Cecília sentiu o forte impacto de seu corpo com a água.Ele foi rapidamente engolido pela água escura e naquele momento, ela sentiu o peso de sua ação. Não dava para saber o quanto de profundidade aquele lugar tinha e parecia que os pés dela, não encostariam em algo firme tão cedo.Cecília sentiu o desespero tomar cona de seu corpo e mente e quando o ar começou a faltar em seus pulmões, ela logo premeditou seu fim.Era como se um filme passasse na cabeça dela; cenas vívidas como se fossem reais."Cecília estava correndo pela casa e ao tropeçar e ver seu pequeno corpo ir ao chão, ela achou um papel embaixo do armário da cozinha.Ela esticou seu bracinho para tentar pegar e então os passos de sua avó, veio até ela.— O que faz aí, minha coroa de cobre? – Disse a senhora, pegando-a do chão. Cecília sorriu e estendeu o papel para sua avó, que fez a mais velha logo se assustar.— Vovó, quem são? – Perguntou a pequena, vendo uma foto antiga, com duas crianças em uma cama, uma ao lado da ou
Já era de manhã, quando o carro de Hugo e Cecília retornaram à casa de Cássia.Todos pareciam assustados ao vê-los descer juntos e com uma aparência abatida, mas o auge do drama, foi quando Cássia correu até eles, apalpando Hugo com desespero.— Minha nossa, o que aconteceu com você, meu filho? – Ela conferiu Hugo por inteiro e em seguida, se virou para encarar Cecília, com fúria. — O que você fez com ele?Cecília aspirou o ar bem fundo, tentando se conter e quando estava prestes a responder, Hugo segurou o pulso dela, a contendo.— Por que estão a acusando, quando foi eu quem a arrastei para longe daqui? – Perguntou Hugo, com rispidez.— Filho, é só que... estávamos preocupados. Por que você sairia sozinho em tempos como esse? – Perguntou Cássia, fingindo coerência.— Tempos como esse? O que quer dizer com isso? – Disse Hugo com autoridade, apontando o dedo para todos que estavam presentes. — Escutem todos vocês...Ele olhava com os olhos escurecidos, para cada um de seus Capi e ao v
— Não, você não é! – Disse Katherine, sorrindo com desdém. Ela caminhou até Cecília e tomou a arma das mãos da ruiva. A desmontando em seguida.— Você é uma impostora, que estava na hora certa, mas no lugar errado e acabou vindo, para ser morta no lugar dela. – Disse Katherine, debochando de Cecília.— Parem, as duas! – Disse Hugo, com rispidez na voz, indo até elas. — Eu preciso da colaboração das duas, vocês realmente continuaram com isso?— Foi você quem começou Don! – Respondeu Katherine, guardando a arma e a olhando com revolta. Ela se virou para ele e o enfrentou, com fúria. — Estava tudo bem, antes de ela chegar. Por que se preocupa tanto com a mulher que te traiu? Até mesmo a escolheu, por ser parecida com ela!— Katherine, se controla. – Disse Hugo entre dentes, a olhando com raiva.— Me controlar? – Perguntou Katherine, se afastando e caminhando até Cecília. Ela encarou a ruiva e se virou para Hugo, puxando os cabelos de Cecília com força em seguida. — O que ela tem, que eu
Já estava anoitecendo.Hugo havia saído do escritório, indo em direção a vinícola, como havia prometido.Ele precisava organizar as coisas com seus homens, pois, ao ver a falta de respeito de Ítalo, ele resolveu deixar as coisas bem claras por lá.Assim que ele abriu a porta de madeira e desceu as escadas, no final, viu os homens conversando animadamente sobre assuntos aleatórios; não que isso fosse proibido, mas como eles poderiam reagir com naturalidade, depois de tudo?Hugo passou a mão em uma garrafa de vinho, uma das mais caras que haviam no lugar e a bateu no corrimão, permanecendo com a parte do "bico" em mãos.— "Don" nós estávamos...- Tentou explicar Romero, mas ao ver que Hugo não parecia estar disposto a ouvi-lo, se calou e foi se afastando com os demais.— O que é Scopelli, vai mesmo levar nossa briga a sério? Só estávamos exaltados naquela hora e você sabe, nossa amizade é indestrutível... - Indagou Ítalo, sorrindo para convencer Hugo.— Estão todos aqui? – Perguntou Hugo
