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O Velho da Cadeira de Rodas

O carro de Dimas está passa por um  portão que esta se abrindo, de cor branca e com ornamentos em forma de um esquadro e compasso,; ele segue até a grande mansão de cor arroxeada pela noite, com algumas luzes ligadas em suas janelas e com oito torres espalhadas por toda a sua dimensão. O céu está bem nublado para chuva, perto de uma das torres da mansão na parte esquerda, ao oeste, tem um pequeno clarão de relâmpago. A mansão é cercada de arvores, sendo algumas frutíferas e alguns eucaliptos que estão com as folhas balançando por causa do vento. Também há postes de luzes, desses que tem em praças de cidade pequena, sendo dez cinco de cada lado, tendo um espaço de cinco passos de um para o outro. Existe um caminho feito de tijolos de concreto que vão do portão até a mansão, por onde o carro de Dimas passa lentamente. Estacionadas de costas para o leitor em frente a mansão tem duas caminhonetes Cadillac Escalade Front 2008 pretas e com vidros escuro, uma de cada lado da mansão. Dimas  parar o seu Simca Ariane entre as duas caminhonetes. 

Dimas desce do carro, pega o saco com os crânios do banco de trás do carro, um trovão corta a noite, bem acima dele, Dimas olha para o céu com um olhar irônico sorrindo disse:

- Parece que alguém tá com problema de gases lá em cima! – Ele caminha, sobe os cinco degraus da escada e para de frente a porta. Em seguida aperta a campainha que ficava ao lado direito da mesma, uma campainha tão antiga quanto aquela mansão. – Abre essa porta de merda de uma vez, eu quero chegar em casa, antes da droga da chuva! – Bradou. Um homem alto, vestindo um terno prateado, camisa branca e gravata rosa chiclete, Dimas fita aquele homem  afro-brasileiro, com 2,05 de altura e uns 107 quilos, e antes que o mesmo lhe perguntasse alguma coisa, disse: - O velho está me esperando! 

- Entre! 

Dimas segue o homem alto, que vai uns dois passos a frente dele, carregando o saco com os crânios na mão direita. As salas que eles  passam estão todas com as portas  fechadas. No chão Segue-se um  trilho carpete verde com desenhos persas em vermelho, Nas paredes cópias de quadros famosos como Moraliza do Da Vinci. Eles chegam e param de frente para uma porta pesada de madeira, que em relevo tinha uma cabeça de um homem barbudo saindo de dentro do sol. A porta tinha uma cor de verniz velha, preta já. O homem alto fica olhando para a porta, enquanto Dimas ao seu lado direito, fica  olhando fixamente para um quadro que estava na parede a sua frente. A pintura representava um caçador, com roupa camuflada, segurando um pato preto morto pelo pescoço com a mão esquerda e um rifle na mão direita encostado em sua coxa, enquanto pisava com o pé direito sobre um cupinzeiro. 

O home alto bate na porta levemente, logo ela abre-se e uma luz fluorescente meio azulada vem de dentro daquela sala do outro lado da porta; o homem alto  está encarando a Dimas que segurava o saco de lixo e ainda encara aquele quadro estranho. A figura de um outro homem bem mais baixo que ambos, com uns 1,65 de altura, vestido todo de preto, com o cabelo cortado na régua, surge de dentro da sala e pergunta:

- O que vocês querem?

- Veio ver o chefe. – Respondeu seriamente o homem alto.

- Entrem! – Disse o homem baixo.

O homem alto,  encara  Dimas seriamente, estica os braços, para que esse entre na frente para dentro daquela sala, que agora estava com a porta bem aberta agora. Dimas  caminha para dentro da sala, enquanto ainda olha para aquela pintura. 

- Chefe o senhor tem um visitante! – Disse o homem de estatura baixa caminhando a frente dele.

