— Então quer dizer que os dois fazem o mesmo curso? — Isis brinca, falando com o Theo.
— Ceci vai ter que me aturar por 4 anos — Ele pisca para mim, batendo o ombro no meu, rindo.Nunca achei meu apelido sexy. Até aquele momento...A forma como ele pronunciava aquelas pequenas 4 letras, fazia uma onda elétrica percorrer meu corpo e parar num lugar abaixo do umbigo. Um lugar que a muito tempo não vibrava daquela forma.Nesse momento, percebo quão monótono está o meu relacionamento. Davi era maravilhoso, mas depois de 4 anos de relacionamento, não sinto mais as borboletas no estômago, ou aquele calor que nos invade sempre que estamos perto de quem desejamos.Nosso namoro foi do fervente ao gélido, com uma rapidez enorme. Noto isso agora, com a falta das sensações rondando meu corpo.— Ceci? — A voz preocupada da Isis me desperta de meus pensamentos depressivos.— Hã? — Levanto os olhos do meu prato e dou de cara com dois pares de olhos preocupados. — Oi, Isis. — Percebo que estou remexendo meu almoço de um lado para o outro, sem colocar uma única garfada na boca.— Você tá bem? — Minha amiga coloca a mão sob a minha, olhando-me preocupada.Não preciso falar em voz alta o motivo do meu desânimo. Isis me conhece a vida inteira, somos o que chamam de amigas de berço e às vezes agradeço por isso; por não precisar verbalizar a angústia, que se instalava em meu peito.— Estou... — Afirmo com a cabeça. — Só perdi o apetite. — Dou de ombros, empurrando o pedaço de pizza para longe.— Opa! Mais comida! — Theo brinca, puxando o prato para si e quase acabando com a pizza numa única mordida.— Menino! — Isis se assusta, rindo em seguida.— Pra onde vai tudo isso de comida? — brinco, tentando me animar.Mas nada teria me preparado para aquela cena.— Aqui!Com a maior inocência — ou safadeza, ainda não sei ao certo qual das duas — Theo levanta a camisa, mostrando o belo tanquinho escondido ali. Os gomos dos músculos são tão definidos, que posso contar cada um sem problema algum.— Misericórdia! — Isis engasga com a água, que acabou de colocar na boca.Mordo a bochecha internamente, numa tentativa falha, de evitar deixar explícito o desconforto que a cena me causou. Mas ao notar o olhar dele em mim, diria que falhei miseravelmente.Theo me olha profundamente, como se fosse possível ver dentro de mim, é nítido o divertimento em seus olhos. Suas irises ficam mais escuras, como se isso fosse humanamente possível. Ele abaixa a camiseta, morde a ponta do lábio inferior e ri, balançando a cabeça. Olho para as minhas mãos, rindo e sentindo as bochechas queimarem.— Qual é sua próxima aula? — Isis pergunta, diminuindo a tensão entre nós.Por isso que eu amava aquela mulher!— Antropologia da comunicação — Theo responde rapidamente, terminando de comer o restante da pizza de frango com catupiry.O modo como seu pomo de adão se move lentamente de cima para baixo, deixa-me hipnotizada.Meu Deus! Eu realmente precisava transar logo!Não com ele! Mas com o Davi...Preciso manter o controle das minhas emoções, tudo isso não é normal, deve ser a falta de sexo.É isso mesmo, muito hormônio acumulado dentro de mim.— Preciso transar... — Theo solta, sem mais e nem menos.Agora foi a minha vez de engasgar com a água.— Meu Deus, Ceci! — Isis começa a me abanar e mesmo que tentasse, não conseguia parar de rir. — Pelo amor de Deus, morre não.— Eu... Tô... — Tento falar entre uma tossida e outra. — Tô bem! — Respiro fundo, conseguindo finalmente voltar ao meu estado “meio” normal. — E você solta isso assim Theo? — Viro-me para ele e o pego rindo.— E o que quê tem? — Ele dá de ombros. — Sexo pra mim nunca foi tabu, pelo contrário. — Ele se inclina na mesa, aproximando-se de mim. — Pra você é? Posso te ensinar a abrir a... — Ele baixa os olhos até minha boca e só então percebo que estou mordendo o interior da bochecha. — Mente! — Pela forma sensual que fala, sei que não é isso que ele quer abrir — E você sabe que dá pra notar que você morde o interior da bochecha, né? — Ele volta a se sentar, com um sorriso travesso estampado no rosto.— Você não presta Theo! — Balanço a cabeça, rindo.