Em uma metrópole vibrante, Lana Duarte é uma executiva de sucesso, conhecida por sua determinação e habilidade para transformar desafios em oportunidades. No entanto, apesar de suas conquistas no mundo corporativo, sua vida pessoal é um labirinto de solidão e noites em claro. Quando ela decide fazer uma pausa em sua rotina frenética, sua vida toma um rumo inesperado ao conhecer Vicente Braga, um talentoso chefe de cozinha em ascensão, o qual tem um humor cativante e um olhar intenso. Vicente é apaixonado pela culinária e pelas pequenas alegrias da vida, mas seus sonhos parecem distantes devido às pressões do negócio de família. Quando Lana visita uma feira gastronômica, a qual Vicente está participando, uma conexão instantânea surge entre os dois. Enquanto seus mundos diferentes colidem, eles se veem desafiados a equilibrar suas ambições e os sentimentos que crescem entre eles, além da diferença de idade que se torna um problema para os olhares alheios. À medida que Lana começa a redescobrir o prazer nas pequenas coisas, Vicente a ajuda a entender que o sucesso não se mede apenas em números, mas em momentos que valem a pena. Juntos, eles navegam por obstáculos profissionais e pessoais, aprendendo que o amor pode ser o ingrediente secreto que transforma suas vidas. "Entre Sabores e Ambições" é uma história sobre como a paixão e a dedicação em busca dos sonhos podem criar laços inesperados, provando que, às vezes, as melhores receitas para a felicidade são aquelas que combinam opostos.
Leer másO som dos monitores preenchem a sala de parto e logo serão ignorados devido aos meus gritos. Vejo Vicente entrar acompanhado das enfermeiras que irão auxiliar o doutor Tanaka no parto, acompanhado do médico pediatra do bebê. — Chegou a hora, amor. — Vicente diz quando está ao meu lado. — Eu estou com medo. — revelo. Na verdade, creio que o tremor em meu corpo denuncie o meu pavor, além de estar estampado em meu rosto. — Eu estou aqui, tá? — Vicente diz na tentativa de me acalmar — Você é a mulher mais forte que eu já conheci. — E se eu não conseguir...? — pergunto com a voz trêmula. Sinto uma nova onda de contração, agora mais forte me fazendo arfar. — Você consegue. — escuto Vicente dizer. Fecho os olhos tentando me concentrar em qualquer coisa que não seja a dor — missão fracassada. — Lana, você está indo muito bem. — o doutor Tanaka começa a conversar comigo — A dilatação está quase completa. Agora, precisamos começar a empurrar o bebê para fora. — Está bem. —
..... 7:00 ..... Finalmente a Luna e minha mãe, Maria Helena, atenderam as ligações do Vicente e vieram ao hospital. — Eu nem tenho sono pesado, foi muito azar justamente hoje eu não ouvir as ligações de vocês. — minha mãe diz para o Vicente, se explicando. — Vocês não perderam nada. — Vicente diz — Estamos assim já tem horas. A água quente do chuveiro escorre pelo meu corpo, estou agarrada nas barras de apoio enquanto lágrimas escorrem. — Eu sei que não é fácil, Lana. — Luna diz me afagando. — Eu não imagino ninguém que esteja sentindo esta dor neste momento além de mim... — resmungo. — Eu pensava a mesma coisa, mas passa. — Luna afirma — Você já está na reta final, logo este sofrimento irá acabar e você nem irá se lembrar mais da dor. — Acho difícil. — pressiono os lábios quando outra contração vêm — Parece que nunca vai chegar ao fim. — Que tal fazer agachamentos? — Luna sugere. — Não quero. — Mas irá ajudar... — Eu não estou aguentando de dor, Luna! — ol
..... 01:40 ..... — Eu não fiz isso... — levanto-me da cama, resmungando. Outra madrugada em claro com dificuldade para dormir devido às contrações de treinamento e para piorar, urinei na cama. "Quando isso aconteceu? Eu perceberia que queria ir ao banheiro, apesar de não conseguir segurar o xixi por muito tempo." — penso, irritada. Acendo a luz para iluminar o quarto e fito o lençol da cama molhado e minhas pernas também. Passo a mão em minha coxa e noto que não tem odor o líquido. — Que estranho... — murmuro. Curvo o corpo quando sinto uma nova contração, desta vez mais forte que o comum e no mesmo instante minha barriga fica rígida. Fico curvada por longos segundos até que sinto a dor amenizar. — Não, não, não... — caminho até a porta do meu quarto e chamo — Vicente! Vicente! Apoio o corpo do batente da porta e escuto o som de passos rápidos. Logo, o Vicente se materializa em minha frente, assustando: — Lana? O que houve? — Eu acho que a minha bolsa estou
..... ALGUNS DIAS DEPOIS ..... LANA Pela centésima vez me remexo na cama. Mudo de posição da cama, ficando deitada de barriga para cima — uma das poucas posições que ainda consigo dormir. Os meus olhos fitam o teto do meu quarto, na expectativa de ainda conseguir adormecer. Sinto outro desconforto na frontal do abdômen. — Desisto... — resmungo com a voz embargada de sono. Levanto-me e vou ao banheiro para fazer minhas necessidades matinais. A noite passada foi longa devido ao meu constante desconforto com as contrações uterinas — comuns nas últimas semanas mas que me deixam ainda mais apreensiva. São contrações de treinamento, indolores mais incômodas. Duram alguns segundos e são irregulares e imprevisíveis. No espelho do banheiro, noto que o formato da minha barriga está diferente. Massageio com as mãos e sinto ela mais dura. — Apenas três dias. — penso alto. Daqui três dias acontecerá o parto do Hugo e tudo irá passar — novas mudanças mas pelo menos os sintomas da gestaç
