Bruno ainda tinha um pouco de consciência. Sabia que estava errado, e quando eu pedi novamente para que ele fosse embora, ele não disse mais nada.

Silencioso, ele se vestiu e, sem deixar nada para trás, colocou todas as suas coisas dentro da bolsa e se foi.

Foi só no momento em que fechou a porta que um suspiro suave se ouviu, ecoando no ar, como se não pudesse se dissipar.

Fui para o meu quarto, joguei fora todas as coisas que ele havia usado, até as toalhas do banheiro. Peguei o perfume e borrifei em todos os cantos do quarto, não deixando nenhum espaço sem o cheiro.

No dia seguinte, minha cabeça estava pesada, sentia como se nem tivesse dormido, e já estava claro lá fora.

O telefone tocou, e Luz, com seu tom brincalhão, disse:

— O que o seu ex-marido está aprontando agora?

— O que foi? — Respondi, colocando o telefone no modo viva-voz, segurando o copo de escovar os dentes enquanto a escova ainda estava na boca, sem me importar muito com o que ela estava dizendo.

— O