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Capítulo Sete — Cecília Prado

Eu necessitava dele como, precisava de ar para respirar. As mãos dele deslizavam lentamente pelo meu corpo, como se tivesse se familiarizando com cada parte de mim. Meu corpo inteiro reagia a ele. Minha pele se arrepiava com cada toque, meu coração acelerava, gemidos escapavam da minha boca, vibrando em nossos lábios que mesmo precisando de folego, não se permitiam interromper o beijo.  

Ele ofegava tanto quanto eu, seus gemidos faziam as borboletas em meu estomago voarem ao meu redor. Senti o calor inundar meu corpo, se concentrando em meu ventre, fazendo minha calcinha ficar encharcada.  

Só percebi que estava pressionando minha bunda contra sua ereção quando senti suas unhas se cravarem em meu quadril, forçando ainda mais o atrito entre nós.  

— Desse jeito vou acabar transando com você aqui mesmo nesse tapete... — Ele falava enquanto beijava a linha do meu pescoço até a clavícula. 

Inclinei a cabeça para trás, facilitando ainda mais o acesso de sua boca ao meu pescoço e o ouvi rindo, fazendo o som vibrar contra meu pescoço, causando ainda mais arrepio na pele quente. 

— Moranguinho... — Theo afundou o rosto contra meu pescoço, respirando fundo contra minha pele, me fazendo sentir o gesto por todo meu corpo, inclusive entre minhas pernas. — Se eu começar a fazer tudo que eu quero, não vou conseguir parar.  

— Então não para... — Foi a única coisa que consegui sussurrar com muito custo.  

Minha respiração oscilava, parecia que eu estava correndo uma maratona. Sentia o suor escorrer pela minha nuca, descendo pela linha da coluna. O cabelo já estava pegajoso em meu rosto e me arrependi de ter vestido o moletom.  

Como se lesse meus pensamentos, ele deslizou a peça rosa pelos meus braços e cabeça, a jogando no chão. Ele soltou um longo suspiro ao constatar que eu não usava mais nada por baixo, estava nua.  

— Porra! — Ele gemeu, antes de abocanhar meu seio. — Você não faz ideia de quantas fantasias eu tive com esse momento, mas nenhuma delas fizeram jus a essa perfeição.  

Não conseguia raciocinar direito, minha cabeça rodava, as sensações eram diferentes de tudo que já havia experimentado. A cada vez que seus lábios chupavam o bico do meu peito, era como se enviasse uma descarga elétrica por todo o meu corpo, me fazendo tremer e molhar ainda mais minha calcinha, que a essa altura já devia estar pingando.  

— Theo... — Gemi contra seus cabelos, entrelaçando os dedos neles e o puxando para ainda mais perto de mim, como se fosse possível fundi-lo ao meu corpo.  

Queria mais daquilo, queria senti-lo por todo meu corpo, queria tatua-lo em mim, para poder reviver a lembrança eternamente.  

— Eu sei, moranguinho. — Ele apertou com força minha bunda, me fazendo gemer mais alto. — Também quero isso tanto quanto você.  

Theo ficou de joelhos, entrelacei as pernas ao redor da sua cintura para não cair e soltei um grito quando ele se levantou comigo em seu colo. Cravei as unhas em seus braços e quase tive um orgasmo ao senti seus bíceps tensionados. Um braço dele era quase minhas duas coxas.  

— A academia tem que valer de alguma coisa... — Ambos rimos com a brincadeira. — Deus! — Ele colocou os fios do meu cabelo que escaparam do rabo de cavalo, atras da minha orelha e acariciou meu rosto com o polegar. — Como você é linda!  

Dava para notar a sinceridade em sua voz e isso me aqueceu ainda mais, aumentando minha excitação. 

— Quarto? — Ele perguntou, sem tirar os olhos de mim.  

Apontei para a porta dele e Theo seguiu, comigo em seu colo. Ele chutou a porta assim que entrou e me pressionou contra ela, grudando novamente nossos lábios, num beijo intenso e provocativo.  

Apertei ainda mais minhas pernas ao redor dele e gemi ao sentir sua ereção cutucar minha bunda.  

— Eu quero tanto estar dentro de você, que está quase impossível segurar a vontade. — Ele apertou o bico do meu seio, me fazendo arquear as costas e gemer de desejo. — Mas, vou focar em você primeiro.  

Theo deslizou a mão para dentro da minha calça e soltou um longo gemido ao tocar minha calcinha encharcada. 

