Desfaleço sob seu corpo, tentando controlar a respiração ofegante e o palpitar frenético que meu coração faz. Theo acaricia minhas costas, provocando pequenos arrepios em minha pele. Quando finalmente meu corpo se acalmou, foi que que me dei conta de onde estávamos. Me endireito num solavanco, só tinha me esquecido de calcular a altura do teto do carro e acabo batendo a cabeça. — Ai cacete! — gemo, pressionando a mão no possível galo que poderia aparecer no dia seguinte. — O que houve? — As feições dele são um misto, entre preocupação e segurar o riso. — Havia me esquecido que estávamos no seu carro — Desembolo o vestido e enfio rapidamente os braços entre as alças. — No meio da rua e correndo o risco de sermos pegos. Ele balança a cabeça, rindo. — Calma, meu amor. — ele passa as mãos em meus braços, tentando me tranquilizar. — Não apareceu ninguém na rua, meu carro tem insulfilm e já está tremendamente tarde para ter movimento por aqui. Assinto, respirando
— Vai para casa do Theo hoje? — Isis perguntou com a boca cheia de pão. — Ainda não sei. — Respondi, limpando o farelo da sua boca. — Você vai sujar todo o meu carro de pão. — Desculpa. — Ela riu, tampando a boca e guardando o pão. — Ando trabalhando demais e ta bem exaustivo. Isis trabalhava de home office e ultimamente sua chefe havia pedido que fizesse hora extra, com isso ela estava indo dormir extremamente tarde. — Imagino. — Soltei um bocejo. — Logo, vou ter que começar a procurar estágio na área. Minha poupança não iria durar para sempre e também não queria gastar todo o dinheiro que minha avó havia guardado para mim. — A poupança está acabando? — Isis questionou, o semblante preocupado. Neguei com a cabeça. — Não. Tenho dinheiro suficiente para viver sem preocupação por mais uns anos. — Dei de ombros. — Mas não quero gastar o dinheiro que ela guardou com tanto esforço para mim. — Senti os olhos lacrimejarem ao me lembrar da minha avó. O sonho dela er
O relógio marcava 17h quando sai do banheiro, enrolada no meu roupão e corri para o quarto a procura de alguma roupa, mesmo que, minha vontade fosse de atender a porta vestindo somente o que eu já estava usando. Sabia que o Theo iria se controlar comigo e não aguentava mais ficar só nas brincadeiras. Depois do sexo rápido dentro da caminhonete dele, não havíamos mais transado de fato, somente as preliminares. Um oral aqui e ali, em ambos. Então era plenamente justificável minha fome por sexo e a vontade de atacar aquele homem, como se eu fosse um ser irracional. Era quase isso que eu estava virando mesmo. Por mais que eu tenha tido os melhores orgasmos da minha vida com ele, meu corpo ansiava por sexo como meu pulmão precisava de ar para sobreviver. Meu corpo estava em estado de alerta, qualquer olhada, ou toque dele, me acendia como uma arvore de natal. Estava impossível controlar todo o desejo que estava me sucumbindo. Mas iria acabar com toda essa fome no final de seman
Ver ela implorando por mais, era como a oitava maravilha para mim. Fazia meu lado dominador se acentuar, ficando impossível de controla-lo. Confesso que minha intenção não era provoca-la, eu realmente vim só com a intenção de fazer o trabalho, nada além disso. Até porque, queria fazer tudo isso e muito mais com ela, no final de semana. Mas quando sai do elevador e a vi com aquele olhar de quem está pensando em safadeza, meu corpo reagiu por vontade própria e quando vi já estava em cima dela, como um leão em cima da sua presa. Era impossível manter minhas mãos longe dessa mulher, por mais que eu tentasse. Cecilia conseguia arrancar todas as minhas armaduras e me fazer perder o controle em questão de segundos. Como nesse exato momento, em que eu a tinha desfalecendo sob a mesa da cozinha, gemendo meu nome enquanto eu a chupava. O que começou só com uma brincadeira com os dedos, passou para um delicioso oral. Não consegui evitar. Vê-la implorando por mais, fez meu corpo reagir por in
