitos jogos de luzes colorida
GeovanaSem mais nada pra fazer dentro daquela sala, voltamos para a boate e eu bebi mais algumas daquelas bebidas coloridas. Provei uma muito parecida com caipirinha e a bebida azul que Adrian havia tomado antes. Ele só tomou mais uma da azul, disse que era a única que gostava um pouco. Eu confesso que amei todas, não sabia dizer qual era melhor, o pior disso tudo é enfrentar as consequências: fui levada para o quarto praticamente carregada e acordei com uma baita dor de cabeça.— Tomei a liberdade de pedir um remédio pra você - escuto a voz de Adrian, mas mal consigo abrir o olho.— Estão fazendo obra dentro do meu cérebro, a britadeira não para - comento e ele ri.— Também pedi uma bolsa de gelo e café forte com bastante açúcar.— Obrigada, Adrian, mas como você pediu?— Eu disse que era seu acompanhante.— Mas eu não dei o nome de mais ninguém na entrada, só o meu, eles estão achando que estou sozinha.— Você pode ter conhecido um cara muito legal no navio que agora divide sua cab
AdrianPrecisei esperar todos saírem do navio, o que me ajudou bastante foi que o povo estava tão afoito para conhecer o Uruguai e esvaziaram o navio rapidamente. Com o navio vazio e as portas já sem fiscalização, ou quase, decido colocar o óculos escuros da Geovana, que acabei guardando em minhas coisas, e saio tranquilamente como se não devesse nada a ninguém, e não devo, mas não posso arriscar que me descubram. Antes de sair passei na sala da diretoria e testei as senhas, porém nenhum delas entrou.Havia um segurança na saída do navio, mas ele olhava em seu celular e nem me notou passando rapidamente.Ao deixar o navio, o sinal do celular é reestabelecido e vejo que ela já me mandou mensagem. Conheço o restaurante na qual ela escolheu, é um bem próximo, de fácil acesso e não é um bom lugar para conversarmos sobre a nossa missão dentro do navio.Enquanto caminho para o restaurante, vou pensando no que fazer agora. Parece que cheguei em um beco sem saída. Naquele lixo não tinha nenhu
Geovana Meu estômago se apertou ainda mais quando vi a mulher que me seguiu entrar no banheiro logo atrás de mim, mas tentei não demonstrar meu sentimento. Entrei logo em uma cabine, porém, quando saí ela me aguardava do lado de fora e me puxou pelo braço, sem me dar tempo para qualquer reação. Pelo menos xixi na calça eu não faria, pois havia acabado de esvaziar a bexiga. Sou arrastada para fora do banheiro e não há ninguém a quem possa pedir socorro. Iria gritar quando senti algo empurrar a minha cabeça. — Se abrir a boca te mato aqui mesmo - Ela fala em português, me mostrando que não era uma assaltante ou uma louca aqui do Uruguai. Se eu gritasse, poderia morrer; se eu não gritasse, sabe-se lá qual seria a intenção daquela mulher. Ela me empurrou e eu quase caí, dando longos passos para frente. Deixamos o restaurante rapidamente e logo estávamos em um beco nos fundos do restaurante, cheio de caixas e sacos de lixo. Ela segura os meus cabelos e praticamente me arrasta pelo be