— Prestar não tem graça — Ele pisca, sorrindo enquanto me olha por cima da latinha de refrigerante ao terminar de beber.As últimas aulas vieram e foram com a mesma rapidez que as outras, quando dou por mim, a última aula acabou. Sentei-me na frente do Theo em todas as aulas. Meu corpo queimava toda vez que seus dedos tocavam meus cabelos, ele ficou o tempo todo brincando com algumas mechas, desfazendo os cachos que havia feito de manhã.Agradeço o fato dele estar atrás de mim e não poder ver minhas bochechas queimando com cada toque seu.Não era possível me sentir atraída assim com alguém que acabei de conhecer.Ou era?Coloco-me de pé assim que a última aula acaba e me levanto com tanta rapidez, que quase tropeço na ponta da mesa.— Calma aí, moranguinho — Theo me segura pelo cotovelo, enviando uma onda de arrepios por todo meu braço — Pra que a pressa? — Ele ri.— Tenho compromisso agora — minto, falando a primeira coisa que veio à mente.— Te vejo amanhã então — Ele sorri, dando de ombros.Quando penso que posso enfim respirar aliviada longe dele, Theo se vira e beija minha bochecha, enfiando os dedos entre meus cabelos, puxando levemente os fios da raiz. Para quem via de fora, era somente dois amigos se despedindo, mas ambos sabíamos o quão íntimo era aquilo.— Tchau, moranguinho — Ele sorri, deixando à mostra aquela m*****a covinha na bochecha esquerda.Apenas assinto, não me atrevo a abrir a boca e mostrar o quão desestabilizada fiquei com aquilo.****— Eu tô tremendamente fodida! — resmungo, batendo a cabeça no encosto do sofá da Isis.— E o motivo disso tem uma covinha na bochecha, um sorriso de arrancar qualquer calcinha e se chama Theo, acertei? — Isis brinca, bebendo um gole de vinho branco.Havia ido direto para a casa dela, agradecida por termos privacidade ali, afinal, minha melhor amiga morava sozinha.— Já mandei você se ferrar hoje? — Bufo, mostrando o dedo do meu para ela. — Merda! — Cubro o rosto com as mãos, choramingando.— Para de drama, Cecilia — Mesmo me repreendendo, noto o humor em sua voz. — Você não fez nada de errado. O Theo é lindo e é difícil não desejar aquele pedaço de mal caminho. — Isis dá de ombros, como se fosse a coisa mais natural do mundo aquele assunto.— Ainda... — Tiro as mãos do rosto e pego minha taça de vinho, bebendo tudo numa golada só. — Mas eu me conheço, vou acabar fazendo merda — sussurro, passando os dedos pela boca do copo e solto um longo suspiro. — Theo é o famoso fruto proibido e ele me trouxe sensações que pensei que não existiam mais em mim. — Sirvo-me de mais um pouco de vinho. — Tudo de uma vez só! — Bebo todo o líquido novamente , sentindo o gelado refrescar minha garganta. — É assim que percebo o quanto preciso transar logo. Essa falta de sexo está mexendo com o meu juízo e meu corpo está se comportando de forma estranha por isso.— Seu namoro continua morno? — Isis pergunta baixo.— Mais gelado que o Alasca... — resmungo. — Davi é maravilhoso, é carinhoso, engraçado, prestativo, mas...— Não é o mesmo furacão que era no começo do namoro. — ela termina minha frase, obrigando-me a concordar.— É... — Solto um longo suspiro. — Nosso sexo passou de quente, para rotineiro. Parece que é sempre a mesma coisa e do mesmo jeito sempre... — Elevo os ombros, me sentindo culpada por tudo isso — Por mais que eu tente inovar, fazer algo diferente, estou cansada de sempre estar no controle — Pego a garrafa de vinho e encho novamente meu copo — Quero ao menos uma vez me sentir dominada, submissa e surpreendida, sabe? — Bebo um gole do vinho — Quero voltar a ter aquele frio na barriga que antecede tudo...— Você já sabe o que eu penso — Isis responde na lata.— Que eu mereço mais do que um namoro morno... — repito a frase que ouvia sempre dela, a fazendo aquiescer. — Que por mais maravilhoso que o Davi seja, ele não é o par certo para mim. Ele é a calmaria no meio do furacão que eu sou.— O Theo é a energia que você tanto procurou no Davi, é a tentação que seu corpo implora para sentir...