Vi que precisava de um banho depois daquela nossa brincadeira. Quando sai do banheiro, Theo estava sentado no sofá com o notebook sob seu colo e estava concentrado em algo. O observei em silêncio, enquanto caminhava até o sofá. Me sentei ao seu lado e espiei a tela do seu computador. Ele já estava fazendo nosso trabalho e pela sua cara de concentrado, nem parecia que havíamos quase transado na mesa da cozinha. Ele se virou para mim e sorriu, beijando minha testa antes de voltar a atenção para o notebook. — Você pesquisou a parte teórica que o professor pediu? — O Theo concentrado e autoritário estava de volta. Tentei não rir com a facilidade em que ele virava a chave na forma de se comportar.Resolvi me concentrar no trabalho, o peso dele era grande na menção de nota no final do bimestre. Já faziam algumas horas que estávamos estudando e minha cabeça começava a latejar. — Chega! — Resmunguei, fechando o notebook. — Nem que eu quisesse conseguiria continuar estudando. — Ap
Assim que vi as portas do elevador se fecharem a minha frente, respiro fundo, inflando meus pulmões e sinto um calor desconhecido percorrendo por todo o meu corpo. Estar com ela, era como pisar em nuvens. Por algum motivo, ainda desconhecido por mim, esse pensamento faz meu coração transbordar. Será que é assim quando a gente se apaixona por alguém? Uma sensação de imenso contentamento, de sentir o coração bombar mais rápido o sangue por todo o corpo, dos pensamentos sempre serem voltados para a mesma pessoa, era assim? Não sei responder. Nunca me apaixonei verdadeiramente por ninguém. Na verdade, nunca tinha amado ninguém. Minhas paixões sempre tiverem hora e data de validade. Nunca fui o estilo garanhão. Sempre fui seletivo com quem me relaciono, até porque nem todas curtem o lance de autoridade e tudo mais. Então sempre levei meus casos para algo de uma noite só. As poucas que passaram disso, no fim sempre queria algo mais sério, rótulos, comprometimento total e essas
— Só saiu depois que o mauricinho for embora! — Cruzo os braços e inclino o queixo na direção do Davi. — Nem fodendo vou deixar você com ele nesse apartamento! Cecilia bufa, claramente perdendo a paciência e tenho que me controlar para não rir daquilo. — Eu sei muito bem cuidar de mim, Theo! — ela rebate, cruzando os braços. — É Theo. — Davi se dirige até o sofá e se senta nele, apoiando os braços no encosto, como se fosse um maldito rei do lugar. — Ela sabe se cuidar muito bem! — ele olha para mim com um sorriso convencido nos lábios. Reviro os olhos e o ignoro, voltando minha atenção para a única pessoa que realmente importa ali. — Isso não foi um pedido, Cecilia. — respondo, entredentes tentando controlar a raiva crescente em mim. — Só meto o pé daqui depois que ele já tiver ido embora e de preferência bem longe daqui. — Cruzo os braços e arqueio a sobrancelha, esperando o merdinha ir embora. — Davi, vai logo embora! — Cecilia volta sua atenção para ele e caminha em dire
— Não temos nada para conversar! — ele rebateu assim que falei. — Ah, mas nós temos sim! — Arqueei a sobrancelha e continuei encarando-o. Não arredo o pé daqui sem antes falar com ele. E ele vai me ouvir, querendo ou não. Theo soltou um longo suspiro, passou as mãos nos cabelos e encostou a cabeça no banco de couro. Seu semblante estava cansado, de alguém que havia dormido pouco, ou nada. Bom, vai combinar com o meu, que está por baixo de meio quilo de maquiagem. Depois que ele saiu do meu apartamento, sabia que tinha feito merda, agido de forma errada. Não com o Davi, mas sim com o Theo. Mas não consegui evitar. As palavras que o Davi proferiu para mim, me atingiram em cheio, fazendo toda a culpa transbordar para fora do copo que já estava meio cheio. Por mais que tivéssemos terminado a mais de um mês, suas palavras me fizeram sentir culpada por estar seguindo minha vida tranquilamente e já estar com outra pessoa. Eu sabia que era errado ter esse tipo de pensamento. Ma