Eles estavam sentados em uma cafeteria. Hugo pediu seu costumeiro "Caffè Espresso", enquanto Cecília optou por um chá de Hortelã, bem refrescante.Eles estavam olhando para o movimento na rua, mas era algo superficial. Hugo tocava os lábios, enquanto sua mente voltava nas poses sensuais da garota a sua frente.Ele já estava se sentindo enlouquecido, por estar a um tempo sem uma companhia feminina e ainda mais, depois em que ele e Cecília, combinaram que não haveria nenhum tipo de contato entre eles.Hugo pensou que, talvez se ligasse para Katherine ou se a visitasse, poderia ter seu problema resolvido, mas ele hesitou. Ele não queria agir com Cecília, da mesma forma em que fazia com sua Ex esposa.Um suspiro foi ouvido.— O que foi? - Perguntou ele, desviando os olhos para Cecília, que parecia preocupada.— Acha que eu deveria continuar com as fotos? - Perguntou ela, alisando a alça da xícara, levando os olhos à Hugo em seguida.— Você fará sozinha, então por mim, tudo bem! - Disse e
Eles haviam voltado para casa e a cena ainda ficava martelando na cabeça de Hugo. Por um instante, ele se arrependeu por não ter atendido aos caprichos da garota e a empurrado para o banco, mas na verdade, ele queria muito tê-la para ele novamente. Hugo adentrou o quarto de Cecília e ao vê-la sentada na cama lendo, ele caminhou até ela e a tomou em seus braços. Hugo se sentiu intrigado com a "petulância" da garota. Ele se perguntou, como uma garota, pode ousar me dar ordens daquela forma? Na verdade, ele havia gostado. Para ele, Cecília era como uma incógnita que precisava ser decifrada. E ele queria isso, mais do que tudo. Hugo não sabia quase nada dela, apenas dados fornecidos por seus Capo's como; Data de aniversário, um documento falso e o fato de ela parecer bastante com Fiorella. Fora isso, ele estava descobrindo aos poucos. Para ele, era a verdadeira Cecília que importava e não o que os outros diziam. Hugo então, se sentiu ancioso e não se conteve; ele a beijou com vontade
Cecília estava adormecida, quando de repente a porta do quarto dela foi aberta. Ela não reconheceu os passos e por isso, não se virou para ver quem era. A pessoa se aproximou e ela pôde sentir a presença bem próxima a ela. A respiração do homem era pesada e ele tinha um cheiro herbal. Perfume que Cecília também não conhecia. Ela sentiu seu coração disparar, ao sentir a ponta dos dedos da pessoa, tocar os cabelos dela e de repente, ela sentiu como se a pessoa fizesse menção de a tocar, faltando apenas alguns centímetros para que encostasse na pele dela. Ele percorreu o corpo dela a distância e de repente, o barulho do carro de Hugo foi ouvido se aproximando. A pessoa correu e então, Cecília se levantou assustada, saindo do quarto em seguida. Ela foi em passos rápidos para a saída, sem nem mesmo se importar se estava com uma camisola. Cecília precisava ir até Hugo, ele era a única pessoa que parecia a refugiar. Assim que a ruiva passou pela porta, de forma apavorada, ela caiu diret
Hugo voltou para o quarto, encontrando Cecília adormecida em sua cama. Ele caminhou até ela e se sentou na beira para a observar. Ela parecia ter conseguido pegar no sono e estava bastante a vontade; Hugo segurou a ponta do edredom para o levantar, encontrando a garota com o corpo exposto. Ele olhou em cada detalhe dela, nas curvas e marcas, reparando nas sardas castanhas que haviam espalhadas nas costas dela, como se fosse as estrelas no céu. Em seguida, Hugo levou o dedo até os cabelos de Cecília, os movendo para ver a marca. Lá estava ela, a pequena lua nova, tão delicada quanto a dona daquele corpo. Ele a tocou e instantes depois, o corpo de Cecília se arrepiou. Era como uma obra de arte aos olhos dele, vê-lo se manifestar ao toque a olho nu. — Você é linda! - Falou ele, em um tom baixo, a vendo se virar para ele. Os olhos azuis acinzentados de Cecília, encarou os dele e eles permaneceram assim, por mais um tempo. Até Hugo a puxar para ele e a beijar. Ele não se lembrava d
