Rebecca tirou a calcinha com uma calma surpreendente e a colocou dentro da bolsa, como se nada tivesse acontecido. Depois, voltou a olhar pela janela, tentando disfarçar o rosto, que estava visivelmente corado. Suas pernas, porém, estavam fechadas com tanta força que dava para perceber o quanto ela estava nervosa.Eu não conseguia tirar os olhos dela pelo retrovisor. Aquele jeito tímido, misturado com um ar de inquietação, era simplesmente irresistível. E, claro, a imagem das pernas dela, bem ali, me fazia perder a concentração.Camille... Ela realmente sabia como mexer com as pessoas. O que será que ela tinha dito para Rebecca para fazê-la tomar uma atitude tão ousada assim?De repente, senti o celular vibrar no meu bolso. Era uma mensagem da Camille.[Você viu?]Meu rosto ficou quente, e eu não soube o que responder. Apenas mandei de volta um emoji de sorriso tímido, tentando disfarçar o misto de vergonha e excitação que sentia.Logo outra mensagem chegou:[Rebecca é igual a você, um
— Ah... — Não consegui segurar o gemido.Normalmente, quando eu estava liberando a tensão, demorava um pouco até atingir o clímax. Mas o fato de Rebecca ter me surpreendido fazendo isso mexeu comigo de uma forma inexplicável. Uma mistura de excitação, adrenalina e vergonha me fez gozar imediatamente.O problema foi que, como eu estava completamente exposto, acabei fazendo uma bagunça enorme no banco do motorista. Havia marcas por todo lado. Meu pânico foi instantâneo. E se Camille descobrisse? Aquilo era o carro dela, o carro que ela tanto amava!Lembrei-me de ontem, quando ela e Joaquim vieram me buscar. Joaquim tentou dirigir, mas Camille foi categórica: “Nem pensar, esse carro é meu e só eu dirijo.” Ela tinha comprado o carro com o próprio dinheiro e cuidava dele como se fosse um bebê.Rapidamente, peguei um lenço de papel no porta-luvas e comecei a limpar tudo, tentando apagar qualquer vestígio. Mas, mesmo depois de limpar, ainda restavam algumas manchas. Será que secariam antes de
— Tudo bem, então descansa. — Camille desligou o telefone.Eu não perdi tempo e perguntei logo em seguida:— E aí, o que a Rebecca disse?Camille suspirou e respondeu:— Ela não quis falar nada... Só disse que não estava se sentindo bem e foi pra casa descansar.Soltei um longo suspiro de alívio:— Ainda bem, ainda bem.Camille, no entanto, deu um tapinha na minha testa:— Ainda bem o quê?Eu, sem entender, perguntei:— Ué, já que a Rebecca não falou nada, isso significa que não preciso passar por essa vergonha toda, né?— Ah é? E só porque ela não contou, isso significa que o que aconteceu foi apagado da memória? Vou te dizer uma coisa: quanto mais ela guardar isso pra si, mais vai ficar gravado na mente dela. Toda vez que ela te encontrar, vai ficar revivendo a cena de você fazendo aquilo no carro. Não ache que escapou.De repente, o que Camille disse fez todo o sentido. Era como quando eu, sem querer, ouvi meu irmão e Camille fazendo... Aquilo. Desde então, toda vez que Camille me p
Aquela ideia ousada voltou a passar pela minha cabeça.Toda vez, Camille me provocava, me deixava no limite, e eu nunca reagia. Será que eu deveria reagir dessa vez? Ela sempre dizia que eu precisava me abrir mais... Se eu não tentasse, como eu saberia se estava me abrindo de verdade?Puxei a calça até a metade, com o coração acelerado, e de repente disse:— Sabe, Camille... Eu tô me sentindo tão mal. Você não disse que, se eu ficasse assim, você me ajudaria?Assim que as palavras saíram da minha boca, meu coração disparou. Aquela era a primeira vez que eu falava algo tão atrevido para ela. Não sabia o que esperar.Camille corou na hora, desviando o olhar, e respondeu baixinho:— Eu preciso fazer o jantar...Aquela reação, tímida e inesperada, me deixou surpreso e animado. Ela não me rejeitou de cara, o que significava que talvez, só talvez, eu tivesse alguma chance.Com a coragem renovada, continuei:— Não tem problema, depois a gente lava as mãos...Minha ousadia foi além e, com um m