No jantar, o Vicente decidiu que faríamos a "noite do hambúrguer". Não foi surpresa ver o Vicente preparar tudo. Quebramos o protocolo de fazer a refeição na sala de jantar e vamos para a sala de estar, onde assistimos uma série. — Pensou a respeito da proposta da Chef Sophia? — pergunto. O Vicente não tocou no assunto o dia todo, encontrei ele lendo o envelope mas havia me contido em tocar no assunto, até agora. — Sim. — Vicente, você precisa fazer isso. — expresso a minha opinião. — Não quer mais me ver em casa? — ele arqueia a sobrancelha. — Bobo! — rimos — Não é isso, eu penso ser uma chance incrível para você. — Mas você... — Eu estarei bem. — apresso-me em dizer — Eu tenho minha mãe e a Luna para me ajudar. — Você realmente acha que eu devo fazer isso? — Vicente pergunta-me como se minha resposta fosse importante. "E talvez seja mesmo..." — penso. — Sim, eu tenho certeza. — falo com sinceridade — Você sempre foi apaixonado pela culinária, e agora é a sua chance de
..... DIA SEGUINTE ..... LANA Pela centésima vez — desde quando completei o terceiro trimestre da gestação — organizo e reviso as malas que levarei ao hospital. Não me contenho em pegar uma peça de mijãozinho do bebê e inalar o cheiro delicado. "Em breve terei alguém vestindo todas estas roupinhas." — penso. Respiro fundo para acalmar as emoções, todo o momento em que penso a respeito do bebê sinto-me ansiosa — isso acontece toda hora. Sinto a minha mente um turbilhão de pensamentos e nenhum deles consegue me acalmar, senão o fato de estar próximo de conhecer o meu bebê. Um destes pensamentos é sobre as mudanças... Como ficará o meu corpo? Como ficará a minha carreira? O meu cargo? E a minha casa? Com certeza, esta casa não será a mesma com a chegada do bebê.Como será o bebê? Será que ele herdará os lindos olhos verdes de Vicente? Quais traços ele herdará de mim? Mas de todos os questionamentos, pensar sobre Vicente é o pensamento mais intrigante. Poderíamos
.... ALGUNS DIAS DEPOIS .....NARRADORALana e Vicente estão sentados na sala de consulta do obstetra, esperando pelas instruções finais antes do parto.— Então, Lana, como você optou pela cesárea, vamos agendar o nascimento do bebê. — o doutor Tanaka comunica — Se não houver nenhum contratempo do bebê se adiantar, vamos agendar para daqui uma semana. — Ah, que bom. — Lana sorri, aliviada — Eu estava um pouco nervosa com a ideia de um parto normal.— E tudo está bem com o bebê? Não há nenhum problema? — Vicente se manifesta na conversa, indagando ao doutor.— Não, tudo está perfeito. — o doutor Tanaka garante — O bebê está saudável e pronto para nascer.— E quanto ao pós-parto? Como vai ser a recuperação de Lana? — Vicente faz outro questionamento.Para o rapaz, os últimos meses estando ao lado de Lana têm sido decisivos, os sentimentos aumentando e a preocupação com o bebê prestes a nascer.— A recuperação de uma cesárea é um pouco mais lenta do que a de um parto normal, mas Lana va
..... DOIS MESES DEPOIS .....Como o tempo tem passado rápido, as últimas semanas têm sido uma correria com os preparativos para receber o Hugo. Enquanto o Vicente está em casa, temos preparado o quarto do bebê — se dependesse de mim teria contratado uma decoradora para a organização do quarto, mas o Vicente insistiu no assunto de nós ficarmos responsáveis por isso — e tenho que admitir que tem sido divertido, além de tornar a espera para conhecer o Hugo impaciente.A organização do enxoval gerou diversos momentos, como o Vicente tentando montar o berço, enquanto eu tentava ajudá-lo com as instruções: — .... Agora você precisa... hum... girar a coisa... não, não, a outra coisa! — falo atrapalhada.— Qual coisa? — Vicente olha-me confuso.— Ah, você sabe, a coisa que faz a outra coisa funcionar! — começo a rir.— Eu acho que você está me confundindo de propósito! — Vicente se ajunta a mim na risada.Ou então, quando o Vicente pegou um livro de histórias infantis e começou a ler em
.... NAQUELE DIA — ANOITECEU ..... Uso o meu celular como entretenimento, pois não consegui deitar para dormir devido a falta de ar. Esta não é a primeira vez que ocorre este desconforto e meu desejo é que esta fase passe logo — outro assunto que me deixa inquieta, pois para isso acontecer o bebê vai ter que nascer... Escuto uma batida na porta e logo em seguida, é aberta e Vicente entra no quarto. — Lana, você está bem? — Vicente pergunta-me, preocupado — Eu vi a luz acesa e pensei que algo estava errado. — Estou bem, Vicente. Só não consigo dormir. — explico — Quando deito-me, estou a sentir fadiga e falta de ar. — É o bebê? Ele está dando trabalho? — Vicente se aproxima da cama. — Sim, ele está se movendo muito. — falo, em seguida volto a sentir os movimentos do bebê — Ah, espera... Ele está se movendo agora. Noto um brilho de curiosidade no olhar de Vicente e então, ele pede: — Posso sentir? — Claro. — sorrio. Levanto o tecido da camisola para expor a minha barriga, Vi