— Em um dia, ele me fez sentir mais desejada do que em quase 4 anos de namoro... — digo me sentindo derrotada e cansada com tudo aquilo. — Mas sei que é apenas um flerte inocente dele. Ele é confiante o bastante para saber o que causa no sexo oposto e usa isso a favor dele.— Então... — Isis sussurra por cima da taça de vinho. — Você já tem todas as respostas para as suas perguntas.O que ela estava fazendo comigo? Passei a noite inteira em claro, pensando nela. O que já não era nenhuma novidade, já era rotina a quase um mês, desde que a conheci. Os primeiros raios de sol entravam pelas persianas ligeiramente fechadas e resolvi levantar antes do despertador. — Preciso queimar tudo isso de alguma forma. — Fui direto para o banheiro e tomei uma ducha rápida, vestindo a primeira roupa que eu achei. Tomei uma caneca de café e escovei os dentes, descendo para a academia do condomínio. Nunca treinei tão intensamente como hoje. Voltei pingando para o apartamento e sentindo o corpo até mais leve. Meus pensamentos não estavam mais enevoados como antes e conseguia pensar com mais clareza. — Ela não pode se envolver comigo. — Repetia para mim mesmo enquanto preparava meu café da manhã. — Ela namora e é totalmente diferente de mim. Em tantos quesitos... A lembrança do seu sorriso me veio à mente. A forma como ela mordia o interior da bochecha quando estava excita
Não pensei que Ceci aceitaria meu pedido. Quando propus de irmos conversar para que ela se acalmasse um pouco, pensei que seria atingido com um não em alto e bom som. Mas ela me surpreendeu quando respondeu exatamente o contrário. — Tudo bem! — Ela sorriu, um pouco sem jeito. — Mas vamos ter que ir no seu carro, porque vou deixar o meu aqui para a Isis. — Ela respondeu, dando de ombros. — Ela deve ter notado minha cara de espanto. — O que foi? Pensou que eu iria recusar?! — Sua risada saiu baixa. — Na verdade, sim. — Assenti com a cabeça. — Não que eu quisesse ouvir um não, mas é que você... — Penso demais. — Ela me cortou, concluído minha linha de raciocínio. — É! — Não pude deixar de rir. — Mas fico feliz em ser surpreendido dessa forma. — Dessa vez foi a minha vez em dar de ombros. — Mas só não entendi o motivo do carro ficar aqui. — A Isis tem uma cópia da chave do meu carro. — Ela riu, dando de ombros. — Quando ela vem de carona e eu preciso ir embora, as vezes deixo o carro
Ouvir o Theo falando tão facilmente sobre dominação me deixou realmente excitada. Ele dominava o assunto e falado sobre com uma fluidez, que me dava uma certa inveja. — Você sabe do assunto pelo visto. — Abracei os joelhos, apoiando o queixo neles enquanto prestava atenção em cada palavra que saia da sua boca desenhada. Aqueles lábios. Passei a maldita noite inteira imaginando como seria tê-los percorrendo pelo meu corpo e ouvir sua pequena fantasia no carro, me deixou completamente aturdida. Só confirmou que nossa atração era mutua e que ele queria o mesmo que eu. Mas minha consciência me impedia de realizar meus desejos, por mais que eu quisesse. — O que tanto essa cabeça está pensando? — Ele bateu levemente na minha cabeça. — Está quase saindo fumaça dela. — Ele riu. — Nada demais. Só que... — Dei de ombros e soltou um longo suspiro. — Se tivéssemos nos conhecido antes, talvez pudéssemos... — Puxei alguns pedaços de grama numa tentativa de conter meu nervosismo. — Ter
— Não acredito que fiz isso... — Estava andando de um lado para o outro dentro do banheiro feminino a quase meia hora. — Para de andar tanto assim, vai acabar fazendo um buraco no chão desse jeito! — Isis me segurava pelo ombro, me forçando a ficar parada. — Ceci, foi só uma mensagem. Você está se comportando como se tivesse o convidado a fazer um pacto com o tio Lu. — Ela tentava não rir, mas os tremores de seus lábios a denunciava. — Você fala isso porque não foi você que mandou a mensagem. — Revirei os olhos e voltei a caminhar de um lado para o outro. — Não, eu falo isso porque não vejo nenhum problema nisso. — Ela deu de ombros. — Se fosse comigo iria assumir que mandei mesmo e que era isso. — Isis levantou novamente os ombros, sem se importar com aquilo enquanto olhava para as próprias unhas. — Você pensa demais em tudo e é por isso que não aproveita mais a vida. No fundo, sabia que ela estava certa. Não gostava de assumir certos riscos e quando agia impulsivamente no fi
