London Eye

London EyePT

Romance
Ana Luiza Marriel  Em andamento
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Resumo
Índice

Sinopse

Recém-chegada em Londres, Molly não está nem um pouco animada para o que vai acontecer em sua vida dali para frente. Tudo bem que ela conseguiu uma vaga na faculdade de seus sonhos e seus pais concordaram em ajudá-la com tudo até que encontre um trabalho, mas ela não conhece ninguém na cidade, e sua colega de quarto não parece ser a pessoa mais agradável do mundo. Luke, por outro lado, não parece temer nem um pouco sua vida ali. Nascido e criado no subúrbio londrino, trabalha como garçom em um café durante a manhã e grande parte da tarde e à noite faz o que lhe mais deixa feliz: canta nas ruas da cidade. Seu maior desejo é que alguém que faça parte de uma gravadora lhe veja ali, fazendo o que ama, e ofereça uma oportunidade para que ele realize seu sonho. Até que, durante uma noite agitada na vida de ambos, a London Eye parece ser o melhor lugar para se esconderem de tudo e todos. O que não contavam era que aconteceria justamente o contrário.

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Último capítulo

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48 chapters
Prólogo
A London Eye, também conhecida como Millennium Wheel, Roda do Milênio, é uma roda-gigante de observação, totalmente feita em vidro e que oferece vistas panorâmicas impressionantes, tanto da cidade como do campo. Ela é um dos símbolos de Londres, sempre aparecendo em listas dos lugares que você precisa conhecer quando vai à cidade. Mas se você prestar bastante atenção, ela também é um refúgio. Um refúgio para aqueles que sofrem e precisam de uma distração, para os artistas que precisam de inspiração. E também para aqueles que não imaginam o que procuram exatamente, mas acabam encontrando algo. Um amigo, uma nova música. E um amor.
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Vida no Campus
Molly Quando meus pais me perguntaram se deixar os Estados Unidos e consequentemente todo o conforto de nossa casa para vir a Londres, longe de toda a minha família e amigos, era realmente o que eu queria, eu não pensei nem duas vezes antes de dizer que sim. Mas agora que já estava morando na cidade dos meus sonhos há quase dois meses, eu via que a coisa era um pouco mais difícil do que parecia quando sonhava em me mudar para cá. Apesar de muito educados, os londrinos nem sempre eram muito amigáveis e estavam sempre em uma correria com a qual eu ainda estava tentando me acostumar. Sem contar que de todas as colegas de quarto que eu poderia ter, tinha de dividir o quarto justamente com a que aparentemente não gostava de ninguém. Desde que cheguei ali, no fim de maio, Isla nunca havia me olhado com uma cara boa ou me dito algo legal. Parecia estar irritada com o fato de que sua colega de quarto não era exatamente quem ela desejava que fosse, mas eu estava começando a me acostumar com
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A música
Luke Reli a letra pela terceira vez e acabei por apagar metade do que havia escrito — pela segunda vez em dez minutos. Nada parecia certo naquilo, e eu já estava cansado de reescrever aquela música, ainda sem um tema certo. Não era fácil ter de preparar uma música nova sem a ajuda de Zach, meu melhor amigo e a pessoa com quem eu tocava nas noites londrinas. Principalmente quando a única hora que eu tinha disponível para isso era durante meu horário de descanso no meu trabalho, um café badalado no centro da cidade. Aquele não era o trabalho com o qual eu sonhava, mas era o que eu precisava para me manter. O trabalho que, mesmo não me sustentando, eu realmente amava fazer era quando finalmente saía dali e, junto com meu amigo, ia tocar nas estações do metro. — Luke, seu horário de almoço ainda não acabou? — Lila, uma das minhas colegas de trabalho, perguntou, se aproximando. — Ainda não. — Sorri, tentando voltar a prestar a atenção no meu processo de criação. Apesar de fazermos v
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Sábado à noite
Molly Eu consegui sobreviver ao primeiro mês de aula, e não poderia estar mais orgulhosa de mim. Tudo bem que quase não possuía tempo para nada, nem mesmo conseguia ligar para minha família, mas estava adorando tudo. Quando o último fim de semana do mês finalmente chegou, eu sabia que desejava aproveitar ao máximo, por isso fiz todos os trabalhos extras durante a sexta à noite e deixei meu sábado livre, para que eu pudesse fazer o que quisesse. E foi assim que consegui ficar o dia quase todo deitada no sofá, colocando minhas séries em dia, comendo besteira e conversando com Ashley por chamada de vídeo. — Como assim você não saiu ainda, Molly? Parece até que eu não te ensinei a aproveitar a vida direito! — brigou comigo, me fazendo dar uma risada. — Ash, não tem graça sair sem você comigo. É sério. — Ué, mas você já está morando aí tem quatro meses, tenho certeza que já fez amizade com várias pessoas! — começou a falar, se movendo pelo seu quarto tão rapidamente, que me deixou to
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Família
Luke O verão chegou ao fim e levou com ele a grande maioria dos turistas, fazendo com que eu tivesse que voltar a apenas tocar no metrô — consequentemente diminuindo o valor que conseguíamos tirar das nossas apresentações. Seria muito ingrato da minha parte se eu dissesse que estava triste em ter de depender quase totalmente da minha renda do café? Porque era como eu me sentia, levemente chateado por ver mais uma vez a oportunidade de passar aquelas horas extras fazendo o que eu amava de verdade sendo usada em um trabalho que me sustentava, porém não me preenchia como a música. Mas com a temperatura caindo cada vez mais, as pessoas saíam menos de suas casas, consequentemente frequentando menos áreas abertas como os parques e indo direto para cafés e restaurantes. Eu andava entre as mesas, atendendo os clientes com sorriso nos lábios, porém com a mente longe. O dia seguinte era o aniversário da minha mãe, e eu a visitaria, mas não estava muito animado para isso. Sim, eu amo a minh
