Esta obra tem por objetivo, apontar e testemunhar as belezas e a simplicidade de um lugar onde tive a felicidade de nascer e viver até aos dez anos de idade. São fatos que marcaram época na vida de quem teve a sorte e a honra de fazer parte desse pedacinho de Brasil. Nos dá um exemplo de vida em busca de um constante conhecimento das coisas mais simples e agradáveis de viver a vida. O caro leitor será bem recompensado pela simplicidade e doçura com que foram escritos. Espero que lhes trarão muitas surpresas!
Ler maisA história aqui narrada são fatos que através dos tempos foram acontecendo de forma cronológica, conforme aponta cada um dos episódios nas determinadas páginas.A Fazenda Córrego Grande de propriedade de Adolor Gonçalves Ferreira e Juvenília Batista da paixão com seus dez filhos, tem um significado muito importante na vida dos moradores da região. Assediava o Velho Engenho de cana que fornecia seus produtos para muitos.Também era berço de acolhimento para aquelas pessoas às quais foram narradas nas páginas anteriores.Fonte de trabalho para muitos e rota para os transeuntes no sentido Norte—Sul da redondeza.E finalmente a sede do abençoado Cruzeiro de São Jose onde aconteciam todo ano as festanças em seu louvor.Eu – o autor escreveu estas páginas com o intuito de mostrar um pouquinho do qu
A rotina de vida que doravante levávamos, era totalmente diferente da vida que levávamos na fazenda Córrego Grande. A forma de trabalho não exigia tanto esforço da gente, como antes exigira na fazenda.Desde as primeiras horas do dia já estávamos de pé, preparando-nos para o trabalho constante que durava o dia todo. Ao contrário dos tempos de agora. Dormíamos cedo, mas, também levantávamos ainda nas primeiras horas do dia.Se antes o trabalho era bastante desgastante, tinha lá suas vantagens e compensações. Tudo era produzido e adquirido ali sem tantos gastos como existe hoje nas grandes cidades.Bem; como o tempo não para e a vida continuam, cá longe daquela vida gostosa e monótona da fazenda, a gente procurou adequar-nos com a sintonia da cidade grande, buscando os meios mais eficazes de uma vida serena e progressiva dos tempos atuais.E
Primeiro mandato - Getúlio Dornelles Vargas, nascido a 19 de abril de 1882, na cidade de são Borja, Rio Grande do Sul, foi o presidente que passou mais tempo sobre a liderança de nosso país. Durante seus dois mandatos – o primeiro entre os anos de 1930 a 1945, e o segundo, que vigorou de 1951 a 1954, conhecido pela fase de ditadura entre os anos de 1937 e 1945, fase chamada de Estado Novo, e também pela sua preocupação com a classe trabalhista, pois foram nos seus mandatos que o povo brasileiro recebeu os maiores benefícios no que se dizia respeito aos direitos dos trabalhadores. Ainda no final do primeiro mandato em 1945, o Capitão Cástulo deixou o Comando de seu Posto de Capitão de Corveta na Marinha Brasileira, aposentando-se. Durante dez anos ficou ainda no Rio de Janeiro, onde sempre viveu, e, só mais tarde saiu do Rio definitivamente. 
