O príncipe e Sheik de Abu-Dhabi, Hassan, se encontrava com problemas políticos em seu reinado, em sua vida amorosa e familiar. Ao completar 27 anos lhe é aconselhado casar-se, entretanto ele não poderia desposar a mulher com quem tinha um romance, uma modelo conhecida mundialmente pelos escândalos, dado aos seus princípios. Em meio à crise política, encontra uma forma de evitar o fracasso de seu reinado e ainda despreocupar-se das pressões recebidas: decide se casar com uma coreana para estreitar os laços com o oriente e conseqüentemente aumentar a sua influencia. A escolhida é Yoon Hee, uma jovem coreana de 22 anos. A sua família, anteriormente, fora muito influente, mas depois do pedido de falência se vê sem amigos e tendo que lutar por tudo. Ela não entende o motivo de ser escolhida pelo príncipe Hassan, mas enxerga uma oportunidade para melhorar de vida e, por isso, aceita, e logo na primeira semana casada arrepende-se. Descobre que seu marido tem um caso com outra mulher e vê em Mahir, irmão de Hassan, alguém em quem confiar em meio a um país estranho, onde não conhece nada e muito menos entende o que eles falam. Pode o amor surgir quando menos se espera e pela pessoa menos improvável, mas o que fazer quando uma paixão ultrapassa os limites da moral de um país?
Ler maisHassan ficou deitado observando a sua esposa que dormia encostada em seu corpo. Ele sabia que ela estava traumatizada e que o melhor a fazer seria mandá-la para Seul, mas não desejava ficar longe dela. Com desgosto lembrou-se de seu pai e fez uma careta ao imaginar que ele estaria disposto a sacrificar a vida de sua esposa por causa de um trono. Ele estava decidido a ter uma séria conversa com o sheik Hashib.–Mas antes posso ficar mais um pouco ao seu lado – murmurou ao abraçar Yoon Hee delicadamente.***Samira sorriu sem jeito ao ver Mahir segurar uma bandeja de forma desengonçada ao levar em direção à cama. Ele estava a tratando como uma princesa e ela não conseguia conter a felicidade que sentia.&ndas
Yoon Hee sempre escutou dizer que a vida passaria em frente aos seus olhos quando estivesse prestes a morrer. Ela nunca havia acreditado nisso ate aquele instante quando Ares apontou a arma para ela, e engatilhou-a. Mas o que ela estranhou foi que a sua vida não passou pelos seus olhos, mas sim os momentos em que havia se arrependido de ter feito algo. Se arrependeu por não ter amado com mais força, se arrependeu por não ter dado adeus a sua família e se arrependeu pelo seu filho não poder conhecer o mundo que ela tanto amava. A ultima imagem que surgiu em sua mente antes de escutar o tiro foi a imagem de Hassan sorrindo para ela em seu aniversario. Ela nunca havia sido tão feliz antes.Hassan aproximou o seu dedo do gatilho da arma ao ficar de frente para a porta do escritório de Ares. Dois homens estavam prontos para arrombar a po
O som do disparo ecoou pelo escritório e um corpo feminino caiu no chão ensanguentado. Ares olhou pasmo para a mulher e por um instante sentiu culpa, mas logo meneou a cabeça para espantar tais pensamentos. Ele não poderia recuar naquele momento, pois tudo dependia dele e de mais ninguém. Os rostos dos guardas demonstravam puro temor, pois perceberam o quão frio Ares havia se tornado.–Tirem-na daqui – olhou para a outra mulher e sorriu – agora sabe com quem está lidando – disse antes de virar de costas e sentar-se em sua cadeira ficando de frente para a poça de sangue.***Ji Myung abriu os olhos com dificuldade e não demorou para se lembrar de onde estava. Levantou-se com cuidado e olhou para a sua
Ji Myung caminhou por todo o palácio de Ares, registrando, mentalmente, a quantidade de guardas e sua força armada. Pegou o celular, escreveu uma mensagem rapidamente e logo enviou para Hassan. Eles estavam com pouco tempo, pois assim que Ares soubesse o que estavam tramando, tudo iria acabar, pois era certo a morte de Yoon Hee. Caminhou aparentando calma, mas em seu intimo estava nervoso. Com o tempo em que vigiava Yoon Hee aprendeu a gostar dela, aprendeu a sentir respeito e carinho pela pessoa que ela demonstrava ser."Se tiver que dar a minha vida a ela, eu irei fazer isso. Uma mulher, tão nobre como ela, não pode morrer desta forma pela ganância e vingança de um, só, homem"pensou determinado ao ir em direção ao escritório de Ares. Bateu na porta e logo escutou a voz que o fazia estremecer.