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Vista
Molly Comprar um ingresso para a London Eye não foi muito difícil como pensei que seria para um sábado. Mas agradeci internamente por aquilo, não queria ter de enfrentar uma fila gigantesca. Com a cabeça ainda cheia com o que havia ocorrido mais cedo, nem notei por onde estava seguindo. Eu só conseguia pensar no quanto eu queria ter alguém que me amasse e me entendesse bem, como Ashley, minha irmã Haley ou meus pais. Mas acho que não podemos ter tudo o que queremos, não é? Finalmente notei que estava no caminho errado, quando parei do lado oposto ao da entrada das cabines, e a observei começar a se mover. — Droga...! — sussurrei, dando meia-volta e andando em direção contrária. Faltando alguns passos para a fila, enquanto sentia o vento gelado na minha nuca, escutei o som de um violão e parei de andar. Seja lá quem estivesse tocando, sabia muito bem o que estava fazendo, além de ser uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos, o que me fez dar um pequeno sorriso. Fiquei c
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Estranha
Luke Fui para London Eye em busca de um pouco da paz que somente a vista da minha amada cidade poderia me dar, mas quando vi aquela pequena quantidade de pessoas à espera para entrar na roda-gigante também, me desanimei um pouco. Não estava no modo social para aguentar uma cabine cheia de pessoas conversando e se divertindo, por isso resolvi ficar em um canto mais afastado, tocando um pouco e esperando que algumas pessoas fossem embora para que eu pudesse finalmente ir. Depois de iniciar duas músicas diferentes, lembrei do meu pai e de como eu estava sentindo sua falta naquele dia em especial e comecei a tocar So Far Away quase que instantaneamente. O que não estava esperando era que alguém fosse me encontrar ali, muito menos começar a cantar comigo. Em um primeiro momento, me assustei ao abrir os olhos e encontrar aquela garota sentada à minha frente, algumas lágrimas escapando dos olhos fechados, encharcando a pele negra de suas bochechas e com um sorriso enorme nos lábios cheio
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Café
MollyUm mês se passou desde aquela noite que começou de maneira terrível, mas que terminou de maneira incrível. A noite em que a minha colega de quarto se mostrou uma idiota completa e que conheci Luke.Muita coisa melhorou depois daquela noite.Eu finalmente estava me sentindo mais à vontade ali, não ligava mais para a presença de Isla, que também parecia fazer o maior esforço do mundo para me ignorar — e eu não poderia estar mais agradecida por aquilo.E o melhor de tudo: eu não me sentia mais tão solitária. Agora eu tinha a companhia de Luke quase todo o tempo, fosse por mensagens trocadas durante meu horário de aula, ou nos fins de semana, quando ele e Zach não tocavam. Quando, durante a semana, conseguia sair mais cedo de seu segundo trabalho, ele cumpria o que havia me prometido na noite em que nos conhecemos: era meu guia turístico pela cidade.Conforme nos aproximávamos mais, eu via que além de ser extremamente talentoso, ele era uma pessoa doce e divertida. Cada momento que
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Encontro?
LukeDeus, eu não me sentia tão nervoso assim há muito tempo. Eu andava de um lado para o outro na sala, o celular na mão, me sentindo estranho por usar aquele terno.— Cara, para de andar assim! Está me deixando tonto — Zach reclamou, tirando os olhos do celular e me encarando. — Que foi? Está com medo de Molly te dar um bolo?Senti meus olhos arregalarem, mas neguei com a cabeça; a resposta não era para aquela pergunta, mas sim para a possibilidade de tais palavras se concretizarem.Droga, eu devia estar parecendo um adolescente que nunca tinha saído com alguém antes. Nem parecia que eu já tivera relacionamentos antes de conhecer Molly. Já sabia como as coisas funcionavam muito bem.Mas, então, por que eu me sentia como se aquela fosse a primeira vez em que convidava alguém para sair? Talvez fosse pela maneira que me sentia com ela a cada dia que passava ao seu lado, mesmo não sabendo se para Molly ocorria a mesma sensação.— Estou brincando, Luke — Zach voltou a falar, se arrumando
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Party in the UK (parte 1)
Molly Ah, se quando cheguei aqui soubesse que viver em Londres seria tão incrível, talvez não tivesse me deixado abalar pelo fato de que minha colega de quarto me odiava. Pensando bem, se eu não tivesse deixado que ela conseguisse me magoar, não teria conhecido Luke há dois meses. Eu deveria agradecê-la por isso? Melhor nem tentar. Isla além de me ignorar — algo que eu não reclamaria nunca —, vivia tentando atrapalhar os poucos momentos em que eu e Luke estávamos juntos no apartamento. Mesmo assim, eu não ligava. Estava feliz demais para deixar que ela me fizesse desmoronar. Após nosso encontro, que acabou se resumindo mais a uma maratona de séries e um incrível beijo, Luke e eu já não estávamos mais tentando disfarçar o que sentíamos. Aquele primeiro beijo se multiplicou rapidamente. Primeiro vieram os beijos disfarçados, trocados na estação de metrô, após mais um de nossos passeios pela cidade; depois surgiram os entre risadas no meio de cafés, na London Eye, mas apareciam prin
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