Hassan suspirou profundamente ao olhar para o seu pai, o rei Hashib, gritar no telefone com o chefe das forças especiais. Era como se o mandante do seqüestro não existisse. Não havia provas de sua existência em lugar algum, restando a eles apenas esperar. Desde a conversa com Ji Myung, Hassan mostrava-se mais calmo e controlado. Por algum motivo ele sentia-se leve ao saber que Yoon Hee não corria tanto perigo quanto imaginava.
***Yoon Hee olhou frustrada para as paredes úmidas e sem vida de sua cela. Ela não sabia a quanto tempo estava ali embaixo, mas tinha certeza de uma coisa: Algo não estava certo. Toda a vez que ela tentava mencionar o fato de estar grávida a alguém, ele a interrompia."Será que ele não quer que ninguém saiba?" indagou ao escutar passos. Ela se levantou da cama e ao olhar para fora viu um homem camiHassan dirigiu pelas ruas inquieto. De alguma forma confiava em Ji Myung, ou melhor, confiava em Jim Sung, mas em seu intimo sentia que algo iria acontecer. Ele apenas temia que fosse com a mulher que ele amava ou com seu filho. Após alguns longos minutos, Hassan estacionou o carro em frente a um antigo quartel general, onde os melhores seguranças do palácio costumavam ficar a espera de ordens. Ao sair do carro avistou um dos jovens coronéis a sua espera do lado de fora. O saudou, olhou em volta e não demorou em entrar. Assim que a porta atrás de si fechou-se, viu os sete homens mais poderosos de Abu-Dhabi, não em dinheiro, mas em poder militar e estratégias de guerra.–Obrigado por terem vindo – Hassan disse altivo ao olhar para todos – presumo que já saibam o motivo da minha vinda. – ao vê-los
Ji Myung caminhou por todo o palácio de Ares, registrando, mentalmente, a quantidade de guardas e sua força armada. Pegou o celular, escreveu uma mensagem rapidamente e logo enviou para Hassan. Eles estavam com pouco tempo, pois assim que Ares soubesse o que estavam tramando, tudo iria acabar, pois era certo a morte de Yoon Hee. Caminhou aparentando calma, mas em seu intimo estava nervoso. Com o tempo em que vigiava Yoon Hee aprendeu a gostar dela, aprendeu a sentir respeito e carinho pela pessoa que ela demonstrava ser."Se tiver que dar a minha vida a ela, eu irei fazer isso. Uma mulher, tão nobre como ela, não pode morrer desta forma pela ganância e vingança de um, só, homem"pensou determinado ao ir em direção ao escritório de Ares. Bateu na porta e logo escutou a voz que o fazia estremecer.
O som do disparo ecoou pelo escritório e um corpo feminino caiu no chão ensanguentado. Ares olhou pasmo para a mulher e por um instante sentiu culpa, mas logo meneou a cabeça para espantar tais pensamentos. Ele não poderia recuar naquele momento, pois tudo dependia dele e de mais ninguém. Os rostos dos guardas demonstravam puro temor, pois perceberam o quão frio Ares havia se tornado.–Tirem-na daqui – olhou para a outra mulher e sorriu – agora sabe com quem está lidando – disse antes de virar de costas e sentar-se em sua cadeira ficando de frente para a poça de sangue.***Ji Myung abriu os olhos com dificuldade e não demorou para se lembrar de onde estava. Levantou-se com cuidado e olhou para a sua
Yoon Hee sempre escutou dizer que a vida passaria em frente aos seus olhos quando estivesse prestes a morrer. Ela nunca havia acreditado nisso ate aquele instante quando Ares apontou a arma para ela, e engatilhou-a. Mas o que ela estranhou foi que a sua vida não passou pelos seus olhos, mas sim os momentos em que havia se arrependido de ter feito algo. Se arrependeu por não ter amado com mais força, se arrependeu por não ter dado adeus a sua família e se arrependeu pelo seu filho não poder conhecer o mundo que ela tanto amava. A ultima imagem que surgiu em sua mente antes de escutar o tiro foi a imagem de Hassan sorrindo para ela em seu aniversario. Ela nunca havia sido tão feliz antes.Hassan aproximou o seu dedo do gatilho da arma ao ficar de frente para a porta do escritório de Ares. Dois homens estavam prontos para arrombar a po
Hassan ficou deitado observando a sua esposa que dormia encostada em seu corpo. Ele sabia que ela estava traumatizada e que o melhor a fazer seria mandá-la para Seul, mas não desejava ficar longe dela. Com desgosto lembrou-se de seu pai e fez uma careta ao imaginar que ele estaria disposto a sacrificar a vida de sua esposa por causa de um trono. Ele estava decidido a ter uma séria conversa com o sheik Hashib.–Mas antes posso ficar mais um pouco ao seu lado – murmurou ao abraçar Yoon Hee delicadamente.***Samira sorriu sem jeito ao ver Mahir segurar uma bandeja de forma desengonçada ao levar em direção à cama. Ele estava a tratando como uma princesa e ela não conseguia conter a felicidade que sentia.&ndas
Os Emirados Árabes, cuja capital é Abu-Dhabi, é formado por sete emirados localizados na costa ocidental do Golfo Pérsico. Cada um deles tem o mesmo nome de sua capital e é governado por um Sheik com total controle sobre os assuntos internos. O território é desértico e pontilhado de oásis, com regiões montanhosas e praias. Nesse cenário com belíssimas paisagens encontramos o Sheik Hassan, o filho mais velho do Sheik Hajib. Ele fora o escolhido para governar Abu-Dhabi, seu irmão mais novo, Mahir, tinha papel fundamental em sua vida: a de trazer-lhe confusões. Mahir era conhecido pelo mundo como o playboy das arábias. Seus escândalos eram sempre acobertados por seu irmão.Sheik Hassan possuía, apenas, 27 anos, mas suas responsabilidades co
Hassan andava de um lado para o outro, impaciente. Ele encontrava-se em seu escritório em casa. Olhou para a porta sendo aberta e foi de encontro ao secretario Jahid.–Então o que conseguiu?–As noticias não são nada agradáveis – falou mostrando um relatório a ele – Os outros governantes querem tirar Abu-Dhabi de seu domínio. Temos que conseguir o apoio dos vizinhos Dubai, Sharjah e Ajman, mas o senhor sabe que para eles o único governante capaz de governar o seu reino, de forma sensata, é aquele que tem uma mulher ao seu lado.–Eu sei – falou sério.–O senhor tem que se casar o mais rápido possível.
Sheik Hassan foi recebido por uma aglomeração de fotógrafos no aeroporto. Tentou se desvencilhar sem sucesso, precisou da ajuda dos seguranças para ir embora. A mídia encontrava-se curiosa em saber o motivo da ida do Príncipe Sheik árabe Hassan al-Rashid a Coréia. Assim que saiu do aeroporto entrou no carro preto que o esperava. Sentou-se no banco de trás e respirou aliviado.–Odeio visitar países diferentes. Os repórteres não me deixam em paz – confessou.–Cuidarei para que isso não aconteça – secretario Jahid disse olhando pelo retrovisor do banco do passageiro – devemos ir vê-la agora ou ir para o hotel?–Ao hotel. Quero tomar um banho e dormir