Cinco anos após a trágica morte de sua esposa Isabella, Lorenzo ainda era um homem marcado pela dor. Sua vida, antes plena de alegria e amor, foi consumida por um desejo incessante de vingança. Ele passou esses anos investigando, cavando cada pista, tentando entender quem era o responsável pelo acidente que a tirou de seus braços. Durante esse tempo, a raiva foi sua única companheira. Porém, em meio à escuridão, algo inesperado aconteceu. Lorenzo conheceu Camille, uma mulher que parecia trazer a promessa de um novo começo. Com ela, ele redescobriu a leveza de viver e sentiu algo que jamais pensou que fosse possível novamente: amor. A relação dos dois cresceu naturalmente e, sem ele perceber, Camille se tornou seu refúgio, sua esperança de recomeço. Lorenzo estava perdidamente apaixonado, acreditando que, finalmente, poderia deixar o passado para trás. Contudo, uma descoberta devastadora estava prestes a destruir tudo. Vittorio, seu fiel amigo e investigador, chegou com a prova que ele tanto buscava: Nico Benedetti, o poderoso mafioso, era o homem por trás da morte de Isabella. E, para seu horror, Lorenzo descobre que Camille não era quem ele pensava. Ela era a filha de Nico Benedetti, o homem que ele passou anos caçando, e que prometeu à esposa falecida, que faria todos ligados a Nico Benedetti pagarem. Agora, Lorenzo está dividido entre o amor que construiu com Camille e a raiva implacável que sente por Benedetti. Sua mente começa a acreditar que Camille sabia de tudo, que ela o manipulou desde o começo, aproximando-se dele como parte de um jogo cruel tramado por seu pai. Ele se vê preso entre a dor do passado e o que acreditava ser seu futuro. No entanto, consumido por seu desejo de justiça, Lorenzo se deixa dominar pelo ódio e pela sede de vingança.
Ler maisEpílogoCamille,Oito meses se passaram desde o dia em que tudo mudou para sempre. Sentada em frente ao mar, observando as ondas quebrando suavemente contra as rochas, sinto o vento acariciando meu rosto. O ar está carregado com o cheiro salgado do oceano, trazendo consigo memórias que eu nunca pensei que teria coragem de revisitar. Mas aqui estou, finalmente, em paz, ou pelo menos tentando estar. Aquele capítulo sombrio da minha vida ficou para trás, mas as cicatrizes, tanto internas quanto externas, ainda estão comigo. Algumas cicatrizes desaparecem com o tempo, outras ficam gravadas na alma para sempre.Eu olho para o horizonte, e a vastidão do mar me lembra o quão longe eu cheguei. Há oito meses, minha vida era uma espiral de caos, dor e incertezas. Fui raptada por Lorenzo, o homem que me fez acreditar no amor e depois despedaçou meu coração com sua crueldade. O homem que amei, mas que se transformou no meu pior pesadelo. Ele era meu monstro pessoal, e no final, fui eu quem o dest
Camille,O desespero tomava conta de mim. Lorenzo me puxava com violência para o fundo do iate, me jogando contra as paredes enquanto me arrastava em direção a um quarto isolado. Eu lutava para me libertar, mas ele era forte, mais forte do que eu imaginava. Meu coração batia descontrolado, o medo me paralisava, mas eu não podia desistir.— Você nunca mais será feliz com Viktor! — Lorenzo rugiu, segurando uma faca contra a minha pele. Seus olhos estavam cheios de raiva, completamente fora de controle. — Esse filho que você carrega? Ele nunca verá a luz do dia! O único destino que você terá será ao meu lado, Camille, nem que para isso tenho que tirar esse feto agora mesmo de dentro de você.Eu soluçava as lágrimas correndo pelo meu rosto. A dor física e emocional me consumia. O pânico crescia no meu peito à medida que Lorenzo pressionava a faca contra mim. Eu sabia que ele estava prestes a fazer algo terrível.— Lorenzo, por favor... — implorei entre soluços, tentando acalmá-lo. — Não f
Camille,Lorenzo me puxou com força pelo braço, quase me arrancando do corredor estreito do iate. Eu lutei tentando me soltar, mas ele era forte demais. Seus dedos apertavam meu pulso com tanta força que mal conseguia sentir a mão. Ele me empurrou com brutalidade para dentro de um quarto escuro e me jogou na cama.— Esse vestido não combina com você, amor — ele disse, sua voz carregada de sarcasmo e desdém, enquanto se inclinava sobre mim, seus olhos brilhando com um misto de desejo doentio e raiva, prendendo meus braços na altura da cabeça, e naquele momento eu temia pela vida do meu bebê.Seus dedos encontraram o tecido delicado do meu vestido, e com um movimento bruto, ele me soltou e rasgou meu vestido ao meio. O som do tecido se rasgando ecoou pelo quarto, assim como o grito sufocado que escapou da minha garganta. Tentei afastá-lo, minhas mãos empurrando seu peito, mas ele me segurou pelos pulsos novamente, pressionando meu corpo contra a cama. Sua respiração era pesada, quente,
Lorenzo,Eu soube do casamento por um dos meus seguranças. As palavras dele ecoavam na minha cabeça como uma m*****a sentença de morte. Camille estava se casando. Com Viktor.— Vittorio não te disse nada? — perguntei ao segurança, minha voz fria e controlada, mas por dentro, uma tempestade de emoções começava a me consumir. Camille é minha, e eu venho lutando para mudar por ela.— Não, senhor. Ele saiu cedo, disse que precisava resolver uma situação pessoal — respondeu o segurança, visivelmente nervoso.— Resolver uma situação pessoal? — eu repeti, sentindo o sangue ferver. Vittorio, o único que sabia de tudo, o único que conhecia cada detalhe dos meus planos, havia sumido no momento em que eu mais precisava dele. Mas eu não tinha tempo para pensar nisso. Não agora.Camille não podia se casar. Ela era minha. Sempre foi. E agora, ela estava prestes a se unir a outro homem, e não a qualquer homem, mas Viktor, meu inimigo. Já fiquei quieto por tempo demais, eu não posso mais ficar aqui de