Após alguns dias, depois que os doisvoltaram da viagem, meu pai se encontrava sentado no pátio que se dava para o curral, conversando com meus tios que vieram visitá-lo. De repente sentiu-se mal e desmaiou-se caindo da cadeira em que estava sentado.Foi um grande susto para todos nós. De maneira alguma esperávamos por um momento daquele. Nem por tais desagradáveis circunstâncias.Logo que fora socorrido, as coisas pareciam voltar à normalidade, mas, era a primeira manifestação de uma doença de Chagas que apossou dele de vez.Prescindindo a presença e a gravidade da doença, tratou logo de apressar a negociação da venda da fazenda. Dizia ele que não queria morrer sem antes levar a gente para outro lugar.Sabia que se viesse há faltar um dia, seriamos perseguidos por algumas pessoas, e mencionou o caso da questão das terras confr
Durante o tempo em que os fatos foram acontecendo e ao mesmo tempo se desvendando com o passar dos anos, a necessidade de mudança decorrente de alguns desajustes, marcaram o começo de uma nova época.A fazenda, para chegar ao ponto que se encontrava, levou um bom tempo desde o início de sua formação. Meus pais trabalharam muito durante o período em que não podiam contar ainda com a nossa ajuda, não poupando esforços para ver realizado esse tão brilhante sonho.A construção da casa, o curral para a ordenha, o paiol para guardar o milho, o plantio do pomar e enfim, a formação das pastagens para o gado e a edificação do açude para jorrar a água pelo canal que corria até a bica d’água a qual fazia funcionar o monjolo para o beneficiamento de grãos.A construção do engenho de cana já fazia
Além da fazenda sede no velho Sobrado, a família Ramos possuía também um retiro à beira do Rio Paranaíba ladeando a foz do Rio Preto. Morava ali seu filho Arcedino, que cuidava das lavouras e tomava conta da criação de gado.O velho sempre aparecia por lá uma ou duas vezes por mês e voltava para a fazenda. Às vezes permanecia por lá uma semana inteira, ora lá, ora cá sempre resolvendo os problemas das duas propriedades.José Ramos andava num cavalinho velho e cego de um olho. Sua arreata era muito simples. Somente alguns forros velhos de couraça de vaca e um par de esporas nos pés. A rédea só tinha a parte do lado esquerdo para comandar o animal.Usava calça de algodão tecida no tear artesanalmente, uma camisa de tecido comum, um cinto de couro cru com cinco centímetros de largura entrelaçado somente em uma das a
Meu pai chegou, sentou-se aguardando a chamada para ser atendido, quando o Exmo. Juiz lhe dirigiu a palavra dizendo:—O senhor quem é?—Me chamo Adolor Gonçalves Ferreira lá para as bandas Córrego do Ouro proprietário da Fazenda Córrego Grande.—A propósito; conheces lá, tal Antônio Bernardo praquelas bandas?—Sim: conheço-o bem!—Ele esteve aqui fazendo uma denúncia contra tal Adolor, dizendo que ele está querendo roubar uma faixa de terra de sua fazenda. Por acaso é o Senhor?—Sim: eu mesmo!—Ah! Pelo que vejo não está me parecendo nada verdadeira essa história. Conta-me o que sabe a respeito do assunto.—Bem; é o seguinte! Somos confrontantes e essa terra fica entre a fazenda dele e a minha. Até há pouco tempo, essa terra não pertencia a mim
Como fora falado no início da história, além da fazenda sede onde morávamos às margens do Ribeirão Córrego Grande, meu pai possuía também lá para as bandas do Rio Paranaíba, um quinhão de terra. Era cerca de uns vinte alqueires. Toda cultura de primeira.Ali era aonde fazíamos o cultivo de milho, arroz, feijão, algodão e tabaco numa parte, e, a outra era formada em pastagem para engorda de bovinos.Furnas era esse o nome da propriedade que confrontava com as férteis terras do Capão do Brejo – de propriedade do S.r. Miguel Eunice, podendo assim dizer que eram sem sombra de dúvidas, as melhores terras daquela região.Não havia casa nem curral para ordenha, pomar nem rego d’água, pois, havia apenas as pastagens para engorda de gado de corte e o cultivo de cereais.Havia sim, &agr
Certa ocasião na fazenda, numa certa manhã enquanto era feito a ordenha, meu pai notou que faltava uma das vacas leiteiras. A bendita vaquinha havia desgarrado do rebanho e distanciado bastante da sede da fazenda. Com certeza sentiu sede e aparecera por alguma fazenda a procura de água.Era sem dúvidas, uma das melhores e mais rendosas na produção de leite, e para seu governo, ela pertencia um dos meus irmãos. Não me lembro qual.Passados alguns dias, sem descobrir o paradeiro da fujona, meu pai resolveu ir ao encalce dela. Procurou por toda a fazenda, em seus arredores e nada de encontrá-la. Depois de procurar por vários dias e não a encontrando, deu por encerrada as buscas e não falou mais nesse assunto.Havia na região, um fazendeiro por nome de Pedro Simão, mais conhecido por Velho Pedro que era o Cão em figura de gente.Mau, tirano e perverso. Matav