Era de madrugada, quando Hugo se levantou da cama em passos leves, saindo do quarto em seguida. Ele sabia que Katherine estava aguardando por ele e por isso, ele seguiu o enorme corredor, em direção ao quarto onde ela estava. A casa de Hugo era grande; uma das construções mais antigas da cidade. Ele não quis reformar, pois sempre se lembrava daquele lugar, como bons momentos que teve na sua infância.Fiorella e Cássia, gostavam mais das casas da cidade, por serem mais sofisticadas; já Mirella era do tipo "Maria vai com as outras". Outra diferença gritante entre as gêmeas, era que, Cecília, além de ter uma boa personalidade, era também humilde e não parecia gostar de luxos. Hugo pensou que, se a moldasse ainda mas, deixaria a garota da forma perfeita para ele.Em tudo, Hugo pensava em Cecília, até mesmo naquele instante; ele estava se sentindo mal por deixa-la na cama sozinha e ir procurar outra.Mesmo que não fosse como os outros pensariam, ainda assim, ele estava indo a procurar.H
Cecília esfregou os olhos para tentar se acostumar com a claridade do quarto e hesitou em se levantar. Já havia amanhecido e para ela, a noite havia passado tão rápido, que ela nem se quer percebeu.Ela puxou o edredom da cama e se ajeitou, virando para o lado e de repente, aquela sensação de solidão a invadiu.Ela havia sonhado com a sua avó; mais uma vez. A mais velha estava em uma cadeira de balanço, segurando uma linda bebê de cabelos alaranjados.A criança era linda e não tinha como ser Cecília, pois no sonho, ela ia até a avó, brincar com a criança no colo dela.O sorriso da senhora, o semblante de tranquilidade e a paz que ela transmitia, era como se ainda estivesse ao lado de Cecília.De repente, a ruiva se sentiu triste; mais que o comum.Ela estava pronta para se levantar, quando alguém de algumas batidas na porta e abriu.— Bom dia senhora! - Disse Mercês, outra das empregadas da casa. — O senhor Scopelli pediu para que a senhora o encontre no celeiro.— Certo, obrigada! -
— Não era para isso acontecer! - Disse Hugo na defensiva, olhando fixamente nos olhos de Cecilia. — O quê? Como...? - Cecília o respondeu, sorrindo desacreditada. Ela se sentiu triste por confessar seus sentimentos ao homem, o vendo praticamente recusá-los. Hugo respirou fundo e encarou a paisagem em sua frente, olhando na verdade para dentro de si mesmo. Ele queria ceder aos encantos da ruiva, porém, Hugo sabia bem que, não era uma pessoa apropriada para estar ao lado dela. Mas ainda assim, ele a queria. — Eu quero dizer que, não sou uma pessoa boa para estar com você. - Disse ele, se virando para a olhar. — Eu não sou um homem bom, tenho o legado da minha família em mãos e não saberei te amar como merece. Cecília ouviu aquilo, com um tom de arrependimento na voz. Ela se levantou e respiro fundo, passando as mãos pelos cabelos. O peito dela parecia que ia explodir a qualquer momento, pela tamanha raiva em que ela estava sentindo. Cecília, então, o olhou com os olhos afiados e
Katherine havia pedido o carro para levar Cecília ao médico e como Luigi não dava o braço a torcer, decidiu acompanha-las.O clima estava estranho, Cecília pôde sentir que havia algo de errado, só pela forma em que Luigi encarava Katherine.“O que está acontecendo”? – Ela se perguntou, vendo os olhos escurecidos do homem sobre a mulher ao seu lado.— Eu já estou bem, podemos voltar para a casa! – Disse Cecília, tentando calmar a atmosfera pesada que havia ali.— Por mim, tudo bem! – Disse Luigi, tocando na mão de Cristovam, que estava fixa no volante.Antes mesmo que o homem fizesse um movimento brusco para fazer o retorno, Katherine o advertiu.— Não ouse! Ela irá ao médico primeiro! – Disse Katherine, com um tom autoritário, se virando para encarar Cecília. — A não ser que queira dormir com os “Dobermanns” de Hugo.Quando Cecília ouviu aquilo, se lembrou dos cães ferozes que Hugo mantinha preso. Ela então, sorriu desacreditada, encarando Katherine fixamente.— O senhor Scopelli ou D