— Não acredito que fiz isso... — Estava andando de um lado para o outro dentro do banheiro feminino a quase meia hora.
— Para de andar tanto assim, vai acabar fazendo um buraco no chão desse jeito! — Isis me segurava pelo ombro, me forçando a ficar parada. — Ceci, foi só uma mensagem. Você está se comportando como se tivesse o convidado a fazer um pacto com o tio Lu. — Ela tentava não rir, mas os tremores de seus lábios a denunciava.— Você fala isso porque não foi você que mandou a mensagem. — Revirei os olhos e voltei a caminhar de um lado para o outro.— Não, eu falo isso porque não vejo nenhum problema nisso. — Ela deu de ombros. — Se fosse comigo iria assumir que mandei mesmo e que era isso. — Isis levantou novamente os ombros, sem se importar com aquilo enquanto olhava para as próprias unhas. — Você pensa demais em tudo e é por isso que não aproveita mais a vida.No fundo, sabia que ela estava certa. Não gostava de assumir certos riscos e quando agia impulsivamente no final acabava sempre me arrependendo.Estava fugindo do Theo desde o final do primeiro período de aula. Ele aparecia perto de mim e eu fugia igual diabo foge da cruz. No fundo ele sabia o motivo, mas ainda não estava pronta para admitir.— Você não pode fugir dele para sempre, você sabe disso não sabe? — Isis me questionou.— Eu sei... — Soltei um longo suspiro. — Mas preciso colocar minha cabeça no lugar. Não to pronta para encara-lo.— Mas vai ter. — Dei um pulo de susto ao ouvir aquela voz.— O que você está fazendo no banheiro feminino, Théo? — Ele estava parado no batente da porta.Os braços cruzados, um pé sob o outro, uma sobrancelha arqueada e o olhar firme em mim, fazendo todo meu corpo se aquecer involuntariamente.— Já que Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé. — Ele deu de ombros, ainda me encarando. — Você não vai conseguir me evitar pra sempre. — Ele caminhou devagar até mim, me encurralando na parede. — Estudamos o mesmo curso e vamos precisar conversar em algum momento, moranguinho.Já havia me acostumado com aquele apelido ridículo, meu corpo se arrepiava sempre que sua boca o dizia.— O que você está fazendo no banheiro feminino? — Uma aluna adentrou pela porta, repreendendo o Théo. — Anda moleque! Sai daqui! — Ela empurrava o Théo pela porta, o fazendo rir.— Vamos conversar, moranguinho. — Ele falava enquanto era empurrado para fora. — Hoje a noite na sua casa, chego lá as 18h! — A loira conseguiu coloca-lo para fora, sob muita luta e empurrões. — Não se atrase! — Ele gritou no corredor.Não consegui evitar o riso vendo toda aquela situação. Théo era uma comédia, tinha que admitir que era divertido ficar ao lado dele.— Vai fazer o que? — Isis sussurrou, se aproximando de mim.— Eu aceitaria. — A loira deu de ombros, sorrindo levemente. — Só pelo fato de ter entrado aqui sem nenhum receio, mostra que ele se importa com você. — Ela me deu uma piscadela. — E ainda por cima é um gatinho! — A loira deu de ombros, rindo.Acabamos rindo também. E naquele momento percebi que aquela completa estranha estava realmente certa.Não o vi mais pelo resto do dia, as quartas era o dia que menos tínhamos aulas juntos. A grade dele era diferente da minha e agradeci por isso, pois me daria tempo para pensar em tudo.Comecei a pesar os prós e contras de aceitar seu convite, pensei tanto que me causou uma enxaqueca.Uma coisa era fato; eu estava solteira e mesmo se optasse em me relacionar com ele não seria traição.Mas por que ainda tinha a sensação contraria disso?Do que tanto eu tinha medo?!Mal havia visto que já eram quase 18h e que a qualquer momento ele poderia tocar a campainha. Já que já sabia meu endereço.Me arrastei para fora do sofá e fui para o quarto, resolvi tomar uma ducha e colocar uma roupa confortável.Assim que passei a ultima peça do moletom rosa pela cabeça, ouvi minha campainha tocar e já sabia que era ele. Havia deixado avisado na portaria que ele viria, mesmo sem entender realmente se era a opção correta naquele momento, mas, quando vi já havia feito.Destranquei a porta e recostei no batente, aguardando-o entrar. Meu coração batia cada vez mais descompassado a cada segundo que passava. Sentia que poderia sofrer uma sincope e só piorou quando ouvi o barulho do elevador parando no meu andar.Só notei que estava prendendo a respiração quando senti o pulmão e a garganta queimando, implorando por alguma fagulha de ar. Bufei mais alto do que esperava e isso causou uma risada no fim do corredor.