A situação parecia estar a favor de Cecília.Ela havia se sentado à mesa para tomar o desjejum, sob ordem de Hugo e enquanto eles comiam tranquilos, Ítalo entrou na sala de jantar os interrompendo.— "Don"– Chamou primo, olhando espantado para a ruiva ao lado de seu amigo.— Seja direto, primo! – Rosnou Hugo o observando.O homem ajustou a postura e encarou Hugo, voltando de seus pensamentos confusos. Ele, por um instante, achou estranho ter visto Fiorella a mesa com o amigo, mas teve que ignorar.— Está tudo pronto! Partiremos em uma hora. – Disse ele, olhando para a ruiva mais uma vez e com o cenho enrugado.— Certo. Onde está Katherine? – Perguntou ele, confuso. Ele se referia a amiga de Mirella, que era estilista e faria um lindo vestido para Fiorella.Hugo não o olhou diretamente ao fazer a pergunta, ele segurou a xícara de café e levou aos lábios, esperando que o amigo pronunciasse.— Luigi já cuidou disso. Ela estará lá, esperando pela senhora Scopelli. – Disse ele, tendo os ol
Cecília se instabilizou por um instante, mas sorriu fraco o olhando.— Ótimo, assim descansamos juntos. – Disse ela, com um tom firme, olhando em seguida para Katherine. Ela fez aquilo propositalmente, fingindo estar com ciúmes e foi nesse momento, que todos estremeceram.Sabiam que a indomável Fiorella estava de volta.Hugo a guiou até o final do corredor passando pelo enorme salão de festa da sala de jantar e então, foi na frente guiando Cecília pelas escadas.A ruiva olhou admirada para cada detalhe da decoração do lugar; era uma casa grande e luxuosa; parecia como um enorme castelo.Cecília acabou se entregando mais uma vez, ao olhar tudo com admiração, principalmente quando seus olhos brilharam ao notar o enorme lustre que ia do teto, até a altura da escada, iluminando tudo.— Cuidado, vão achar que é a primeira vez que está vendo isso. – Disse Hugo, a fazendo gelar.— Já vi maiores que nem me lembrava desse. – Disse ela, com a voz desdenhosa, mas interiormente, Cecília estava um
Hugo sorriu, lascivamente, inebriado e cheio de expectativas.Ele se permitiu ser domado por aquela fera, que logo o puxou para perto e selou os lábios deles começando sem muito contato. Quando se afastaram para se olhar, foi a vez de Hugo mostrar a fera que habitava dentro dele.Hugo a beijou com vontade e quando estava prestes a agarra-la, forçou a ponta dos dedos na cintura de Cecília, tentando se conter.Ele respirou de forma pesada e encostou a testa da dela, os mantendo daquela forma.— Acho melhor sairmos daqui! – Disse ele, com um tom aveludado, sorrindo para ela.Cecília estava tentando se recuperar, mas assentiu concordando. Se ela não tomasse aquela coragem toda de uma vez, iria acabar desistindo de seu plano.Assim que ela teve a mão segurada e foi puxada por Hugo para fora dali ela agradeceu mentalmente por sua amiga ter a ajudado.Mas algo não estava se encaixando. Por que ela não havia avistado Beneditte em lugar algum?Cecília e Hugo subiram os degraus da escada com cl
Já havia amanhecido.Cecília sentiu a pele de seu rosto ser tocada e boa parte do que Hugo cochichava, ela não conseguia acompanhar, pela sonolência. Os toques que ela recebeu, foram o suficiente para que ela se sentisse mal, pois sabia que, ele havia dormido com Fiorella e não com ela.Aquilo a deixou tão mal e confusa, que Cecília hesitou em abrir os olhos. Ela só pôde respirar aliviada, quando ouviu algumas batidas na porta e viu que Hugo se levantou para atender.— Senhor, temos problemas. – Disse Luigi, o segundo homem de confiança de Hugo.— Avisem todos, eu já estou indo. – Respondeu Hugo, fechando a porta em seguida.Ele inspirou forte e se vestiu rapidamente. Em seguida, Hugo se aproximou da cama e Cecília nem precisava abrir os olhos para saber que ele a encarava, ela sentia a pele de seu corpo queimar e então, finalmente ouviu os passos dele para fora do quarto .— Minha nossa! – Disse Cecília, se sentando na cama.Ela sentiu um desconforto em seu corpo; tudo estava dolor