Viktor,A igreja estava decorada de forma impecável, cada detalhe refletia a atenção que Camille e eu colocamos no planejamento desse dia. As flores, as luzes suaves das velas, o murmúrio tranquilo dos convidados aguardando, tudo estava perfeitamente no lugar. Tudo, exceto a presença dela.Eu estava no altar, meu coração acelerado. Não era nervosismo, não era dúvida. Era preocupação. Algo não estava certo. Camille nunca se atrasaria tanto, e cada minuto que passava aumentava o aperto no meu peito.Ao meu lado, meu consigliere, Matteo, mantinha uma expressão calma, mas eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele também estava começando a se inquietar. O relógio marcava o tempo, e quanto mais os minutos avançavam, mais o silêncio ao meu redor parecia pesado.— Ela está atrasada demais — comentei em voz baixa, tentando manter a calma, mas Matteo percebeu a tensão em meu tom.— Casamentos, Viktor… sempre há atrasos — respondeu ele, com um leve sorriso. — Pode ser que algo inesperado
]Um mês depois..... Camille,O vestido branco brilhava sob a luz suave do espelho. Eu estava ali, parada, sentindo uma mistura de nervosismo e felicidade tomar conta de mim. A senhora que me ajudava a organizar o vestido, uma mulher de rosto amável e mãos habilidosas, sorria enquanto ajustava o tecido rendado que caía perfeitamente sobre meu corpo. Sim, hoje é o meu casamento com Viktor. A cada dia que se passava, estávamos mais envolvidos um com o outro, e foi então que ele me pediu em casamento.— Está linda, meu bem — ela disse com ternura, ajeitando o véu delicadamente sobre meus ombros. — Viktor vai perder o fôlego quando te ver.Sorri para ela através do espelho, as palavras enchendo meu coração de alegria. Eu estava a poucos minutos de me casar com o homem que amava, o homem que havia mudado minha vida de tantas maneiras. E, ainda por cima, estava grávida dele. Era uma surpresa que eu mal podia esperar para contar. A emoção de saber que em breve Viktor se tornaria pai me fazia
Camille,Viktor e eu estávamos deitados na cama, envoltos em um lençol macio, o calor suave do corpo dele me aquecia enquanto seus dedos deslizavam delicadamente pelos meus cabelos. A sensação era reconfortante, algo que me fazia sentir segura, protegida de todo o caos que já havíamos enfrentado. O silêncio entre nós não era desconfortável, mas repleto de compreensão e carinho. No entanto, havia algo que ainda pairava no ar. Algo sobre Viktor que eu ainda não sabia completamente.Me aninhei mais perto dele, a cabeça descansando em seu peito, e senti seus músculos relaxarem sob o meu toque. As cicatrizes em sua pele sempre me intrigaram, não apenas porque marcavam sua aparência, mas porque, de alguma forma, contavam a história de quem ele era. Cicatrizes de batalhas que ele travou, tanto físicas quanto emocionais. E, finalmente, eu estava pronta para conhecer essa história.— Viktor... — murmurei, acariciando suavemente seu peito, meus dedos traçando as linhas das cicatrizes que cobria
Camille,O silêncio da noite nos envolvia como um manto espesso, apenas interrompido pelo som da chuva insistente batendo contra as janelas. O calor da banheira já tinha se dissipado, mas a intensidade entre mim e Viktor permanecia, pulsante. Sentada em seu colo, sentia seu peito subir e descer lentamente enquanto ele me segurava com firmeza, como se nunca quisesse me soltar.Naquela noite, algo estava diferente. A energia que vibrava entre nós era nova, uma faísca que transcendia o desejo habitual. Mesmo após todas as noites juntos, ele cuidando de mim, nada se comparava ao que sentíamos naquele momento. Era como se finalmente tivéssemos nos libertado das amarras invisíveis, nos entregando um ao outro sem reservas.Viktor sempre esteve ao meu lado, me protegendo, respeitando meus limites. Ele nunca forçou nada, mas seu desejo por mim era claro. E agora, algo dentro de mim se soltou. Não era apenas desejo; era uma necessidade ardente de me conectar a ele de uma forma inexplicável.Meu
Camille,A noite caiu pesada, carregada com o som distante dos trovões. O vento batia com força nas janelas, e a chuva caía incessante lá fora, criando uma melodia sombria que preenchia o quarto silencioso. Eu me sentia exausta. Cada músculo do meu corpo parecia implorar por descanso, mas minha mente estava em constante movimento, presa nos horrores do passado. Lorenzo... seu rosto ainda surgia em meus sonhos, como uma sombra que não conseguia dissipar.Me deitei, puxando os lençóis até o pescoço, tentando encontrar algum conforto no calor do quarto, mas era como se a escuridão ao meu redor estivesse se infiltrando dentro de mim. Fechei os olhos, esperando que o sono viesse me buscar rapidamente, mas em vez disso, fui arrastada para um pesadelo que parecia mais real do que qualquer coisa.Eu estava de volta ao porão. As correntes, o frio, o som dos gritos ecoando nas paredes. Lorenzo estava lá, como sempre, me encarando com aquele olhar cruel, enquanto suas palavras cortavam como faca