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..... DOIS DIAS DEPOIS — DOMINGO .....

Solto outro suspiro de tranquilidade, enquanto tomo o meu café matinal na varanda do apartamento, apreciando o dia ensolarado.

A viagem não foi tão longa, se eu fosse dirigindo de carro levaria em torno de 3 horas para chegar, mas de avião foi uma economia de tempo.

Ainda assim, ao fazer o check-in no hotel, fui para o apartamento e dormi até o dia seguinte.

✓ Colocar o sono em dia.

Pedi o serviço de quarto nesta manhã para poder tomar o café matinal sozinha, ao invés de me juntar aos demais hóspedes no salão.

Há uma particular peculiaridade minha que prefere lugares reservados e estar sozinha, não me admira ter poucos amigos.

Quando a empresa onde trabalho aprovou o meu período de um mês afastada do trabalho, pensei em procurar por um hotel fazenda para ter a paz do campo. Porém, não seria proveitoso para mim no quesito lazer, pois não sinto vontade alguma de interagir com os demais hóspedes nas atividades propostas por estes hotéis.

Então, decidi que a melhor opção seria encontrar um bom hotel, o qual me deixa à vontade para aproveitar o meu período sabático como bem-quiser.

O hotel é grande e tem muitas áreas de entretenimento para os hóspedes, particularmente prefiro o meu apartamento, o qual senti ser sofisticado e aconchegante com paredes pintadas de cores neutras, carpete luxuoso, janelas amplas, iluminado LED discreta, banheira de hidromassagem, lençóis de algodão egípcio, mini bar e muito mais atributos que uma suíte presidencial pode oferecer.

Pretendo me divertir muito aqui, como: ir à área da piscina, me exercitar na academia, ir ao SPA e ler muitos livros.

Sorrio ao pensar o quanto estas atividades serão revigorantes.

— Mas apreciar esta cidadezinha não será uma má ideia. — penso alto.

Acredito que uma cidade do interior não tenha muitos pontos turísticos e de entretenimento como na cidade grande, ainda assim será bom caminhar por ruas tranquilas.

..... 10:40 .....

Após admirar o belíssimo dia que está hoje, decidi conhecer a cidade a qual estou hospedada. Eu ainda tenho muitos dias para poder ler bons livros.

Escolhi um vestido midi casual na cor verde, acompanhado de algumas jóias como: um colar, pulseiras e uma sandália rasteira para não cansar os meus pés. Prendo o cabelo em um "rabo de cabelo" despojado e coloco o meus óculos de sol.

"Roupas leves... Quanto tempo não uso isso?!" — foi o meu pensamento ao me olhar no espelho.

O hotel é localizado do outro lado da cidade, um pouco afastado do centro da cidade para manter um ar de tranquilidade para os visitantes, porém, não é distante dos comércios locais, sendo assim decido ir caminhando.

Vou apreciando as casas e estabelecimentos que vão ganhando vida enquanto eu avanço, algumas pessoas me cumprimentam e fico surpresa pela simpatia.

Conforme me aproximo do centro da cidade, percebo um movimento maior de pessoas.

— Bom dia, moça. Posso te oferecer este panfleto? — uma senhora idosa me cumprimenta, em suas mãos há muitos papéis.

— Bom dia, é claro. — cumprimento.

— Se tiver um tempo, compareça. Creio que a senhorita irá adorar. — ela me entrega um panfleto e se afasta para poder abordar outras pessoas que caminham pela calçada.

"4° Festival Gastronômico

Venha celebrar com as melhores culinárias da região!"

Isso é adorável, um ótimo entretenimento para o domingo, mas fico receosa de comer comidas assim, eu mesma nem sei quem preparou e como preparou.

"Não custa nada conhecer, além disso, ninguém pode me obrigar a comer algo." — penso.

Prossigo a caminhada, em direção ao endereço que conta no panfleto, segundo o que está escrito é um parque ao ar livre.

Ao ver um “banner” escrito "4° Festival Gastronômico" no início de um parque ao ar livre, continuo a caminhar para poder explorar o tal festival.

O meu olhar é curioso, observando atentamente os “stands” coloridos e sentindo o aroma do tempero no ar.

Muitas pessoas passam por ali, algumas apenas passeando e outras apreciando os pratos disponíveis para degustação.

Paro na frente de um “stand” chamado "Sabor da Terra", onde um chefe está preparando um prato muito saboroso, aparentemente, enquanto muitos telespectadores assistem.

Pego o meu celular para tirar algumas fotos.

— O que está achando do prato? — alguém perguntou-me.

Sinto a presença de alguém ao meu lado, pelo tom da vez percebo ser um homem.

— O cheiro está incrível. — respondo, dando de ombros.

— Gosta de moqueca de pescado? — o homem volta a perguntar.

— Nunca experimentei. — respondo.

— Deveria. — ele diz.

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