Pensão

Dimas  está parado de pé no meio da sala com o cigarro entre os dentes, com uma garrafinha de cerveja na mão esquerda, segurando pelo gargalo para não esquentar o liquido, e o celular segurado na mão direita contra o ouvido do mesmo lado. O rosto dele está fechado, a expressão seria, um olhar bravo.

- Dez mil Reais de pensão Laura?! Tu está louca?! - Indagou Dimas ao telefone.

-Não! – Respondeu a voz de Laura ex-mulher de Dimas do outro lado linha. – Tenho muitos gastos com teus filhos Dimas!

- Nossos filhos Laura! – Retrucou Dimas. -  Tu te esquece que eu tenho contas para pagar, condomínio e agiotas também mulher? – Perguntou.

- Não quero saber Dimas!

- Vai ter que saber sim Laura! Eu não tenho dez mil Reais. – Argumentou Dimas. – Nosso acordo com a justiça era cinco mil Reais, e isso que vou te depositar mulher!

- Cinco mil é pouco! -Insistiu Laura esbravejando. – Tu ganha muito dinheiro com essas tuas caças aos vampiros! 

- Está enganada, ganho pouco, a caça aos vampiros anda em baixa ! – Explicou. 

- Anda nada, sei que tu está trabalhando bastante Dimas!

-Mas ganhando pouco! – Disse Dimas.

Dimas fita Polenta deitada sob a sua poltrona favorita. Ele toma um gole da cerveja. 

- “Ex-mulher é o diabo. Me arrependo de ter casado com essa “vaca”, acho que estava muito bêbado, mesmo que naquele tempo, eu nem bebia tanto assim. Meu vicio começou mesmo, depois do casamento com Laura.” – Dimas caminha uns passos dentro da sala. – “O período em que namorei e casei com Laura, eu acabei largando a caça aos vampiros e fui fazer outra coisa, me tornei um vendedor em uma livraria, mas mesmo que eu gostasse do emprego, o estresse que eu tinha com aquela mulher atrapalhou meu rendimento no trabalho e acabei demitido e voltando para a caça aos vampiros”.

- Vou te levar pra justiça Dimas! 

- Pode levar mulher, pois hoje vou depositar somente os cinco mil combinados! – Disse Dimas desligando o celular na cara da mulher. – Ao invés de ter casado com a Laura, devia ter ido ver o filme do Pelé, ouviu Polenta? – Perguntou ele fitando a gatinha que continua dormindo. – Tu nem te estressa com nada Polenta! – Exclamou sorrindo.

Dimas de costas para aquelas pessoas que estão sentadas em cadeiras vermelhas estofadas no banco; ele está no caixa numero 3,  atrás da bancada  tem uma mulher, uma atendente, com um uniforme de cor creme e um coque no cabelo preto, aquela mulher está com uma maquiagem “nude”. Ela fita Dimas e indaga:

- O que deseja senhor?!

- Quero fazer um deposito. – Respondeu Dimas com um olhar serio. 

- De quanto é o deposito?

- Cinco mil... –  Dimas entrega um papel com o numero da conta de Laura. – ...Para essa conta. 

- Certo Senhor. – Disse a atendente pegando o pedaço de papel e fitando-o.

Em seguida Dimas está caminhando em uma calçada, do lado esquerdo dele está passando uma mulher loira de cabelo amarrado com um rabo de cavalo, com um vestido bem curtinho de seda, preto com flores brancas e vermelhas, que está torcido por causa do vento para o mesml lado, deixando a nadega esquerda e uma parte da calcinha vermelha bem fininha amostra. Dimas está com a cabeça toda virada para a direita olhando para bunda da mulher enquanto caminha na calçada,  com as duas mãos nos bolso frontais  da calça.

- “Que delicia em”! – Pensou Dimas. – “Era uma dessas que eu queria ter na minha casa, na minha cama, toda peladinha e de quatro na minha cama”. 

Ele segue caminhando até o seu Simca Ariane conversível, motor V8,todo preto  Ele adorava aquele carro, até porque o comprou fira do Brasil, era Argentino o carro. Dimas abre a porta, retira a chave do bolso direito interno do paletó, depois tira o maço de cigarros e o isqueiro do bolso interno esquerdo. Ele ascende o cigarro e em seguida liga o carro então exclama antes de sair dirigindo:

- Está na hora de comer umas putas! 

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