Dimas com o saco com os crânios na mão entra na sala e segue caminhando em direção a uma mesa de madeira antiga, assim como a porta o verniz é velho, já estando preto, Na mesa existem vários ramos de oliveiras talhados em toda a sua parte frontal; piso é de um  porcelanato xadrez preto e branco, as paredes são cor de areia, com uma enorme janela de vitral com o São Jorge matando o dragão, atrás da mesa antiga Dimas avista um homem velho sentado em uma cadeira de rodas hospitalar de couro preta, com o suporte para o soro e para a bolsa de urina, o suporte para o soro ficava a esquerda do velho, e um tanque de oxigênio na parte de trás da cadeira. O velho de seus oitenta e seis anos é ninguém mesmo que Torquato Bragança, e que era quem contratou Dimas para aquele trabalho sujo. Torquato estava bem magro, chegando a ser raquítico, com o rosto cheio de rugas, olhos verdes profundos dentro da cavidade craniana, olheiras negras enormes na volta dos mesmos, dando a ele uma aparência que causava calafrios, era como estar se olhando para a própria morte. O respirador no nariz, um cavanhaque grande e branco, pouco cabelo nos lados da cabeça junto com a pele amarelada como a de um cadáver, onde as veias pretas e roxas se destacavam, davam aquele maldito homem uma aparência de gelar o sangue . Vestido com um pijama masculino cinzento. Aquele velho com câncer nos pulmões que já estava em metástase e descera para os rins nem parecia mais o homem robusto, que era um dos lideres dos “Exterminadores das Trevas”, quando Dimas fazia parte deles, uns trinta anos atrás. 

De cada lado da mesa do velho Torquato Bragança havia um segurança todo de preto, tão alto e forte quanto o homem de terno prateado que entrou naquela sala atrás de Dimas. Aquele velho fita Dimas, e fazendo algo que parecia um sorriso disse:

- É uma felicidade para mim te ver aqui nessa noite, meu caro Dimas! Pois sei que tens ai as minhas encomendas ai contigo. 

Dimas fica um tempo em silêncio encarando aquele homem velho e seus seguranças. Seu olhar parecia perdido por alguns segundos, enquanto sua mente exclama: - “ Eu realmente não gosto de estar dentro dessa mansão fedorenta a mofo e agua sanitária barata. Sinto um tipo de calafrio gélido que me corta a espinha desde quando dobro a esquina que dá para esse lugar infernal; passar por aqueles portões para mim é como mergulhar em um dos círculos do inferno. vezes acho que na verdade o que me assusta nesse lugar é estar tão perto desse homem quase moribundo”. – Pensou. – Estar de frente com Torquato, é como estar de frente com a morte em pessoa”! – Dimas faz menção de abrir um sorriso. - “Torquato Bragança pode se orgulhar de me causar tanto incomodo. Preferia encarar uma ninhada de vampiros famintos apenas com a minha 357 em mãos do que vir a essa mansão dos infernos ter com ele em noite tempestuosa  assim,”. – Ele fica serio novamente, caminha até a mesa e gruda violentamente o saco de lixo sobre a mesma, dando um susto em todos ali naquela sala. O rosto de Dimas que segurava o saco de lixo na mão, está contraído, como se estivesse com raiva enquanto esbraveja em voz alta: - Pare de puxar o meu saco velho desgraçado!

O Velho com o  rosto de apavorado, fita Dimas com os olhos arregalados, a boca aberta e o coração disparado: Ele havia tomado um susto gigantesco, fitando Dimas dentro dos olhos indaga:

- O que é isso?!

Dimas com um  rosto debochado, com um sorriso sarcástico em seus lábios, onde ele deixa aparecer, os dentes amarelados superiores, encara Torquato. Seu rosto, já com mais de quarenta anos, está um tanto enrugado, com pés de galinhas abaixo dos olhos. Porém tinha realmente um deboche em seu olhar quando exclamou: 

- Te trólei!

- O que?! – Insistiu Torquato 

- Ele Disse que lhe pregou uma peça senhor! – Disse o homem baixinho parado uns cinco passos atrás de Dimas a esquerda do mesmo com as mãos sobrepostas uma sobre a outra na frente do corpo. 

- Desgraçado! – Esbravejou Torquato.

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