— Caralho! — Ele mordeu o lábio inferior e senti seu olhar me queimando a pele. — Você está extremamente molhada e ainda não fiz metade do que eu quero com você.  

— Então pode começar. — Entrelacei os dedos em seus cabelos e o puxei para mim, o beijando, no mesmo momento em que seu dedo deslizou para dentro de mim. Gemi contra sua boca e em resposta, ele pressionou mais forte sua ereção contra minha bunda.  

Ele colocou outro dedo dentro de mim, fazendo minhas pernas se abrirem mais para ele e minha cabeça bater contra a porta. Fechei os olhos e pressionei o quadril contra sua mão, fazendo ele colocar ainda mais fundo os dedos dentro de mim.  

Era como se meu quadril tivesse vida própria, ele rebolava contra a mão do Theo e quanto mais eu gemia, mais fundo ele ia, batendo minhas costas cada vez mais forte contra a porta. Ele nem havia começado a me foder, mas já estava me levando ao paraíso apenas com a mão.  

Enquanto seus dedos faziam um vaivém absurdamente delicioso, ele pressionava delicadamente meu clitóris com o dedo, enviando ondas de choque por todo meu corpo. Sentia minhas pernas tremendo em volta dele e minha barriga se contrair. Sabia que estava perto de atingir o orgasmo e ele também sabia, à medida que minha boceta se fechava em torno da sua mão.  

— Relaxa... — Ele sussurrou, mordendo o bico do meu peito. — Deixa vir, só deixa o corpo levar. — Seus lábios foram subindo até meu pescoço, dando pequenas mordidas no caminho. — Esvazia a mente e se concentra somente nas sensações do seu corpo.  

Fiz o que ele pediu e fui inundada com o melhor orgasmo que já tive na vida. Senti o corpo inteiro tremer, o clitóris pulsava contra a mão dele e minha boceta se apertava contra seus dedos. Fechei os olhos e deixei os espasmos tomarem conta do meu corpo, eu tremia por inteira e mal conseguia raciocinar.  

Theo me abraçou e me carregou até a cama, me deitando sob o colchão e deitando sob mim.  

— Uau! — Foi a única coisa que consegui falar. Ainda sentia os espasmos pelo corpo e o clitóris pulsando, como se o ritmo dele se igualasse ao das batidas aceleradas do meu coração. — Nunca havia tido um orgasmo tão intenso assim, pelo menos não sem eu ter que me concentrar muito nisso.  

— Esse é o X da questão... — Theo beijava meu pescoço enquanto falava. — Você tem que relaxar o corpo, moranguinho. — Ele desceu os lábios pelos meus seios, barriga e parou no elástico da calça. — Já se recuperou? — Ele perguntou enquanto passava a língua em minha barriga, fazendo todo meu corpo arrepiar e minha barriga contrair. 

— Acho que sim... — Fechei os olhos e arqueei as costas, pedindo por mais. — Por que? — Ele mordeu delicadamente minha pele e eu gemi em resposta.  

— Porque agora vou te dar outro orgasmo... — Ele riu ao ver minha cara de espanto. — Só que dessa vez com a boca. — Senti seus dedos puxando minha calça e calcinha para baixo, deslizando ambas pelas minhas pernas e jogando no chão. — Coloca o travesseiro na sua lombar e abra bem as pernas. — Ele ordenou e quase me fez gozar de novo ali mesmo.  

Era tremendamente sexy vê-lo autoritário daquele jeito.  

Fiz o que ele mandou e me ajeitei confortavelmente, colocando a cabeça em cima de outro travesseiro. Queria conseguir ver o que ele iria fazer sem esforço.  

Ele passou a barba por fazer entre as minhas coxas e eu gemi ao sentir a penugem quase inexistente me arranhar a pele. Theo repetiu o processo na minha virilha e quase gritei ao sentir as provocações na pele sensível. Senti seus lábios tocarem delicadamente meu clitóris, ele deu apenas um beijo, mas me fez sentir por todo meu corpo.  

E antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, senti sua língua em mim, me levando novamente ao paraíso, só que dessa vez com muito mais intensidade. A cada lambida que ele me dava, me fazia sentir desde os dedos dos pés até o último fio de cabelo.  

Não sei se era porque havia acabado de ter um orgasmo, ou se era realmente porque nunca havia tido aquela sensação.  

Mas era a oitava maravilha do mundo para mim e poderia me perder ali pelo resto da vida, com ele entre minhas pernas.

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