Hassan dirigiu pelas ruas inquieto. De alguma forma confiava em Ji Myung, ou melhor, confiava em Jim Sung, mas em seu intimo sentia que algo iria acontecer. Ele apenas temia que fosse com a mulher que ele amava ou com seu filho. Após alguns longos minutos, Hassan estacionou o carro em frente a um antigo quartel general, onde os melhores seguranças do palácio costumavam ficar a espera de ordens. Ao sair do carro avistou um dos jovens coronéis a sua espera do lado de fora. O saudou, olhou em volta e não demorou em entrar. Assim que a porta atrás de si fechou-se, viu os sete homens mais poderosos de Abu-Dhabi, não em dinheiro, mas em poder militar e estratégias de guerra.–Obrigado por terem vindo – Hassan disse altivo ao olhar para todos – presumo que já saibam o motivo da minha vinda. – ao vê-los
Hassan suspirou profundamente ao olhar para o seu pai, o rei Hashib, gritar no telefone com o chefe das forças especiais. Era como se o mandante do seqüestro não existisse. Não havia provas de sua existência em lugar algum, restando a eles apenas esperar. Desde a conversa com Ji Myung, Hassan mostrava-se mais calmo e controlado. Por algum motivo ele sentia-se leve ao saber que Yoon Hee não corria tanto perigo quanto imaginava.***Yoon Hee olhou frustrada para as paredes úmidas e sem vida de sua cela. Ela não sabia a quanto tempo estava ali embaixo, mas tinha certeza de uma coisa: Algo não estava certo. Toda a vez que ela tentava mencionar o fato de estar grávida a alguém, ele a interrompia."Será que ele não quer que ninguém saiba?" indagou ao escutar passos. Ela se levantou da cama e ao olhar para fora viu um homem cami
Hassan assentiu diante de um homem vestido impecavelmente, enquanto mostrava o gráfico do lucro da empresa, mas ele não conseguia concentrar-se. Ele sabia que algo estava errado, sentiu que Yoon Hee corria perigo.****Yoon Hee remexeu-se ao escutar um barulho, abrindo os olhos em seguida. A primeira sensação que teve foi sentir um forte enjôo. Levou as mãos a sua testa, enquanto começava a lembrar-se do que havia acontecido. Seu coração começou a acelerar ao olhar em volta e horrorizada percebeu estar em uma cela. Ela se levantou da cama improvisada e foi ate a grade onde começou a gritar por ajuda e não demorou em ver o mesmo rosto de antes. O ultimo que havia visto antes de desmaiar.—Ji Myung..
Ji Myung segurou o copo de uísque entre as suas mãos enquanto olhava para a noite de Abu-Dhabi. Ele estava em seu apartamento, bebendo um pouco enquanto esperava as ordens de Ares. Ele não imaginava por quanto tempo agüentaria continuar fingindo, mas sabia que era preciso. Sorriu ao imaginar que Lana àquela hora estaria na Europa, provavelmente fazendo compras, pensou. Bebeu todo o uísque do copo ao escutar a campainha. Ajeitou à arma atrás de seu colete, por precaução, ele não poderia se descuidar. Nunca se sabe ate onde Ares saberia sobre ele, dizia a si mesmo todas as vezes que iria se encontrar com ele. Abriu a porta, dando espaço para o secretario de Ares passar. Ele lhe entregou uma carta e foi embora.Está chegando à hora. Prepare-se para agir.
Samira acordou e não encontrou Mahir. Começou a se preocupar, quando já estava ligando para ele, descendo as escadas indo em direção a sala, o encontrou. Ele estava em péssimo estado. Seus olhos estavam roxos, como se estivesse brigado e um filete de sangue era visível ao lado de sua boca. Suas roupas estavam amassadas e um pouco rasgadas. Ela olhou horrorizada para ele. Colocou o celular no bolso de sua calça enquanto caminhava em sua direção, ajoelhou-se ao lado e segurou o seu rosto entre as mãos.–Mahir, o que aconteceu com você? – perguntou preocupada.–Yoon Hee – disse com voz languida – ela vai ter um filho de Hassan. Não é ótimo?–Você