— Beca, você chegou! Entra, senta aqui. — Camille apareceu do nada, me tirando daquela confusão de pensamentos, e cumprimentou a mulher com uma animação que me surpreendeu.A mulher, à convite de Camille, entrou na sala, e logo fomos apresentados. Era sua melhor amiga, Rebecca Gomes, que morava na casa ao lado.— Beca, esse aqui é o Chico Ribeiro, irmão do Joaquim, lá da mesma vila. Chegou ontem.Rebecca me olhou com um certo brilho nos olhos, e depois soltou um sorriso malicioso.— Nossa, não imaginava que o irmão do Joaquim fosse tão jovem... E tão bonito!— Ah, e ele acabou de se formar na faculdade, tem como não ser jovem? E olha, não é só jovem, o Chico é também bem... Forte. — Camille lançou uma olhada rápida para mim, uma daquelas que faz a gente se sentir meio desconfortável, como se houvesse algo nas entrelinhas.Rebecca, por sua vez, começou a me observar de cima a baixo, e perguntou num tom curioso:— Mille, esse massagista que você me falou... Não me diga que é o seu irmão?
Eu me levantei de repente, como uma criança que tivesse sido pega fazendo algo errado.— Ca-Camille, o que você está fazendo aqui?Rebecca, igualmente desconcertada, saltou do sofá com o rosto vermelho como uma maçã. Ela tentava desesperadamente se explicar.— Mille, não pense besteira! Eu e o Chico não estávamos fazendo nada… Eu só estava com falta de ar e pedi pra ele me dar uma massagem. Só isso!Camille sorriu, mas com um brilho de malícia nos olhos.— Eu não falei que estavam fazendo algo, Rebecca. Por que esse nervosismo todo? Ou será que vocês dois andaram aprontando algo pelas minhas costas?Eu e Rebecca balançamos a cabeça ao mesmo tempo, sentindo o pânico tomar conta. Meu Deus, eu tinha mesmo aproveitado a situação com a amiga da minha cunhada! Se Camille descobrisse, não iria me expulsar daqui? Rebecca, por sua vez, parecia ainda mais desconfortável. Ela se desculpou rapidamente e saiu apressada, deixando o ambiente carregado de tensão.Eu observei Camille seguir o moviment
Aquele pedaço de tecido era macio e sedoso entre meus dedos, e parecia ainda carregar o perfume discreto da Camille. Sentindo o tecido da calcinha em minha mão, não consegui evitar que minha mente voltasse àquela cena que eu havia escutado pela manhã. Era algo que me deixava cada vez mais agitado, mais excitado.Eu sabia que não deveria cogitar a ideia de fazer qualquer coisa com Camille. Ela era a esposa do meu irmão, afinal. Mas... Será que eu não poderia ao menos fantasiar um pouco com sua calcinha?Com esse pensamento, meu corpo decidiu por conta própria. Desabotoei o cinto, deslizei a calcinha para dentro da calça e, justo quando estava prestes a "aliviar" a tensão, um som inesperado me tirou o chão: alguém batia na porta.Meu coração quase parou. Eu estava sozinho em casa com Camille. Então, quem mais poderia ser?Rapidamente, tirei a calcinha e a coloquei sobre o suporte de toalhas. Ainda com a voz trêmula e tentando esconder o nervosismo, respondi:— S-sim, Camille? O que foi?
