A rotina de vida que doravante levávamos, era totalmente diferente da vida que levávamos na fazenda Córrego Grande. A forma de trabalho não exigia tanto esforço da gente, como antes exigira na fazenda.
Desde as primeiras horas do dia já estávamos de pé, preparando-nos para o trabalho constante que durava o dia todo. Ao contrário dos tempos de agora. Dormíamos cedo, mas, também levantávamos ainda nas primeiras horas do dia.
Se antes o trabalho era bastante desgastante, tinha lá suas vantagens e compensações. Tudo era produzido e adquirido ali sem tantos gastos como existe hoje nas grandes cidades.Bem; como o tempo não para e a vida continuam, cá longe daquela vida gostosa e monótona da fazenda, a gente procurou adequar-nos com a sintonia da cidade grande, buscando os meios mais eficazes de uma vida serena e progressiva dos tempos atuais.
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A história aqui narrada são fatos que através dos tempos foram acontecendo de forma cronológica, conforme aponta cada um dos episódios nas determinadas páginas.A Fazenda Córrego Grande de propriedade de Adolor Gonçalves Ferreira e Juvenília Batista da paixão com seus dez filhos, tem um significado muito importante na vida dos moradores da região. Assediava o Velho Engenho de cana que fornecia seus produtos para muitos.Também era berço de acolhimento para aquelas pessoas às quais foram narradas nas páginas anteriores.Fonte de trabalho para muitos e rota para os transeuntes no sentido Norte—Sul da redondeza.E finalmente a sede do abençoado Cruzeiro de São Jose onde aconteciam todo ano as festanças em seu louvor.Eu – o autor escreveu estas páginas com o intuito de mostrar um pouquinho do qu
ETERNAS LEMBRANÇAS hitórias reais Maxy LonDedicatóriaDedico esta obra primeiramente a Deus e também a minha família pelo
Ao descambar-se vindo das bandas de Abadia dos Dourados, uma pequena cidade do Triângulo Mineiro às margens do Rio Dourados, afastando-se alguns quilômetros da bela cidade de Monte Carmelo, estendia-se ali um pouco a direita aquele antigo estradão de terra que se dava rumo a Dourado Quara.Cortava várias fazendas e campos áridos típicos daquelas regiões, transitando ora indo ora vindo, veículos, pedestres, cavaleiros e carros de boi. Passando pela região da Matinha assediada por várias fazendas de criação de gado bovino e plantações de grãos, estendia-se cruzando as férteis terras retratando as belas e exuberantes paisagens.Às suas margens, tanto a direita como a esquerda, ostentavam-se pequenas reservas de matas divisando-se com as belas pastagens cobertas de rezes, ora pastando, ou ruminando. Nas regiões mais baixas corria serenamente as
Á meio percurso até a fazenda ficava o pequeno morro que era conhecido como Serrote, aonde fora edificada ali uma Cruz em devoção a São Jose. Cruzeiro de São Jose – Assim era chamado. A fundação e o início da devoção á São José, foi baseada em fatos verídicos de que algo estranho andava acontecendo naquele lugar. Diziam meus pais, que, há tempos era comum as pessoas verem de longe, entidades misteriosas vestidas de branco sobre as pedras ao lado da cruz, posteriormente ali colocada. Presumia-se que aqueles vultos brancos em forma de anjos, seria um aviso para que uma devoção fosse edificada ali.O motivo de ser consagrada a São Jose se deu pelo fato de que as aparições mais constantes ocorrerem sempre no mês de março.Contavam meus pais que no dia 19 de março, o dia de São Jo
Como fora citado antes, falou-se apenas de seus arredores e sua localização. A Escolinha, o Cruzeiro de São José, no Morro do Serrote e a estrada que liga a sede da propriedade.Falar-se a agora da tradição e do costume desta tão aconchegante e encantadora fazenda.Apesar de ter o tempo transformado tudo isso em eternas lembranças que acompanha-me até hoje, guardo como se fosse uma brasa viva a queimar-me por dentro.Tantas surpresasficaram para trás. Lembro-as como se fosse hoje. Fatos e acontecimentos marcaram presença e o tempo não as afastaramde mim.Recordações de tudo que vivi. Apesar da minha pouca idade até participei de algumas que serão descritas mais adiante.Com a certeza de que nada fugisse-me da mente, escrevo-as com o maior entusiasmo e precisão, buscando encontrar a forma perfeita para uma boa leitura com riquezas d
A cinco metros da bica d’água, fora construído o tão famoso engenho de cana-de-açúcar feito exclusivamente de madeira de Jatobá Vermelho, balsamo e garapa amarela. A moagem de cana, bem como a fabricação de rapaduras e açúcar mascavo, além do apetitoso melaço de cana e doces de diversos sabores se dava no início no mês de junho.Nessa época a cana estava já amadurecida e por isso, o rendimento era bem maior com relação aos meses anteriores. Nessa época a cana estava já amadurecida e por isso, o rendimento era bem maior com relação aos meses anteriores.O processo ideal da moagem e a apuração da garapa para que o melado chegasse ao ponto de ir para a fôrma, era de tamanha importância. Isto, porém, influenciava bastante na qualidade e na concentração do produto.
Falando em Festas, lembro-me bem de quando eu tinha por volta de cinco anos de idade, de uma Festa de Reis que houve em nossa Fazenda. Era segundo meus pais, uma promessa que fizera há algum tempo e era aquele o momento certo para a realização e celebração da Festa.Era de manhã quando na frente da casa da fazenda começava a ser construída provisoriamente uma tolda coberta com folhas de babaçu, amarradas com embiras de casca de jatobá para servir o jantar para os foliões que chegariam logo mais ao entardecer.Fora colocado também ali, bancos de tabuas para que as pessoas pudessem sentar e algumas mesas improvisadas para colocar as comidas para os inúmeros convidados.Ao lado, perto da cozinha, havia um grande rancho de palhas onde morava minha avó paterna. Ali era feito as comidas e trazidas para as coberturas feitas para esse fim. Além da cobertura na frente
Zé Catucá era um cidadão meio extrovertido, nervoso e cheio de artimanha. Sofria de uma gagueira crônica e tinha muita dificuldade no falar. Às vezes, ficava um tanto chateado quando certas pessoas zombavam dele. Era filho do lugar e vinha de uma família humilde e simples.Vivia sempre de casa em casa, trabalhando como boia fria nas fazendas que o acolhia por várias semanas ou até meses. Aparentava uns 45 anos de idade. Não sabia ler nem escrever.Tinha o hábito de reclamar de tudo que o aborrecia, principalmente nas horas das refeições questionando algum atraso do horário costumeiro. Também no serviço, era turrão e vagaroso. Seu desempenho era defasado com relação ao rendimento nas tarefas que lhes eram proporcionadas a fazer.Catucá não ingeria bebida alcoólica, mas era fumante assíduo. Não dispensava u