Os dois estavam sentados juntos na mesa, enquanto Hugo observava Cecília devorar o sorvete, com um sorriso nos lábios.Naquele momento, os pensamentos do Homem, foram em uma cena quase parecida a anos atrás. Hugo e Fiorella estavam apenas noivos e como um motivo para se conhecerem, ele a convidou para tomar sorvete. Eles estavam andando pelo jardim, enquanto cada um segurava uma taça com o doce. Fiorella sorria de forma encantadora, como se fosse a mulher mais inocente do mundo.Eles caminhavam fazendo planos futuros e ela mostrava realmente estar a fim dele. Era raro tal atenção, já que, as mulheres se aproximariam de Hugo somente por um único motivo.O poder.Naquele mesmo dia, Hugo ouviu Fiorella no banheiro vomitando.Ele então, pensou que ela tivesse tomado o sorvete apenas para o agradar e viu aquilo como uma prova de amor, mas tempos depois a garota acabou jogando na cara dele que, odiava atos românticos.Ela o estragou e agora, Hugo estava odiando o fato de estar em frente um
Cecília sentiu o forte impacto de seu corpo com a água.Ele foi rapidamente engolido pela água escura e naquele momento, ela sentiu o peso de sua ação. Não dava para saber o quanto de profundidade aquele lugar tinha e parecia que os pés dela, não encostariam em algo firme tão cedo.Cecília sentiu o desespero tomar cona de seu corpo e mente e quando o ar começou a faltar em seus pulmões, ela logo premeditou seu fim.Era como se um filme passasse na cabeça dela; cenas vívidas como se fossem reais."Cecília estava correndo pela casa e ao tropeçar e ver seu pequeno corpo ir ao chão, ela achou um papel embaixo do armário da cozinha.Ela esticou seu bracinho para tentar pegar e então os passos de sua avó, veio até ela.— O que faz aí, minha coroa de cobre? – Disse a senhora, pegando-a do chão. Cecília sorriu e estendeu o papel para sua avó, que fez a mais velha logo se assustar.— Vovó, quem são? – Perguntou a pequena, vendo uma foto antiga, com duas crianças em uma cama, uma ao lado da ou
Já era de manhã, quando o carro de Hugo e Cecília retornaram à casa de Cássia.Todos pareciam assustados ao vê-los descer juntos e com uma aparência abatida, mas o auge do drama, foi quando Cássia correu até eles, apalpando Hugo com desespero.— Minha nossa, o que aconteceu com você, meu filho? – Ela conferiu Hugo por inteiro e em seguida, se virou para encarar Cecília, com fúria. — O que você fez com ele?Cecília aspirou o ar bem fundo, tentando se conter e quando estava prestes a responder, Hugo segurou o pulso dela, a contendo.— Por que estão a acusando, quando foi eu quem a arrastei para longe daqui? – Perguntou Hugo, com rispidez.— Filho, é só que... estávamos preocupados. Por que você sairia sozinho em tempos como esse? – Perguntou Cássia, fingindo coerência.— Tempos como esse? O que quer dizer com isso? – Disse Hugo com autoridade, apontando o dedo para todos que estavam presentes. — Escutem todos vocês...Ele olhava com os olhos escurecidos, para cada um de seus Capi e ao v
— Não, você não é! – Disse Katherine, sorrindo com desdém. Ela caminhou até Cecília e tomou a arma das mãos da ruiva. A desmontando em seguida.— Você é uma impostora, que estava na hora certa, mas no lugar errado e acabou vindo, para ser morta no lugar dela. – Disse Katherine, debochando de Cecília.— Parem, as duas! – Disse Hugo, com rispidez na voz, indo até elas. — Eu preciso da colaboração das duas, vocês realmente continuaram com isso?— Foi você quem começou Don! – Respondeu Katherine, guardando a arma e a olhando com revolta. Ela se virou para ele e o enfrentou, com fúria. — Estava tudo bem, antes de ela chegar. Por que se preocupa tanto com a mulher que te traiu? Até mesmo a escolheu, por ser parecida com ela!— Katherine, se controla. – Disse Hugo entre dentes, a olhando com raiva.— Me controlar? – Perguntou Katherine, se afastando e caminhando até Cecília. Ela encarou a ruiva e se virou para Hugo, puxando os cabelos de Cecília com força em seguida. — O que ela tem, que eu
