Cecília era uma mulher humilde que trabalhava como camareira de um hotel. Em um dia de trabalho tão cansativo como os demais, ela conheceu uma pessoa, com o poder de transformar a vida dela. Mas uma coisa a deixou completamente atordoada, como essa pessoa poderia se parecer tanto com ela? Essa era a chave de tudo; Cecília teria tudo o que quisesse, desde que assumisse a identidade de sua sósia por um ano, descobrindo depois que, tudo não passou de um tremendo golpe.
Ler maisCecília estava apreensiva e preocupada com Hugo, mas, seguindo o conselho de Katherine, decidiu ficar na cama e aguardar por notícias. Enquanto isso, o médico e os policiais se prepararam para receber o depoimento de Katherine.— Muito bem, senhorita. Vamos à sala de depoimento para esclarecermos o que aconteceu. Por favor, me siga. – Disse um dos policiais, olhando-a seriamente.Katherine seguiu o médico até uma sala onde puderam conversar em particular, mas antes de passar pelo arco da porta, ela deu uma última olhada para Cecília, como se dissesse a ela que tudo ficaria bem.Cecília não conseguiu parar de perceber a estranheza sobre o ato da mulher, mas não havia muito o que fazer, ela sabia que por mais que não se gostassem, ambas tinham uma pessoa em comum que queriam proteger.Enquanto isso, na sala, dois policiais estavam sentados encarando a italiana, enquanto o médico estava na lateral da mesa, analisando toda aquela situação.E então, o policial começou:— Primeiro, gostaríam
Cecília mal conseguia abrir os olhos. Ela se sentia muito cansada e só sabia dormir.Aquilo era preocupante, tanto para os médicos, quanto para Katherine, que já estava a mais de quatro horas esperando que ela reagisse.E então, o médico entrou no quarto, com uma prancheta nas mãos. E então, o homem de jaleco a encarou de forma confusa e se aproximou.— Senhorita, o que disse ser dela?— Sou cunhada. O que está acontecendo? – Perguntou Katherine, com os olhos escurecidos, ao ver que o homem de jaleco parecia desconfiado.— Por acaso, ela sofria maus tratos ou seu irmão a batia? – Perguntou ele, respirando profundamente ao olhar para Cecília sobre a cama.— Por que acha que isso acontecia? Eu já disse, ela estava em um momento de depressão e por isso, não estava se alimentando direito. O que está havendo? – Perguntou Katherine, olhando-o fixamente.— Bom, ela consta duas costelas quebradas e estava suportando apenas. Por ter forçado o parto acabou a prejudicando mais, porém, alguns dia
Tudo estava um caos. Hugo e os demais, saíram apressados indo em direção ao carro e quando Hugo estava prestes a tocar a maçaneta do veículo, Katherine o interrompeu, puxando-a primeiro. — O que está fazendo? Não temos tempo! – Disse Hugo, encarando-a de forma confusa. — Eu sou boa em dirigir e você, é o melhor em matar. Vamos fazer isso juntos, Don! – Respondeu Katherine, entrando no lugar dele. Hugo teve que concordar. Ela está cheia de razão! – Pensou ele, se apressando para chegar até a outra porta. E então, o carro arrancou com velocidade. Katherine dirigia, pisando ao máximo no acelerador, enquanto Hugo conferia sua preciosa arma em seu colo. E de repente, uma voz conhecida soou pelo painel do veículo, logo após Katherine tocar na tela sem nem mesmo Hugo perceber. —“Anda logo, eles estão atrás de nós! – Gritou Ítalo, com humor na voz ao invés de pavor. Ele amava adrenalinas. E então, uma voz ao fundo fez com que Hugo se distraísse do que estava fazendo. —“Aiiii, anda logo
Estava no fim de tarde; as luzes passavam rapidamente e os barulhos dos motores eram altos.— O que está acontecendo? – Perguntou Cecília, esfregando os olhos. Seu corpo movia de um lado para o outro com brutalidade e foi então que uma alta risada soou.Cecília percebeu estar dentro de um carro e alguém dirigia com velocidade.Uma hora antes...Não dava para saber quem estava do lado de quem, naquela bagunça.Ítalo carregava Cecília em seus braços para a saída do lugar, quando deu de frente com Katherine na entrada do simples hotel a beira da estrada.— Se você não me ajudar como prometeu, eu a largo aqui! – Disse Ítalo entre dentes, vendo um carro aparecer e frear bruscamente.— Vamos, você só terá mais essa chance para se redimir! – Disse Katherine, correndo até o carro e ao fingir dirigir, entregou a chave para Ítalo, o fazendo a encarar assustado.— “Motherfucker, cosa stai facendo”? – Perguntou Ítalo, entre dentes, a olhando com fúria nos olhos. Katherine sorriu e segurou forte a
