Capítulo 2
— Beca, você chegou! Entra, senta aqui. — Camille apareceu do nada, me tirando daquela confusão de pensamentos, e cumprimentou a mulher com uma animação que me surpreendeu.

A mulher, à convite de Camille, entrou na sala, e logo fomos apresentados. Era sua melhor amiga, Rebecca Gomes, que morava na casa ao lado.

— Beca, esse aqui é o Chico Ribeiro, irmão do Joaquim, lá da mesma vila. Chegou ontem.

Rebecca me olhou com um certo brilho nos olhos, e depois soltou um sorriso malicioso.

— Nossa, não imaginava que o irmão do Joaquim fosse tão jovem... E tão bonito!

— Ah, e ele acabou de se formar na faculdade, tem como não ser jovem? E olha, não é só jovem, o Chico é também bem... Forte. — Camille lançou uma olhada rápida para mim, uma daquelas que faz a gente se sentir meio desconfortável, como se houvesse algo nas entrelinhas.

Rebecca, por sua vez, começou a me observar de cima a baixo, e perguntou num tom curioso:

— Mille, esse massagista que você me falou... Não me diga que é o seu irmão?

— Exatamente, Beca! É o Chico! Ele aprendeu com o avô desde pequeno. As mãos dele são uma maravilha!

Camille então se virou para mim, explicando com um sorriso no rosto:

— Não deu tempo de te avisar antes, mas deixa eu te explicar agora. Minha amiga aqui vive reclamando de dor nas costas, pescoço e, às vezes, até falta de ar. Ela tá precisando encontrar alguém de confiança para uma massagem. Aí eu pensei: “Por que não o Chico?” Você não é fera nisso?

Tudo começou a fazer sentido. Eu aceitei de prontidão. Afinal, Joaquim e Camille me ofereceram casa e ainda estavam dispostos a me ajudar a arrumar trabalho. Fazer um favorzinho não era nada demais.

Mas Rebecca parecia um pouco hesitante. Ela puxou Camille para o lado e cochichou:

— Mille, acho que isso não vai ser muito adequado... Seu irmão é tão jovem.

— Jovem por quê? E quem disse que isso é ruim? Justamente por ser jovem, ele vai te deixar nas nuvens!

— Para com isso, não fala assim! Eu não sou esse tipo de mulher. — Rebecca ficou vermelha, claramente envergonhada.

Camille soltou uma risada, provocando:

— Ai, amiga, tô só brincando! Quem tá com a cabeça cheia de coisa é você, pelo visto. Confessa, vai... O Rodrigo já tem o quê, uns seis meses que não aparece, né? Não sente falta de um homem?

— Se você continuar, eu vou embora. — Rebecca estava tão envergonhada que até as orelhas ficaram vermelhas.

Camille, vendo que a amiga estava mesmo incomodada, a abraçou pelos ombros.

— Tá bom, tá bom, parei. Sei que você é toda elegante e recatada. Mas, sério, o Chico manda muito bem nas massagens. Experimenta. É melhor do que ficar recorrendo àqueles massagistas velhos por aí, não acha?

Rebecca ponderou por alguns segundos, e no final, acabou concordando com um leve aceno de cabeça.

— Tá, mas só se você ficar comigo. Sozinha eu vou me sentir estranha.

— Claro, eu fico com você.

As duas ainda cochicharam por mais um tempinho antes de voltarem para onde eu estava. Rebecca sugeriu que Camille fosse a primeira, só para ver como era o meu jeito de massagear.

Sem hesitar, Camille se jogou no sofá e se ajeitou de bruços.

— Vai lá, Chico, pode começar.

Peguei um banquinho e me sentei ao lado dela, começando a massagear seus ombros. Era impossível não notar como o corpo de Camille era voluptuoso, com curvas generosas e um bumbum que parecia desafiar a gravidade. Tive que me controlar para não deixar as mãos escorregarem para onde não deviam.

— E aí, Mille, tá gostoso? — Rebecca perguntou, um tanto ansiosa.

— Ah, está maravilhoso. Faz tanto tempo que não me sinto assim... — Camille suspirava de um jeito que deixou o ambiente carregado de uma estranha tensão. Tanto eu quanto Rebecca ficamos visivelmente desconcertados. Eu, inclusive, tive que ajustar minha postura, pois algo começava a incomodar na minha calça.

Rebecca, por sua vez, cruzou as pernas, como se também estivesse tentando se recompor.

