Duas raças, um destino. Uma raça, dois ideais. Essa é a nossa história... A história de como caímos do nosso paraíso para o inferno da dúvida... Quando nossas vidas tornaram-se o destino que os deuses previram... A história da nossa destruição. No ano de 1897, seres estranhos caíram na Terra, numa chuva de diamantes. Os celestiais, filhos do Deus da Luz, Palk. Os anos foram passando e viveram em CheonSung, liderados pela Nova Ordem. Mas, tomados por energias malignas, eles acabam optando por planos obscuros. Com ideias divergentes quanto a Guerra destinada entre as raças e tomados pela responsabilidade de ser um filho de Palk, os celestiais de dividiram, ascendendo uma Guerra entre si. Agora, no ano de 2018, precisam lidar com a tensão constante daqueles que deveriam ser seus aliados e reestruturar o exercito de Palk, para que assim, possam enfrentar os infernais.
Ler maisDalnim, Reino das Sombras. Palácio de Ametista, Jasoojong, Leste. O som metálico invadiu o cômodo quando a cimitarra de metal arroxeado se chocou contra o mármore negro da mesa. Estava perplexo e precisava pensar, se não quisesse ter a cabeça jogada aos elementais após o encontro com a divindade. Dois soldados foram mortos em patrulha por uma magia sombria, um enorme portal surgiu no céu de Haenim, como há dois anos, sem explicação alguma. E, pensando que não deveria mais adiar o encontro com seu deus, ergueu a cabeça e suspirou, arrumando as vestes, um sobretudo cinza, calças e blusa pretas.
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 30-12-2018. — Eu volto daqui a pouco... — começou Min Sun, mas In Su virou para ela e grunhiu. — Vão falar o que? — indagou com uma voz baixa e um pouco rouca. — Diz respeito a mim, apenas falem aqui — pediu, respirando profundamente ao pontuar. A líder arqueou a sobrancelha para o médico, que estava com uma expressão também confusa. — Você precisa descansar, não ficar discutindo sua condição. Por isso que você tem uma guardiã — o médico contrapôs. — Desculpe-me, mas você não está em condições de... — De ouvir? Fiz isso por uns dias depois que acordei, vocês estão controlando o suficiente dos meus sina
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 30-12-2018. Após os exercícios diários, In Su adormeceu tão rápido que nem ao menos viu quando o médico foi lhe visitar. Se aproveitou do sono o máximo que conseguiu e, após seu ótimo cochilo, começou a sentir calafrios. Algo sussurrava em seus ouvidos, um murmúrio de várias falas sobrepostas, como se estivessem conversando. Mas In Su não acordava. Apenas se movia sofregamente e, em um instante, estava ofegante. “Meu bem, deveríamos comer algo após o trabalho?” ouviu a voz de Hyun Ji retumbar em sua mente. Ela se aproximou com um sorriso, o observando, e ele assentiu com a cabeça. Ela fez um símbolo d
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 29-12-2018. In Su acordou cedinho apenas para se despedir de Su Oh. Naquela noite sonhou algumas coisas desconexas com Hyun Ji numa espécie de romance doce de novela que o faria ficar envergonhado se tivesse verdadeiramente acontecido. Mas era estranho. Estava entre a nostalgia amarga e um enevoado sonho, como quando viu Ryo Su. Mas, pensando que não teria nenhuma conclusão para isso, afastou os pensamentos de sua mente, queria esperar Jo Han na porta do hospital. No dia anterior, Su Oh trouxe o seu notebook. Queria fazer alguma coisa mais útil, então foi permitido. Também naquele dia começaram a lhe dar algumas cois
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 27-12-2018. Como Ah Young havia lhe dito, se sentia bem mais forte que o dia anterior, então conversou com a fisioterapeuta, iniciando assim pequenos exercícios. In Su nunca agradeceu tanto aos deuses que tinha um físico bom. Recebeu uma mensagem de Hyun Ji logo cedo, avisando-o que iria visitá-lo. O que o deixou mais animado que o esperado, estava quase saltitante. Até que lembrou que estava com pelugem de adolescente no rosto, crescendo falhada em sua bochecha e queixo. “Min Sun, pelos deuses, me traga um barbeador”, mandou a mensagem em pleno desespero para ela, obtendo como resposta cerca de dez minutos depois: “Mandei um por Hyun Ji”. Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 26-12-2018. Quando Min Sun chegou ao quarto de Hyun Shik, ouviu alguns resmungos, então, por achar que estava no horário do tratamento dele, olhou o relógio em seu celular, e já deveria ter começado há uns dez minutos. — Ah, pelos deuses, não posso pular por hoje? — ouviu a voz dele num tom sôfrego por trás da porta, como se implorasse. — Sabe que não, Hyun Shik, se pular um dia vai comprometer o andamento e o progresso, não complique as coisas e venha logo — soou a voz do médico responsável, um híbrido de humano infectado pela magia infernal e um celestial puro, Han Yu JiCapítulo 25 - Parte 2
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 26-12-2018. In Su acordou relativamente cedo. Mais por não ter conseguido dormir pelas milhares de pessoas entrando no seu quarto e mexendo em seu corpo a cada hora. E, como se não fosse o bastante, se sentia estranho e desconfortável demais para manter-se dormindo. Quando Min Sun apareceu para lhe visitar, o médico acabava a avaliação física, determinando que poderia ir para um quarto na enfermaria normal e, felizmente, era no mesmo andar que Hyun estava internado. Finalmente instalado em seu novo ambiente, arqueou a sobrancelha encarando Min Sun movendo a cabeça para o lado, com um sorrisinho travesso.  
Seul, Coreia do Sul. Hospital do exército, 25-12-2018. In Su rabiscava o caderno mais uma vez. Era uma paisagem cheia de árvores altas, uma grama curta cobrindo todo o chão, com nenhum caminho, nenhuma estrada. Um pouco mais cedo, ao tentar recordar o sonho que teve enquanto desacordado, notou estar fragmentado. Mas, poderia mesmo ser um sonho? Foi tão real. A voz da sua mãe gargalhando, as feições, a cor vibrante de seus cabelos, tudo tão real... Por mais fragmentado que estivesse, sabia que haviam conversado, sentados debaixo de uma daquelas árvores enquanto sentia o calor dela envolver seu corpo.
Seul, Coreia do Sul. Suprema Corte Coreana, 24-12-2018. Young Soo estava sentado na cadeira do réu. Sua mão esquerda permanecia imobilizada e apoiada, enquanto a outra estava amarrada à mesa, com alguns fuzis apontados para si. Se tivessem, por mínimo que fosse, algum indício dele estar usando magia, seria morto sem nem o aval final do juiz. Na ocasião, tentavam convencer os humanos sobre a guerra e tudo que os rodeava, para salientar a importância do seu papel como guerreiro. Hyun Shik deu seu testemunho apenas ao que dizia respeito ao que viu sobre os sequestros, afirmando que assuntos celestiais não diziam respeito aos humanos, então poupou a s