Rebecca tirou a calcinha com uma calma surpreendente e a colocou dentro da bolsa, como se nada tivesse acontecido. Depois, voltou a olhar pela janela, tentando disfarçar o rosto, que estava visivelmente corado. Suas pernas, porém, estavam fechadas com tanta força que dava para perceber o quanto ela estava nervosa.Eu não conseguia tirar os olhos dela pelo retrovisor. Aquele jeito tímido, misturado com um ar de inquietação, era simplesmente irresistível. E, claro, a imagem das pernas dela, bem ali, me fazia perder a concentração.Camille... Ela realmente sabia como mexer com as pessoas. O que será que ela tinha dito para Rebecca para fazê-la tomar uma atitude tão ousada assim?De repente, senti o celular vibrar no meu bolso. Era uma mensagem da Camille.[Você viu?]Meu rosto ficou quente, e eu não soube o que responder. Apenas mandei de volta um emoji de sorriso tímido, tentando disfarçar o misto de vergonha e excitação que sentia.Logo outra mensagem chegou:[Rebecca é igual a você, um
— Ah... — Não consegui segurar o gemido.Normalmente, quando eu estava liberando a tensão, demorava um pouco até atingir o clímax. Mas o fato de Rebecca ter me surpreendido fazendo isso mexeu comigo de uma forma inexplicável. Uma mistura de excitação, adrenalina e vergonha me fez gozar imediatamente.O problema foi que, como eu estava completamente exposto, acabei fazendo uma bagunça enorme no banco do motorista. Havia marcas por todo lado. Meu pânico foi instantâneo. E se Camille descobrisse? Aquilo era o carro dela, o carro que ela tanto amava!Lembrei-me de ontem, quando ela e Joaquim vieram me buscar. Joaquim tentou dirigir, mas Camille foi categórica: “Nem pensar, esse carro é meu e só eu dirijo.” Ela tinha comprado o carro com o próprio dinheiro e cuidava dele como se fosse um bebê.Rapidamente, peguei um lenço de papel no porta-luvas e comecei a limpar tudo, tentando apagar qualquer vestígio. Mas, mesmo depois de limpar, ainda restavam algumas manchas. Será que secariam antes de
— Tudo bem, então descansa. — Camille desligou o telefone.Eu não perdi tempo e perguntei logo em seguida:— E aí, o que a Rebecca disse?Camille suspirou e respondeu:— Ela não quis falar nada... Só disse que não estava se sentindo bem e foi pra casa descansar.Soltei um longo suspiro de alívio:— Ainda bem, ainda bem.Camille, no entanto, deu um tapinha na minha testa:— Ainda bem o quê?Eu, sem entender, perguntei:— Ué, já que a Rebecca não falou nada, isso significa que não preciso passar por essa vergonha toda, né?— Ah é? E só porque ela não contou, isso significa que o que aconteceu foi apagado da memória? Vou te dizer uma coisa: quanto mais ela guardar isso pra si, mais vai ficar gravado na mente dela. Toda vez que ela te encontrar, vai ficar revivendo a cena de você fazendo aquilo no carro. Não ache que escapou.De repente, o que Camille disse fez todo o sentido. Era como quando eu, sem querer, ouvi meu irmão e Camille fazendo... Aquilo. Desde então, toda vez que Camille me p
Aquela ideia ousada voltou a passar pela minha cabeça.Toda vez, Camille me provocava, me deixava no limite, e eu nunca reagia. Será que eu deveria reagir dessa vez? Ela sempre dizia que eu precisava me abrir mais... Se eu não tentasse, como eu saberia se estava me abrindo de verdade?Puxei a calça até a metade, com o coração acelerado, e de repente disse:— Sabe, Camille... Eu tô me sentindo tão mal. Você não disse que, se eu ficasse assim, você me ajudaria?Assim que as palavras saíram da minha boca, meu coração disparou. Aquela era a primeira vez que eu falava algo tão atrevido para ela. Não sabia o que esperar.Camille corou na hora, desviando o olhar, e respondeu baixinho:— Eu preciso fazer o jantar...Aquela reação, tímida e inesperada, me deixou surpreso e animado. Ela não me rejeitou de cara, o que significava que talvez, só talvez, eu tivesse alguma chance.Com a coragem renovada, continuei:— Não tem problema, depois a gente lava as mãos...Minha ousadia foi além e, com um m
— Só me promete que não vai contar nada disso pro meu irmão, tá? — Pedi, ainda envergonhado.Camille começou a ajeitar minha calça, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.— Fica tranquilo, não vou dizer nada pro seu irmão. Mas, sinceramente, você mandou bem, viu? — Disse ela, com um sorriso provocante. — E olha, Chico, você precisa ser assim não só comigo, mas também com a Rebecca. Mulheres adoram um homem que sabe ser atrevido na hora certa. E, às vezes, não faz mal tomar a iniciativa, dar um toque ou outro, entende?Ainda um pouco atordoado, perguntei:— Camille, você tá fazendo tudo isso só pra me ajudar a me soltar mais?Ela deu de ombros, com um sorriso enigmático.— E o que mais poderia ser? Não vai me dizer que você achou que eu queria algo com você, né?Aquelas palavras me atingiram em cheio. Como eu pude ser tão bobo? Balancei a cabeça, tentando disfarçar o desapontamento.— Não... Não achei isso...Eu sabia que não deveria me sentir assim, mas a verdade é que não