Assim que chegaram, Cecília foi diretamente para o quarto.Ela sentiu seu coração acelerado e se perguntou algumas vezes, o porquê de reagir daquela forma, quando ela mesma sabia que não deveria.A ruiva, abraçou o travesseiro e se jogou na cama, lembrando de cada momento em que esteve nessa viagem.A mente dela, voltou ao momento em que ela se atirou do penhasco, ela sabia que era perigoso e ao mesmo tempo, algo dizia que ele a impediria.E assim, Hugo fez. Ele pulou junto, se embarcando na loucura dela.Que tipo de pessoa, colocaria sua vida em risco por uma pessoa que não vale a pena? – Pensou Cecília, balançando a cabeça para se livrar de tais pensamentos.Ela estava tão atordoada, que nem se deu conta de quanto tempo, alguém estava batendo na porta. Cecília se levantou e foi abrir, encontrando Giovana parada embaixo do arco.— Senhora, eu já estava preocupada! – Disse ela, com um semblante preocupado. Cecília deu espaço para que ela entrasse, notando a empregada, segurar uma saco
Já era de madrugada, quando Hugo voltou para casa. Ele se sentiu incomodado porque aquela foi a primeira vez em toda a vida de Hugo, que ele se sentiu mal por tirar a vida de alguém. Ele foi direto para o quarto e entrou no banheiro para se lavar. Hugo esfregava as mãos com aspereza, tentando tirar qualquer fragmento do horror que havia feito e enquanto isso, aqueles olhos brilhantes e inocentes, não saiam da mente dele. — Droga! – Gritou Hugo, acertando um murro no espelho do banheiro. Ele puxou a mão e apoiou os braços na pia, respirando fundo. Como ela pode me pedir para que eu não me apaixone, quando eu nem ao menos consigo me conter? – Pensou Hugo, segurando a sua fúria. Se fosse em meses atrás, talvez ele nem teria voltado para casa, para não ficar perto dela. Se Cecília tivesse o conhecido quando ele descobriu da traição de Fiorella, ela teria sido executada sem o direito de se explicar. Hugo se despiu e foi descalço até o box do banheiro, abrir o registro. Ele deixou qu
Cecília ficou parada, sentindo seu corpo falhar aos poucos.As mãos estavam gélidas, a respiração havia encurtado e a vontade de o puxar para continuar ao ósculo era exagerada.Mas ela voltou a si!Eles se encararam por um instante e então, Hugo sorriu, maneando a cabeça para o lado.— Eu sabia! – Disse ele, de forma convencida. Cecília então, fechou seu semblante e o empurrou com ignorância.— Sem contatos, lembra? – Indagou ela, com rispidez.Hugo se moveu para o lado e ao se virar, ambos fizeram ao mesmo tempo. Ele, então, deu alguns passos até ela, parando apenas quando Cecília sentiu suas costas bater na parede.— O-O que foi? – Perguntou ela, com a voz instável, tentando parecer “durona”, mas o que ela conseguiu, foi com que Hugo sorrisse.Ele levantou as mãos ao alto e a olhou com humor.— Eu não irei te tocar! – Disse ele, se aproximando mais de Cecília, a vendo prender a respiração pelo nervosismo.Ela fechou os olhos ao sentir a respiração de Hugo bem próximo da pele de seu
Era de tarde, quando Cecília chegou ao tal Hotel, para a seção de fotos.— Vamos lá Fio, pode deitar nesse sofá aqui, por favor! - Disse Humberto, o novo fotógrafo da equipe.Cecília caminhou, ainda envergonhada e com a mão sobre o corpo, para o tampar.Ela vestia um body de renda preto, que exibia quase todo o cumprimento de seu corpo. Fora que, era a deixava muito sensual.O sofá era de couro preto e ficava quase encostado em uma janela, com persianas brancas. A intenção era que, a luz do lugar, ajudasse no contraste.— Co-como quer que eu faça? - Perguntou ela, envergonhada e com a voz instável.— O que houve com você querida? Achei que não precisaríamos ditar as poses, já que você é a especialista nisso. - Disse ele, com humor.Naquele momento, "Cecília pensou, se fosse Fiorella, o que ela faria"? Ela levou o olhar para Hugo, o vendo sentado em uma cadeira ao lado de Beneditte e então, decidiu usar ele como inspiração.Ele estava sentado com as pernas abertas e com as costas cola