— Se eu soubesse que seria recebido com tanta alegria, teria me preparado melhor. — Ele brincou enquanto caminhava até mim. — Qual o motivo de tanto estresse, moranguinho? — Ele parou a alguns centímetros de mim, esticou a mão e pegou uma mecha de cabelo que havia soltado do rabo de cavalo, a colocando atras da minha orelha.— Nada... — Menti.Ele pareceu não acreditar muito, mas preferiu não postergar o assunto e eu fiquei feliz por isso. Theo ergueu uma sacola de mercado na minha direção.— Trouxe vinho e alguns petiscos para nós. — Ele me entregou a sacola e eu abri espaço para ele entrar no apartamento. — O apê é a sua cara. — Disse enquanto olhava pela sala.— Por que diz isso? — Questionei, fechando a porta atras de mim e caminhando até a cozinha estilo americano que havia no apartamento.Theo recostou no parapeito entre a sala e a cozinha, apoiou os cotovelos nele e recostou o queixo entre as mãos, dando de ombros para a minha pergunta.— Não sei. — Ele falava tranquilamente. — Só sei que não imaginava de outro jeito, moranguinho.Senti o arrepio me percorrer pela espinha e o calor se alojar abaixo do meu ventre.Tirei as coisas da sacola e coloquei em cima da mesa. Fui até o armário e peguei o abridor de garrafa dentro da gaveta, para abrir o vinho. Peguei a garrafa e entreguei ambos para ele.— Sou um desastre abrindo vinho. — Falei sem jeito, causando uma risada baixa dele.Toda vez que ele ria deixava sua covinha em protuberância. Aquela m*****a covinha!Seus olhos estavam brilhando e o desejo brincava entre as irises, me causando mais um calor entre as pernas.Voltei para a mesa, ficando de costa para ele, como uma desculpa para me recompor. Abri o amendoim, os colocando dentro de um recipiente, fiz o mesmo com o queijo e o salame, os colocando num prato.Quando me virei para ele, o vinho já estava aberto e ele estava me olhando.— Onde tem taça? — Ele sussurrou, dando a volta na bancada.Apontei para as prateleiras a cima de mim, com as taças encaixadas.Theo se colocou atras de mim e senti a garganta secar, fazendo meu coração martelar dentro do peito. Seu corpo estava tão próximo do meu que conseguia sentir o calor dele irradiando entre mim, quase conseguia sentir sua respiração.— Do que você tem tanto medo, moranguinho? — Ele sussurrou, a boca tão próxima aos meus cabelos que me fez suspirar.Não conseguia formular uma frase coerente, mal conseguia pensar em uma resposta racional, então preferi continuar calada.Theo entendeu o meu silencio. Pegou duas taças e se afastou de mim, se acomodando no sofá. Depois de alguns minutos me recompondo, me juntei a ele, como se nada tivesse acabado de acontecer.— Você tem notebook? — Ele perguntou, tranquilamente.Confirmei com a cabeça e fui até meu quarto pegar. Me acomodei novamente no sofá, coloquei o notebook no meu colo e a taça de vinho em cima do porta copo do braço do sofá.— O professor quer que façamos uma matéria fictícia, podendo ser de qualquer tema, só para ver como está nossa escrita formal... — Theo foi falando sobre o trabalho e me forcei a relaxar novamente.Ficamos entretidos no trabalho por horas, mal percebi que já havíamos acabado com a garrafa toda de vinho.— Quer mais vinho? — Ele perguntou, parecendo bem mais sóbrio do que eu.Se bem que sempre fui fraca pra bebida.— Acho que sim... — Dei uma enrolada para falar, o que fez ambos rirem. — Nossa! Faziam anos que não me sentia tão leve assim. — Recostei no sofá, mas não calculei o espaço exato e acabei derrubando a taça em cima de mim.Theo foi rápido o bastante e puxou o notebook do meu colo, evitando que caísse em cima dele, mas só piorou pro meu lado, pois o resto do vinho caiu todo em cima da minha calça.— Merda! — Xinguei.Calculei o quão bêbada estava para me levantar, mas ao julgar pelo tanto que bebi decidi continuar sentada.— Que bosta! — Theo se levantou. — Deixa eu te ajudar a limpar isso. — Ele caminhou até a cozinha e pegou os guardanapos em cima da mesa.Quando voltou, se ajoelhou entre minhas pernas. Para ele foi um gesto inocente, mas para mim... Foi mais intimo que qualquer um que já tivemos. Acho que ele notou, pois parou de limpar minha calça na mesma hora.De repente foi como se o clima entre nós pesasse, ficou tão denso que era quase possível tocar a tensão.Ouvir uma respiração pesada e só notei que era a minha, quando os lábios dele subiram num sorriso travesso.