— Pronto, Beca, sua vez agora.

Camille se levantou do sofá, indo pegar um copo d'água. Rebecca, um pouco envergonhada, se deitou no sofá, cobrindo as pernas com um cobertor.

Era uma pena... Aquelas pernas longas e bem torneadas pareciam perfeitas demais para serem escondidas. Mas, mesmo coberta, sua silhueta era impossível de ignorar. Rebecca tinha um corpo esguio, mas as curvas certas nos lugares certos. Uma verdadeira obra de arte.

Quando minhas mãos finalmente tocaram seus ombros, senti meu corpo inteiro se enrijecer. Eu sabia que não podia pensar em nada além da massagem, mas a mente é traiçoeira... Não podia imaginar algo com Camille, mas por que não com sua amiga? Ainda mais agora que sabia que o marido dela quase nunca estava por perto.

— E aí, Rebecca, tá bom? — Perguntei, com a voz um pouco rouca.

Ela não respondeu com palavras, apenas soltou um suspiro tímido, quase um gemido abafado. Aquilo me encorajou a ir um pouco mais além.

— Se quiser, posso te deixar ainda mais relaxada... — Murmurei, enquanto minhas mãos deslizavam lentamente por suas costas, descendo em direção à sua cintura.

Rebecca deu um leve tremor.

— O que você tá fazendo? — Ela perguntou, mas sua voz não parecia realmente preocupada.

— Você não estava com dor na lombar? Vou massagear aqui também. — Falei, tentando soar o mais natural possível.

Ela não disse mais nada, o que tomei como um sinal para continuar.

Minhas mãos desceram para sua cintura, e logo comecei a massagear a região. A cintura de Rebecca era fina, quase frágil, mas suas curvas eram generosas. O contraste entre seu quadril e a cintura esbelta me deixava sem fôlego.

— Rebecca, seu ombro tá tranquilo. O problema maior tá na sua lombar. — Comentei, aproveitando para continuar o movimento.

— Na minha lombar? Por quê? — Ela perguntou, com uma ponta de preocupação.

— Você tá com sinais de cansaço nos rins. Quando isso acontece, a gente sente dor nas costas.

— Mas eu pensei que só homens tivessem problema nos rins por isso. Mulher também tem?

— Isso é um mito. Tanto homens quanto mulheres têm dois rins, né? Aí, se o corpo da gente tá cansado, seja por excesso de trabalho ou por falta de cuidados, pode dar problema. E pelo jeito, você anda meio descuidada, não? — falei, tentando parecer o mais profissional possível, mesmo que minhas intenções fossem outras.

— E o que eu faço? — Ela perguntou, quase que automaticamente.

— Nada sério, Rebecca. Com algumas sessões de massagem, dá para melhorar bastante. — Sorri.

— Então vai, continua. — Ela disse, suspirando.

Continuei massageando suas costas, e minhas mãos desceram ainda mais, chegando perigosamente perto de suas coxas. Rebecca estava tensa, mas não disse nada, o que só me incentivou a seguir. Deslizei o cobertor que cobria suas pernas e finalmente pude ver aquelas pernas perfeitas, lisas e bem-feitas.

Terminei a massagem passando pelas suas panturrilhas e pés, pressionando os pontos certos. Quando toquei em um dos pontos sensíveis nos pés dela, Rebecca soltou um gemido involuntário, quase inaudível, mas impossível de ignorar.

— Tá tudo bem, Rebecca? — Perguntei, fingindo preocupação.

Ela respirava mais pesado agora.

— Tá sim, Chico. Continua... — Respondeu, sem conseguir disfarçar o tom trêmulo.

Enquanto eu continuava a massagem nos pés, tentei espiar debaixo de sua saia, mas Rebecca manteve as pernas fechadas o tempo todo, frustrando meus esforços.

Após alguns minutos, eu me senti tentado a ir mais longe.

— Rebecca, você não disse que também tinha problema de falta de ar? Quer que eu massageie o peito também? — Perguntei, com o coração disparado, já imaginando o que viria a seguir.

Ela hesitou por um segundo, mas acabou dizendo:

— Pode ser...

Meu coração quase pulou no peito. Puxei o banquinho para frente, pronto para começar, mas antes mesmo de tocar nela, a voz de Camille ecoou pela sala:

— Ué, parece que vocês dois se deram bem rapidinho, hein?
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