..... 20:40 ......Em um momento de silêncio, o Vicente olha profundamente nos meus olhos e diz:— Você sabe, desde o momento em que te conheci, não consigo parar de pensar em você.Pela centésima vez nesta noite, sinto um rubor em meu rosto e sorrio:— E o que exatamente você pensa?Vicente se inclina na mesa, dizendo num tom baixo:— Pensamentos que não são adequados para um restaurante.— Talvez eu queira ouvir. — digo em um tom provocativo.— O que você tem em mente para o restante da noite? — Vicente pergunta curioso.— Ainda há muito para explorar na cidade... — digo com um sorriso travesso — ou talvez em você.Vicente sorri malicioso.— Estou intrigado. Qual é o seu plano?— O que acha de sairmos daqui para descobrir?Vicente faz um aceno com a mão para chamar o garçom, quando ele se aproxima o rapaz pede:— Traga a conta, por favor......Nem saímos do restaurante e não me contenho em virar-me para o Vicente e beija-lo intensamente.Vicente reage ao beijo, me envolvendo em seu
Logo, as roupas desaparecem dos corpos e nossas respirações se misturam. Corpos ardendo em uma dança selvagem, prazer e desejo se misturando.Suspiros e gemidos são como um sinfonia harmoniosa.— Eu quero tudo de você, Vicente.... — minha voz sai num sussurro.— Oh... Lana... — Vicente começa a gemer próximo ao meu ouvido, sua voz rouca de prazer — Você me deixa louco...Nossos corpos entrelaçados se inflam juntos com a paixão ardente e o prazer que é sentido......Começo a me remexer na cama, até que então abro os olhos despertando do sono.Tenho a visão do Vicente deitado ao meu lado, ele está acordando e o seu olhos verdes estão atentos em mim:Pisco algumas vezes para lembrar de tudo o que houve.Nós dormimos juntos, exaustos pela noite anterior.— Bom dia. — Vicente diz em um tom baixo e se inclina para beijar a minha testa.O sol brilha suavemente através das cortinas, iluminando o quarto.— Bom dia. — respondo.Detesto sair de casa sem os meus pertences, ainda mais de forma in
..... DIAS DEPOIS — SÁBADO ..... Estaciono o carro na frente da casa do Vicente; da última vez que vim aqui estava tão transtornada de desejo que mal observei a fachada da casa: uma casa de cor verde, com o muro baixo e um portão grande que pertence a garagem e dá acesso ao interior da casa. Estou me sentindo ansiosa, não sei o que me aguarda nesta noite, estar com o Vicente é esperar o imprevisível. Desço do carro e envio uma mensagem para o Vicente avisando que já cheguei. Rapidamente o Vicente vem e abre o portão de sua casa, com um sorriso estampado no rosto. — Você está linda. — ele elogia-me, estendendo um buquê de rosas amarelas. — Uau! Vicente, elas são tão lindas. — aceito o presente — Não me lembro de ter dito que amarelo é a minha cor favorita. — Foi um pressentimento. — ele dá uma piscadela e abre mais o portão me dando passagem. Sou conduzida para o interior da casa, até a cozinha onde um delicioso aroma enche o ar. — Estou curiosa para saber o que você
Ficamos um tempo parados ali, apenas observando as pétalas das flores balançarem sutilmente com a brisa da noite. — Lana, você já teve a chance de visitar a cachoeira que eu te falei? — Vicente pergunta-me. — Não, mas adoraria ir até lá. — Então já sei o que faremos no próximo final de semana. — Vamos mesmo? — sorrio empolgada. — Vamos, irei te mostrar o melhor mirante. — Vicente sorri também. — O que preciso levar? — pergunto. — Protetor solar e roupas confortáveis. — Vicente responde — Deixa o resto por minha conta. — E a trilha? É difícil? — Fácil! E a vista compensa qualquer esforço. — Vicente diz. Com a empolgação de ir conhecer a cachoeira, abraço o Vicente e o mesmo fica surpreso, mas logo envolve o meu corpo em seu braços também. Ficamos assim por um breve tempo, até que sinto uma das mãos de Vicente acariciar o meu rosto gentilmente e levanta-lo para podermos nos olhar. — Sabe quantas vezes eu pensei em você essa semana? — ele pergunta, com um olhar