— Se você continuar respirando assim, não vou evitar fazer o que estou querendo fazer desde a hora em que sai do elevador. — Ele sussurrou, a voz tão rouca e sexual quanto jamais ouvi.— O que? — Sussurrei de volta, sem ao menos pensar nos riscos.— Ah moranguinho... — Ele se inclinou em minha direção, pressionando os dedos em minha cintura e me puxou para o seu colo.Aquele simples gesto desencadeou tudo que estava mantendo preso a sete chaves dentro de mim e assim que senti seus lábios nos meus, era como presenciar a maior queima de fogos de artifícios da história, fazendo todo meu corpo tremer e minha barriga contrair de desejo.Eu estava tremendamente fodida nas mãos dele.E o pior? Eu pagaria pra sentir cada sensação.Eu necessitava dele como, precisava de ar para respirar. As mãos dele deslizavam lentamente pelo meu corpo, como se tivesse se familiarizando com cada parte de mim. Meu corpo inteiro reagia a ele. Minha pele se arrepiava com cada toque, meu coração acelerava, gemidos escapavam da minha boca, vibrando em nossos lábios que mesmo precisando de folego, não se permitiam interromper o beijo. Ele ofegava tanto quanto eu, seus gemidos faziam as borboletas em meu estomago voarem ao meu redor. Senti o calor inundar meu corpo, se concentrando em meu ventre, fazendo minha calcinha ficar encharcada. Só percebi que estava pressionando minha bunda contra sua ereção quando senti suas unhas se cravarem em meu quadril, forçando ainda mais o atrito entre nós. — Desse jeito vou acabar transando com você aqui mesmo nesse tapete... — Ele falava enquanto beijava a linha do meu pescoço até a clavícula. Inclinei a cabeça para trás, facilitando ainda mais o acesso de sua boca ao meu pescoço e o ouvi rin
Poderia morrer naquele exato momento, que iria feliz e sem arrependimentos. Ver a Ceci se contorcendo sob a cama, era minha nova visão favorita e sentir seu gosto era meu manjar dos deuses. Meu presente favorito em qualquer data comemorativa. Ela puxava os lençóis e inclinava o quadril para mais perto de mim a cada vez que minha língua tocava seu clitóris e a cada gemido que escapava de seus lábios, era como se vibrasse por todo o meu corpo, principalmente entre minhas pernas. Meu pau já estava dolorido por ficar tanto tempo preso e já não tinha mais pra onde ele pressionar, dava para ver o desenho exato do volume na calça jeans e eu estava me segurando ao máximo para não foder ela naquele exato momento. — Theo... — Ela gemeu meu nome, quase fazendo meu pau choramingar dentro da calça. Ela puxava meus cabelos e esfregava a boceta com tanta vontade na minha cara, que estava quase perdendo o controle do meu próprio corpo. — To quase... — Ela choramingou, tirando as costas do col
— Janta comigo? — Theo pergunta enquanto entra no lado do passageiro do meu carro.— Jantar? — Me viro para ele, confusa. — Como num encontro? — Ele sorri e assenti.O brilho que ele tem nos olhos me faz sorrir também e aquece um pouco mais meu coração.— Quando? — Pergunto, recostando a cabeça no banco.— Hoje. — Ele imita o meu gesto, pega uma mecha do meu cabelo e brinca com ela entre os dedos.— Não sei. — Elevo os ombros, sem saber o que responder.— Prometo que será somente um encontro, sem segundas intenções. — Ele faz o gesto de escoteiro com os dedos.— Ta bom. — Não consigo evitar o riso. — Que horas?— Te busco as 19h, pode ser? — Ele pergunta, mesmo rodando o chaveiro entre os dedos, seus olhos permanecem em mim.— Pode ser. — Sussurro, abrindo um sorriso em seguida.Theo se aproxima de mim, colocando a mão em minha nuca e puxa meu rosto para mais perto dele. Sinto o coração acelerar e consigo sentir a veia do pescoço pulsar mais rápido, as borboletas no estomago voam desg
Tinha acabado de deitar quando ela me ligou. Dava para sentir o nervosismo em sua voz e não consegui evitar o sorriso com aquilo. Achava quase fofo o fato dela se sentir insegura com algo tão comum, ou deveria ser na verdade.Era capaz de sofrer uma sincope ao ouvir que ela nunca havia tido um orgasmo se masturbando.Como isso era possível? Quando não obtive resposta da mensagem que lhe enviei, pensei que ela não toparia o que tinha deixado explicito na mensagem. Então imagine minha surpresa quando meu telefone tocou e vi seu nome no visor do celular?— Pensei que você não ligaria. — Falei assim que atendi a chamada.— E por que não? — Sua voz estava baixa, tomando um tom sexy que me inundou de tesão imediatamente.— Porque você não me respondeu. — Coloquei a chamada no viva-voz, aproveitando o fato de estar sozinho no apartamento.Mas tranquei a porta do quarto, só por precaução.Estava deitado na cama, apenas de cueca box, as persianas estavam quase toda fechada, deixando entrar so
