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Capitolo Quinto: Caindo na própria armadilha

Cecília começou a ouvir passos junto a sussurros pelo quarto; quando ela abriu os olhos, não fazia ideia de que já havia amanhecido e ao ver algumas mulheres andando pelo lugar, ela se sentou imediatamente e se cobriu.

— Quem são vocês? – Perguntou Cecília, se escondendo dentro da coberta, deixando apenas partes do rosto a vista.

— Desculpe por termos a acordado, senhora. Foi ordem do senhor Scopelli, para virmos limpar toda bagunça. – Quando uma das funcionárias disse aquilo, Cecília levou os olhos pela parede, notando que não havia nada mais, pendurado ali.

— Foram vocês? Vocês viram tudo? – Perguntou Cecília, preocupada. A mulher e as outras três, que estavam uniformizadas de forma idênticas como camareira, as olharam confusas, pensando que, talvez, Fiorella estivesse atordoada.

— O que há de errado com a parede, senhora? – Perguntou Genevive, a chefe das empregadas. Ela era considerada assim, porque estava a mais tempo na casa, do que as demais.

Cecília as olhou e então, suspirou fundo, cobrindo o rosto com as mãos. De repente, uma voz fria e grossa, soou no cômodo como um trovão.

— Podem sair! – Disse Hugo, se escorando na porta. As mulheres, começaram a se agitar, pegando todos os baldes e produtos que estavam pelos cantos, saindo em seguida.

Hugo fechou a porta e caminhou até as janelas, fechando as cortinas em seguida.

Ele se virou, vendo que sua esposa ainda permanecia escondida por dentro das cobertas e então, foi até ela, as puxando em seguida.

— Levanta e se lave, vamos sair! – Disse ele, com um tom frio.

Cecília levantou os olhos marejados até o homem na sua frente e então, o viu vincar a testa. Hugo pensou naquele instante, que nunca havia visto sua mulher sem maquiagem antes e que ela parecia mais bonita do que o normal.

Ele vacilou por um instante e quando lembrou o que a mulher havia feito, voltou a olhá-la com fúria.

— Eu disse, levanta! – Falou ele, com grosseria.

— Aonde vamos? – Perguntou Cecília, com a voz trêmula.

— Ao médico. Preciso saber se você não adquiriu alguma doença, estando fora. A final, quem garante que foi apenas com ele?! – Disse Hugo com o ódio no olhar. Assim que ele deu de costas, Cecília tentou o seu melhor para o impedir.

Ela pensou, o que Fiorella faria nesse momento?

— Eu não vou! – Disse ela, com autoridade, olhando para Hugo. O homem, que nunca aceitava ser contrariado, se virou para a olhar e vincou as sobrancelhas, indo até ela novamente.

— O que disse? – Perguntou ele, furioso e entre dentes.

— Eu disse que não vou! Você não tem o direito de me forçar a abrir as pernas para um médico, só porque você quer! Por que não verifica por si só? – Disse Cecília, fingindo se desfazer da camisola, mas ao olhar Hugo, viu um sorriso estranho nos lábios dele.

— É melhor arrumar outra desculpa para se deitar comigo, essa não é interessante. – Disse ele, puxando a roupa dela para baixo, evitando vê-la nua.

Mas ao notar um suspiro aliviado de sua esposa, Hugo complementou.

— Você vai ao médico.

— Eu não posso! As minhas "regras" desceram. – Disse Cecília, com calma e o olhando nos olhos.

— Quando? Quando desceram? – Perguntou ele, indo até as coisas dela, vendo se haviam tampões, mas se surpreendeu ao achar um pacote higiênico.

Ele segurou o pacote em mãos e estranhou o comportamento de sua mulher ter mudado tanto. Ela não usava aqueles tipos de coisa e conforme o remédio que ela tomava para não ter filhos, raramente ficava naqueles dias.

— Ah, hoje é claro. Eu estou tão fraca que meu ciclo acabou se descontrolando. Quer passar essa vergonha para o médico? – Perguntou Cecília, tomando o pacote das mãos dele.

— FIORELLA, TRÊS DIAS! – Disse Hugo, alterado. Ele a olhou mais uma vez e deu de costas, saindo do quarto.

Cecília respirou fundo e começou a procurar seu celular por todo quarto, para tentar entrar em contato com Beneditte, a final, ela também era responsável por Cecília estar em uma enroscada.

Cecília revirou tudo e não achou o aparelho. Ela, então, ficou olhando pela janela e viu que Hugo havia saído com um de seus capangas e então, ela abriu a porta com suavidade, caminhando em passos leves até a biblioteca ao lado.

Ela estava trancada e era a única esperança de Cecília; provavelmente o lugar teria um computador, ela pensou.

Ainda decidida a livrar a sua pele, ela foi até a porta do quarto de Hugo, entrando no lugar em seguida.

— Por onde começo? – Se perguntou ela, indo até as escrivaninhas da cama. Cecília mexeu em tudo, não achando nem a chave, muito menos um celular.

De repente, ela olhou para o closet e decidiu ir até lá. Assim que entrou, Cecília se surpreendeu com tamanha organização. Havia um lugar certo para as camisas, sapatos, gravatas e até relógios.

Ela pensou, se ele era tão detalhista em mínimos detalhes, imagina em seus negócios?

Aquilo a arrepiou.

Quando ela se virou, achou uma caixa branca, perto dos sapatos. Cecília imaginou que talvez fosse seus pertences, mesmo sendo impossível que fosse verdade.

Ela, então, caminhou até lá e ao tirar a tampa, sorriu desacreditada, por encontrar o celular e os documentos de Fiorella.

— Anda, liga! – Disse ela, apertando o botão da lateral. O aparelho, em seguida, deu sinal de carga e ligou, mas para a surpresa dela, a porta do quarto foi aberta.

Cecília se desesperou e se escondeu atrás da porta, escutando passos até o lugar.

Ela sentiu o medo tomar conta de seu corpo e a primeira coisa que pensou em fazer, foi colocar o telefone no silencioso. Em seguida, ela clicou no número de Beneditte, e digitou com uma só mão um "S.O.S".

Quando ela olhou pela greta da porta, viu Hugo se despindo; ele parecia ter sujado a camisa e estava a trocando. A questão era que, o homem é mais esperto do que parecia.

Ele se virou e notou que, a porta dos sapatos estava desalinhada e então, Hugo as ajeitou olhando desconfiado para a caixa branca.

Hugo respirou fundo e foi até a mesa de relógios para trocar o que estava em seu pulso, saindo em seguida.

Cecília respirou aliviada, ao ouvir a porta ser encostada e então, foi até a caixa, guardar o aparelho novamente.

Ela havia apagado as mensagens e desligado o celular.

Assim que ela teve a certeza de que Hugo havia saído, a ruiva saiu do closet em passos leves, com medo de que alguém desconfiasse e ao passar pelo arco da porta, sentiu seu corpo se congelar, ao ver Hugo encostado na parede ao lado, com os braços cruzados.

— Estava tramando algo?

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