Lux Gold Hotel, Richmond, Virginia.O hotel em que Hugo estava hospedado, era confortável e luxuoso. O lugar era cercado por móveis de madeira escura e tapeçarias ricasAlguém havia conseguido o quarto para ele, imaginando que estaria completamente exausto depois de tantas horas de voo. A ansiedade o dominava enquanto ele esperava a pessoa que poderia ajudá-lo a encontrar Cecília.A tensão era visível através das mandíbulas dele; Hugo apertava forte o encosto da cadeira, enquanto sentia alguém sair do banheiro, o encontrando de costas.— Como foi a viagem, meu bem? – Aquela voz era de Katherine, que fazia um tempo que não o via e estava disposto a ajuda-lo, como prova de seu amor.— Onde ele está? – Perguntou Hugo com aspereza na voz, se virando para olha-la.Katherine respirou fundo e se sentou na cama, levando os olhos até os do homem a sua frente. Ela o achava ainda mais atraente do que antes; talvez fosse pelo tempo em que não estavam juntos.— Ele foi atrás dela! – Dito isso, Hug
Confessionário igreja de Gesu, Palermo... O barulho da sola de sapato soando alto pelo piso da capela, era assustador. O homem passava entre os fiéis, com um charuto entre os dedos e uma áurea escura o acompanhando; naquele instante, todos se assustaram e temeram estar vivendo o próprio apocalipse. "É ele"! – Resmungaram alguns, com a voz amedrontada, a final, Hugo nunca foi do tipo que se exibia publicamente, com a sua melhor arma do acervo em mãos. Também, quem não o olharia com pavor? O homem de quase um metro e noventa, corpo forte e trabalhado, usando um terno slim de lã batida na cor grafite e óculos escuros em plena noite, lembrava o próprio Blade. A fumaça do charuto o acompanhava, fazendo com que todos se assustassem, pois, o acaram desrespeitoso. Quando nem ao menos sabiam o porquê de o homem estar lá, com sangue nos olhos. Hugo entrou até o confessionário e se ajoelhou na almofada, encarando ao arcebispo atrás das grades madeiradas. — Faz tanto tempo que não o vejo,
Cecília encarou a mulher, com desespero no olhar.Para ela, não importava de quem Hugo fosse filho, ela o queria ao seu lado e contava os minutos para o reencontrar.O problema era que, ela temia pela vida de seu amado. Hugo passou e pelo visto, ainda passaria por muita coisa, ainda mais depois de saber daquilo.Ela então, segurou o braço de Roseta e a olhou, com tristeza.— Por que o torturam tanto? Deixem-no em paz! – Pediu Cecília, a fazendo rir.— Você deveria implorar pela sua vida e não pela dele. Eu me vingarei de toda família Scopelli primeiro, mas o seu marido está na lista, porque me lembro nitidamente do rosto do verdadeiro pai dele na noite do abuso.— O quê? – Perguntou Cecília, completamente assustada. Ela não conseguia digerir aquelas informações. — Não era Hugo, por que o está envolvendo?E então, Roseta se levantou, afastando-se dela e voltando a encara-la com desprezo.— Por mim, nenhum porco naquela Itália sobreviveria. As gerações deles e as gerações das gerações d
Alguns dias haviam se assado, desde o reencontro de Fiorella com Hugo.Ela achava que, havia conseguido tudo o que queria, já que teve a sua vida, família e marido de volta. E como Fiorella já havia se acostumado a ter o lado "negro" de Hugo para ela, a garota nem se quer notava as mudanças.Hugo entrou no quarto, enquanto Fiorella estava nua, prestes a se vestir.Ele parou na porta e a olhou de baixo a cima, travando o maxilar.Ele não sentia desejo e sim repulsa por ela; Hugo era muito além do que todos esperavam, mas ele tinha que manter um personagem e então, respirou fundo e foi até ela.Ele passou a mão pelas laterais do corpo de Fiorella a alisando e mantendo a cabeça erguida para o lado. — Por que não diz nada? – Perguntou Fiorella, se virando para ele e o abraçando.Fiorella sabia como ser uma mulher provocante; em seu timbre de voz havia a sensualidade, em seu corpo emanava o desejo e ela sabia bem como usar todo aquele poder.A questão era que, Hugo não era mais o homem qu
Cecília estava sonhando...Era lindo; um campo verde e cheio de margaridas, ela estava descaça, olhando para o cesto de palha em seu braço, cheio de guloseimas.Cecília forrou um lençol no chão e se sentou, sorrindo lindamente enquanto observava um homem, segurando as mãos de duas crianças ruivas.Era um casal.O homem estava de costas, vestido com uma linda camisa branca, que exibia um pouco dos traços da tatuagem na lateral do corpo, por ser de um tecido fino.Quem o julgaria? Era primavera e o tempo estava quente.As barras da calça dele estavam dobradas e ele parecia estar bem a vontade com aquelas crianças. Em seguida, os três se viraram e os dois pequenos começaram a acenar.— Mamãe! – Disseram em uníssono. E depois de reparar aqueles sorrisos felizes, Cecília encarou o semblante do homem que as seguravam.— Hugo! – Chamou ela, despertando em seguida.Quando Cecília abriu os olhos, não estava mais naquele quarto escuro e sim em um hotel e bem na mesa em frente, havia Fiorella e