Eu necessitava dele como, precisava de ar para respirar. As mãos dele deslizavam lentamente pelo meu corpo, como se tivesse se familiarizando com cada parte de mim. Meu corpo inteiro reagia a ele. Minha pele se arrepiava com cada toque, meu coração acelerava, gemidos escapavam da minha boca, vibrando em nossos lábios que mesmo precisando de folego, não se permitiam interromper o beijo. Ele ofegava tanto quanto eu, seus gemidos faziam as borboletas em meu estomago voarem ao meu redor. Senti o calor inundar meu corpo, se concentrando em meu ventre, fazendo minha calcinha ficar encharcada. Só percebi que estava pressionando minha bunda contra sua ereção quando senti suas unhas se cravarem em meu quadril, forçando ainda mais o atrito entre nós. — Desse jeito vou acabar transando com você aqui mesmo nesse tapete... — Ele falava enquanto beijava a linha do meu pescoço até a clavícula. Inclinei a cabeça para trás, facilitando ainda mais o acesso de sua boca ao meu pescoço e o ouvi rin
Poderia morrer naquele exato momento, que iria feliz e sem arrependimentos. Ver a Ceci se contorcendo sob a cama, era minha nova visão favorita e sentir seu gosto era meu manjar dos deuses. Meu presente favorito em qualquer data comemorativa. Ela puxava os lençóis e inclinava o quadril para mais perto de mim a cada vez que minha língua tocava seu clitóris e a cada gemido que escapava de seus lábios, era como se vibrasse por todo o meu corpo, principalmente entre minhas pernas. Meu pau já estava dolorido por ficar tanto tempo preso e já não tinha mais pra onde ele pressionar, dava para ver o desenho exato do volume na calça jeans e eu estava me segurando ao máximo para não foder ela naquele exato momento. — Theo... — Ela gemeu meu nome, quase fazendo meu pau choramingar dentro da calça. Ela puxava meus cabelos e esfregava a boceta com tanta vontade na minha cara, que estava quase perdendo o controle do meu próprio corpo. — To quase... — Ela choramingou, tirando as costas do col
— Janta comigo? — Theo pergunta enquanto entra no lado do passageiro do meu carro.— Jantar? — Me viro para ele, confusa. — Como num encontro? — Ele sorri e assenti.O brilho que ele tem nos olhos me faz sorrir também e aquece um pouco mais meu coração.— Quando? — Pergunto, recostando a cabeça no banco.— Hoje. — Ele imita o meu gesto, pega uma mecha do meu cabelo e brinca com ela entre os dedos.— Não sei. — Elevo os ombros, sem saber o que responder.— Prometo que será somente um encontro, sem segundas intenções. — Ele faz o gesto de escoteiro com os dedos.— Ta bom. — Não consigo evitar o riso. — Que horas?— Te busco as 19h, pode ser? — Ele pergunta, mesmo rodando o chaveiro entre os dedos, seus olhos permanecem em mim.— Pode ser. — Sussurro, abrindo um sorriso em seguida.Theo se aproxima de mim, colocando a mão em minha nuca e puxa meu rosto para mais perto dele. Sinto o coração acelerar e consigo sentir a veia do pescoço pulsar mais rápido, as borboletas no estomago voam desg
Tinha acabado de deitar quando ela me ligou. Dava para sentir o nervosismo em sua voz e não consegui evitar o sorriso com aquilo. Achava quase fofo o fato dela se sentir insegura com algo tão comum, ou deveria ser na verdade.Era capaz de sofrer uma sincope ao ouvir que ela nunca havia tido um orgasmo se masturbando.Como isso era possível? Quando não obtive resposta da mensagem que lhe enviei, pensei que ela não toparia o que tinha deixado explicito na mensagem. Então imagine minha surpresa quando meu telefone tocou e vi seu nome no visor do celular?— Pensei que você não ligaria. — Falei assim que atendi a chamada.— E por que não? — Sua voz estava baixa, tomando um tom sexy que me inundou de tesão imediatamente.— Porque você não me respondeu. — Coloquei a chamada no viva-voz, aproveitando o fato de estar sozinho no apartamento.Mas tranquei a porta do quarto, só por precaução.Estava deitado na cama, apenas de cueca box, as persianas estavam quase toda fechada, deixando entrar so