O caminho até o meu carro foi um completo silencio, como se ambos tivessem medo de reacender a faísca de minutos atras. Estávamos nos precavendo de algo que acabaria sendo inevitável.— Pronto para comer? — Ceci foi a primeira a quebrar o silencio, mas preferia que não tivesse feito. — Que foi? — Provavelmente eu deveria estar olhando para ela com uma cara bem pervertida. — Estou falando do jantar Theo! — Ela riu e deu um tapa no meu braço. — Meu Deus! Você só pensa em sexo! — Ela balançou a cabeça e colocou o cinto.— Claro! — Girei a chave na ignição, ouvindo o ranger do motor. — Você já me deixou mais duro do que toda a minha vida. O pior não é nem isso... — Me virei para ela. — Estar ao seu lado é igual ver um cachorro olhando um frango na vitrine. — Ela jogou a cabeça para trás e gargalhou.— Você está me comparando com o cachorro, ou com o frango? — Ela cruzou os braços, fingindo se sentir ofendida.— Com o frango, é claro! — Dei de ombros, sendo acertado novamente por um tapa d
Era como vivenciar uma solta de fogos de artifício. A visão dela ajoelhada na minha frente, era quase como uma miragem. — Não precisa fazer isso, moranguinho. — murmurei, arfando. Se meu pau pudesse falar nesse instante, ele com toda certeza, me xingaria. Acho que até eu quero me ofender. Não que eu não queira isso. Muito pelo contrário, era o que eu mais quero. Porra! Já havia chego até a sonhar com aquilo. Sentir os lábios dela em volta do meu pau, era quase como tocar o céu. Algo impossível. Mas a questão aqui é que; tenho medo de perder o controle e acabar fazendo coisas com ela aqui que não serão muito adequadas. E o problema é que eu quero fazer cada uma das coisas que venho sonhando em fazer com ela. Minha vontade é de vira-la de costas e fode-la contra a parede, forte o bastante para faze-la gritar pelo meu nome, ao ponto dos nossos corpos chocarem um contra o outro e as pernas dela bambearem. Quero sentir o prazer dela, ao ponto de senti-lo escorrendo entre s
Viro a chave na ignição e dou partida no carro, faço todo o caminho até o apartamento dela em silencio. Ela passa todo o caminho olhando pela janela e mexendo na bainha do vestido, numa tentativa de se acalmar. Em pouco tempo já consigo decifra-la sem nem precisar de muito esforço. Ela é fácil de ler, pelo menos para mim. Estaciono na rua ao lado do apartamento dela, a única iluminação que tem no local é a luz da lua e agradeço o fato do meu carro ter insulfilm nas janelas, senão não daria para fazer o que eu quero. Puxo o meu banco para trás e desço um pouco o assento, o bastante para ficar levemente inclinado e tento não rir da cara de confusão estampada em seu rosto, que me observa atentamente. — Mas o que... — A puxo para o meu colo antes que possa terminar a frase e a beijo, sentindo seu corpo desfalecer entre meus braços e isso provoca um longo gemido da minha boca. Fazendo ecoar até o meio das minhas pernas. Maldita atração! — Se eu tivesse falado qualquer coisa antes
Desfaleço sob seu corpo, tentando controlar a respiração ofegante e o palpitar frenético que meu coração faz. Theo acaricia minhas costas, provocando pequenos arrepios em minha pele. Quando finalmente meu corpo se acalmou, foi que que me dei conta de onde estávamos. Me endireito num solavanco, só tinha me esquecido de calcular a altura do teto do carro e acabo batendo a cabeça. — Ai cacete! — gemo, pressionando a mão no possível galo que poderia aparecer no dia seguinte. — O que houve? — As feições dele são um misto, entre preocupação e segurar o riso. — Havia me esquecido que estávamos no seu carro — Desembolo o vestido e enfio rapidamente os braços entre as alças. — No meio da rua e correndo o risco de sermos pegos. Ele balança a cabeça, rindo. — Calma, meu amor. — ele passa as mãos em meus braços, tentando me tranquilizar. — Não apareceu ninguém na rua, meu carro tem insulfilm e já está tremendamente tarde para ter movimento por aqui. Assinto, respirando