Orfanatrofio de Sambuca di Sicilia –O Dodge Caliber preto de Hugo encostou no local, sendo acompanhado por mais dois; estavam todos bem vestidos e abusando do poder de Hugo, para conseguir o que precisavam.Bem na entrada, os oito homens bem vestidos e emanando poder, foram recebidos por uma madre e mais duas freiras.Elas eram as mais velhas daquele antigo orfanato.— A benção, madre. – Disse Hugo, com sarcasmo.— O que te traz aqui novamente? – Disse a mais velha, com uma voz rouca e cansada. A mulher, olhou para todos os homens e sem se sentir ameaçada, seu de costas.Hugo olhou para seus homens, comunicando com eles através de suas expressões e entrou, seguindo a mulher mau humorada.Eles entraram em uma sala escura e então, a senhora foi até as janelas abrir as cortinas e se sentou na mesa, o encarando.— Você é teimoso e ganha as coisas ameaçando pessoas, mas não se esqueça de que aqui, não é você quem manda, rapaz. Acha que não sei sobre sua má fama? – Disse ela, com grosseria
Os dois estavam sentados juntos na mesa, enquanto Hugo observava Cecília devorar o sorvete, com um sorriso nos lábios.Naquele momento, os pensamentos do Homem, foram em uma cena quase parecida a anos atrás. Hugo e Fiorella estavam apenas noivos e como um motivo para se conhecerem, ele a convidou para tomar sorvete. Eles estavam andando pelo jardim, enquanto cada um segurava uma taça com o doce. Fiorella sorria de forma encantadora, como se fosse a mulher mais inocente do mundo.Eles caminhavam fazendo planos futuros e ela mostrava realmente estar a fim dele. Era raro tal atenção, já que, as mulheres se aproximariam de Hugo somente por um único motivo.O poder.Naquele mesmo dia, Hugo ouviu Fiorella no banheiro vomitando.Ele então, pensou que ela tivesse tomado o sorvete apenas para o agradar e viu aquilo como uma prova de amor, mas tempos depois a garota acabou jogando na cara dele que, odiava atos românticos.Ela o estragou e agora, Hugo estava odiando o fato de estar em frente um
Cecília sentiu o forte impacto de seu corpo com a água.Ele foi rapidamente engolido pela água escura e naquele momento, ela sentiu o peso de sua ação. Não dava para saber o quanto de profundidade aquele lugar tinha e parecia que os pés dela, não encostariam em algo firme tão cedo.Cecília sentiu o desespero tomar cona de seu corpo e mente e quando o ar começou a faltar em seus pulmões, ela logo premeditou seu fim.Era como se um filme passasse na cabeça dela; cenas vívidas como se fossem reais."Cecília estava correndo pela casa e ao tropeçar e ver seu pequeno corpo ir ao chão, ela achou um papel embaixo do armário da cozinha.Ela esticou seu bracinho para tentar pegar e então os passos de sua avó, veio até ela.— O que faz aí, minha coroa de cobre? – Disse a senhora, pegando-a do chão. Cecília sorriu e estendeu o papel para sua avó, que fez a mais velha logo se assustar.— Vovó, quem são? – Perguntou a pequena, vendo uma foto antiga, com duas crianças em uma cama, uma ao lado da ou
Já era de manhã, quando o carro de Hugo e Cecília retornaram à casa de Cássia.Todos pareciam assustados ao vê-los descer juntos e com uma aparência abatida, mas o auge do drama, foi quando Cássia correu até eles, apalpando Hugo com desespero.— Minha nossa, o que aconteceu com você, meu filho? – Ela conferiu Hugo por inteiro e em seguida, se virou para encarar Cecília, com fúria. — O que você fez com ele?Cecília aspirou o ar bem fundo, tentando se conter e quando estava prestes a responder, Hugo segurou o pulso dela, a contendo.— Por que estão a acusando, quando foi eu quem a arrastei para longe daqui? – Perguntou Hugo, com rispidez.— Filho, é só que... estávamos preocupados. Por que você sairia sozinho em tempos como esse? – Perguntou Cássia, fingindo coerência.— Tempos como esse? O que quer dizer com isso? – Disse Hugo com autoridade, apontando o dedo para todos que estavam presentes. — Escutem todos vocês...Ele olhava com os olhos escurecidos, para cada um de seus Capi e ao v