..... SEGUNDA-FEIRA ..... Acordei com um enorme desejo de passar o dia todo mergulhada nos livros e estando em período sabático posso realizar isso. Me acomodo na cadeira de vime da varanda, envolvida pelo sol quente da manhã. Meus olhos estão fixos na página amarelada do meu livro de romance. O celular começa a tocar ao meu lado, quebrando o majestoso silêncio que pairava. Trata-se de uma chamada de vídeo de Luna, minha irmã. Deixo o livro de lado após demarcar a página que eu parei de ler e atendo a ligação: — Oi, Luna! O rosto de Luna preenche a tela do meu celular, o ângulo que ela está deixa o formato de seu rosto engraçado. — Oi, Lana. — ela se apressa em dizer — Sei que ainda está em seu período sabático e não quer ser incomodada, mas não aguento mais ficar sem notícias suas. Rio de sua preocupação. — Como pode ver, eu estou bem, Luna. — falo. — Nós estamos bem também, obrigada por se preocupar. — ela diz com ironia. Levanto as mãos em rendição: — Descu
O Vicente me guia para ficar mais próxima das águas e sinto a névoa da cachoeira refrescar a minha pele e isso me faz fechar os olhos. Passo alguns minutos assim, apenas escutando o som da cachoeira e dos pássaros; volto a abrir os olhos e fico surpresa ao ver o Vicente me observando. — Quer mergulhar? — ele sorri. — Claro! Tiro as minhas roupas, ficando apenas com o maiô que coloquei por baixo das roupas. O Vicente fica apenas com a sua bermuda. Trocamos olhares travessos e corremos, em seguida saltamos em direção as águas, mergulhando. Não me importo com o choque térmico, pois traz uma sensação de refrescancia. Quando emergimos, começamos a rir parecendo duas crianças. — O que achou? — Vicente pergunta-me. — Perfeito! Fico com o corpo flutuando na água, desfrutando deste momento de tranquilidade. "Eu deveria ter vindo aqui muito antes!" — penso. Fico com os olhos fechados e sinto o sol, o qual já começa a esquentar, sobre a minha pele. Escuto o som do Vicent
Quando nos afastamos, Vicente sorri: — Quer mais? — Sempre. Vicente desfaz o abraço e apenas segura a minha mão, em seguida começa a caminhar para o meio das árvores, um lugar mais isolado, rodeado por sombras. — Você é incrível. — Vicente leva as minhas mãos até o seu lábios e as beija, seus olhos não desviam dos meus. Em seguida, nossos corpos voltam a se unir e começamos outro beijo ardente. O ar está carregando de prazer, o som da cachoeira abafa os suspiros e eu só consigo me render as carícias de Vicente. As minhas mãos repousam em sua nunca e o beijo se torna mais urgente, mais intenso nos esquecendo de tudo ao redor. De repente, Vicente afasta o seu rosto, noto os seus olhos brilharem: — Quer ir mais longe? — sua voz sai rouca. Hesito por um instante por pensar que estamos em um lugar aberto e exposto. Mas decido afastar qualquer pensamento intrusivo e assinto. Ao ver o meu consentimento, o Vicente parece ficar possesso de desejo, pois num gesto rápido
Fico em silêncio, apenas processando suas palavras e as minhas emoções. Eu me apaixonei por você... Eu me apaixonei... "E eu? Me apaixonei pelo Vicente?" — penso intrigada. Agir com ansiedade ao ter que esperar para ver o Vicente, significa estar apaixonado? Ou então sorrir todas as vezes que lembro de algum momento com ele, quer dizer que eu também me apaixonei? Abro a boca na tentativa de dizer algo, contudo, não consigo formar palavra alguma. Os meus olhos percorrem por cada canto do apartamento, na tentativa de me concentrar em encontrar uma resposta para tudo isso. — Lana? — Vicente chama. Nossos olhares se encontram. — Vicente, eu... Não sei o que dizer. — falo por fim. Vicente assenti calmamente e assegura: — Não precisa dizer nada agora. Quero apenas que saiba como me sinto. Nego com um movimento de cabeça, ainda perplexa: — Eu preciso de um tempo para processar tudo isso. A Lana que se encontrava relaxada, agora está estérica internamente. Lembro