O som do disparo ecoou pelo escritório e um corpo feminino caiu no chão ensanguentado. Ares olhou pasmo para a mulher e por um instante sentiu culpa, mas logo meneou a cabeça para espantar tais pensamentos. Ele não poderia recuar naquele momento, pois tudo dependia dele e de mais ninguém. Os rostos dos guardas demonstravam puro temor, pois perceberam o quão frio Ares havia se tornado.
–Tirem-na daqui – olhou para a outra mulher e sorriu – agora sabe com quem está lidando – disse antes de virar de costas e sentar-se em sua cadeira ficando de frente para a poça de sangue.
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Ji Myung abriu os olhos com dificuldade e não demorou para se lembrar de onde estava. Levantou-se com cuidado e olhou para a sua
Yoon Hee sempre escutou dizer que a vida passaria em frente aos seus olhos quando estivesse prestes a morrer. Ela nunca havia acreditado nisso ate aquele instante quando Ares apontou a arma para ela, e engatilhou-a. Mas o que ela estranhou foi que a sua vida não passou pelos seus olhos, mas sim os momentos em que havia se arrependido de ter feito algo. Se arrependeu por não ter amado com mais força, se arrependeu por não ter dado adeus a sua família e se arrependeu pelo seu filho não poder conhecer o mundo que ela tanto amava. A ultima imagem que surgiu em sua mente antes de escutar o tiro foi a imagem de Hassan sorrindo para ela em seu aniversario. Ela nunca havia sido tão feliz antes.Hassan aproximou o seu dedo do gatilho da arma ao ficar de frente para a porta do escritório de Ares. Dois homens estavam prontos para arrombar a po
Hassan ficou deitado observando a sua esposa que dormia encostada em seu corpo. Ele sabia que ela estava traumatizada e que o melhor a fazer seria mandá-la para Seul, mas não desejava ficar longe dela. Com desgosto lembrou-se de seu pai e fez uma careta ao imaginar que ele estaria disposto a sacrificar a vida de sua esposa por causa de um trono. Ele estava decidido a ter uma séria conversa com o sheik Hashib.–Mas antes posso ficar mais um pouco ao seu lado – murmurou ao abraçar Yoon Hee delicadamente.***Samira sorriu sem jeito ao ver Mahir segurar uma bandeja de forma desengonçada ao levar em direção à cama. Ele estava a tratando como uma princesa e ela não conseguia conter a felicidade que sentia.&ndas
Os Emirados Árabes, cuja capital é Abu-Dhabi, é formado por sete emirados localizados na costa ocidental do Golfo Pérsico. Cada um deles tem o mesmo nome de sua capital e é governado por um Sheik com total controle sobre os assuntos internos. O território é desértico e pontilhado de oásis, com regiões montanhosas e praias. Nesse cenário com belíssimas paisagens encontramos o Sheik Hassan, o filho mais velho do Sheik Hajib. Ele fora o escolhido para governar Abu-Dhabi, seu irmão mais novo, Mahir, tinha papel fundamental em sua vida: a de trazer-lhe confusões. Mahir era conhecido pelo mundo como o playboy das arábias. Seus escândalos eram sempre acobertados por seu irmão.Sheik Hassan possuía, apenas, 27 anos, mas suas responsabilidades co
Hassan andava de um lado para o outro, impaciente. Ele encontrava-se em seu escritório em casa. Olhou para a porta sendo aberta e foi de encontro ao secretario Jahid.–Então o que conseguiu?–As noticias não são nada agradáveis – falou mostrando um relatório a ele – Os outros governantes querem tirar Abu-Dhabi de seu domínio. Temos que conseguir o apoio dos vizinhos Dubai, Sharjah e Ajman, mas o senhor sabe que para eles o único governante capaz de governar o seu reino, de forma sensata, é aquele que tem uma mulher ao seu lado.–Eu sei – falou sério.–O senhor tem que se casar o mais rápido possível.
Sheik Hassan foi recebido por uma aglomeração de fotógrafos no aeroporto. Tentou se desvencilhar sem sucesso, precisou da ajuda dos seguranças para ir embora. A mídia encontrava-se curiosa em saber o motivo da ida do Príncipe Sheik árabe Hassan al-Rashid a Coréia. Assim que saiu do aeroporto entrou no carro preto que o esperava. Sentou-se no banco de trás e respirou aliviado.–Odeio visitar países diferentes. Os repórteres não me deixam em paz – confessou.–Cuidarei para que isso não aconteça – secretario Jahid disse olhando pelo retrovisor do banco do passageiro – devemos ir vê-la agora ou ir para o hotel?–Ao hotel. Quero tomar um banho e dormir
Yoon Hee ficou parada com os cartões em sua mão, mas ao ver a sua irmã parada a olhando, tentou sorrir.–O que o príncipe de Abu-Dhabi estava fazendo aqui? – So-Yeon perguntou a sua irmã.–Como sabe que ele era o príncipe?–Eu vi uma matéria dele na internet. Todo mundo quer saber o motivo da vinda dele a Coréia. Há muita especulação na mídia e juntando isso com o jeito calado dele cria-se um alvoroço.–Quando descobriu que ele era ele?–Quando ele disse o nome dele e logo depois o lugar de onde tinha vindo, foi fácil – disse dando de ombros &nda
O secretario Jihad olhava sem jeito para a mulher a sua frente. Yoon Hee não se parecia com a pessoa que ele imaginava. Ela estava demonstrando estar triste quase deprimida com o casamento. Eles estavam sentados em um café próximo ao trabalho dela. Em cima da mesa havia uma agenda, onde Jihad anotava tudo que achava pertinente, e duas xícaras de café, sendo que a dela estava intocada.–Tem algo errado senhorita Park? – Jihad perguntou ao vê-la pálida sem expressão.–Não.–Certo. Você tem alguma duvida antes de começarmos a falar sobre o casamento?–O Príncipe Hassan é um homem... Bom?
Seis dias haviam se passado desde o encontro de Yoon Hee com o príncipe Hassan. O casamento aconteceria no dia seguinte. Yoon Hee estava em seu quarto, arrumando a ultima mala quando So-Yeon entrou no quarto, sentando-se na cama.–Vou ficar com saudades – So-Yeon disse olhando para sua irmã – prometa que vai me ligar sempre.–Pode ficar tranqüila. Você não ficará livre de mim – disse sorrindo.As duas irmãs ficaram se olhando como se soubesse que não se veriam tão cedo. No olhar de ambas era possível ver a angustia e a saudade.–Precisa de ajuda, filha? – a mãe delas disse entrando no quarto – que clima é es