— Só me promete que não vai contar nada disso pro meu irmão, tá? — Pedi, ainda envergonhado.Camille começou a ajeitar minha calça, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.— Fica tranquilo, não vou dizer nada pro seu irmão. Mas, sinceramente, você mandou bem, viu? — Disse ela, com um sorriso provocante. — E olha, Chico, você precisa ser assim não só comigo, mas também com a Rebecca. Mulheres adoram um homem que sabe ser atrevido na hora certa. E, às vezes, não faz mal tomar a iniciativa, dar um toque ou outro, entende?Ainda um pouco atordoado, perguntei:— Camille, você tá fazendo tudo isso só pra me ajudar a me soltar mais?Ela deu de ombros, com um sorriso enigmático.— E o que mais poderia ser? Não vai me dizer que você achou que eu queria algo com você, né?Aquelas palavras me atingiram em cheio. Como eu pude ser tão bobo? Balancei a cabeça, tentando disfarçar o desapontamento.— Não... Não achei isso...Eu sabia que não deveria me sentir assim, mas a verdade é que não
Camille observou enquanto eu me afastava, e suas bochechas coraram de novo. Ela não conseguia tirar da cabeça a lembrança de como foi estar nos meus braços. Tão firmes, tão fortes. Quando eu a segurei com aquela força, algo dentro dela se agitou, e sua respiração ficou pesada sem que ela percebesse.Agora, fazer o jantar era a última coisa em que ela conseguia pensar. Em vez disso, sentou-se na minha cama, deslizando a mão pelo lugar onde eu havia deitado, ainda quente com o calor do meu corpo. Aquela sensação... Ela não conseguia resistir. Deitou-se na cama, fechando os olhos, imaginando que ainda estava nos meus braços.Há quanto tempo ela não sentia o toque de um homem de verdade? Um abraço que transmitisse segurança, desejo. Uma sensação que ela começou a ansiar mais do que gostaria de admitir.Num impulso, puxou meu cobertor e o envolveu em seu corpo. Aquele gesto simples despertou algo profundo dentro dela. Uma sensação diferente, quase proibida, fez seu coração acelerar.Sem pe
Vendo o quão nervosa Rebecca estava, fiz o possível para acalmá-la.— Eu sei, eu sei. Não vou falar nada aqui, tá? — Sorri, tentando relaxar o ambiente.Rebecca olhou para mim com desconfiança, ainda sem se sentir à vontade.— Eu só queria te cumprimentar, sabe? Quando você não respondeu, eu fiquei meio nervoso e acabei falando besteira. Foi mal.Ela me lançou um olhar estranho, um tanto desconfiado:— E por que você ficou tão nervoso? Isso tem tanta importância assim?— Claro que tem! — Respondi sem hesitar. E, ao ver o jeito como ela desviou o olhar, envergonhada e um pouco tímida, percebi que estava indo pelo caminho certo.Eu lembrei das palavras de Camille mais cedo. Ela tinha me dito que eu não deveria ser sempre tão certinho. Às vezes, ser um pouco ousado era o que as mulheres realmente queriam, mesmo que nunca dissessem isso abertamente.Rebecca parecia envergonhada, mas não estava com raiva de mim. O que aconteceu de manhã a embaraçou, mas não a desagradou. E isso era uma pist
— Rebecca, eu... Ah, eu realmente não consigo me controlar com essa boca. Pode me dar um tapa, vai. Senti que minha explicação estava tão confusa que seria melhor não ter dito nada. Eu não tinha a lábia afiada da Camille e ainda assim me achava capaz de provocar as pessoas como ela. Era justo que as coisas tivessem chegado a esse ponto; eu realmente estava me odiando por isso. Rebecca me olhou e, de repente, soltou uma risadinha. Isso não me trouxe alívio algum, pois eu ainda não tinha ideia do que se passava pela cabeça dela, o que me deixava inseguro. — Rebecca, por que você está rindo? — Não é nada, eu só acho você bem fofo. — Sua cunhada é super esperta, e seu irmão é incrivelmente competente. Eu realmente não esperava que você fosse tão... Honesto. Mas, por falar em honestidade, não parece que você também faz algumas coisas, digamos, inapropriadas? — Disse Rebecca, corando levemente. Aproximei-me dela e, em um sussurro, falei: — Rebecca, o que um homem faz nessas h