Já estava anoitecendo.Hugo havia saído do escritório, indo em direção a vinícola, como havia prometido.Ele precisava organizar as coisas com seus homens, pois, ao ver a falta de respeito de Ítalo, ele resolveu deixar as coisas bem claras por lá.Assim que ele abriu a porta de madeira e desceu as escadas, no final, viu os homens conversando animadamente sobre assuntos aleatórios; não que isso fosse proibido, mas como eles poderiam reagir com naturalidade, depois de tudo?Hugo passou a mão em uma garrafa de vinho, uma das mais caras que haviam no lugar e a bateu no corrimão, permanecendo com a parte do "bico" em mãos.— "Don" nós estávamos...- Tentou explicar Romero, mas ao ver que Hugo não parecia estar disposto a ouvi-lo, se calou e foi se afastando com os demais.— O que é Scopelli, vai mesmo levar nossa briga a sério? Só estávamos exaltados naquela hora e você sabe, nossa amizade é indestrutível... - Indagou Ítalo, sorrindo para convencer Hugo.— Estão todos aqui? – Perguntou Hugo
Assim que chegaram, Cecília foi diretamente para o quarto.Ela sentiu seu coração acelerado e se perguntou algumas vezes, o porquê de reagir daquela forma, quando ela mesma sabia que não deveria.A ruiva, abraçou o travesseiro e se jogou na cama, lembrando de cada momento em que esteve nessa viagem.A mente dela, voltou ao momento em que ela se atirou do penhasco, ela sabia que era perigoso e ao mesmo tempo, algo dizia que ele a impediria.E assim, Hugo fez. Ele pulou junto, se embarcando na loucura dela.Que tipo de pessoa, colocaria sua vida em risco por uma pessoa que não vale a pena? – Pensou Cecília, balançando a cabeça para se livrar de tais pensamentos.Ela estava tão atordoada, que nem se deu conta de quanto tempo, alguém estava batendo na porta. Cecília se levantou e foi abrir, encontrando Giovana parada embaixo do arco.— Senhora, eu já estava preocupada! – Disse ela, com um semblante preocupado. Cecília deu espaço para que ela entrasse, notando a empregada, segurar uma saco
Já era de madrugada, quando Hugo voltou para casa. Ele se sentiu incomodado porque aquela foi a primeira vez em toda a vida de Hugo, que ele se sentiu mal por tirar a vida de alguém. Ele foi direto para o quarto e entrou no banheiro para se lavar. Hugo esfregava as mãos com aspereza, tentando tirar qualquer fragmento do horror que havia feito e enquanto isso, aqueles olhos brilhantes e inocentes, não saiam da mente dele. — Droga! – Gritou Hugo, acertando um murro no espelho do banheiro. Ele puxou a mão e apoiou os braços na pia, respirando fundo. Como ela pode me pedir para que eu não me apaixone, quando eu nem ao menos consigo me conter? – Pensou Hugo, segurando a sua fúria. Se fosse em meses atrás, talvez ele nem teria voltado para casa, para não ficar perto dela. Se Cecília tivesse o conhecido quando ele descobriu da traição de Fiorella, ela teria sido executada sem o direito de se explicar. Hugo se despiu e foi descalço até o box do banheiro, abrir o registro. Ele deixou qu
Cecília ficou parada, sentindo seu corpo falhar aos poucos.As mãos estavam gélidas, a respiração havia encurtado e a vontade de o puxar para continuar ao ósculo era exagerada.Mas ela voltou a si!Eles se encararam por um instante e então, Hugo sorriu, maneando a cabeça para o lado.— Eu sabia! – Disse ele, de forma convencida. Cecília então, fechou seu semblante e o empurrou com ignorância.— Sem contatos, lembra? – Indagou ela, com rispidez.Hugo se moveu para o lado e ao se virar, ambos fizeram ao mesmo tempo. Ele, então, deu alguns passos até ela, parando apenas quando Cecília sentiu suas costas bater na parede.— O-O que foi? – Perguntou ela, com a voz instável, tentando parecer “durona”, mas o que ela conseguiu, foi com que Hugo sorrisse.Ele levantou as mãos ao alto e a olhou com humor.— Eu não irei te tocar! – Disse ele, se aproximando mais de Cecília, a vendo prender a respiração pelo nervosismo.Ela fechou os olhos ao sentir a respiração de Hugo bem próximo da pele de seu